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Pesquisa
e Projeto de uma Aplicação em Computação Móvel para |
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Autora: Líliam Carla Gaiotto Maluta |
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Capítulo 5
APLICAÇÃO
O sistema em questão trata-se de um protótipo, consistindo de uma aplicação
onde os médicos intensivistas e enfermeiras, num primeiro momento, são os
responsáveis pela alimentação dos dados referentes ao paciente (estado clínico
geral, dados pessoais) e aos quais o especialista pode ter acesso para
visualização por meio de um celular (WAP), a fim de que possa prestar um
atendimento concomitante. Futuramente, pretende-se
que estes dados sejam coletados de forma automática, diretamente dos
aparelhos via comunicação serial.
Este enfoque deve-se a alta incidência de UTIs sem qualquer método
automatizado para obtenção dos dados aferidos pelos aparelhos. Para tanto,
tomou-se como ambiente o Hospital de Caridade de Santo Ângelo – RS.
Foram realizadas várias incursões à referida Casa de Saúde com o que se
tentou abstrair o que seria o funcionamento ideal do sistema proposto. De
posse dos formulários diariamente utilizados, como histórico de enfermagem
de admissão, prescrição de enfermagem e anotações enfermagem, e
baseando-se em entrevistas com médicos, enfermeiras e no conteúdo
anteriormente levantado, chegou-se a um consenso.
Dentre as sistemáticas abordadas anteriormente neste trabalho, na situação
atual, a que mais se adequou à implementação foi o WAP. Através da
linguagem WML, somada ao PHP e MySQL 3.23.44, tendo como servidor o Apache
1.3.2 e sistema operacional o windows 98, foi elaborada uma página dinâmica[1],
consistindo de decks e cards em quantidade estritamente necessária,
para visualização no celular. Para a parte fixa, onde é realizada a inserção
dos dados, foi utilizada HTML ao invés de WML.
O PHP, uma linguagem de scripts e servidor de aplicações com código aberto, executa todo processamento no servidor (server based) e envia ao cliente apenas HTML puro. Esta característica, muito desejável quando se está manipulando dados críticos e informação confidencial foi um dos fatores decisivos nesta escolha.
No mais, além de permitir o acesso a dados em bancos de dados, esta linguagem possibilita o envio de mensagens, a criação de páginas em tempo real e de rotinas para tratamento de formulários e dados. O código PHP fica embutido no próprio HTML. (SOARES, 2000).
Segundo VIVAS (2000), o PHP tem suporte a outros serviços através de protocolos como IMAP, SNMP, NNTP, POP3 e HTTP. Ainda é possível abrir sockets e interagir com outros protocolos, enviar e receber cookies, e restringir ou monitorar o acesso dos usuários por meio de sessões.
O emprego do MySQL foi devido a ser um servidor de banco de dados robusto, com
alta velocidade de acesso, conexão por TCP/IP, criptografia de senhas e
utilização multi-usuário, que opera com a linguagem de manipulação de
dados SQL (structured query language) (WELLING, THOMSON, 2001). Pode
suportar muitos bancos de dados diferentes, geralmente um por aplicativo (BUYENS,
2002).
O Apache é um servidor WEB gratuito, com suporte a vários sistemas
operacionais, onde o PHP roda como modulo nativo, portanto o mais indicado.
Na elaboração das páginas utilizou-se o ambiente de desenvolvimento PHPEd,
o Internet Explorer 5.5, a WAPDrive WAPtor v. 2.3, uma ferramenta de edição
e visualização de sites WAP baseada na linguagem WML, e os emuladores UP.
SDK 4.1 e M3Gate para visualização de como seria a exibição da página em
um celular. Para a confecção, manipulação e visualização do banco de
dados foi empregado o MySQL Front 2.4.
Para
que todo o sistema funcione é necessário instalar primeiramente o
InstMsi.exe para que o sistema operacional seja atualizado, proceder então a
instalação do Apache e a edição do arquivo httpd.conf para a inclusão de
tipos mime (multipurpose internet mail extensions), WAP e PHP,
responsáveis por informar ao navegador o tipo de documento que está sendo
fornecido para abertura.
Na seqüência, instalar o PHP4, o MySQL e o PHPEd, configurando variáveis e
definindo usuário e senha de acesso ao banco de dados. Quaisquer que sejam as
dúvidas remanescentes, estas podem ser sanadas em JUNIOR (2001).
Por
fim, quanto ao envio automático de ‘alarmes’ constatou-se que o mecanismo
WAP push, por distribuir conteúdo para terminais WAP sem que o
servidor receba qualquer pedido, seria o melhor indicado à implementação (ENDLER,
SILVA, 2000). Contudo, devido a este método não estar implantado, em sua
maioria, nos aparelhos atualmente utilizados, a opção escolhida foi a de
utilizar serviços SMS (short message service), com a possibilidade de
alteração para esta tecnologia quando da sua disponibilidade.
O SMS foi
executado através do aviso email da Telefônica Celular, onde o número do
celular e o código de área, somados à extensão “@aviso.net.br” vêm
servir como parâmetros na configuração do PHP para o envio das mensagens.
Entretanto, devido às restrições impostas pelas operadoras, a confirmação
de entrega e de abertura das mensagens não foi realizada.
Neste ínterim, o funcionamento efetivo da parte móvel seria o seguinte: para efetuar o acesso à página WML, um celular com suporte à tecnologia WAP se comunica com um gateway WAP específico (da operadora ou corporação)[2] e solicita a exibição desta.O gateway faz a conexão entre a Internet e a rede de comunicação sem fio (celular), acessa o servidor Web para obter os dados e envia a página solicitada para o micro navegador do cliente, como apresentado na Figura 5.1.
FIGURA 5.1 Exemplo da comunicação WAP.
Quando a conexão é solicitada no dispositivo WAP é iniciado um acesso dial-up
para o provedor, da mesma forma que ocorre com usuários da Internet via
computadores de mesa. Através do protocolo PPP, após a autenticação do
nome do usuário e senha, o dispositivo WAP recebe então um número IP e está
a partir daí possibilitado a acessar serviços da Internet ou intranet, através
da requisição via WAP Gateway.
Embora sejam utilizadas, geralmente, configurações dial-up pré-definidas
pela operadora, a maioria dos dispositivos WAP permite a utilização de
configurações próprias do usuário. Desta forma, corporações que possuam
uma Intranet com serviços WAP, como a situação apresentada neste trabalho,
podem conectar-se diretamente com sua rede local.
Após esta breve caracterização dos elementos envolvidos, apresenta-se a
seguir a descrição completa do site, compreendendo partes móvel e
fixa, procurando enfocar sua estrutura, telas e principais funções.
5.1 SIMON
À aplicação criada deu-se o nome de SIMON (sistema de controle e
monitoramento). Sua composição compreende duas partes independentes
funcionalmente, mas dependentes quanto ao conteúdo. Enquanto no sistema fixo
os dados podem ser cadastrados, alterados, excluídos e visualizados, de
acordo com o tipo do usuário, no sistema móvel somente os médicos
devidamente cadastrados têm acesso à visualização dos dados de seus
pacientes.
A seguir é feita a descrição de cada sistema.
5.1.1
Sistema fixo
O site foi dividido em conteúdos manipulados diariamente por seus usuários,
compreendendo os módulos dos médicos, enfermeiros, pacientes, anotações da
enfermagem, prontuários, dados dos aparelhos e acrescido dos módulos leitos,
monitoração e prontuários arquivados.
Os módulos médicos, enfermeiros e pacientes servem como fomento aos outros módulos
para identificação quando esta for necessária. Enquanto isso, prontuários,
anotações de enfermagem e dados dos aparelhos compreendem dados e informações
relativas aos pacientes. Nos prontuários são inseridos valores obtidos em
exames físicos realizados quando da admissão do paciente na UTI e nos outros
dois, resultados de exames efetuados diariamente pelos enfermeiros e
aparelhos.
O módulo leitos realiza o controle de ocupação de leitos como visto na
figura 5.2, o de monitoração controla o início e término da assistência e
responsabilidade por parte do médico especialista (figura 5.3), bem como o
envio de dados, como nota-se na figura 5.4, enquanto que os prontuários
arquivados são organizados pelo módulo de mesmo nome.
[1] Gerada em tempo de execução pelo PHP. Sem a habilidade de executar transações no servidor, os códigos WML e HTML servem apenas para exibir um texto ao cliente de forma padronizada.
[2] Os dispositivos WAP interagem com as origens de dados através do Gateway WAP, e este deve se conectar a uma portadora, como: CDMA, GSM2, GPRS. Há a possibilidade de instalar e testar produtos do Gateway junto com servidores da WEB, como o Apache, em uma intranet. Por outro lado pode-se usar o gateway da operadora, por http, através de um endereço e socket. Contudo, a configuração do socket, em ambos os casos, deve ser fornecida pela operadora.