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Dezembro 2008               Índice Geral do BLOCO

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01/12/08

• Telebrás e Eletronet: de novo... (14) - Editorial no AliceRamos.com: "TELEBRÁS - mitos e verdades"

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: Alice Ramos ; Flávia Lefèvre ; tele171@yahoo.com.br
Sent: Monday, December 01, 2008 6:03 PM
Subject: Editorial no AliceRamos.com: "TELEBRÁS - mitos e verdades"
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
Anotamos (e transcrevemos parcialmente) o novo Editorial de Alice Ramos:

Fonte: AliceRamos.com e Adnews
[01/12/08]   TELEBRÁS - mitos e verdades
Recorte:
(...) A coluna ouviu “fontes seguras” dentro do próprio Minicom, (bem como em outros setores) e todas foram unânimes em afirmar, que a tal ressurreição é assunto que não está em nenhuma pauta no ministério e que tudo não passa de mais uma especulação para fazer com que as ações da Telebrás voltem a subir na Bolsa de Valores. Ou seja, uma nova tentativa de provocar mais uma vez uma alta vergonhosa das ações da empresa. (...)

02.
No texto da Alice é citado o programa SGB - Satélite Geoestacionário Brasileiro.
 
Anotamos esta notícia recente sobre o tema:
 
Fonte: 24HorasNews
[03/11/08]   Rússia e França vão ajudar Brasil em projeto de satélite  (transcrição mais abaixo)
 
Ao debate!  :-)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
01/12/2008
 
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TELEBRÁS - mitos e verdades
• Alice Ramos
 
Tudo aconteceu em apenas quatro horas e quatro minutos, contrariando as expectativas iniciais de especialistas que imaginavam que um evento de tamanha complexidade pudesse consumir o dia todo. Às 14 horas e quatro minutos do dia 29 de julho de 1998, o leiloeiro Alexandre Runte, experiente no ofício, bateu seu martelo pela última vez naquela jornada.
 
Era o final de um leilão especial, transmitido ao vivo para todo o País pela televisão; Realizado na sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, e que teve uma batalha campal tomando as ruas pelos que eram contrários a privatização, o leilão colocou fim a uma era de 26 anos no Brasil: a do monopólio estatal das telecomunicações.
Por 22,1 bilhões de reais, as empresas do Sistema Telebrás acabavam de ser privatizadas, sem levar em conta os protestos da população.
 
A partir daquele instante, teve início uma era, cuja característica principal almejava-se, seria a universalização e a competição entre as operadoras nas áreas de telefonia fixa – local e longa distância – e telefonia celular, novos investimentos na ampliação da capacidade instalada, melhoria da qualidade na prestação de serviços à população, com preços justos e com o Estado deixando de ser empresário para desempenhar o papel de formulador de políticas públicas, de regulador e fiscalizador dos serviços.
 
Pelo menos esse era o discurso apresentado à sociedade para justificar a privatização.
 
Almejava-se na verdade muito mais que isso. Esperávamos uma era auto sustentada no fundamento da universalização do acesso aos serviços antes monopólio estatal, rompendo uma história de números perversos que no monopólio estatal brasileiro não conseguiu eliminar, por exemplo, mais de 80% dos terminais telefônicos residenciais concentrados nas famílias das classes A e B, demanda reprimida de cerca de 10 milhões de terminais, apenas 2% das propriedades rurais com acesso a telefones, numa demonstração da total incapacidade do modelo em acompanhar a demanda social do País.
 
Até aí acontece o esperado, com suas derivadas resultantes tanto da evolução tecnológica, quanto da evolução das demandas políticos-sociais do Brasil.
 
Inesperadas e inexplicáveis são as inquietudes que sempre brotam no dia-a-dia, sobre temas e assuntos vinculados àquela Estatal, que assolam o País até hoje, e aqui e acolá, ecoa em setores sensíveis e passíveis de especulação, como o caso ocorrido em dezembro do ano passado,(essa coluna publicou extensa matéria sob o título: "Ressurreição da Telebrás começa a tomar forma" quando boatos fizeram disparar acima da racionalidade, o valor das ações da Telebrás.
 
No inicio do segundo semestre de 2008 o assunto ressurgiu e voltamos a escrever sobre o tema, "Nova Telebrás pode ser o Operador Nacional das Redes IP" e ficamos durante vários meses recebendo uma verdadeira enxurrada de e-mails dos nossos leitores, perguntando, por exemplo:
 
“Essa idéia realmente existe, dentro do governo???”
“Particularmente concordo com essa idéia, caso tudo ocorra da forma que vem sendo comentada, ou seja, a partir do backbone da Eletronet e com vistas até para o SGB”.
“Venho tentando com alguns jornalistas e com a própria Telebrás, informações sobre o status atual do projeto de reativação da empresa. Pergunto isso pelo fato de existir um Fato Relevante publicado pela Telebrás que informa sua participação no projeto de universalização da banda larga no Brasil.”
“Não tenho quase informações sobre a reativação da Telebrás, projeto, aliás, do qual eu não concordo. Já temos estatais demais...” (E lembrem-se que ainda nem sabíamos do pré- sal).
“... Esse modelo que está sendo divulgado por aí não dará certo. A troca de metas de PSTs por Backhaul é exemplo de como metas mais ousadas podem ser mais eficazes e menos dispendiosas para a sociedade do que reativar uma empresa estatal que nunca deu conta do recado...”.
 
E agora, mal se aproxima dezembro e os boateiros de plantão iniciam um novo “golpe”, oportunizando o momento político de substituição de um Membro do Conselho Administrativo da Telebrás, para disseminarem a falsa idéia de que permanece ou ressuscita-se no bojo das telecomunicações do Brasil, a idéia de que a empresa será reativada operacionalmente para tornar-se o “Grandioso e Magnânimo Operador de Rede do Governo Brasileiro”, abrigando em seu seio a falida Eletronet, para juntas comporem a tábua da salvação das ações de inclusão digital e a implantação e operação de redes de banda larga no Brasil, competindo com a iniciativa privada.
Ler mais: TELEBRÁS - mitos e verdades
 
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Fonte: 24HorasNews
[03/11/08]   Rússia e França vão ajudar Brasil em projeto de satélite
      
As agências espaciais russa (Roskosmos) e francesa (CNES) estão ajudando o Brasil a desenvolver o projeto do seu satélite geoestacionário.
     
De acordo com a AEB (Agência Espacial Brasileira), a cooperação tem caráter de consultoria e não prevê a compra pelo Brasil de tecnologia de nenhum dos dois parceiros.
     
O diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Thyrso Villela, disse que os acordos prevêem ajuda aos técnicos brasileiros na definição do modelo e nas configurações do satélite geoestacionário. A cooperação dos franceses foi acertada em junho. Com os russos, foi assinada neste mês. Os dois grupos vão trabalhar de maneira separada.
     
"O que nós queremos é aproveitar ao máximo a experiência desses países para nos ajudar a ter a melhor configuração possível [do satélite], com a melhor relação custo/benefício e que atenda efetivamente às demandas do país", disse Villela.
     
Satélites geoestacionários giram na mesma velocidade do planeta e, por isso, ficam parados sobre um mesmo ponto. Esse é um tipo estratégico de tecnologia, porque permite, por exemplo, a captura ininterrupta de imagens sobre uma mesma região da Terra.
     
O Brasil já teve um satélite geoestacionário, utilizado para telecomunicações e fabricado fora do país. Mas perdeu o controle sobre ele depois da venda da Embratel, no governo FHC. Hoje, o país depende do aluguel de satélites, inclusive para as comunicações militares.
     
No início da década, o Brasil fez um projeto preliminar que apontou para a necessidade de o país ter "no mínimo dois, talvez três" desses satélites, de acordo com Villela. O novo projeto deverá ser o primeiro satélite geoestacionário com tecnologia nacional, algo que países como a Índia já têm.
     
Em uma reunião marcada para dezembro, AEB, ministérios e a Aeronáutica devem definir quais missões serão cumpridas pelos equipamentos. Entre as prioridades estão a comunicação militar e o controle do tráfego aéreo.
     
A expectativa é que o projeto esteja pronto até junho de 2009. Segundo Villela, se cumprido o cronograma, é possível que o satélite seja construído num prazo de até cinco anos.
     
O estudo preliminar apontou custo total aproximado de R$ 600 milhões. O valor depende da configuração dos satélites.
     
Villela admite que o Brasil não tem condições de construir alguns equipamentos, como aqueles que vão fazer o satélite funcionar por vários anos no espaço e os de controle de atitude e órbita. Mas afirma que o país não se comprometeu nos acordos a comprar a tecnologia de qualquer dos dois parceiros.
     
Em fevereiro, a Folha publicou reportagem sobre negociações sigilosas entre o ministro Nelson Jobim (Defesa), e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, envolvendo o projeto do satélite geoestacionário. Os franceses querem vender a tecnologia aos brasileiros.
     
A Rússia também quer vender esse tipo de tecnologia ao país. Em 2006, a Roskosmos chegou a dizer que o "desconto" de US$ 10 milhões na "passagem" do astronauta brasileiro Marcos Pontes para a Estação Espacial Internacional a bordo de uma nave russa tinha interesse comercial.
     
Em dezembro, Sarkozy virá ao Brasil para fechar parcerias com o governo que prevêem transferência de tecnologia.
 

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