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19/12/08
• Profissão de fé - Mensagem de Bruno Cabral
----- Original Message -----
From: bruno@openline.com.br
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, December 19, 2008 1:14 AM
Subject: [wireless.br] Re: Profissão de fé
Olá
JULIÃO: Insistindo, sobre a RNP, quando falo dela e
cito exemplos de possíveis alternativas é pelo CONHECIMENTO (ou competência,
como queiram), da RNP. A RNP não joga dinheiro fora. Ela sabe muito bem o
que está fazendo e da melhor maneira. Um ótimo exemplo. Essa habilidade da
RNP que recomendo, sempre, ser utilizada. Acho que os recursos destinados à
RNP devem ser triplicados. Mude-se as regras do FUST, por exemplo. Mas
traga-se a RNP para nosso lado. Nada ideológico nessa proposta, pois
trata-se de uma ampliação dos objetivos. O que adiciono à proposta, desde
início é a participação da área acadêmica de forma mais agressiva pois é
através dela que manteremos o "itinera ad futurum" (aqui no singular).
Fiquei triste ao ler esta notícia. Será que estão tentando cooptar a RNP?
[15/12/08]
BrOi: Emília Ribeiro quer investimento em P&D e infra-estrutura para RNP
SMOLKA: E, por último, lembrem sempre que a minha
ideologia política está próxima ao minarquismo. Não esperem de mim simpatia
com idéias socialistas
e/ou estatizantes. Sem chances.
Não é questão de estatizado ou privado, mas de bem administrado. A China
está ai para provar que é possível sim um governo executar o
desenvolvimento, em se aceitando um custo alto em termos de liberdade
(embora nós ocidentais não entendamos completamente o fato de que os
orientais vêem o Estado como maior
que o individuo, ao contrário de nós que sempre colocamos o individuo em
primeiro plano). Ao mesmo tempo os EEUU e suas bolhas recorrentes estão ai
para provar que a liberdade absoluta também tem falhas. E ambos são lideres
em descaso com o meio ambiente, apesar de se considerarem em campos
ideológicos opostos, embora sejam mais parecidos que imaginam.
Acredito ser necessário (ou desejável) um meio termo entre esses extremos.
Alguns sonham com uma sociedade meritocrática, já que "a democracia é a
ditadura da minoria organizada" (que faz lobby). Mas eu prefiro (ou sonho
com) algo parecido com a própria Internet (alguns chamam de anarquismo, mas
eu não gosto desta palavra pois é muitas vezes confundida com baderna), auto
regulada por entidades onde o mérito conta mais que o capital ou que a sanha
arrecadatória dos governos.
Prof. Smolka, eu não acredito em absoluto num novo marco regulatório que
inclua os players que não obedeceram o marco regulatório anterior. O período
probatório foi mais que suficiente para comprovar as intenções destes grupos
e mantê-los alegando que os tempos mudaram é chover no molhado, os defeitos
continuam ou são piores, e os resultados são conhecidos (como esse oba-oba
para aprovar a mudança do PGO sem implementar a competição).
A isonomia no acesso as redes de dados possibilitaria a expansão da oferta
de serviços e o consequente surgimento de novos competidores, num movimento
benéfico tanto para o consumidor como para o desenvolvimento do pais. O IP
só está sendo usado cada vez mais porque os players querem ganho máximo com
desembolso mínimo com os outros sistemas existentes (do MPLS as redes STFC/SMP/SDH/PDH/ATM
etc.), com seus preços exorbitantes.
O "parasita" está crescendo porque as pessoas NÃO QUEREM se submeter ao
controle (via preços e via oferta limitada) dos "donos" do "hospedeiro". É
"mais fácil" e "mais barato" usar a Internet para tudo. É incrível o que a
humanidade faz por necessidade...
Puxa, viajei legal hoje... deve ser por conta da cautelar cassada do TCU.
;-)
[]s, !3runo Cabral