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Setembro 2007               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


20/09/07

Conferência Nacional Preparatória de Comunicações (4) - Novos "ecos"

Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Nosso "Serviço ComUnitário" acompanha, pela mídia, os "ecos" da Conferência Nacional Preparatória de Comunicações que terminou ontem no Congresso.
O tema do evento foi "Uma Nova Política para a Convergência Tecnológica e o Futuro das Comunicações".
 
Como esta "conferência preparatória" foi um "treino" agora espera-se o "jogo": a Conferência Nacional de Comunicações! :-) 
 
Aqui estão algumas "expectativas" mas vale arranjar um tempinho para conferir tudo o que "rolou": ficar "ligado" e formar opinião é preciso!  :-)

Eduardo Tude, diretor do
Teleco:
(...) Pelo que pude perceber, não se deve esperar que o processo de debate em curso em Brasília, do qual esta conferencia faz parte, leve a mudanças imediatas e radicais no atual marco regulatório brasileiro. O objetivo principal do processo parece ser encontrar pontos de convergência entre as várias partes envolvidas e obter avanços onde existe consenso. Procura-se evitar desta forma que processos como a implantação do 3G e Wimax fiquem paralisados, como ocorreu no ano passado. (...)
Cristina de Luca (jornalista)
(...) Diante das muitas críticas dos movimentos sociais sobre a não participação da sociedade civil na "Conferência Nacional Preparatória de Comunicações: Uma Nova Política para a Convergência Tecnológica e o Futuro das Comunicações", realizada esta semana na Câmara, o ministro Hélio Costa, o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, e o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Júlio Semeghini (PSDB-SP), se comprometeram a realizar uma Conferência Nacional de Comunicação no ano que vem. Até porque, até aqui, como se viu, a Conferência choveu no molhado. Foi um desfile de velhas queixas e velhas soluções. É preciso avançar mais. Com urgência.  (...)
 
Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação:
(...) Entidades que compõem o Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação lançaram nesta segunda-feira (17) um manifesto por uma Conferência ampla e com participação popular. O documento, assinado por entidades da sociedade civil, foi entregue durante a abertura da Conferência Preparatória de Comunicações, organizada pelo Ministério das Comunicações em conjunto com a Anatel, Câmara e Senado Federais, que acontece até 19 de setembro, em Brasília.
“Por uma conferência democrática com participação popular”, esta é a frase que sintetiza as reivindicações contidas no documento assinado por dezenas de entidades, dentre elas a CUT, em defesa de uma conferência que seja construída de fato, pelo poder público em conjunto com a sociedade civil, ou seja, “respeitando o princípio da participação social ativa”.  (...)
 
Aqui estão as novas referências de hoje, abaixo transcritas:
 
Blog Teleco
[20/09/07]   Distribuição de conteúdo polariza debates na Conferência em Brasília  por  Eduardo Tude
 
Fonte: Convergência Digital - "Circuito"
[19/09/07]   Crítica da sociedade civil foi ouvida por Crisitna de Luca
 
Fonte: TIInside
[19/09/07]   Sardenberg diz que Anatel não pode ficar alheia a questão do conteúdo
 
Fonte: Convergência Digital
[19/09/07]   
Só uma revisão constitucional garante a convergência tecnológica por Luiz Queiroz
 
Fonte: Computerworld com informações da Agência Brasil
[19/09/07]   
Sistema de concessões de radiodifusão é uma anomalia, diz pesquisador
 
Fonte: Computerworld com informações da Agência Câmara
[19/09/07]   
Senado e órgão públicos discutem TV Digital durante conferência
 
Fonte: Globo Online
[19/09/07]   
Diretor da Abert pede novas concessões para TV aberta por Mônica Tavares
 
Fonte: Convergência Digital
[19/09/07]   
Ziller: "Estamos sendo literalmente atropelados pela convergência" por Luiz Queiroz
 
Fonte: Convergência Digital - "Circuito"
[19/09/07]   Governo quer 3G em todo o Brasil até 2010 por Cristina De Luca 
 
Font: CUT
[18/09/07]   Entidades distribuem manifesto durante a abertura da Conferência Preparatória, em Brasília  por Paula Brandão 
 
 
E aqui estão as matérias citadas nas mensagens anteriores que estão e estarão também em nosso BLOCO:  :-)
 
Fonte: Blog Teleco
[19/o9/07]  
Veja o que foi discutido na Conferência em Brasília por Eduardo Tude
 
Fonte: Convergência Digital
[18/09/07]   
Conferência de Comunicações começa com protestos por TV Legislativa por Luiz Queiroz
 
Fonte: Computerworld
[18/09/07]  
Para ministro, revisão de marco regulatório já é consensual
 
Fonte: Computerworld
[18/09/07]  
Governo quer "fazer entrar pela janela" uma nova Lei para Telecom  por Luiz Queiroz
 
Fonte: Convergência Digital
[18/09/07]  
Anatel defende legislação única para Radiodifusão e Telecomunicações por Luiz Queiroz
 
Fonte: Convergência Digital
[18/09/07]  
Sem convergência, Brasil ficará estagnado por Luiz Queiroz
 
Fonte: AESP/Jornal da Câmara - Agência
[17/09/07]   Conferência aponta lacunas nas leis das comunicações
 
Fonte: AESP/ O Estado de S.Paulo - Economia & Negócios
[16/09/07]   Oportunidade histórica para as comunicações por Ethevaldo Siqueira
 
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[05/09/07]  
'Conferência' é realizada sem participação da sociedade civil  por Gabriela Guedes 
 
Fonte: Telaviva
[04/09/07]   Congresso convoca reunião preparatória 
 
Fonte: CUT
[27/07/07]   Conferência Nacional Preparatória de Comunicações é adiada 
 
Fonte: Convergência Digital
[18/09/07]  
Sem convergência, Brasil ficará estagnado por Luiz Queiroz
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 

Blog Teleco
[20/09/07]    Distribuição de conteúdo polariza debates na Conferência em Brasília  por  Eduardo Tude
 
O segundo dia da conferência nacional preparatória continuou no Senado com painéis sobre Radiodifusão (Rádio e TV Digital), Produção e distribuição de conteúdo, Inclusão Digital e Política Industrial.

A questão da distribuição do conteúdo dominou os debates da manhã. João Saad da ABRA deixou claro as diferenças que existem entre os radiodifusores, declarando que a Abert representa apenas parte deles. Segundo Saad é preciso desatar o nó da distribuição. A guerra está na distribuição e não na produção. A Bandeirantes não consegue aumentar sua produção local por não ter acesso às redes de distribuição de TV por assinatura dominadas pela Net e Sky.
 
Entre os apresentadores parece haver um consenso no sentido de garantir espaço para a produção local. Saad, no entanto, considera que isto deve ser feito garantindo que 50% dos canais na programação sejam locais e não através de cotas na programação de um canal. Annenberg considera também que o conteúdo brasileiro não precisa de proteção mas incentivos a produção de canais locais.
 
Evandro Mesquita da Abert enalteceu o papel da radiodifusão na integração nacional e seu modelo de recepção livre e gratuita.
 
A disputa entre operadoras de telecomunicações e radiodifusores ficou a margem da discussão. Os radiodifusores têm um duplo papel: produtores de conteúdo e distribuidores de conteúdo através das telecomunicações. Um novo marco regulatório que englobe telecomunicações e radiodifusão não deve tratar da regulamentação do conteúdo sobre o mesmo guarda-chuva. Na TV por Assinatura esta separação já foi implementada com a TV por Assinatura sendo considerada um serviço de telecomunicações. O problema de fazer esta separação na radiodifusão está ligada aos canais de TV sob os quais os radiodifusores mantém um rígido controle.
 
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Fonte: Convergência Digital - "Circuito"
[19/09/07]   Crítica da sociedade civil foi ouvida por Crisitna de Luca

Diante das muitas críticas dos movimentos sociais sobre a não participação da sociedade civil na "Conferência Nacional Preparatória de Comunicações: Uma Nova Política para a Convergência Tecnológica e o Futuro das Comunicações", realizada esta semana na Câmara, o ministro Hélio Costa, o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, e o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Júlio Semeghini (PSDB-SP), se comprometeram a realizar uma Conferência Nacional de Comunicação no ano que vem.
Até porque, até aqui, como se viu, a Conferência choveu no molhado. Foi um desfile de velhas queixas e velhas soluções. É preciso avançar mais. Com urgência.
 
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Fonte: TIInside
[19/09/07]   Sardenberg diz que Anatel não pode ficar alheia a questão do conteúdo

O presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, disse nesta terça-feira (18/9), durante o primeiro painel da Conferência Nacional Preparatória de Comunicações, cujo tema foi "Políticas de comunicação no ambiente de convergência", que esse novo cenário possibilitaria, entre outros aspectos, a oferta de vários serviços por meio de uma única plataforma. No entanto, salientou, nesses novos tempos faz-se necessária uma análise do Código Brasileiro de Telecomunicações, bem como a adequação dos serviços de comunicação de massa.
 
"Fato é que, globalmente, a evolução da tecnologia foi mais veloz que a formulação ou mesmo adequação das leis. É preciso adequar o marco regulatório para o setor. Os desafios do cenário das telecomunicações são variados e complexos e seus impactos vão além dos limites do setor."
 
Sardenberg ainda observou que, embora o conteúdo esteja fora das atribuições legais da Anatel, a agência não pode ficar alheia a esse assunto e que o órgão regulador vai continuar acompanhando todo tipo de conteúdo que transitar pela infra-estrutura de rede de telecomunicações. Além disso, acentuou, o estímulo à produção de conteúdo nacional poderá ser feito em parceria entre a Anatel e a Agência Nacional do Cinema (Ancine).
 
Para o presidente da agência, mais do que nunca é preciso fortalecer e profissionalizar a Anatel. Segundo ele, o cenário de telecomunicações convergentes "exigirá adequados parâmetros de gestão, mais especialização, mais agilidade na tramitação de processos, capacitação para a operação da agência, mas também a qualificação de seus servidores, tendo em vista sua progressão funcional". Da Redação
 
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Fonte: Convergência Digital
[19/09/07]  Só uma revisão constitucional garante a convergência tecnológica por Luiz Queiroz 
 
Para o Professor Murilo Ramos, da Universidade de Brasília, a revisão dos marcos regulatórios no setor de Telecomunicações podem não surtir todos os efeitos desejados. Segundo ele, a solução do entrave regulatório começa, necessariamente, por uma revisão do texto constitucional, no Capítulo V, que trata da Comunicação Social.
 
Segundo ele, o Congresso Nacional terá de mexer nos atigos 220 a 224 da Constituição de 1988, no sentido de garantir que  a convergência tecnológica dos serviços de telecomunicações possam se integrar às políticas de Comunicação e Radiodifusão.
 
Para o docente da UnB, este capítulo na Constituição é ultrapassado, vem de meados do século passado, (anos 40 e 50), quando as comunicações ainda estavam engatinhando. "É uma colagem de interesses conflitantes que resistem até hoje", destacou.
 
O modelo atual, sustentado no Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT), que também é de 1962, (quando ainda sequer se pensava em telefonia móvel no Brasil), acabou preservado pela Constituinte de 1988, graças à pressão da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert). Sendo assim, o modelo refletiu apenas "a prevalência dos interesses privados (da radiodifusão comercial) sobre o público", avalia.
 
Ramos defendeu na revisão constitucional, mudanças no modelo das atuais concessões de rádio e televisão. "O instituto da concessão e da permissão para os serviços de radiodifusão no Brasil é uma anomalia normativa e precisa ser revista em profundidade com urgência”, destacou.
 
Para ele, a revisão aconteceria nos moldes da proposta da ex-deputada Cristina Tavares (PE) durante o processo constituinte, sendo baseada em três pilares: Direito da Comunicação, Políticas Nacionais de Comunicação, e Comunicação e Regulação Autônoma.
 
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Fonte: Computerworld com informações da Agência Brasil
[19/09/07] 
Sistema de concessões de radiodifusão é uma anomalia, diz pesquisador
 
César Ramos diz que "o atual cenário da Comunicação Social na Constituição Federal é uma colagem de interesses conflitantes, construída de última hora".
 
O instituto da concessão e da permissão para os serviços de radiodifusão no Brasil é uma anomalia normativa e precisa ser revisto em profundidade, com urgência, desde os preceitos constitucionais que o assegura, até a legislação. A afirmação é do professor da faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), Murilo César Ramos.
 
O tema veio à tona durante a Conferência Nacional Preparatória de Comunicações, que terminou hoje (19/09) na Câmara dos Deputados. Em 2007 vencem as concessões de 28 canais de TV, 80 rádios FMs e 73 AMs, de acordo com Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).
 
A cada 10 anos para o rádio, e a cada 15 no caso da televisão, o governo deve avaliar o conteúdo veiculado nas emissoras, a responsabilidade social das empresas e a regularidade fiscal, conforme diz a Constituição.
 
Segundo o artigo que regulamenta os serviços de radiodifusão no Brasil, as emissoras também devem produzir conteúdos educativos, mostrar cultura nacional, manifestações populares regionais e produção independente. As emissoras só perdem as concessões se receberem votos contrários de dois quintos dos 513 deputados.
 
César Ramos diz que "o atual cenário da Comunicação Social na Constituição Federal é uma colagem de interesses conflitantes, construída de última hora", e por isso defende que "o instituto da concessão e da permissão precisa ser revisto".
 
Atualmente, a responsabilidade de autorizar o funcionamento de uma emissora de rádio ou televisão e também renovar a concessão da atividade são atribuições do Ministério das Comunicações, Congresso Nacional e Presidência da República.
 
Em 2006, a CCTCI não renovou a concessão de 83 emissoras de radiodifusão. Os pedidos voltaram para a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara, onde devem ser reavaliados para, em seguida, seguirem para votação no plenário.
 
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Fonte: Computerworld com informações da Agência Câmara
[19/09/07] 
Senado e órgão públicos discutem TV Digital durante conferência
 
Da escolha do padrão japonês até questionamentos sobre a regulamentação da multiprogramação e a qualidade do Ginga estão em debate.
 
Apesar de a definição do sistema japonês de TV Digital ter sido definido na metade de 2006, questões como a da regulamentação da multiprogramação, no entanto, ainda estão sendo estudada pelo ministério.
 
O consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara, afirmou que o governo levou em consideração o avanço tecnológico do padrão japonês de TV digital, já que o ISDB permite a veiculação de imagens de alta definição, interatividade e multiprogramação (a transmissão de vários programas ao mesmo tempo por um mesmo canal).
 
Bechara participa, no Senado, da "Conferência Nacional Preparatória de Comunicações: Uma Nova Política para a Convergência Tecnológica e o Futuro das Comunicações". No encontro, ele informou ainda que a TV digital já está em funcionamento em São Paulo e quatro emissoras estão em fase de teste, conforme noticiou o COMPUTERWORLD.
 
O consultor lembrou que as mudanças relativas ao padrão escolhido agora são feitas por um comitê de desenvolvimento, formado por representantes de diversos ministérios. Mas também existe um fórum consultivo formado por representantes de emissoras, da indústria de televisores e de universidades.
 
A questão já foi encerrada para muitos, mas Bechara voltou a falar do padrão japonês após receber críticas do coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Schröder, no que diz respeito à interatividade. Na opinião de Schröder, a tecnologia japonesa não é a melhor nesse ponto. Ele não disse, no entanto, o que seria melhor.
 
O coordenador do FNDC ressaltou que o governo precisa regulamentar o novo sistema, de forma a permitir o máximo de acesso da população e impedir a concentração das emissoras nas mãos de alguns grupos privados. Esses grupos, segundo Schröder, tendem a ver normas sobre a mídia como censura, o que não deve ocorrer.
 
Diferentemente de Celso Schröder, o diretor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Evandro Guimarães, acredita que não existe no Brasil monopólio ou oligopólio de emissoras abertas de TV e rádio. Ele lembrou que não são poucos os grupos que atuam no setor: ao todo, no País, existem 458 emissoras de TV aberta no País. Destas, 99 transmitem a programação da TV Globo, e 48, do SBT.
 
Segundo Guimarães, as emissoras educativas somam 193 e, em sua avaliação, a TV digital pode contribuir para aumentar a programação de educação a distância. Porém, o que o preocupa é uma possível ameaça do modelo digital à integração nacional. Ele se disse contrário a mudanças na legislação que possam abrir a programação, permitindo a entrada de emissoras estrangeiras no País.
 
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Fonte: Globo Online
[19/09/07]  
Diretor da Abert pede novas concessões para TV aberta por Mônica Tavares
 
O Globo BRASÍLIA - O diretor da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e televisão (Abert), Evandro Guimarães, destacou a necessidade do governo lançar editais de geradoras de televisão aberta, agora já na tecnologia digital. Ele disse que há quase oito anos não há nenhum nenhuma nova concessão de canais de TV no país. Ele participou nesta nesta quarta-feira da "Conferência Nacional Preparatória de Comunicações". Existem no país 458 geradoras de TV e 59 editais de TV que não foram resolvidos.
- Há sete ou oito anos não há editais de geradoras. Há uma enorme estagnação no setor - afirmou ele.
 
Uma das características da TV brasileira, segundo Evandro Guimarães, é a recepção livre e gratuita. Ele ressaltou ainda o modelo federativo de rádio e TV que, para o diretor, manteve a "voz local" nas redes nacionais.
 
A radiodifusão, segundo o diretor da Abert, é responsável pela geração de 200 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, dinamiza as pequenas e médias empresas, isso é, a economia local. São cerca de 50 mil anunciantes, que gastam cerca R$ 50 mil por ano.
 
É no intervalo comercial que as forças vivas da indústria e do comércio se expressam - disse Guimarães.
 
Evandro Guimarães falou ainda sobre a digitalização da TV e do rádio. Ele disse que é urgente que o processo da TV digital seja implantado, em dezembro começa a operar comercialmente a TV digital em São Paulo.  Quanto à rádio digital, o governo ainda não definiu qual será o padrão, discussão que estaria em curso.
 
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Fonte: Convergência Digital
[19/09/07]  
Ziller: "Estamos sendo literalmente atropelados pela convergência" por Luiz Queiroz

O conselheiro da Anatel, Pedro Jaime Ziller, em palestra proferida na Conferência Preparatória de Comunicações, na Câmara dos Deputados, afirmou que o marco regulatório brasileiro, após 10 anos de existência, está ultrapassado e necessita urgentemente ser revisto."Nós estamos sendo literalmente atropelados pela convergência", sentenciou.
 
Ziller defendeu, do ponto de vista pessoal, a proposta da neutralidade tecnológica, assunto que dominou os debates na Conferência, na qual os novos regulamentos deveriam atentar para as questões da universalização e na distribuição do conteúdo, não importanto os meios tecnológicos a serem empregados, que teriam oportunidades iguais para concretizar esses objetivos.
 
Segundo ele, o novo regulamento terá de ser capaz de suportar as inovações tecnológicas como um dos principais pressupostos, além de garantir a ampla competição com a possibilidade de novos entrantes. "Se não fizermos, teremos certamente o monopólio privado", destacou, acrescentando que as mudanças regulatórias devem garantir oportunidade para todos.
 
Outro aspecto defendido por ele é o de que a convergência tecnológica será o meio pelo qual o país poderá promover a universalização dos serviços de telecomunicações. E que chegou a hora do público e do privado se juntarem para debater formas de inserir o País no contexto de primeiro mundo.
 
O modelo ideal para o setor, na avaliação do conselheiro, seria o mesmo do "Pacto de Moncloa", instituído pela Espanha após 1975, com morte do ditador Francisco Franco. Nele, governo, empresários e trabalhadores negociaram um acordo que pudesse tirar o país do atraso financeiro em relação à Europa. O pacto foi assinado no Palácio de Moncloa, em Madri.
 
Se tal pacto espanhol - que limitou aumentos salariais a um teto inferior à inflação e de restrição das greves de trabalhadores - se aplicaria ao cenário das Telecomunicações é um caso a se discutir. No campo político, certamente não seria. Isso porque o Brasil encerrou o período ditatorial após a Constituição de 1988.
 
Aparentemente, o conselheiro Ziller usou esse exemplo mais para reforçar a discussão das Parcerias Público-Privadas em favor da convergência e da universalização dos serviços, tema recorrente em algumas palestras durante o primeiro dia da Conferência Preparatória de Comunicações.
 
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Fonte: Convergência Digital - "Circuito"
[19/09/07]   Governo quer 3G em todo o Brasil até 2010 por Cristina De Luca 
     
Até final de 2009, todos os municípios do País terão telefonia celular de terceira geração. Promessa do Ministro Hélio Costa, durante a "Conferência Nacional Preparatória de Comunicações: Uma Nova Política para a Convergência Tecnológica e o Futuro das Comunicações", realizada na Câmara. Segundo ele, nos próximos dois anos, 1,8 mil municípios que ainda não têm cobertura vão receber o serviço
Está programada para o próximo mês, a licitação da telefonia de terceira geração, que combina acesso à internet de banda larga e à telefonia móvel.
Nesta terça-feira(18/09) a Anatel entregou aos interessados o Documento de Identificação, as Propostas de Preços e a Documentação de Habilitação para obtenção de autorização para exploração do Serviço Móvel Pessoa (SMP).
Serão licitados 105 lotes em 28 áreas de prestação que, no total, abrangem a oferta de faixas de radiofreqüências em todo o território nacional. De acordo com o edital, as faixas serão utilizadas tanto para a extensão da oferta de serviço pelos atuais prestadores como também para a entrada de novas empresas no mercado de telefonia celular.
 
Os preços mínimos estabelecidos variam de R$ 9,3 mil - lotes 90 e 91, correspondentes à área de prestação 25, que abrange o município de Paranaíba, no Mato Grosso do Sul - a R$ 106,4 milhões - lote 5, correspondente à área de prestação 16, que abrange a Região 1  do Plano Geral de Autorizações (PGA), área de concessão da Telemar (compreende estados da região Sudeste, Norte e Nordeste).
O Edital de Licitação para Expedição de Autorização e/ou Outorga de Autorização de Uso de Radiofreqüência do Serviço Móvel Pessoal (SMP) nas Subfaixas de Radiofreqüências E, M, L e de Extensão em 900MHz e 1.800MHz foi colocado sob a Consulta Pública 756 e esteve aberta a contribuições entre o final de 2006 e início de 2007.
 
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Fonte: Convergência Digital
[18/09/07]  
Sem convergência, Brasil ficará estagnado por Luiz Queiroz
 
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, reconheceu nesta terça-feira (18/09), que depois de viver um período de vigorosos investimentos privados, em média, um montante de US$ 6 bilhões, segundo dados apurados pelo ministro, a realidade mostra que já há uma estagnação no Brasil nos aportes de novos recursos em infra-estrutura e na prestação de serviços pelo setor de Telecomunicações.
 
Costa entende que os atuais marcos regulatórios brasileiros estão obsoletos e são incapazes de atender aos anseios das grandes companhias de telecomunicações, assim como, em geral da indústria, que seguem em direção à convergência tecnológica.
 
Para o ministro, depois de completar 10 anos, a Lei Geral de Telecomunicações precisa ser revista. "Ela não está preparada para as inovações tecnológicas que surgiram ao longo desses anos", afirmou.
 
O ministro foi bastante comedido no que se refere à sua eterna oposição à inserção das teles no mercado de radiodifusão. Desta vez procurou evitar temas polêmicos. "Nosso objetivo é formular uma política de Estado, e não, de governo",frisou.
 
Hélio Costa participou nesta terça-feira, 18/09, no Painel: "Políticas de Comunicação no Ambiente de Convergência Tecnológica" - na Conferência Preparatória de Comunicações, realizada na Câmara dos Deputados.

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Font: CUT
[18/09/07]   Entidades distribuem manifesto durante a abertura da Conferência Preparatória, em Brasília  por Paula Brandão 
 
Entidades que compõem o Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação lançaram nesta segunda-feira (17) um manifesto por uma Conferência ampla e com participação popular. O documento, assinado por entidades da sociedade civil, foi entregue durante a abertura da Conferência Preparatória de Comunicações, organizada pelo Ministério das Comunicações em conjunto com a Anatel, Câmara e Senado Federais, que acontece até 19 de setembro, em Brasília.
 
“Por uma conferência democrática com participação popular”, esta é a frase que sintetiza as reivindicações contidas no documento assinado por dezenas de entidades, dentre elas a CUT, em defesa de uma conferência que seja construída de fato, pelo poder público em conjunto com a sociedade civil, ou seja, “respeitando o princípio da participação social ativa”. 
 
O movimento aponta que a Conferência de Comunicação está em desacordo com o modelo das conferências que foram ou que serão realizadas - como a da Saúde, Educação, Direitos Humanos, Cidades, Segurança Alimentar e Nutricional, Meio Ambiente, Cultura, Assistência Social, Juventude, Crianças e Adolescentes, Economia Solidária e outras, constituídas com eleição de delegados em etapas regionais, estaduais e municipais.
 
Para Rosane Berttoti, secretária nacional de Comunicação da CUT, “é importante ressaltar que o crescimento e o desenvolvimento do país também está atrelado à democratização dos meios de comunicação. Portanto, a participação da sociedade civil, tendo como interlocutores os movimentos social e sindical é imprescindível em todos os debates de construção de políticas públicas de comunicação, como por exemplo, nos que dizem respeito às redes públicas e comunitárias de TV e rádio. Vamos lutar pela participação popular no processo da Conferência para que se rompa com a lógica mercantil que há décadas impera nos meios em nosso país, que é a mídia anti-brasileira”. 
 
Celso Schröder, coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), uma das organizações signatárias da carta, diz que este evento deve ser preparatório para uma Conferência Nacional de Comunicação ampla, como reivindicam os movimentos sociais há algum tempo. “A Conferência precisa ser um espaço para o governo buscar subsídios junto à sociedade para a implementação das políticas públicas necessárias. Este evento preparatório tem participação majoritária do governo e de empresários. A sociedade civil tem apenas dois representantes, que são o FNDC e a UnB”, aponta Schröder. 
 
Bráulio Ribeiro, do Intervozes, destaca que apenas a mobilização dos movimentos sociais e das organizações da sociedade civil poderá pressionar o governo a realizar uma verdadeira Conferência Nacional. "Por um lado, não existe nenhuma movimentação concreta do governo no sentido da realização de uma conferência. O governo nunca assinou um documento nem pronunciou-se publicamente sobre o assunto. Por outro, o setor empresarial não tem interesse algum em que a sociedade discuta e delibere democraticamente sobre as políticas públicas de comunicação. A tarefa que está colocada para os movimentos sociais, portanto, é bastante árdua e exige muita mobilização”, diz Ribeiro.
 
Augustino Veit, membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, ressalta que a carta divulgada hoje é um alerta. “Estamos dizendo que esta Conferência Preparatória não satisfaz os anseios da sociedade civil, que exige uma conferência nos moldes das demais. O sentido de uma conferência é produzir o acúmulo do conhecimento que vem da sociedade e, a partir daí, deliberar políticas públicas. Ela só tem legitimidade, portanto, se tiver participação popular, se for democrática. Este evento que começou hoje tem o caráter de um seminário, ou de um simpósio. Falta aqui a visão de que a comunicação é um direito humano e que, portanto, não pode se reduzir a um negócio”, destaca.
 
Leia abaixo a íntegra da carta do Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação:
 
PELA CONVOCAÇÃO DE UMA CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO AMPLA, DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
 
Saúde, Educação, Direitos Humanos, Cidades, Segurança Alimentar e Nutricional, Meio Ambiente, Cultura, Assistência Social, Juventude, Crianças e Adolescentes, Economia Solidária, entre tantas outras, são questões debatidas pela sociedade civil, em conjunto com o poder público, em conferências nacionais, com etapas estaduais, regionais e municipais.
 
Este espaço simplesmente não existe para a área da comunicação. Em que pese o caráter inegável de serviço público e o reconhecimento cada vez mais forte de que a comunicação é um direito da sociedade, os “donos da voz” no Brasil – os grandes grupos empresariais de mídia – não aceitam a premissa do controle público e social da comunicação. A liberdade de expressão seria, conforme mostra o exemplo cotidiano destes mesmos grupos, um privilégio de poucos que estariam aptos a falar em nome do conjunto da população brasileira.
 
A sociedade civil não aceita mais apropriação indevida – por parte dos empresários da comunicação – da liberdade de expressão como justificativa para defender a sua liberdade ilimitada e desregulada de impor sua visão de mundo sobre os rumos da nação. Fazem isso, vale lembrar, excluindo e marginalizando todas as vozes divergentes.
 
A comunicação é um direito e a sua realização, assim como a dos demais direitos humanos, deve se realizar através de políticas públicas promovidas pelo Estado, respeitando o princípio da participação social ativa nos processos de elaboração e decisão das diretrizes para estas políticas. Por isso defendemos e exigimos do Estado a realização da I Conferência Nacional de Comunicação, de forma democrática e participativa, com etapas estaduais, regionais e municipais, de modo a permitir um amplo debate sobre os problemas da comunicação, que agravam ou tornam invisíveis os outros problemas da sociedade brasileira.
 
Entendemos que esta Conferência Nacional Preparatória de Comunicações, realizada pelo Ministério das Comunicações, em parceria com as Comissões de Ciência e Tecnologia da Câmara e do Senado, é uma contribuição importante para o debate técnico sobre diversos aspectos da agenda do setor. Mas esse evento não se identifica com o formato e com os princípios das conferências nacionais setoriais. Por isso, reiteramos a defesa da convocação de uma Conferência ampla, democrática e participativa, como instrumento de definição de políticas públicas para um sistema de comunicação plural, compatível com os padrões de democracia e de respeito aos direitos humanos inscritos na Constituição Federal.
 
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) – Conselho Federal de Psicologia (CFP) – Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) – Central Única dos Trabalhadores (CUT) – Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) – Movimento Negro Unificado (MNU) – União Nacional dos Estudantes (UNE) – Conselho Indigenista Missionário (CIMI) – Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (FENDH) – Intervozes – Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) – Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiodifusão e Televisão (Fitert) – Lapcom/UnB – Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço) – Ministério Público Federal (MPF) – Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc) – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos) –Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub) – Campanha pela Ética na TV – Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) – Associação Brasileira do Ensino de Psicologia – Blog Mídia em Debate e outros(as) entidades

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