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Junho 2008               Índice Geral do BLOCO

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19/06/08

Anatel e as recentes "Consultas Públicas" (PGR, PGO e PMU/FUST)
 
----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, June 19, 2008 6:39 PM
Subject: Anatel e as recentes "Consultas Públicas" (PGR, PGO e PMU/FUST)
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou em consulta pública nesta terça-feira (17/06) três propostas de mudanças para o setor de telefonia.

A minha primeira impressão "genérica" ou "panorâmica" não é boa: o prazo é muito pequeno e é difícil "contribuir".
Além da necessidade de cadastro, para apresentar sugestões, em relação à Consulta 22, por exemplo, o caminho é este a partir da home page da
Anatel:
Consultas Públicas -->  Fazer uma CONTRIBUIÇÃO ou VISUALIZAR o texto de uma consulta  -->  Visualizar CONSULTAS EM ANDAMENTO  --> Listagem de CONSULTAS PÚBLICAS  --> CONSULTA PÚBLICA Nº 22.
O conteúdo, então... é muito "esotérico"... 
 
Lembro-me, não sei porque, de um antigo bordão de um personagem humorístico: "Há sinceridade nisso?"   :-)
 
Mas vamos encarar tudo com seriedade. E "contribuir"!
 
O "Serviço ComUnitário" está fazendo um dever-de-casa e vai divulgar as consultas nos Grupos e no BLOCO.
Enquanto isso, vejamos quais são as consultas e algumas repercussões da mídia:
 
CONSULTA PÚBLICA Nº 23 - Proposta de Revisão do Plano Geral de Outorgas de Serviços de Telecomunicações prestado no regime público – PGO, aprovado pelo Decreto n.º 2.534, de 2 de abril de 1998. 
 
CONSULTA PÚBLICA Nº 22 - Plano Geral para Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil - PGR 
 
CONSULTA PÚBLICA Nº 20 - Proposta de Plano de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado em Localidades com Menos de Cem Habitantes, a ser implementado com recursos do Fust (art. 5º, I, da Lei do Fust)
 
Fonte: IT Web
[18/06/08]   De uma vez, Anatel coloca 3 projetos em consulta pública
 
Fonte: Plantão Info
[18/06/08]   Anatel coloca sob consulta regra para teles [Mas não incluiu os itens mais polêmicos]
 
Comentários?
Mais links?
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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Fonte: IT Web
[18/06/08]   De uma vez, Anatel coloca 3 projetos em consulta pública

Planos gerais de outorgas e atualização da regulamentação e metas para a universalização do STFC podem ser avaliadas e comentadas
 
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou em consulta pública nesta terça-feira (17/06) três propostas de mudanças para o setor de telefonia. Além do Plano Geral de Outorgas (PGO) para a telefonia fixa, a Agência disponibilizou para avaliação da sociedade o Plano Geral para Atualização da Regulamentação no Brasil (PGR) - que estabelecerá um novo marco regulatório para todo o setor de telecomuicações - e a proposta de Plano de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado em Localidades com Menos de Cem Habitantes (PMU), a ser implementado com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).
 
De acordo com o superintendente de Serviços Privados da agência Jarbas Valente, o objetivo do PGR é fortalecer o papel do consumidor e melhorar sua relação com as operadoras. Além disso, o Plano prevê a massificação do uso da banda larga no Brasil. "Tudo o que foi feito até hoje foi para serviços individualizados e, agora, nós queremos ampliar a banda larga para integrar tudo: voz, dados, vídeo, para ser multimídia", explicou. Segundo Valente, a tendência mundial é a convergência de serviços. "E, para isso, é preciso ter uma regulamentação bastante clara, principalmente para o consumidor", disse.
 
O PGR prevê 30 ações a curto, médio e longo prazos para regulamentar o setor de telecomunicações, incluindo telefonia fixa, móvel, banda larga e TV por assinatura. Entre as metas para os próximos dois anos, está a criação de parcerias com órgãos como Procons, Ministério da Justiça e Ministério Público para melhorar o atendimento ao consumidor. A Anatel também quer mudar os indicadores de análise do setor. Ao invés de critérios técnicos, serão realizadas pesquisas para saber como os consumidores avaliam os serviços.
 
Também está prevista a elaboração do Plano Geral de Metas de Competição, que irá estabelecer, por exemplo, a separação funcional entre redes e serviços para que as empresas comercializem separadamente os serviços de conteúdo, como transmissão de dados, vídeo e voz e transmissão de facilidades, como infra-estrutura e rede. O objetivo é estabelecer medidas que assegurem a competição no setor. O Plano de Metas prevê que possam ser oferecidos planos específicos de banda larga, inclusive para a população de baixa renda. Também estão previstas ações para fomentar o desenvolvimento tecnológico e industrial nacional, com a concessão de incentivos.
 
com relação ao PMU, a estimativa é que aproximadamente 8,7 mil localidades sejam beneficiadas em todo o território nacional, sendo que 20% delas devem ser atendidas em até um ano após a assinatura do Termo de Obrigações, 40% em até dois anos e 100% em três anos. A concessionária deverá ativar um Telefone de Uso Público (TUP), acessível vinte e quatro horas por dia, em cada uma dessas localidades.
 
A proposta de PMU sob consulta tomou como base o Projeto de Atendimento às Localidades com Menos de Cem Habitantes, instituído em 2007 pelo Ministério das Comunicações. Tal projeto visa complementar o atendimento previsto no Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado (PGMU), com a instalação e manutenção de TUPs nas localidades com menos de cem habitantes.
 
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Fonte: Plantão Info
[18/06/08]   Anatel coloca sob consulta regra para teles [Mas não incluiu os itens mais polêmicos]
Reuters
 
SÃO PAULO - A Anatel colocou sob consulta as mudanças na lei telecom. Mas não incluiu os itens mais polêmicos.
 
A proposta do Plano Geral de Outorgas (PGO), colocada em consulta pública pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) levou pontos polêmicos para uma discussão posterior, mas nem por isso evitou críticas de vários lados.
 
A separação estrutural entre redes e serviços, por exemplo, ficou entre as medidas a serem avaliadas no longo prazo pela agência.
 
O ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros, que participou da elaboração das regras na época da privatização do setor, há 10 anos, critica logo o primeiro parágrafo do novo PGO.
 
Segundo a Anatel, o que motivou a proposta de reforma foi uma carta da Abrafix, entidade das empresas de telefonia fixa, pedindo que as regras fossem revistas.
 
"A agência deveria se antecipar a pleitos como esse. Isso já configura que ela deixou de atender o que deve ser feito por todas as agências reguladoras, que é estabelecer as políticas públicas" antes de ser solicitada a fazê-lo, afirmou Quadros.
 
Outro item destacado pelo ex-ministro é o que exige que as empresas que quiserem atuar em mais de uma área de concessão atendam, além da cobertura em todo o país, "outros condicionamentos impostos pela agência".
 
"Não fica claro quais são esses condicionamentos. Aí está o grande nó a ser desatado", afirmou à Reuters.
 
A Anatel disse a jornalistas que as condições ainda estão em estudo e fazem parte do Plano Geral de Atualização da Regulamentação (PGR) --como a desagregação de redes das concessionárias, para que possam ser usadas por terceiros.
 
Quadros também faz ressalvas ao prazo para a consulta pública. "Questões dessa profundidade não podem ser discutidas em 30 dias."
 
Para o advogado especializado em telecomunicações Guilherme Ieno Costa, da Felsberg e Associados, a proposta da Anatel "começa o banquete pelo cafezinho".
 
Segundo ele, em vez de "arrumar a casa", a agência preferiu atender a um pleito específico para depois rever as regras.
 
"O ideal era que saíssem primeiro as regras para estimular a competição e depois as autorizações para mais concentração", criticou.
 
BRASIL TELECOM E OI
 
O atual PGO foi criado em 1998, ano da privatização do setor, e tinha uma revisão prevista cinco anos depois, em 2003 --mas ela não aconteceu.
 
Para Ieno Costa, "não faz sentido colocar um novo PGO na praça em resposta ao pedido de uma associação". Antes de apresentar uma proposta pronta de PGO, a agência, na sua opinião, deveria ter chamado a sociedade para discutir as mudanças de regras, já que elas irão afetar todo o país.
 
"Agora a Anatel engaveta todos os problemas para resolver uma situação particular, o que é uma inversão de ordem absurda", disse. Como situação particular, o advogado refere-se à compra da Brasil Telecom pela Oi.
 
O atual PGO impede que uma empresa detenha duas concessões públicas, situação que acontecerá se a compra for efetivada.
 
Ao permitir transações desse tipo, no entanto, a Anatel propõe mais condições a todas as concessionárias. Isso porque, pela proposta atual, não haverá meio-termo: ou as empresas atuam em uma única área ou, em caso de aquisição, terão que dar conta de todo o país.
 
"As duas pequenas vão ser afetadas. A Embratel e a Telefônica vão ser afetadas. Elas foram consultadas?", questionou o advogado, que se referiu às concessionárias CTBC e Sercomtel como "as pequenas".
 
Ieno Costa ainda critica o fato de as novas regras não atentarem para quais serão os reflexos de uma consolidação desse porte sobre o consumidor. "Em uma empresa desse tamanho, como vai ficar a qualidade do serviço, o preço das tarifas?", questionou.
 
Em artigo sobre a nova proposta, o primeiro presidente da Anatel e hoje consultor, Renato Guerreiro, escreveu que "o PGMU (Plano Geral de Metas de Universalização) e o PGO devem refletir as aspirações da sociedade, expressas na forma de políticas públicas, exigindo do Executivo capacidade de percepção dessas aspirações... Infelizmente, não tem sido isso que se tem observado".
 
De qualquer forma, como lembrou Juarez Quadros, as mudanças dependem de um decreto do Presidente da República para entrar em vigor e "o Executivo não é obrigado a aceitar as sugestões" da Anatel ou vindas da consulta pública.

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