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Setembro 2007               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


08/09/07

Série sobre Rádio Digital (29) - Resumo e "Congresso de Tecnologia e Televisão" - Mensagem aos Grupos vinculados expedida em 22 agosto 07
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

Nesta mensagem de "Serviço ComUnitário" vamos fazer vôo panorâmico sobre o tema "Rádio Digital" e transcrever as últimas matérias da mídia.

Antes, uma nota:
Começa hoje, em São Paulo um Congresso de Tecnologia e Televisão organizado pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET).
Aqui está a notícia:
Fonte:
Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
[17/08/07]  
Congresso de Tecnologia e Televisão
A Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) organizará, de 22 a 24 de agosto, em São Paulo, o Congresso de Tecnologia e Televisão. O evento reunirá estudantes, pesquisadores e profissionais da área de tecnologia de produção, transmissão, distribuição, exibição e recepção de conteúdo eletrônico audiovisual. Estão programadas 36 sessões em quatro auditórios plenários simultâneos, com a participação de 150 palestrantes. “TV digital: Padrão brasileiro”, “Cinema digital: Novas tecnologias” e “Rádio digital: Perspectiva Brasil” serão temas abordados. Mais informações:
Congresso:
www.set.com.br e Feira: www.broadcastcable.com.br/

Voltando...
Temos uma boa coleção de matérias sobre o tema "Rádio Digital" e a mais antiga é de agosto de 2005 (já completou três aninhos).  :-)
Eis um trecho:
Fonte:
Observatório da Imprensa
[11/08/05]   RÁDIO DIGITAL - A um passo da democracia nas ondas sonoras
(...) Entrevista com o engenheiro Higino Germani mostra como o Brasil pode definir de forma açodada a transição do serviço de radiodifusão sonora, criando uma situação de fato que tende a contribuir para tornar os canais de rádio ainda mais inacessíveis a novos atores e dificultar a reestruturação desta mídia tão fundamental para a cidadania. Em pleno andamento dentro dos órgãos de governo, este debate está distante de diversos atores interessados e, ainda mais, dos cidadãos.

Desde o início, nunca houve intenção do governo de trazer o "Rádio Digital" para um debate mais amplo nem de levá-lo à consideração e estudo pela "academia". 

O IDG Now!, em notícia de 13/09/05 -  
Anatel autoriza primeiros testes de rádio digital - já registrava o "fato consumado":
(...) As duas emissoras vão testar o sistema de radiodifusão sonora digital Iboc (In-Band On-Channel), padrão aprovado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) e que utiliza a mesma freqüência da transmissão analógica. Durante o experimento serão avaliados o desempenho do sistema de rádio digital em FM e AM, considerando aspectos como qualidade do áudio, área de cobertura e robustez com relação a ruídos, interferências e efeitos dos múltiplos percursos. A Anatel deverá conceder nesta semana autorizações para outras emissoras. O objetivo do teste é avaliar qual sistema é mais adequado às características de cada localidade, como edificações e topografia. As rádios deverão apresentar no prazo de 30 dias resultados da transmissão digital. No final dos experimentos, entregarão outro relatório acompanhado de laudo conclusivo e considerações finais abrangendo todas as atividades desenvolvidas. (...)
(...) Com essa realidade batendo à porta dos brasileiros, o esperado era que ocorresse um debate público sobre os novos conceitos de produção de conteúdos, canalização e interatividade, que são os grandes desafios na migração das tecnologias de comunicação social eletrônica. Prevalecendo o silêncio, pode imperar a posição defendida pelo lobby de um grupo de empresas norte-americanas que quer ver o padrão In-Band On-Channel (
Iboc) de rádio digital em alta definição implantado no Brasil de forma rápida. O canto da sereia [conheça as empresas que financiam este lobby mundial clicando aqui] deste conglomerado parece ter seduzido boa parte dos empresários do setor e de autoridades públicas, uma vez que o comparativo entre o Iboc e os padrões europeus (DAB e DRM) e o japonês (ISDB Tn) de rádio digital está passando ao largo das principais decisões. Ao contrário da TV Digital, onde a Anatel realizou testes de campo e de laboratório com todos os padrões existentes, no rádio a situação é outra.

Três anos depois, se foram feitos os testes, "ninguém sabe, ninguém viu".
Ou seja, numa decisão não técnica, pra quê testes?
Mas...minto. A Anatel já viu um (01) resultado "oficial".
Confiram:

Fonte: Info Online
[01/08/07]   Governo pode definir rádio digital sem testes  
Apenas uma emissora de rádio já entregou à Anatel o relatório com os resultados dos testes realizados no padrão digital de transmissão. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, as emissoras entregarão os relatórios em até 60 dias. Mas a definição do governo sobre o sistema ideal pode sair antes disso. Se cumprir o prazo anunciado, o conselho consultivo apresentará sua proposta final até o dia 14 de setembro. Atualmente, 16 emissoras de rádio AM e FM operam em caráter de teste no sistema norte-americano In Band on Chanel (Iboc).
(...) O diretor de TV Digital do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Juliano Castilho Dall`Antonia, alerta que "é preciso ter um volume razoável de dados para responder categoricamente qual sistema é o melhor. O que parece é que a discussão está incipiente. Precisava ter mais informação. Não é só uma discussão teórica. São tantos os parâmetros e os padrões possíveis, que precisa fazer um monte de testes, depois um monte de análises", diz. (...)

Ainda sobre os testes e a metodologia de avaliação, vejam as observações:

Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[15/05/07]  
Padrão norte-americano não serve para o Brasil, diz Frente  (Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital)
Ela também questiona o fato da Consulta tratar o tema como “uma mera substituição dos receptores analógicos por outros de melhor qualidade, digitais”. De acordo com o documento, “trata-se de uma mudança de paradigmas (...) rumo a um mundo mais convergente e integrado”.
(...) Outra questão apontada pelas entidades se refere à metodologia de avaliação, que “indica a realização de testes pulverizados, em lugar de um teste mais amplo realizado por um consórcio de entidades”, citando como exemplo a ser seguido o método realizado com a TV Digital em São Paulo.
Ainda no âmbito da metodologia, o documento critica a falta de clareza em relação à amostragem nas diversas etapas dos testes. “Na falta deste plano, qualquer resultado ‘quantitativo’ terá um aspecto tecnicamente frágil, pois um resultado num caso específico não será indicador seguro de que aquele comportamento se dará em todas ou pelo menos na maioria das situações”. (...) A Frente também reivindica transparência, equidade e publicidade na realização dos testes, por meio de uma maior participação de outros atores da sociedade.

O ministro não se acanha de ostentar sua "isenção" na linha do "para o IBOC tudo, para DRM, nada!"...  :-)
Fonte: Estadão
[03/08/07]  
Sistema de rádio digital só será escolhido após testes
(...)  Hélio Costa afirmou, no entanto, que não tem como esperar a realização de testes com o sistema europeu Digital Radio Mondiale (DRM). "Os testes DRM tem que ser feitos por eles (técnicos que defendem o sistema europeu). Eles têm que trazer um transmissor da Europa, colocar em São Paulo, fazer o teste, indicar para as emissoras que estão dispostas a montar o sistema. Se não trazem esse transmissor até São Paulo, não tem teste. Ou eles fazem os testes, ou não tem como participar". (...)

Mas acontece, que "alguém" está desinformado.
Vejam esta nota de março deste ano:

Fonte: Teleco
[16/03/07]  
Testes de Rádio Digital
(...) A Faculdade de Tecnologia da UNB e a Radiobrás estão realizando testes com o sistema DRM (Europeu) para rádios AM, as demais emissoras de rádio AM e FM estão realizando os testes com o Sistema iBiquity (Americano). (...)

Recebi a informação de um participante de nossos Grupos que estes testes, concluídos já deram origem até à um trabalho acadêmico!!!
A conferir!!!

O "conteúdo" do atual Congresso Nacional é "lamentável" mas estamos numa democracia e é preciso preservar e valorizar a instituição.
Bem ou mal, é na Casa do Povo que o tema deve ser debatido.
Mas...

Fonte: Agência Brasil
[14/08/07]  
Erundina diz que ministro isolou legislativo da escolha de modelo de rádio digital
(...) A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), presidente da subcomissão de Radiodifusão da Câmara dos Deputados, criticou hoje (14) o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Segundo ela, Costa afastou o legislativo das discussões sobre o modelo de rádio digital que será adotado pelo país. "Nem o Congresso Nacional, nem a Comissão de Ciência e Tecnologia, que deveriam ter sido consultados, foram ouvidos. Apesar da reivindicação que fizemos reiteradamente, não houve a possibilidade de que o legislativo fosse ouvido”, afirmou.A deputada foi a autora do pedido para realização de um debate público sobre os procedimentos de outorga, fiscalização e legislação de radiodifusão comunitária, ocorrido hoje na comissão. Segundo Erundina, a atitude do ministro do ministro pode prejudicar a democracia nos meios de comunicação."A gente sabe que, se ele tiver o poder que vem tendo até agora para, por conta própria, unilateralmente, e sem nenhuma consulta ao Poder Legislativo, com certeza, as distorções, desequilíbrios e as concentração deste poder fantástico da comunicação da informação vai se tornar ainda pior a partir da incorporação dessas tecnologias".

O ministro Helio Costa, nestes três anos, tem citado somente o padrão americano iBiquity que é um sistema IBOC (In-Band On-Channel).
Nos "States" este sistema é conhecido como "
HD Radio" (Hybrid Digital Radio).
Um "pequeno" detalhe: iBiquity é uma empresa americana proprietária do sistema IBOC:para usar, tem que pagar royalties...

(...) Segundo o presidente da Abert, o modelo de negócio definido pela Ibiquity para o Brasil prevê que não seja cobrada a licença. O consórcio irá ter remuneração apenas sobre os transmissores e receptores. De acordo com ele, o mercado no Brasil é de cerca de 200 milhões de receptores. (...)    Fonte: Agência Brasil

"Remuneração" sobre 200 milhões de receptores...uau!!!
A escolha não-técnica de um "padrão proprietário" corresponde, em última análise, à contratação de uma empresa sem licitação.
Tudo pode estar sendo feito com a maior lisura mas é preciso muiiiiita transparência...

Há muito pouco tempo, aparentemente melhor assessorado e informado, o ministro "descobriu" outros padrões.
Fonte: Agência Brasil
[01/08/07] 
Conselho de Rádio Digital discute modelo a ser anunciado até setembro 
 Brasília - O modelo de rádio digital a ser adotado no país deverá ser anunciado até setembro pelo Conselho de Rádio Digital, que se reúne hoje (1º), às 10 horas, para discutir o assunto. Portaria publicada no Diário Oficial da União em 14 de março estabeleceu um prazo de seis meses [até 14 de setembro] para que o conselho consultivo apresente ao ministério o relatório final, com a decisão sobre o modelo a ser adotado no país.
Hoje, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, se reúne mais uma vez com o conselho para chegar a uma decisão. Ele ainda não descartou a possibilidade de adoção de mais de um padrão, já que nem o americano In Band on Chanel (Iboc), nem o europeu Digital Radio Mondiale (DRM) atendem todas as necessidades brasileiras. Logo após a reunião, ele dará  entrevista.
O modelo americano não faz transmissões em ondas curtas (OC), enquanto o europeu, por sua vez, não contempla a FM. O Brasil necessita de rádios em ondas curtas porque estas têm alcance maior e são as únicas que chegam a algumas regiões da Amazônia.
Os empresários radiodifusores preferem o sistema norte-americano. “Defendemos o padrão Iboc porque é um sistema que opera em AM e FM na mesma banda e na mesma freqüência. Assim, você tem uma facilidade de transmissão inigualável. É o único que atende a esses pré-requisitos”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero.

Os principais "padrões" de Rádio Digital, num "resumo-resumido", são:
- IBOC (In-Band On-Channel) - sistema "americano" - é o tal que "já ganhou".
- DRM (Digital Radio Mondiale) apoiado por um grande consórcio de emissoras internacionais
- DAB (Digital Audio Broadcasting) adotado pela Comunidade Européia, Canadá e Ásia. 
- ISDB (Integrated Services Digital Broadcasting) - "sistema japonês"- cuja sigla já é conhecida da "TV Digital" pois é uma espécie de convergência tecnológica de Rádio com TV Digital.
Alguns classificam ainda um "sistema europeu" que, na verdade, é constituído de duas variações, uma para cada serviço: o DAB para FM e o DRM para AM.
 
Artigos têm sido publicados ao longo do tempo, no site do Informativo Sete Pontos, - que os mais antigos já conhecem - e são de autoria de Takashi Tome, pesquisador em telecomunicações da Fundação CPqD e membro do SinTPq e FITTEL.

Os artigos apresentam um bom nível técnico sem perda da didática e possuem excelentes gráficos e figuras.
Vale visitar, ler, copiar e estudar!!!  :-)
Aqui estão:
[Mai 2007]   O sistema de rádio digital DRM (Digital Radio Mondiale)
[Fev 2005]   ISDB-Tsb: o padrão de rádio digital no Japão 
[Dez 2004]  
IBOC – Sistema de Rádio Digital nos Estados Unidos
[Nov 2004]  
DAB Eureka 147

Já nos perguntaram o que é que temos contra o IBOC.  :-)
Resposta: Não temos nada nem contra, nem a favor, nem "muito pelo contrário". :-)
Nosso objetivo é ampliar o debate para que nossos participantes e leitores formem sua opinião.

Mas como Coordenador de uma ComUnidade de técnicos tenho "tudo" contra uma decisão política ou comercial quando temos uma "academia" com nível de primeiro mundo para debater e estudar o tema.

E mais. Nós que lutamos diariamente para "informar e compartilhar conhecimentos" ficamos estarrecidos com a apatia e o anestesiamento geral sobre este e outros temas do interesse do país.
De algum modo, nas linhas e entrelinhas, como vimos nos recortes acima, as intenções do governo estão explicitadas e a reações da sociedade também.

A TV Digital vai nascer junto com a "TV Pública" ou a "TV do PT" segundo a sabedoria popular.
E vem aí a "Rádio Pública" e que poderá também se tornar a "Rádio do PT".
Exagero? Paranóia?

Confiram a notícia abaixo, como conclusão da conversa de hoje. 

Fonte: Agência Brasil
[01/08/07]    Poder público terá uma rádio digital em cada município, diz ministro
(...) “A idéia é que cada cidade tenha pelo menos uma rádio pública”, afirma Hélio Costa, que hoje se reuniu com o conselho consultivo que estuda o assunto. Até 14 de setembro o conselho deverá apresentar um relatório com a indicação do sistema digital que o Brasil deverá adotar. Há dois modelos em análise, o norte-americano (Iboc) e o europeu (DRM).
Com o crescimento das rádios comunitárias, que já somam aproximadamente 2,5 mil em todo país – contando apenas aquelas em situação regularizada –, Hélio Costa não vê necessidade de criar rádios temáticas, como ocorrerá com a TV digital, em que o governo federal terá quatro canais - do Poder Executivo, cultural, educativo e da cidadania -, além de dois canais para o legislativo (Câmara e Senado).
“Elas [rádios comunitárias] atendem muito bem a comunidade”, mas, “evidentemente, fica um espaço reservado para o poder público”, afirma o ministro.
Segundo ele, a intenção é de que as rádios públicas sejam utilizadas principalmente para o ensino à distância. “É um aumento do conteúdo, já que você vai ter a possibilidade da multiprogramação com quatro programações diferentes e simultâneas dentro da mesma banda”. (...)

Temas para meditação e debate.
 
Boa leitura, abaixo, das "últimas".
Um abraço cordial
Helio Rosa
 

Notícias recentes ainda não veiculadas em nossos fóruns

Fonte: Agência Brasil
[19/08/07]  
Rádios pequenas podem desaparecer se migração for cara, alerta coordenador de fórum por Alessandra Bastos

Fonte: Caderno Link do Estadão
[19/08/07]  
Rádio digital espera definição do governo

Fonte: Thesis
[15/08/07]  
Rádio digital: alto custo  por Equipe Thesis    

Fonte: Correio do Povo
[17/08/07]  
Super RG faz jantar para 27 anos

Fonte: Agência Brasil
[14/08/07]  
Erundina diz que ministro isolou legislativo da escolha de modelo de rádio digital por Alessandra Bastos 

Fonte: Estadão
[03/08/07]  
Sistema de rádio digital só será escolhido após testes

Fonte: IDG Now!
[03/08/07]   Receptor de rádio digital nacional custará cerca de R$ 70, afirma Costa por Redação do IDG Now!

Fonte: IDG Now
[02/08/07]  
Rádio digital nacional misturará padrões da Europa e dos EUA, diz Costa  Por Redação, do IDG Now!*

Fonte: TIInside
[02/08/07]   Escolha de sistema de rádio digital será adiada até conclusão de testes

Fonte: Convergência Digital  
[02/08/07]  
Congresso terá de impor limites à MP do Paraguai por Luiz Queiroz

Fonte: CorreioWeb
[02/08/07]   Aparelho para escuta de rádio digital custará pelo menos R$ 60
 
Fonte: Agência Brasil
[01/08/07]  
Governo pode anunciar sistema de rádio digital sem ter o resultado dos testes por Alessandra Bastos
 
Fonte: Agência Brasil
[01/08/07]    Poder público terá uma rádio digital em cada município, diz ministro por Alessandra Bastos
 
Fonte: Meio&Mensagem
[01/08/07]  
Hélio Costa confirma padrão híbrido para o rádio digital por Gilberto Evangelista

Fonte: ClicaBrasil.com.br
[01/08/07]  
Poder público terá uma rádio digital em cada município, diz ministro

 
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Fonte: Agência Brasil
[19/08/07]  
Rádios pequenas podem desaparecer se migração for cara, alerta coordenador de fórum por Alessandra Bastos

 Brasília - As rádios comerciais menores e as rádios comunitárias podem ser prejudicadas com a migração da transmissão do sistema analógico para o digital, avalia o coordenador Geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Schroder.

“O padrão americano tem elementos prejudiciais para as pequenas rádios, que é o custo elevado. Inviabiliza não somente as rádios comunitárias, mas boa parte das rádios comerciais do país”, diz.

Segundo estimativas do presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slaviero, cada rádio terá que desembolsar de US$ 80 mil a US$ 125 mil em equipamentos para operar na nova tecnologia.

Para financiar a migração das rádios para o digital, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, já anunciou que a intenção é seguir o modelo adotado para o caso da TV. “Temos a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), junto com o banco de desenvolvimento do Japão, e agora queremos que esse mesmo procedimento seja cumprido também para o rádio digital”.

Segundo Schroder, “o padrão da TV digital ocorreu para atender os interesses da radiodifusão, que era ocupar a banda toda para impedir a entrada de novos atores. Me parece que [a digitalização do] rádio, de alguma maneira, também se dá sob essa égide. Ou seja, os radiodifusores estão escolhendo o padrão americano porque, de alguma maneira, também realiza essa garantia”.

Daniel Slaviero ressalta que “se não acertarmos, teremos um custo altíssimo do ponto de vista da democratização da comunicação. Estaremos incapacitando o país de agregar uma tecnologia fundamental".

A opinião do coordenador do FNDC é diametralmente oposta: “Se o erro for consolidado, teremos um problema futuro bastante grande, pela radicalização da concentração da informação em um segmento da sociedade que não a representa como um todo”.

Portaria publicada no Diário Oficial da União em 14 de março estabeleceu um prazo de seis meses [até 14 de setembro] para que o conselho consultivo apresente ao ministério o relatório final, com a decisão sobre o modelo a ser adotado no país.

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Fonte: Caderno Link do Estadão
[19/08/07]   Rádio digital espera definição do governo

Depois das definições para a implementação da TV Digital no Brasil terem sido acertadas, agora é o sistema de rádio digital que espera ansiosamente pela regulamentação do governo. A expectativa é de acontecer algum anúncio mais concreto durante o evento Broadcast & Cable que começa na quarta-feira. Mesmo assim, os padrões tecnológicos de transmissão devem ser o americano Ibiquity para as rádios AM e FM, e, para ondas curtas, o europeu Digital Radio Mondiale (DRM). Leia a reportagem completa neste domingo no caderno Economia & Negócios do Estado.

O rádio digital, que vem sido testado por emissoras brasileiras
desde 2005, abre uma enorme quantidade de possibilidades para as emissoras. Com o sinal digital, será possível transmitir mais de um programa ao mesmo tempo, além de enviar mensagens de texto e fotos para os aparelhos de rádio. Dessa forma, as emissoras poderão fornecer serviços como previsão do clima, informações sobre o trânsito em tempo real. A qualidade sonora também é beneficiada. As rádios FM ficarão próximas ao som de um CD, e as AM seriam como as FM atualmente.

Para conhecer mais sobre o rádio digital, confira os sites
Teleco, Observatório da Imprensa, How Stuff Works Brasil, Tudo Rádio, Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital, Thesis e Telesíntese. O pesquisador Silvio Meira também aborda o tema em seu blog.

Leia mais:
Sistema de rádio digital só será escolhido após testes
Poder público terá uma rádio digital em cada município, diz ministro

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Fonte: Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
[17/08/07]  
Congresso de Tecnologia e Televisão

Agência FAPESP – A Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) organizará, de 22 a 24 de agosto, em São Paulo, o Congresso de Tecnologia e Televisão. O evento reunirá estudantes, pesquisadores e profissionais da área de tecnologia de produção, transmissão, distribuição, exibição e recepção de conteúdo eletrônico audiovisual. Estão programadas 36 sessões em quatro auditórios plenários simultâneos, com a participação de 150 palestrantes. “TV digital: Padrão brasileiro”, “Cinema digital: Novas tecnologias” e “Rádio digital: Perspectiva Brasil” serão temas abordados. Mais informações: www.set.com.br

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Fonte: Thesis
[15/08/07]  
Rádio digital: alto custo  por Equipe Thesis    

O alto custo previsto para transmissores e receptores e os seus reflexos sobre as pequenas emissoras e os ouvintes de menor poder aquisitivo foram os principais temas da segunda audiência pública sobre a implantação do Rádio Digital no Brasil, promovida hoje pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado federal. A reunião foi presidida pelo senador Wellington Salgado (PMDB-MG).

Logo após a abertura da audiência, o conselheiro José Carlos Torves, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, considerou "precipitada e arriscada" a intenção do governo de anunciar em breve o padrão do sistema brasileiro de rádio digital. Ele alertou que a digitalização pode custar entre US$ 80 mil e US$ 120 mil, o que tornaria a operação inviável para pequenas emissoras comunitárias. Além disso, informou, os aparelhos receptores poderão custar até R$ 300.

O superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Apkar Minassian, anunciou que até o final do ano serão apresentados ao governo os resultados de testes feitos com diversos padrões de rádio digital. A escolha do governo será tomada depois da análise desses testes.

Minassian admitiu que os preços dos receptores serão inicialmente altos, enquanto não houver grande mercado para o rádio digital. Ele lembrou, porém, que os telefones celulares também eram caros quando foram lançados e que se tornaram mais baratos com o tempo. Ainda não se pensa em fixar datas, disse o superintendente, para a transição do modelo analógico para o digital. Com isso, observou, não seriam prejudicados os atuais ouvintes do rádio analógico que não puderem trocar seus aparelhos por outros digitais.

O presidente do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada do Rio Grande do Sul (Ceitec), Sérgio Souza Dias, informou que o centro tem condições de desenvolver projetos de alguns dos circuitos integrados a serem usados no rádio digital. Ele disse que aguarda apenas a definição do padrão nacional para iniciar as pesquisas.

- O mercado mundial de microeletrônica movimenta hoje cerca de US$ 350 bilhões por ano. Atualmente, a indústria nacional é somente montadora de equipamentos importados. Queremos inverter esse processo para que a indústria brasileira seja produtora de propriedade intelectual - afirmou Dias.

Os dois primeiros senadores a participarem do debate, Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Romeu Tuma (DEM-SP), defenderam a democratização do mercado nacional de rádio. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) elogiou a atuação do Ceitec na produção de tecnologia nacional, mas demonstrou preocupação com o impacto da implantação do rádio digital sobre pequenas emissoras.

O senador Cícero Lucena (PSDB-PB) lembrou que apenas uma pequena parcela da população poderia comprar receptores de rádio por R$ 300. Na sua opinião, não se pode pensar na adoção do novo sistema sem "preocupação com o custo". O senador Augusto Botelho (PT-RR) também alertou para a possibilidade de o alto preço dos receptores inviabilizar a adoção do rádio digital no Brasil.
* Fonte: Agência Senado 

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Fonte: Correio do Povo
[17/08/07]  
Super RG faz jantar para 27 anos
 
Acontece nesta sexta-feira (17) o jantar festivo em comemoração ao 27º aniversário da Rádio Guaraniaçu “Super RG”. O evento comemora o aumento de potência da emissora que a partir de agora passa a contar com seis mil watts de potência.
Segundo Caetano Neto diretor da emissora, a Rádio Guaraniaçu com os novos investimentos estará totalmente dentro da era digital. “Além do aumento de potência, também mudamos o nosso sistema irradiante, com o novo transmissor digital, deixando assim a emissora pronta para a rádio digital. Conforme o ministro das comunicações Hélio Costa deverá passar a funcionar no Brasil até o final de 2008”, explicou Caetano Neto.
Outro ponto positivo das modificações segundo Caetano Neto é a cidade de Guaraniaçu. “Devido a nossa cidade ser uma das mais altas do Estado, nos proporciona um alcance ainda maior em toda a região, onde estaremos entrando com sinal forte e som de qualidade em mais de 30 municípios”, explicou ele.
Jantar
O jantar reúne empresários e personalidades políticas de toda a região, sendo que o cardápio será composto por pratos à base de peixe. Entre eles bacalhau ao forno, salmão a terrine, robalo ao molho branco, congrio rosa a bolognesa e risoto de camarão. Todos os pratos serão preparados pela equipe do professor e vereador Osmário Portela.

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Fonte: Agência Brasil
[14/08/07]  
Erundina diz que ministro isolou legislativo da escolha de modelo de rádio digital por Alessandra Bastos 

Brasília - A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), presidente da subcomissão de Radiodifusão da Câmara dos Deputados, criticou hoje (14) o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Segundo ela, Costa afastou o legislativo das discussões sobre o modelo de rádio digital que será adotado pelo país. "Nem o Congresso Nacional, nem a Comissão de Ciência e Tecnologia, que deveriam ter sido consultados, foram ouvidos. Apesar da reivindicação que fizemos reiteradamente, não houve a possibilidade de que o legislativo fosse ouvido”, afirmou.

A deputada foi a autora do pedido para realização de um debate público sobre os procedimentos de outorga, fiscalização e legislação de radiodifusão comunitária, ocorrido hoje na comissão. Segundo Erundina, a atitude do ministro do ministro pode prejudicar a democracia nos meios de comunicação.

"A gente sabe que, se ele tiver o poder que vem tendo até agora para, por conta própria, unilateralmente, e sem nenhuma consulta ao Poder Legislativo, com certeza, as distorções, desequilíbrios e as concentração deste poder fantástico da comunicação da informação vai se tornar ainda pior a partir da incorporação dessas tecnologias".

Segundo Erundina, "o ministro vem precipitando isso há muito tempo. Por isso, estamos juntos com a sociedade civil organizada propondo a realização de uma Conferência Nacional para discutir a democratização dos meios de comunicação social”.

A subcomissão de radiodifusão trabalha na revisão de todo marco regulatório da radiodifusão no Brasil. "Ao se rever os procedimentos, é preciso preventivamente evitar que haja uma maior concentração de poder da informação com a inovação que essas novas tecnologias trazem", explica a deputada.

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Fonte: Estadão
[03/08/07]  
Sistema de rádio digital só será escolhido após testes

Novo padrão de sinais dará qualidade de CD ao áudio de rádio FM

Com Agência Brasil
SÃO PAULO - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, garantiu nesta quinta-feira, dia 2, que o ministério vai aguardar os resultados dos testes com o sistema norte-americano In Band on Chanel (Iboc) antes de fechar a proposta do conselho consultivo sobre qual sistema de rádio digital o País deve adotar. 

Inicialmente, uma definição era esperada para esta semana, mas o grupo de estudos que avalia a escolha de um sistema para o Brasil considera que é cedo tomar decisões, antes que mais testes sejam feitos

De acordo com o ministro, não há possibilidade de anunciar o sistema sem ter os resultados dos testes do Iboc. "Definitivamente, não podemos anunciar os resultados se não tivermos os testes, que precisam ser analisados tanto pelo ministério quanto pela Anatel", afirmou. 

Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), seriam necessários 60 dias para que todas as rádios fizessem suas conclusões. O prazo inicial era que o conselho consultivo sugerisse até 14 de setembro o modelo ideal. Ontem (1º), após reunião com o conselho, o ministro deu um prazo limite de mais 30 dias, mas afirmou hoje à Radiobrás que o prazo poderá chegar a 60 dias, se for o caso. "Se é totalmente impossível esse relatório ficar pronto em menos de 60 dias, vamos aguardar", disse.

Hélio Costa afirmou, no entanto, que não tem como esperar a realização de testes com o sistema europeu Digital Radio Mondiale (DRM). "Os testes DRM tem que ser feitos por eles (técnicos que defendem o sistema europeu). Eles têm que trazer um transmissor da Europa, colocar em São Paulo, fazer o teste, indicar para as emissoras que estão dispostas a montar o sistema. Se não trazem esse transmissor até São Paulo, não tem teste. Ou eles fazem os testes, ou não tem como participar".

Até o momento, nenhuma das rádios que operam em caráter de testes com o sistema Iboc encaminhou seu relatório final à Anatel. O ministro diz que 21 rádios já operam digitalmente em caráter de testes com o Iboc. Os testes definitivos com o DRM ainda nem começaram.

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Fonte: IDG Now!
[03/08/07]   Receptor de rádio digital nacional custará cerca de R$ 70, afirma Costa por Redação do IDG Now!

Brasília - Ministro das Comunicações estipula preço baseado em informações de fabricantes e afirma não acreditar em conversores do sinal analógico.

O consumidor que quiser aproveitar a melhor resolução das rádios digitais terá que trocar seu antigo aparelho, pagando, no mínimo, cerca de 70 reais, afirmou o ministro das Comunicações, Hélio Costa, nesta quinta-feira (02/08).

A expectativa de preço revelada por Costa são de informações passadas ao ministro por fabricantes como Samsung e Sony sobre a fabricação nacional do equipamento.

O novo equipamento sintonizará tanto as rádios AM e FM atuais, em sinal analógico, como as novas estações que transmitirão em sinal digital.

Costa afirmou ter dúvidas sobre o funcionamento dos conversores, bastante populares nos Estados Unidos e Europa, que permitem que rádios antigos sintonizem o novo sistema de transmissão, "a menos que custasse no máximo 10 reais".

Para iniciar a fabricação dos novos rádios, as empresas esperam a decisão do governo federal sobre qual sistema de transmissão será adotado pelo país, o que deve ocorrer em, no máximo, 60 dias.

Para baratear ainda mais o preço do novo rádio, o governo federal estuda a possibilidade de fazer um acordo com as indústrias.

A idéia é fazer um acordo em que os empresários diminuam a margem de lucro e o governo diminua os impostos. Costa, porém, não revelou nenhum plano concreto quanto a isto.

“Uma questão foi levantada pelos empresários do setor e eu vou levar ao presidente da República: Eles me disseram que 40% é a margem do lucro do revendedor e 35% são impostos. Tem que ter uma discussão nesse sentido”, adianta o ministro.
*com informações da Agência Brasil.

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Fonte: IDG Now
[02/08/07]  
Rádio digital nacional misturará padrões da Europa e dos EUA, diz Costa  Por Redação, do IDG Now!*

Brasília - Ministro das Comunicações afirma que sistema nacional de rádio digital misturará elementos de padrão europeu e norte-americano.

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, revelou nesta terça-feira (01/08) que o padrão de rádio digital a ser implementado no Brasil contará com um sistema híbrido que usa os padrões norte-americano In Band on Chanel (Iboc), para as rádios AM e FM, e europeu, Digital Radio Mondiale (DRM), para as rádios de ondas curtas (OC).

Segundo Costa, a escolha esbarra no fato de nenhum deles contemplar todas as freqüências. “Precisamos de AM, FM e OC e nenhum dos sistemas tem os três elementos. Eu entendo que o que vai acontecer é um sistema híbrido, o mesmo que ocorreu com a TV. O sistema europeu atende às TVs a cabo e o japonês as abertas”, compara Hélio Costa.

O ministro anunciou ainda que o relatório do ministério, com a indicação dos sistemas que deverão ser adotados pelo Brasil será anunciado em 60 dias.

Na reunião, foi estabelecido prazo de 30 dias para que as rádios AM e FM que já operam em caráter de testes entreguem seus relatórios finais com a análise do sistema.

Segundo o ministro, 21 rádios AM e FM já realizam os testes com o sistema americano. De acordo com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) o número é menor: 16 rádios estão operando digitalmente.

Essas empresas “já estão praticamente investindo na possibilidade que o modelo venha ser o americano. Se escolhermos pelo modelo americano, elas partem para comprar o transmissor. No espaço de um ano, as emissoras brasileiras deverão estar praticamente todas engajadas na transmissão digital”.

A data para iniciar a transmissão digital será simbólica, diz Costa.

“É muito mais uma data que vai disparar o processo industrial porque elas [as rádios] já estão transmitindo digitalmente”. A partir do momento que o governo tomar a decisão, “as indústrias já disseram que, em quatro meses, têm condições de colocar o transmissor, em parte importado, em parte nacional, no mercado”, adianta.
*com informações da Agência Brasil.

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Fonte: TIInside
[02/08/07]  
Escolha de sistema de rádio digital será adiada até conclusão de testes

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, garantiu nesta quinta-feira (2/8) que o ministério vai aguardar os resultados dos testes com o sistema norte-americano In Band on Chanel (Iboc) antes de fechar a proposta do conselho consultivo sobre qual sistema de rádio digital o país deve adotar.

De acordo com o ministro, não há possibilidade de anunciar o sistema sem ter os resultados dos testes do Iboc. “Definitivamente, não podemos anunciar os resultados se não tivermos os testes, que precisam ser analisados tanto pelo ministério quanto pela Anatel”, afirmou.

Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), seriam necessários 60 dias para que todas as rádios fizessem suas conclusões. O prazo inicial era que o conselho consultivo sugerisse até 14 de setembro o modelo ideal. Ontem (1º), após reunião com o conselho, o ministro deu um prazo limite de mais 30 dias, mas afirmou hoje à Radiobrás que o prazo poderá chegar a 60 dias, se for o caso. “Se é totalmente impossível esse relatório ficar pronto em menos de 60 dias, vamos aguardar”, disse.

Hélio Costa afirmou, no entanto, que não tem como esperar a realização de testes com o sistema europeu Digital Radio Mondiale (DRM). “Os testes DRM tem que ser feitos por eles [os técnicos que defendem o sistema europeu]. Eles têm que trazer um transmissor da Europa, colocar em São Paulo, fazer o teste, indicar para as emissoras que estão dispostas a montar o sistema. Se não trazem esse transmissor até São Paulo, não tem teste. Ou eles fazem os testes, ou não tem como participar”.

Até o momento, nenhuma das rádios que operam em caráter de testes com o sistema Iboc encaminhou seu relatório final à Anatel. O ministro diz que 21 rádios já operam digitalmente em caráter de testes com o Iboc. Os testes definitivos com o DRM ainda nem começaram.

Hélio Costa afirmou que os técnicos do DRM foram convidados a realizar os testes, “mas infelizmente não tivemos uma boa resposta”. Agora, segundo Hélio Costa, os europeus foram convidados para fazer uma exposição do sistema ao conselho consultivo. Ontem (1º), dois técnicos do Iboc participaram da reunião do conselho e, posteriormente, fizeram uma exposição sobre o funcionamento do sistema norte-americano aos radiodifusores e empresas fabricantes de equipamentos.

Para o ministro, o país tem pressa na escolha do novo sistema. “Não podemos ficar mais à espera. O rádio digital está em processo de implantação e vamos decidir. Mas vamos aguardar os resultados das experiências, que são enviadas semestralmente para a Anatel. Pedimos que se faça uma compilação dos dados enviados nos últimos dois anos”. Hélio Costa já indicou que o modelo deverá ser um híbrido entre o sistema europeu e norte-americano. Isso porque o europeu comporta Ondas Curtas (OC), enquanto o Iboc funciona em AM e FM. O Brasil tem os três modelos em funcionamento.

Após concluída, a proposta do ministério é encaminhada para a Casa Civil. Aprovada lá, o presidente da República pode sancionar o projeto e, então, anunciar qual será o modelo de rádio digital a ser adotado no país. Segundo Hélio Costa, “no espaço de um ano, as emissoras brasileiras deverão estar praticamente todas engajadas na transmissão digital”.

Com informações da Agência Brasil. Da Redação

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Fonte: Convergência Digital  
[02/08/07]  
Congresso terá de impor limites à MP do Paraguai por Luiz Queiroz

A Frente Parlamentar da Informática terá de se virar sozinha para mudar a Medida Provisória 380, que instituiu o RTU - Regime de Tributação Unificada para importações procedentes do Paraguai. Nenhum ministério se sente confortável em tentar demover o presidente Lula dessa idéia. O presidente quer o regime favorecendo os paraguaios, por entender que ele será estratégico para as relações com o parceiro do Mercosul.
 
A MP do Paraguai, como já foi denominada no Congresso abre a possibilidade de pequenas importadoras trazerem para dentro do país produtos paraguaios, pagando uma alíquota única referentes aos Impostos de Importação (II) e sobre Produtos Industrializados (IPI), além da Cofins-Importação e o PIS/PASEP incidente na importação. Ao editar a medida provisória, o governo não apresentou uma relação dos produtos que poderão ser importados pelo RTU.
 
Essa lista vem sendo discutida entre a indústria e a Receita Federal cercada de sigilo, mas sabe-se que os equipamentos eletrônicos correm o risco de passar pela fronteira. Recentemente durante uma reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, o Secretário interino do Desenvolvimento da Produção, Nilton Sacenco Kornijezuk, chegou a minimizar essa lista, afirmando que o Paraguai poderia importar para o Brasil "radinhos de pilha".
 
Ontem (01), durante uma reunião do Comitê que analisa o padrão a ser adotado no Brasil para o rádio digital, discutiu-se a possibilidade do país voltar a produzir aparelhos de rádios. Segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, fabricantes como a Samsung, Sony e Telavo, aventaram essa hipótese. A produção de rádios no Brasil, segundo o ministro, praticamente já não existe, mas com o advento do rádio digital o mercado brasileiro tornou-se novamente atraente para a recuperação dessa indústria. Dificilmente isso ocorrerá com radinhos de pilha, mas considerando equipamentos eletrônicos maiores isso até seria possível.
 
Isso, contudo, demonstra, mais uma vez, como o governo não discute internamente nada do que pretende fazer em termos de política industrial. Enquanto um secretário minimiza as importações de "radinhos de pilha", o que seria lógico já que a indústria nao tem tanto interesse nisso, um ministro senta-se com fabricantes e debate a possibilidade de reativação dessa indústria no Brasil, do ponto de vista de aparelhos maiores e mais modernos, na linha da elerônica de consumo.
 
Procurado para falar sobre as articulações no Congresso para a votação da MP do Paraguai, o deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia e da Frente Parlamentar da Informática, disse que já está conversando com outras lideranças na Casa, para tentar minimizar o impacto que a medida causará à indústria nacional. Semeghini teme que na lista a ser produzida pela Receita Federal, o governo autorize as importações em pequena escala de bens de informática além de componentes partes e peças.
 
Como o Paraguai não produz praticamente nada no setor eletrônico, o vizinho seria apenas um entreposto para futuras importações de produtos chineses no Brasil, o que seria prejudicial à indústria nacional. "Vamos conversar para tentar minimizar os efeitos desta medida. Os deputados já apresentaram várias emendas para modificar o texto e impedir que ela se torne prejudicial à industria instalada no Brasil", destacou Semeghini. 
 
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Fonte: CorreioWeb
[02/08/07]   Aparelho para escuta de rádio digital custará pelo menos R$ 60
 
O consumidor terá que trocar o aparelho de rádio para ouvir as rádios digitais. A expectativa do Ministério das Comunicações é de que o aparelho mais barato custe de R$ 60 a R$ 70. O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, imagina que em um ano todo o sistema tenha migrado para o digital. “As empresas de fabricação Sansung e Sony me informaram que farão um rádio que custará em torno disso”, afirma o ministro.
 
O novo rádio terá as duas opções. Irá recepcionar tanto as rádios AM e FM atuais, em sinal analógico, quanto as novas rádios que transmitirão em sinal digital. Para iniciar a fabricação dos novos rádios, as empresas esperam a decisão do governo federal sobre qual sistema de transmissão será adotado pelo país, o que deve ocorrer em no máximo 60 dias. Outra opção que poderá chegar ao mercado brasileiro são os conversores. O aparelho permite que os rádios atuais captem as transmissões digitais. Ele hoje é utilizado nos Estados Unidos e na Europa. Mas o ministro tem dúvidas sobre sua utilização no Brasil, “a menos que custasse no máximo R$ 10”, diz.
 
Os novos rádios não recepcionarão as rádios de ondas curtas (OC) e o ministério ainda não sabe como fazer para que essas rádios cheguem ao consumidor. “O rádio de ondas curtas foi perdendo posição nos últimos anos. Não temos mais de 50 emissoras no Brasil, se tivermos. Ficamos sem ter como medir o impacto que causaria acrescentar o dispositivo de ondas curtas em um rádio AM e FM digital, porque encareceria o rádio. Talvez possamos fazer um rádio exclusivamente de ondas curtas ou um receptor. É uma questão de conversar com a indústria”, explica o ministro.
 
Para baratear ainda mais o preço do novo rádio, o governo federal estuda a possibilidade de fazer um acordo com as indústrias. A idéia é fazer um acordo em que os empresários diminuam a margem de lucro e o governo diminua os impostos. “Uma questão foi levantada pelos empresários do setor e eu vou levar ao presidente da República: Eles me disseram que 40% é a margem do lucro do revendedor e 35% são impostos. Tem que ter uma discussão nesse sentido”, adianta o ministro das Comunicações. [Agência Brasil]
 
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Fonte: Agência Brasil
[01/08/07]  
Governo pode anunciar sistema de rádio digital sem ter o resultado dos testes por Alessandra Bastos
 
 Brasília - Apenas uma emissora de rádio já entregou à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o relatório com os resultados dos testes realizados no padrão digital de transmissão. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, as emissoras entregarão os relatórios em até 60 dias. Mas a definição do governo sobre o sistema ideal pode sair antes disso. Se cumprir o prazo anunciado, o conselho consultivo apresentará sua proposta final até o dia 14 de setembro.
 
Atualmente, de acordo com a Abert, 16 emissoras de rádio AM e FM operam em caráter de teste no sistema norte-americano In Band on Chanel (Iboc). Outras 42 já pediram autorização à Anatel, mas ainda não iniciaram os testes. As únicas emissoras que irão testar o sistema europeu Digital Radio Mondiale (DRM) em ondas curtas (OC) são a Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB) e a Radiobrás. Os testes ainda não começaram.
 
"Ninguém [empresas de radiofusão] quis optar por testes com o outro sistema. E nós achamos importante, para poder estabelecer um comparativo entre os dois sistemas", disse o professor de Telecomunicações da UnB Lúcio Martins, ao anunciar os testes.
 
O diretor de TV Digital do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Juliano Castilho Dall`Antonia, alerta que “é preciso ter um volume razoável de dados para responder categoricamente qual sistema é o melhor. O que parece é que a discussão está incipiente. Precisava ter mais informação. Não é só uma discussão teórica. São tantos os parâmetros e os padrões possíveis, que precisa fazer um monte de testes, depois um monte de análises”, diz.
 
Para o presidente da Abert, “a discussão está muito madura” e os relatórios “vêm só contribuir no seguinte sentido: se a cobertura digital está maior, igual ou menor que a analógica. Não vêm necessariamente argumentar ou questionar a qualidade do padrão. A definição do padrão já está madura”.
 
O pesquisador do CPqD Takashi Tome ressalta, no entanto, que é “fundamental realizar um teste completo com ambos os padrões. Para ele, enquanto não for feito, todas as discussões carecem de embasamento. No caso da TV, foi realizado um teste na cidade de São Paulo envolvendo várias emissoras e analisamos todos os parâmetros. Foi um teste que demorou quase um ano”.
 
Takashi Tome diz que, entre as características tecnológicas que precisam ser observadas na prática estão a cobertura, qualidade do sinal recebido, recepção em todos os pontos e qualidade do áudio de cada um dos dois sistemas (o americano e o europeu). “Em cada sistema existem várias configurações. Não é como comparar melancia com melão”, diz o pesquisador.
 
As 16 emissoras de rádio AM e FM que realizam testes com o sistema americano Iboc se localizam nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Mas para Juliano Dall`Antoni, do CPqD, “estes testes estão muito pulverizados”, já que são feitos em apenas uma emissora de São Paulo e outra em Porto Alegre, e não em várias.
 
O presidente da Abert discorda. Segundo ele, “os testes têm caminhado muito bem e a migração traz um salto de qualidade impressionante”. O que falta, para Daniel Slaviero, e está causando a maior dificuldade para as rádios, é “a definição por parte do governo”.
 
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Fonte: Agência Brasil
[01/08/07]    Poder público terá uma rádio digital em cada município, diz ministro por Alessandra Bastos
 
 Brasília - O Ministério das Comunicações pretende garantir espaço para que todas as cidades tenham uma rádio pública, assim que for realizada a transição do padrão analógico para o digital. De acordo com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, em um ano a rádio digital deve estar implantada em todo país.
 
“A idéia é que cada cidade tenha pelo menos uma rádio pública”, afirma Hélio Costa, que hoje (01) se reuniu com o conselho consultivo que estuda o assunto. Até 14 de setembro o conselho deverá apresentar um relatório com a indicação do sistema digital que o Brasil deverá adotar. Há dois modelos em análise, o norte-americano (Iboc) e o europeu (DRM).
 
Com o crescimento das rádios comunitárias, que já somam aproximadamente 2,5 mil em todo país – contando apenas aquelas em situação regularizada –, Hélio Costa não vê necessidade de criar rádios temáticas, como ocorrerá com a TV digital, em que o governo federal terá quatro canais - do Poder Executivo, cultural, educativo e da cidadania -, além de dois canais para o legislativo (Câmara e Senado).
 
“Elas [rádios comunitárias] atendem muito bem a comunidade”, mas, “evidentemente, fica um espaço reservado para o poder público”, afirma o ministro.
 
Segundo ele, a intenção é de que as rádios públicas sejam utilizadas principalmente para o ensino à distância. “É um aumento do conteúdo, já que você vai ter a possibilidade da multiprogramação com quatro programações diferentes e simultâneas dentro da mesma banda”.
 
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Fonte: Meio&Mensagem
[01/08/07]  
Hélio Costa confirma padrão híbrido para o rádio digital por Gilberto Evangelista

Ministro diz que decreto que estabelece o novo sistema sai até meados de setembro
 
Depois de reunir-se com o conselho consultivo, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que o padrão de rádio digital que será adotado no Brasil será constituído por um sistema híbrido. O modelo adota os sistemas o americano In Band on Chanel (Iboc), da Ibiquity, para as rádios AM e FM e o europeu, Digital Radio Mondiale (DRM), para as rádios de ondas curtas (OC), como antecipado pelo Meio & Mensagem Online - leia aqui.
 
Hélio Costa informou ainda que o texto do decreto que estabelece o padrão de rádio digital que será adotado no País será encaminhado até 14 de setembro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião serviu para discussão da solução encontrada pelo ministério e também para a fixação de prazos para entrega de relatórios pelas emissoras que testam o sistema digital. Dentro de 30 dias as rádios AM e FM que realizam testes com os sistemas deverão entregar os relatórios finais com a análise desse período estudo do rádio digital.
 
Apesar de já saber qual sistema será adotado pelo País, o ministro não quis fixar data para o início das transmissões da rádio digital. Mas a expectativa é que, assim que o governo assinar o decreto, as indústrias do país possam dentro de pouco tempo colocar receptores para o sistema digital à venda no mercado brasileiro.
 
Obs: Para acessar gratuitamente o conteúdo do site Meio&Mensagem é necessário id/senha a partir de um cadastro
 
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Fonte: ClicaBrasil.com.br
[01/08/07]  
Poder público terá uma rádio digital em cada município, diz ministro
 
Segundo Hélio Costa, ministro das Comunicões, no período de um ano a tecnologia digital deve estar implantada nas rádios de todo país

O Ministério das Comunicações pretende garantir espaço para que todas as cidades tenham uma rádio pública, assim que for realizada a transição do padrão analógico para o digital. De acordo com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, em um ano a rádio digital deve estar implantada em todo país.

“A idéia é que cada cidade tenha pelo menos uma rádio pública”, afirma Hélio Costa, que hoje se reuniu com o conselho consultivo que estuda o assunto. Até 14 de setembro o conselho deverá apresentar um relatório com a indicação do sistema digital que o Brasil deverá adotar. Há dois modelos em análise, o norte-americano (Iboc) e o europeu (DRM).

Com o crescimento das rádios comunitárias, que já somam aproximadamente 2,5 mil em todo país – contando apenas aquelas em situação regularizada –, Hélio Costa não vê necessidade de criar rádios temáticas, como ocorrerá com a TV digital, em que o governo federal terá quatro canais - do Poder Executivo, cultural, educativo e da cidadania -, além de dois canais para o legislativo (Câmara e Senado).

“Elas [rádios comunitárias] atendem muito bem a comunidade”, mas, “evidentemente, fica um espaço reservado para o poder público”, afirma o ministro.

Segundo ele, a intenção é de que as rádios públicas sejam utilizadas principalmente para o ensino à distância. “É um aumento do conteúdo, já que você vai ter a possibilidade da multiprogramação com quatro programações diferentes e simultâneas dentro da mesma banda”.

Agência Brasil

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