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Junho 2008               Índice Geral do BLOCO

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25/06/08

• Telebrás e Eletronet (07) - Justiça aceita pagamento em títulos por ativos da Eletronet

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, June 24, 2008 11:24 PM
Subject: Eletronet (05) - Justiça aceita pagamento em títulos por ativos da Eletronet

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

Este é o "Serviço ComUnitário sobre a Eletronet.
 
01.
Transcrevemos hoje esta matéria:
Fonte: TI Inside
[24/06/08]  
Justiça aceita pagamento em títulos por ativos da Eletronet
 
02.
Aqui está o "resumo comunitário" sobre o tema:  :-)
 
"O que é a Eletronet.
 
Eletronet é uma empresa que foi criada entre 1999 e 2000 para vender serviços de transmissão de dados em alta velocidade.
Possui 16 000 quilômetros de fibras ópticas do sistema de transmissão de energia elétrica das estatais do grupo Eletrobrás (Chesf, Eletronorte, Furnas e Eletrosul) e encontra-se em situação falimentar. A rede atravessa 18 estados, mas só chega até a periferia das grandes cidades.
Nova Estatal: Infovias do Brasil
Uma nova estatal de telecomunicações está em gestação no governo federal. A iniciativa é capitaneada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que batizou o projeto de Infovias do Brasil.
Para materializar o projeto, o governo pretende assumir a rede de cabos de fibra óptica da Eletronet.
A empresa que tem como sócias a mutinacional AES, com 51% do capital, e a Eletrobrás, com 49%.
Desde 2003 a Eletronet está em estado letárgico e sua pouca atividade -- serviços para estatais de energia elétrica e algumas empresas privadas -- é administrada por um síndico nomeado pela Justiça.
A massa falida tem dívidas de 600 milhões de reais, dos quais 70% com as fabricantes de equipamentos Furukawa e Alcatel-Lucent.
O governo estuda agora comprar os créditos dos fornecedores por 134 milhões de reais, um deságio de 80%, e depois tornar a Eletronet subsidiária de uma estatal já existente ou criar uma nova empresa. 
Apesar da falência, no entanto, a joint venture ainda continua a prestar serviços pontuais para alguns órgãos e empresas. A idéia do governo seria reativar a companhia  - em projeto liderado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação -, especialmente para levar adiante projetos de inclusão digital."

04.

Estes foram os textos transcritos nas últimas mensagem:
 
Fonte: TIInside
[17/06/08]   Julgamento sobre ativos da Eletronet é suspenso novamente
 
Fonte: TIInside
[03/06/08]  
Justiça do Rio começa a decidir futuro da infra-estrutura da Eletronet
 
Fonte: Convergência Digital
[27/05/08]  
Governo pode pagar credores da Eletronet com Títulos Públicos por Luiz Queiroz 

O assunto é polêmico!
Vamos opinar?
Ao debate!!!  :-)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
 
----------------------------------------
 
Fonte: TI Inside
[24/06/08]  
Justiça aceita pagamento em títulos por ativos da Eletronet por Fernando Paiva, do TELETIME NEWS, Rio de Janeiro

O governo, por meio de processo aberto pelas companhias de energia estatais Eletronorte, Chesf, Eletrosul e Furnas, obteve uma vitória parcial na briga pelos ativos da Eletronet, nesta terça-feira (24/6). A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve o efeito suspensivo que permite o pagamento da indenização em títulos públicos, modificando a decisão de 1ª instância, que determinava o pagamento em espécie.
 
"Os credores querem o dinheiro. Mas há um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que tenta invalidar a decretação de falência da Eletronet. Se a falência for revogada, não haveria devolução de ativos. Por isso, achei melhor que a indenização fosse feita em títulos", justificou a este noticiário o desembargador Paulo Maurício Pereira, redator do acórdão.
 
Por outro lado, contrariando o que pediam as companhias de energia, ficou mantida a decisão de primeira instância de que a rede de fibra óptica instalados pela Eletronet não fará parte do pacote de ativos a serem devolvidos a elas. A rede continuará de posse da massa falida. Também ficou definido que as companhias de energia elétrica poderão contratar a própria Eletronet para terceirizar a exploração de serviços com os ativos de telecom devolvidos, em vez de serem obrigadas a contratar funcionários da Eletronet, como determinava a decisão de primeira instância. As elétricas alegaram que, por serem empresas públicas, não poderiam contratar diretamente os funcionários da Eletronet sem que fosse realizado um concurso público.
 
Todas essas determinações fazem parte do efeito suspensivo concedido pela Justiça. O mérito do agravo em questão ainda será julgado pela 4ª Câmara Cível. O advogado André Chame, que representa a Lucent, uma das credoras da Eletronet, adiantou a este noticiário que irá recorrer ao STJ contra o pagamento em títulos caso a 4ª Câmara mantenha essa decisão quando julgar o mérito.
 
Complexidade
 
O julgamento desta terça-feira foi marcado pela complexidade: os próprios desembargadores e advogados presentes na sessão tiveram dificuldade em entender qual era o resultado final. Foram proferidos três votos diferentes, um por sessão, ao longo de um mês. O primeiro, do desembargador relator, Sidney Hartung, foi proferido em sessão no começo de junho e dava provimento total ao recurso das companhias de energia elétrica.
 
O segundo, do desembargador Paulo Maurício Pereira, proferido na semana passada, dava provimento parcial: aceitava o pagamento em títulos e a contratação da Eletronet, mas pedia pela manutenção da rede junto à massa falida. O terceiro e último, do desembargador Horácio Ribeiro Neto, proferido na sessão desta terça-feira, dava provimento apenas ao pedido de contratação direta da Eletronet para a prestação dos serviços de telecom. No fim, acabou valendo o chamado "voto médio", do desembargador Paulo Maurício Pereira, que foi uma espécie de meio termo entre os outros dois votos.
 
O agravo regimental movido pela Lucent que apontava supostas falhas formais no agravo de instrumento movido pelas elétricas foi indeferido por dois votos a um.
 
Histórico
 
O backbone da Eletronet é composto por mais de 16 mil quilômetros de fibras ópticas que correm pela rede de distribuição de energia elétrica. A empresa é de capital misto: quando fundada, 51% pertencia à AES Bandeirante e 49% à Lightpar, subsidiária da Eletrobrás.
 
Em 2003 a Eletronet declarou falência e agora há essa disputa judicial em torno de seus ativos. De um lado, estão as distribuidoras de energia citadas acima, que reclamam a posse dos ativos. De outro, estão credores, como Furukawa e Lucent (hoje, Alcatel-Lucent), que querem receber o que a Eletronet lhes deve.

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