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Outubro 2007               Índice Geral do BLOCO

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31/10/07

MVNO = "Operadora Móvel Virtual" (08)


Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Esta é a "Série" MVNO (Mobile Virtual Network Operator) do nosso "Serviço ComUnitário".
 
01.
MVNOs são operadoras que não possuem espectro próprio e também não contam com infra-estrutura de rede, mas que por meio de acordos com operadoras móveis tradicionais adquirem pacotes de minutos de uso (MOU - Minutes of Use) no atacado para vender aos seus clientes. 
 
Temos uma coleção de matérias sobre MVNO e estamos divulgando como ambientação, para acompanhar sua "história" na mídia e as reações da Anatel.
A idéia é explorar também as matérias mais antigas para acompanhar as experiências já realizadas (com ou sem sucesso) e a flutuação do interesse do mercado.
Assim, para variar...vale conferir!   :-)

02.
Transcrições de hoje:

Fonte: IDGNow!
[31/10/06]   Operadora sob medida por Eduardo Tude, Diretor do Teleco
 
Fonte: UOL Economia
[23/01/06]  
Brasil Telecom e Oi tentaram colocar o modelo de operadora virtual em prática em 2004 por Taís Fuoco - Valor Online 

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson

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Fonte: IDGNow!
[31/10/06]   Operadora sob medida por Eduardo Tude, Diretor do Teleco

Eduardo Tude conta como operadoras móveis com redes MVNO agradam a todos.
 
O que mais lhe desagrada na sua operadora de celular? A falta de um atendimento personalizado? As contas telefônicas com erro?  O custo de envio de torpedos (SMS)?
 
As operadoras de celular não conseguem agradar a todos. Elas trabalham com um alto volume de clientes e falham ao focar no atendimento de pequenos segmentos do mercado.
 
Não desanime. Na Europa e nos Estados Unidos já existe uma solução para este problema. São as operadoras móveis com rede virtual (MVNO). Estas operadoras não possuem uma rede própria. Elas utilizam a rede de uma operadora de celular existente e se concentram em dar um atendimento superior ao segmento do mercado que escolheram.
 
Um exemplo seria um MVNO no Brasil focado na colônia japonesa que ofereça chamadas de longa distância mais baratas para o Japão, e serviços de informações e entretenimento integrados com a cultura japonesa.
 
O público jovem tem sido um dos alvos dos MVNOs no exterior. A Universal Music lançou um MVNO em que o acesso à música e outros elementos da cultura jovem vêm acompanhados de um rígido controle de custos. Uma vez estourada a cota mensal, não é possível comprar créditos adicionais. É possível, no entanto, enviar um torpedo pré-formatado dizendo “Me ligue”.
 
Para os segmentos de alto poder aquisitivo está sendo lançado nos Estados Unidos um “MVNO” em que o assinante paga uma quantia fixa mensal por uso ilimitado dos serviços. Adeus aos erros em conta. Passa também a contar com um atendimento personalizado que pode em muitos casos substituir uma secretária particular reservando hotéis, passagens de avião ou encomendando flores.
 
Existem MVNOs nos mais diferentes segmentos. MVNOs focados em  estudantes, em pré-adolescentes, nas mais variadas etnias e MVNOs oferecendo serviços diferenciados de informação e entretenimento.
 
No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começa a discutir o tema e espera-se para 2007 a sua regulamentação. Portabilidade numérica é um dos fatores que podem ajudar no aparecimento dos MVNOs.
 
Se você ficou animado com este artigo e já está pensando em montar um MVNO a recomendação é cuidado. Os MVNOs são uma terra de oportunidades e de riscos. É necessário conhecer bem o segmento onde vai atuar e muito planejamento para desenvolver um produto atrativo e com baixo custo de distribuição.
 
A história dos MVNOs na Europa e nos Estados Unidos está cheia de casos de sucesso (Virgin Mobile e  Universal), mas apresenta fracassos. O mais recente é o da ESPN Móbile que, mesmo tendo um fantástico serviço de informações para Fans de esporte, encerrou suas atividades após seis meses de operação e investimentos de 200 milhões de dólares.
 
Eduardo Tude é Engenheiro de Telecomunicações há mais de 25 anos, tendo ocupado posições de Direção em várias empresas do setor. Atualmente é sócio e presidente da Teleco (
www.teleco.com.br) . Nesta coluna o especialista aborda as novidades do mercado de telecomunicações no Brasil. E-mail: etude@teleco.com.br
 
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 Fonte: UOL Economia
 [23/01/06]
Brasil Telecom e Oi tentaram colocar o modelo de operadora virtual em prática em 2004   

 SÃO PAULO _ As operadoras de celular Brasil Telecom GSM e Oi (do grupo Telemar) tentaram, em 2004, viabilizar a criação de um consórcio para disputar uma licença de telefonia móvel em São Paulo com um modelo parecido ao das operadoras virtuais conhecidas pela sigla em inglês MVNO.
 
 Ricardo Sacramento, na época presidente da Brasil Telecom GSM e hoje no comando da Amazônia Celular, conta que a idéia era manter duas marcas distintas, "como uma empresa de produtos de consumo", em uma única faixa de freqüência, que seria licitada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) naquele momento.
 
 Para evitar os custos da montagem de uma nova rede no estado, no qual esse consórcio chegaria como quarto entrante _ depois de Vivo, TIM e Claro _ elas pensavam em "comprar no atacado" minutos das operadoras já estabelecidas para revenderem aos seus clientes.
 
 Segundo o executivo, a Anatel "sinalizou que gostaria da idéia", ainda que não tenha firmado nenhum compromisso de autorizar. Na opinião de Sacramento, no entanto, "a agência deverá criar as condições favoráveis" ao surgimento desse tipo de operadora.
 
 Ele conta que o plano de negócios previa a chegada do lucro em cerca de oito anos. "Uma empresa que não está em São Paulo tem uma lacuna enorme. Os grandes clientes corporativos têm suas sedes em São Paulo", comentou.
 
 As duas companhias, entretanto, acabaram não entregando proposta no dia do leilão da Anatel. Sacramento disse que não poderia falar pelo grupo Telemar, mas informou que, no caso da Brasil Telecom GSM, o processo não avançou "porque o momento societário era ruim" na empresa. A companhia, na época gerida pelo Opportunity, já tinha divergências com os demais sócios _ fundos de pensão e Telecom Italia.
 
 Sacramento tem sido um fervoroso defensor do modelo do modelo das MVNOs, ainda que não esteja pessoalmente envolvido em nenhum projeto desse tipo. Em sua palestra na Futurecom, congresso anual de telecomunicações que aconteceu em outubro passado, chegou a se candidatar a ser "o primeiro presidente da primeira MVNO do Brasil", já que estava de saída da Brasil Telecom GSM e ainda não tinha destino profissional acertado.
 
 Segundo Sacramento, as empresas de telecomunicações estão se tornando muito grandes. "Até 2020, só restarão 10 grandes grupos de telecomunicações em todo o mundo, mas alguns nichos de mercado se sentem melhor assistidos quando atendidos por empresas menores, com presença mais local", justificou.
 
 Na sua opinião, o modelo das MVNOs deve enfrentar uma resistência inicial por parte das atuais operadoras. "Mas diante do crescimento esperado para o número de usuários de celular no país nos próximos anos, elas vão preferir ter um grande cliente comprando milhões de minutos para revender a nichos", afirmou.
 
 A estimativa de Sacramento é que o número de usuários de celular no Brasil cresça "apenas 10%" em 2007 e algo como 5% no ano seguinte. "(A opção da MVNO) será uma receita incremental para as atuais operadoras, já que suas redes já estão lá, instaladas", afirmou. Em 2004, o crescimento no número de usuários de celular foi de 41,5% e, em 2005, de 34%, segundo dados da Anatel.  (Taís Fuoco | Valor Online) 

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