A POLOP, segundo a própria opinião das esquerdas, chegou a antever a eclosão da Revolução de Março, tornando-se, em 1964, um forte atrativo para os comunistas decepcionados com o PCB.
Já em abril, reunindo militantes intelectuais que haviam passado à clandestinidade e núcleos de marinheiros e fuzileiros navais impregnados pelo marxismo, a POLOP procurou traçar as primeiras normas para a organização de um foco guerrilheiro (11).
Como, na maioria, os intelectuais eram da zona sul do Rio de Janeiro, o episódio ficou conhecido como a "Guerrilha de Copacabana", desarticulada, em seu nascedouro, pela ação dos órgãos policiais.
O desbaratamento da "Guerrilha de Copacabana" levantou o questionamento, pelas esquerdas, de como deveria estruturar-se e funcionar uma organização que propugnava a derrubada violenta do regime e, também, críticas sobre o comportamento, durante os interrogatórios, dos elementos, presos.
Entretanto, a publicidade dada ao episódio aumentou o prestígio da POLOP junto às esquerdas, por apresentá-la como uma organização que adotava o enfrentamento armado como forma de luta, atraindo os radicais.