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Fonte: Convergência Digital
[14/02/14]
TIM reforça investimento em cobertura e aposta em 3G, 4G e Wi-Fi - por Ana
Paula Lobo
Depois de centrar seus investimentos em 2013 em ações voltadas para a melhoria
da qualidade da infraestrutura de rede, a TIM Brasil planeja, em 2014, apostar
no chamado, pelo presidente da tele, Rodrigo Abreu, de 'capex do futuro': os
serviços de dados de alta velocidade. Executivo também projeta ainda o retorno
da 'briga' entre a banda larga fixa e a móvel no país, especialmente, onde não
há infraestrutura fixa de 'qualidade'.
Entre as ações previstas pela TIM Brasil - que deverá aportar R$ 3,7 bilhões em
2014 - para unir o discurso da melhoria de qualidade de rede ao aumento de
cobertura, está a 'massificação' de hotspots Wi-Fi; o uso da infraestrutura da
TIM Fiber para melhorar o serviço móvel em São Paulo e Rio, e a expansão de
novas localidades com a cobertura 4G, em compartilhamento com a Oi.
Durante a teleconferência de resultados do 4º trimestre, realizada nesta
sexta-feira, 14/02, o presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, observou que, em
2013, boa parte dos investimentos aconteceu na rede 2G, mas, esse ano, os
recursos serão voltados para 3G e 4G. Ele destacou que o balanço financeiro
comprovou que a decisão da operadora de investir em infraestrutura própria -
reduzindo custos de aluguel - trouxe resultados efetivos.
Também ressaltou o sucesso do projeto de levar fibra até as antenas. Isso porque
o programa inicial era o de levar a fibra a até 25 cidades em 2013, mas ao
final, 39 cidades estavam cobertas. 2014, estimou ainda Abreu, terá, sim, um
espaço significativo para a substituição fixo-móvel na área de dados.
"Há várias cidades onde o serviço fixo é de baixa qualidade e muitos brasileiros
ainda não têm acesso à Internet. Com os investimentos direcionados para o 3G e
para o 4G - e o capex em rede continuará extremamente agressivo ( em 2012 ficou
em 90% dos R$ 3,7 bi aportados), acreditamos que o móvel terá muito a ganhar com
receita em dados", destacou. A TIM divulgou, por meio de dados obtidos no PNAD,
do IBGE, e no CETIC.br, que há 57 milhões de domicílios com telefone no Brasil,
dos quais 32 milhões possuem apenas linhas celulares. Além disso, 60% das
residências no País não contam com acesso à Internet.
Os investimentos em Wi-Fi serão uma realidade este ano. Abreu informou que,
hoje, a TIM possui cerca de 900 hotspots ativos no país, mas a ideia é aumentar
muito. "Não vou falar em números, mas queremos, especialmente, que o usuário
tenha uma conexão automática do Wi-fi e do 3G, 4G. Que ele não perceba a troca.
São investimentos pesados, mas absolutamente necessários porque precisamos ter
melhor cobertura e sinal em shoppings, aeroportos, centros comerciais, entre
outros", sustentou.
Com relação ao uso das small cells, o presidente da TIM Brasil disse que o ritmo
de maior ou menor adesão será dado pelo governo, em função da manutenção da
cobrança de Fistel - apenas as femtocells ficaram isentas do tributo, em decisão
tomada pela Anatel no ano passado."Não tenho dúvida que as small cells vão ser
fundamentais na questão de melhorar a cobertura de rede, mas ainda precisamos
resolver essa questão dos impostos. Vamos usar sim as small cells para melhorar
o serviço e, claro, em 2014, as cidades-sede da Copa estão no radar", completou
Abreu.
Sobre os rumores do fatiamento ou venda da TIM Brasil, o executivo repetiu, de
novo, que o grande trabalho, hoje, é impedir que 'os rumores afetem o dia a dia
da companhia e o planejamento estratégico para 2014 a 2016". Reforçou que a
Telecom Itália já declarou que não tem a intenção de vender a TIM Brasil e que
considera o ativo estratégico para os negócios.
Resultados
A base de assinantes da TIM chegou a 73,4 milhões no fim de 2013, com incremento
de 4,3% em relação a 2012 e acima da média do mercado brasileiro, que foi de
3,5%. A TIM encerrou o ano com market share de 27,1% ante a 26,9% em 2012,
mantendo a vice-liderança do mercado total. O destaque foi o crescimento do
segmento pós-pago, que subiu 14,6% no comparativo anual. No segmento pré-pago, a
empresa manteve a liderança, com 61,1 milhões de usuários, o que significa
aumento de 2,5% no ano. Desses, 59,5 milhões são clientes do plano Infinity, que
correspondem a 97,4% dos assinantes deste segmento.
A base 3G chegou a 23,6 milhões de usuários, um salto de 92,3% em relação ao ano
anterior. No 4G, o trimestre trouxe um desempenho ainda mais expressivo,
levando-se em consideração o curto período desde o lançamento da tecnologia:
160% de crescimento, alcançando 30,9% de market share. Os bons resultados
refletem o sucesso da estratégia da operadora, seja do lado comercial,
proporcionando serviços inovadores com as melhores vantagens do mercado, seja do
ponto de vista de infraestrutura, ao manter o compromisso de garantir serviços
sempre com mais qualidade.
O balanço financeiro de 2013 da operadora registrou um lucro líquido de R$ 499
milhões no quarto trimestre do ano passado, o que representou uma alta de 8% em
relação ao mesmo intervalo do ano anterior. No trimestre, a receita líquida da
companhia somou R$ 5,18 bilhões, com aumento de 3,1% em relação ao ano anterior.
A receita média por usuário ficou em R$ 19,20, uma queda de 3,5% na comparação
anual.
No período, a TIM apresentou um crescimento de 4,3% na sua base de usuários,
para 73,4 milhões. Do total, o segmento de telefonia pós-paga apresentou um
avanço de 14,6%, para 12,3 milhões de linhas em uso. O total de usuários
pré-pagos cresceu 2,5%, para 61,1 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou
R$ 1,5 bilhão. O montante ficou 5,2% acima do verificado no quarto trimestre de
2012. A margem Ebitda fechou em 28,9%, o que representou um aumento de 0,6 ponto
percentual na comparação anual. Em 2013 como um todo, a TIM lucrou R$ 1,5
bilhão, com avanço de 3,9% em relação ao ano anterior. A receita subiu 6,2%,
para R$ 19,9 bilhões.