A terceira geração de celular (3G) é a principal novidade tecnológica, permite baixar arquivos pesados de vídeo e áudio, e um leilão para licitar a faixa de freqüência para sua operação está previsto para ser realizado este mês, segundo confirmou o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg. No entanto, duas operadoras já têm a infra-estrutura de 3G pronta e não estão conseguindo "virar a chave". As duas são Claro e Telemig, esta recentemente negociada pela Vivo aguardando o sinal verde da Anatel para ser incorporada.

 

Presentes ao principal encontro do setor, em Florianópolis, os presidentes das duas teles - João Cox e André Mastrobuono - afirmaram que não estão conseguindo concluir o projeto por falta de autorização da Anatel para funcionamento das respectivas torres. As redes estão prontas, os telefones estão comprados, no caso da Telemig são Samsung e da Claro, várias marcas, mas mesmo assim os usuários não podem ter acesso ao serviço.

 

Nos bastidores do setor, o que circula é que a Anatel estaria sofrendo pressões dos concorrentes - Vivo, TIM e Oi - para não autorizar o avanço da Claro e Telemig. E como a Anatel não pode impor impedimentos neste caso, alega-se que há dúvidas regulatórias. "Nós estamos fazendo a nossa parte, que é investir no melhor serviço ao consumidor e utilizar o espectro ocioso da melhor forma, mas não podemos lançar o serviço", afirmou Cox, da Claro. "Aos 46 minutos do segundo tempo surge a dúvida sobre se a gente pode voar ou não", disse Mastrobuono, da Telemig. "Vamos ter prejuízo se não conseguirmos sair com 3G para o Natal como planejamos", acrescentou o executivo da operadora mineira.

 

A Telemig cobriu a região metropolitana de Belo Horizonte com 3G fornecida pela Ericsson e a Claro não especifica áreas, mas se sabe que há mil estações radiobase da Huawei e Ericsson nas áreas mais adensadas de sua cobertura.

 

As duas operadoras implantaram a terceira geração na faixa de 850 MHz por esta encontrar-se ociosa, uma vez que os clientes foram aos poucos sendo migrados para GSM em 1,8 GHz. As outras teles não têm esta possibilidade, por estarem com o espectro lotado, e por isso ofereceriam pressão à Anatel. Por outro lado, os executivos envolvidos garantem que não deixarão de investir no leilão de 3G, de 1,9 GHz a 2,1 GHz, pois a sobra que usufruem agora de 850 MHz é insuficiente para o futuro. "Este não deve ser o temor da Anatel", alegam.

 

A 3G vai abrir novos horizontes, inclusive de acesso à banda larga às camadas mais pobres da população. "Mais de 1,8 mil municípios de menos de 30 mil habitantes que hoje serão incluídos no mapa da telefonia móvel", afirmou Sardenberg.
Segundo ele, o leilão de sobras foi um sucesso, com R$ 570 milhões auferidos. Ele referiu-se aos números do setor mostrando evolução: R$ 68 bilhões são gerados ao ano, representando 7% do PIB, empregando 350 mil pessoas e 160 milhões de usuários, dos quais 40 milhões na telefonia fixa, 9 milhões na banda larga, 5 milhões na TV por assinatura e 110 milhões na celular. O leilão de 3G vai gerar novas riquezas. Cada acesso exige investimento de pelo menos R$ 300. E as faixas de 3,5 GHz e 10,5 GHz, para o WiMax, também devem ser licitadas.

 

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A idéia é conferir aos celulares largura de banda e qualidades de serviços comparáveis às experimentadas em conexões fixas. As redes móveis sucessoras da 3G requerem processos de gerência complexos, pois irão lidar com um tráfego IP maior, com mais usuários e com diferentes tipos de serviços como videoconferência, televisão digital e download de músicas.

 

Rodrigo Cavalcanti, professor e coordenador do GTEL, explica que "uma questão fundamental ainda não resolvida para viabilizar estas redes é sobre como otimizar automaticamente a alocação da largura de banda entre múltiplas conexões IP sem fio simultâneas, mantendo a qualidade de serviço. Esse tipo de processo de gerência está no coração dos novos sistemas móveis, muito mais orientados à transmissão multimídia do que para chamadas de voz como acontece hoje em dia".

 

Já Eduardo Oliva, diretor de Pesquisas da Ericsson, acredita que "a partir do momento que as redes 3G estiverem operando, as melhorias devem surgir naturalmente, impulsionadas pela demanda, e não vão requerer tantas mudanças estruturais como aconteceu com as gerações anteriores, pois na tecnologia 3G a atualização tecnológica será muito mais rápida, fácil de implementar e vantajosa do ponto de vista da relação custo-benefício."

 

Coleção de artigos e notícias

 

Fonte: Adnews/Estadão

[23/09/07]   Celular 3G será nova paixão de milhões no País por Ethevaldo Siqueira - Transcrito na mensagem

 

Fonte: InvestNews
[22/06/07]   Teles se digladiam pelo espaço de celular 3G -  Transcrito na mensagem

 

Fonte: Convergência Digital

[21/06/07]   Ziller: edital da 3G pode sair até 15 de julho  - Transcrito na mensagem

 

Fonte: Direito à Comunicação

[13/06/07]   Presidente da Anatel quer adiar licitação da 3G para 2008  por Luiz Henrique Ferreira   - Transcrito na mensagem

Fonte: Revista Teletime
[Abr 2007]   Chegou a hora da 3G por Cláudio Dascal  - Transcrito na mensagem

Fonte: Thesis
[17/04/07]   Nokia Siemens: 3G já  por Equipe Thesis - - Transcrito na mensagem    

Fonte: Thesis
[27/02/07]   Diferenças nas cotações de licenças 3G e WiMAX por Pyramid Research - Transcrito na mensagem

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[12/01/07]   Introdução  [Debate Especial: 3G] por Teleco

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[16/04/07]   Comunicação para todos por Carlos Duprat, Vice-Presidente da Ericsson Brasil

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[22/04/07]   Por que ainda não temos 3G no Brasil? por José Luis De Souza, Presidente da FITec e Diretor do Teleco

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[30/04/07]   3G por Mário Cesar de Araújo, Presidente da TIM

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[14/05/07]   3ª Geração: O caminho para a universalização das comunicações móveis no Brasil por Roberto Oliveira de Lima, Presidente da Vivo

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[21/05/07]   3G no Brasil por Almir Narcizo, Presidente da Nokia do Brasil

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[28/05/07]   3G: Evolução das principais tecnologias por Jonio Foigel, Presidente da Alcatel-Lucent no Brasil

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[04/06/07]   3G: Banda Larga para todos por Marco Aurélio Rodrigues, Presidente da Qualcomm no Brasil

Fonte: Em Debate Especial: 3G - Teleco
[11/06/07]   Perspectivas para a Tecnologia 3G no Brasil por Newton Cyrano Scartezini, Consultor em Telecomunicações