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Maio 2008               Índice Geral do BLOCO

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30/05/08

• Crimes Digitais (12) - "Ecos" do seminário na Câmara

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: Alice Ramos ; Cristina De Luca ; Miriam Aquino ; Luiz Queiroz ;
analobo@convergenciadigital.com.br ; Amachado@oglobo.com.br ; eduardo.azeredo@senador.gov.br
Sent: Friday, May 30, 2008 10:20 PM
Subject: Crimes Digitais (12) - "Ecos" do seminário na Câmara
 
 
Este é o "Serviço ComUnitário" sobre Crimes Digitais.
 
Na mensagem de ontem citamos o Seminário sobre Crimes Cibernéticos e Investigações Criminais, realizado na Câmara Federal.
 
01.
Agradecemos à jornalista Cristina de Luca pela mensagem particular, ontem, dando notícias no momento em que cobria o seminário; infelizmente não tivemos agilidade para repassar aos Grupos e o fazemos agora (mais abaixo).
 
Informamos que o "Circuito", blog da Cristina, está em novo endereço: http://www.webdeluca.com/. Vale uma visita!

Garimpamos na web este "mini-resumo" da Cristina:

"Cristina De Luca tem ampla experiência na produção, edição e direção de sites jornalísticos, tendo integrado a equipe de criação do Globo Online, onde trabalhou entre 1997 e 2000. Passou também pela Globo.com e Editora Globo. Em 2004, chegou ao Dia Online, indo trabalhar no Jornal do Brasil dois anos depois. Foi também Diretora de Conteúdo da Terra Networks Brasil.
Em 2005, Cristina De Luca venceu o Prêmio Comunique-se como Jornalista de Tecnologia. Foi editora do caderno de Tecnologia do Jornal O Dia. Manteve, por 15 anos, uma coluna sobre tecnologia em O Globo, onde exerceu de 1991 a 1997 o cargo de Editora Adjunta do suplemento semanal de Informática.
Tem 22 anos de experiência na produção de conteúdo e cobertura jornalística dos mercados de Tecnologia da Informação e de Telecomunicações
."
 
Obrigado, Cristina! Parabéns pelo "Circuito" e pela produtiva carreira!
 
02.
Agradecemos também à jornalista e nossa participante Alice Ramos que tomou a gentil iniciativa de encaminhar cópia da mensagem de ontem ao gabinete do senador Azeredo, autor de um projeto de lei sobre o assunto e de um artigo no AliceRamos.com (citamos o senador pela sua ausência no seminário).
Obrigado, Alice!
 
03.
Aqui estão alguns "ecos" do citado Seminário, transcritos mais abaixo (mas prefiram sempre ler na fonte!):
 
Fonte: TI Inside
[28/05/08]   EUA sugerem ações para combater crimes cibernéticos
 
Fonte: Circuito - Blog de Cristina de Luca (http://www.webdeluca.com/)
[28/05/08]   Senador critica falta de punição para pedófilo na internet
 
Fonte: Convergência Digital
[28/05/08]   Brasil vive "uma guerra eletrônica" por Luiz Queiroz
 
Fonte: Convergência Digital
[28/05/08]  
Congresso quer adesão do Brasil à Convenção de Budapeste ainda em 2008 por Luiz Queiroz
 
Fonte: Convergência Digital
[28/05/08]   Crimes pela Web: "Pegadas digitais" devem ser preservadas
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: Circuito - Blog de Cristina de Luca (http://www.webdeluca.com/)
[28/05/08]   Senador critica falta de punição para pedófilo na internet
 
Infelizmente, a Tv Câmara interrompeu a transmissão do seminário internacional Crimes Cibernéticos e Investigações Digitais, que acontece hoje na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mas continuo acompanhando, agora através da Agência Câmara.
 
Até o presente momento, o fato mais digno de nota, segundo o repórter Marcello Larcher, foi a crítica do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado, à inexistência no país de uma lei que puna a ação de pedófilos na Internet.
 
O senador chamou atenção para o fato de pessoas denunciadas pela Operação Carrossel de combate à pedofilia na rede mundial de computadores, da Polícia Federal, não possam ser processadas em razão da lacuna na legislação.
 
Mais cedo, e essa parte eu pude assistir, Christopher Painter, chefe do Departamento de Tecnologia da Informação e Propriedade Intelectual do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, parabenizou o governo brasileiro pelos esforços conjuntos com a comunidade internação para combate à pedofilia na Internet.
 
Lembrando que o hackers de ontem eram muito mais sofisticados que os hackers de hoje, Christopher Painter defendeu o uso da própria Internet como ferramenta para investigação de organizações criminosas. Para tanto, defende a preservação de dados guardados nas redes para interceptação pela Justiça.
 
"Os dados devem ser interceptados, apurados e investigados. Os provedores de acesso têm um papel importante nesta cadeia", sustentou Parker. "As investigações precisam dessas informações, ainda que as mudanças no sistema sejam rápidas", disse ele, alertando para o fato de que as leis devem também permitir essa cooperação internacional.
 
O Brasil foi um dos primeiros países a se preocupar com esses crimes, juntamente com os EUA, e hoje participa da rede 24/7, criada pelo G8 e formada por 51 países. A rede disponibiliza investigadores e agentes de Justiça nos países participantes.
 
Mas os provedores de acesso atuantes no país rejeitam o papel de co-responsáveis pelo armazenamento dos dados trafegados pela Internet.
 
Como diz a Ana Paula Lobo, lá no Convergência Digital, essa também é uma questão bastante polêmica.
 
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Fonte: Convergência Digital
[28/05/08]   Brasil vive "uma guerra eletrônica" por Luiz Queiroz
 
O delegado da Polícia Civil e responsável pela divisão de combate aos crimes eletrônicos do Estado de São Paulo, José Mariano de Araújo Filho, foi taxativo com relação à criação de uma legislação própria brasileira para tipificar crimes na Internet.
 
Segundo ele, a Lei será inócua, se não houver a possibilidade de se chegar ao autor do crime, protegido pela preservação das suas informações - em função do debate relativo à censura e à questão relacionada à proteção de privacidade do internauta.
 
O delegado não vê a imposição de medidas de controle como uma tentativa de censurar o uso da Internet. Para explicar sua posição, Mariano Filho fez uma correlação com livros e outras obras, publicadas por artistas, na maior parte conscientes dos limites que não podem ultrapassar contra as pessoas.
 
"Na Internet o que ocorre é que pessoas praticam os abusos porque sabem que estão escondidos e protegidos sob o manto do anonimato", disparou o delegado especializado no combate aos crimes eletrônicos. Em São Paulo, a Divisão que combate crimes eletrônicos tem ocupado grande parte do seu tempo dedicada às investigações sobre crimes contra a honra e fraudes bancárias. No primeiro caso, as investigações são mais difíceis porque os provedores nem sempre colaboram para identificar os autores de blogs criados para atacar pessoas.
 
Já quanto às fraudes bancárias, o Delegado José Mariano de Araújo Filho, responsável pela divisão, disse que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem sido uma "grande parceira" no desbaratamento de quadrilhas organizadas que agem na Internet para fraudar contas bancárias.
 
Além desses dois problemas, a Polícia de São Paulo ainda combate falsos sites de comércio eletrônico, que recebem dinheiro dos internautas e, depois, não entregam as mercadorias. "O Brasil necessita de medidas eficazes porque estamos no meio de uma guerra eletrônica. Pelo menos no Internet Banking, a Febraban tem contribuído e sido uma parceira valiosa no combate aos crimes financeiros praticados nos meios eletrônicos", ressaltou Mariano.
 
Google na mira
 
Ao contrário da posição defendida pelo senador Eduardo Azeredo, que disse que a revisão de posição do Google, em função da CPI da Pedofilia, foi uma "vitória" do parlamento brasileiro, José Mariano de Araújo Filho, não poupou críticas à titã norte-americana. Ele defendeu que o Congresso abra a possibilidade dos órgãos policiais terem acesso às bases de dados dos provedores.
 
“A nova Lei precisa estabelecer regras capazes de permitir à Polícia ter acesso aos cadastros de endereços IP, informações de usuários e aos provedores de acesso. Muitas instituições alegam que não entregam as informações por questão de sigilo das informações no setor de telecomunicações. Hoje, um dos nossos maiores percalços nas investigações tem sido o Google que não nos ajuda a combater os abusos cometidos na Internet”, disparou o delegado.
 
Mariano Filho reiterou que de nada adiantará ao Brasil ter uma Lei específica para crimes na Internet, se não puder chegar ao autor do crime. "Você tem a regra, tem a punição tipificada, mas não tem como chegar à pessoa. Isso tornaria a Lei inócua", alertou.
 
Nesta quarta-feira, 28/05, especialistas nacionais e estrangeiros, além de parlamentares e senadores, participaram do Seminário: Crimes Cibernéticos e Investigações Criminais, realizado na Câmara Federal, em Brasília, pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados.
 
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Fonte: Convergência Digital
[28/05/08]  
Congresso quer adesão do Brasil à Convenção de Budapeste ainda em 2008 por Luiz Queiroz
 
Até o fim desta Legislatura, o Congresso Nacional espera que o Brasil formalize sua adesão - como primeiro país da América Latina - à Convenção de Budapeste Sobre Crimes Virtuais, criada em 2001, pelo Conselho da União Européia.
 
A expectativa é do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), relator do Projeto de Lei 76/2000, do Senado - de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) - e que prevê punições contra crimes cometidos pela rede mundial de computadores.
 
"O Brasil já poderia ter aderido e espero que até dezembro, quando teremos uma reunião da ONU para tratar de assuntos da Internet, o país já tenha feito a sua adesão", destacou o senador mineiro.
 
"Estamos fazendo gestões junto ao governo federal para aderir à Convenção, pois não há um paralelo em que exija que o Brasil só possa participar do grupo de mais de 50 países que assinaram o Tratado, se primeiro tivermos que aprovar uma Legislação para Crimes na Internet", completou Azeredo.
 
O deputado Colbert Martins (PMDB-BA),  na mesma direção, também reivindicou a imediata adesão do Brasil à Convenção de Budapeste sobre crimes virtuais. O presidente do Conselho de Altos Estudos, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), reforçou a tese dos colegas parlamentares.  Ele ressaltou, porém que "a forma anônima como as pessoas se manifestam na internet tem lados positivos, mas não pode servir de escudo para que se cometam crimes".
 
Preservação dos dados
 
Para o senador Azeredo caiu por terra o principal empecilho para se garantir a manutenção do sigilo de informações sobre criminosos virtuais e do armazenamento da conduta dos internautas na rede. A CPI da Pedofilia conseguiu um fato histórico, no seu entender, ao obrigar ao Google, o fornecimento da relação de comunidades suspeitas de praticarem  atos de pedofilia na Internet.
 
"Eu acredito que essa reação dos provedores desde o início foi despropositada. A nossa sugestão é semelhante ao que já ocorre em outros países desenvolvidos no mundo: A preservação das informações", ponderou Azeredo.
 
"Você autorizado pela Justiça a preservar informações sobre a conduta de determinados internautas, não sei por que alguém poderia ser contra. Esse último ato do Google mostrou que é possível aos provedores guardarem as informações e liberá-las quando autorizados pela Justiça", completou o senador.
 
Especialistas nacionais e estrangeiros, além de parlamentares participaram nesta quarta-feira, 28/05, do Seminário: Crimes Cibernéticos e Investigações Criminais, realizado na Câmara Federal, em Brasília, pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados. Tipificar crimes da Internet é tarefa antiga e complexa no Congresso Nacional.
 
Apenas na Câmara Federal tramitam mais de 613 proposições de deputados. São projetos de Lei, emendas e pareceres de relatores, requerimentos de informações e de audiências públicas, todas com o objetivo de debater aspectos negativos ou positivos da rede mundial de computadores. Mas as matérias estão encalhadas há anos. Tanto que o PL 76, agora, relatado pelo senador Eduardo Azeredo, foi proposto, em 2000, pelo senador Renan Calheiros.

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Fonte: Convergência Digital
[28/05/08]   Crimes pela Web: "Pegadas digitais" devem ser preservadas por Ana Paula Lobo

 
A defesa pela manutenção dos dados trafegados na Internet foi feita de forma veemente por Christopher Painter, do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e respnsável pela rede 24x 7, do G8, grupo que reúne os oito países com maior poder econômico no mundo, para especialistas em segurança e parlamentares brasileiros. Para ele, a preservação dos dados, hoje, boa parte é "excluída" num curto prazo de tempo, é crucial para o combate aos crimes cibernéticos, e até, para a solução de crimes considerados "comuns".
 
"Sei que há muita discussão na legislação que está sendo tratada no Brasil com relação à preservação e acesso aos dados. Esse é um ponto muito importante para que se possa, de fato, combater os crimes. Os dados devem ser interceptados, apurados e investigados. Os provedores de acesso têm um papel importante nesta cadeia", sustentou Painter, que participa do Seminário: Crimes Cibernéticos e Investigações Criminais, na Câmara Federal, realizado nesta quarta-feira, 28/05.
 
No Brasil, os provedores de acesso à Internet não querem o papel de atuar como responsáveis pelo armazenamento dos dados trafegados pela Internet. Mas a questão também é bastante polêmica. O Google, por exemplo, decidiu abrir seus dados ao governo brasileiro - com relação aos crimes de pedofilia cometidos através do Orkut - após uma grande pressão governamental. Até então, a empresa alegava que os "dados" eram mantiddos nos servidores localizados nos Estados Unidos e não poderiam ser disponibilizados para o Brasil.
 
Responsável pela rede 24 x7, do G8, Painter lembrou que o Brasil teve papel crucial na formação dessa infra-estrutura. "Brasil, Estados Unidos e Canadá foram os países que mostraram a necessidade de uma rede que pudesse controlar os dados. E ela tem resultados. Recentemente resolvemos um crime comum - um assassinato de um policial norueguês - com a prisão do assassino na Espanha. A ação foi possível porque houve o rastreamento de e-mails dos criminosos".
 
Os Estados Unidos também aderiram à Convenção de Budapeste, criada em 2001, e que tenta tipificar regras jurídicas comuns a serem adotadas mundialmente no caso dos crimes cibernéticos. Panteir defendeu a adesão do Brasil à legislação - fato que não aconteceu até o momento. "O Brasil terá a missão de puxar outros países da América Latina. Poderemos, assim, começar, de fato, a punir crimes cibernéticos, que não têm fronteiras", completou o especialista norte-americano.
 
Legislação brasileira
 
Para o chefe do Departamento de Tecnologia da Informação e Propriedade Intelectual do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, procurador Christopher Painter, a legislação brasileira necessita ter seu foco voltado para o combate de três tipos de ilícitos n Internet.
 
O primeiro seria um conjunto de ações para coibir e punir os crimes praticados por gente ligada ao setor de informática, conhecedora das linguagens e sistemas, que se valem disso para invadir redes corporativas e computadores isolados de internautas, que navegam sem proteção na Internet.
 
Além disso será necessário permitir a interceptação de dados que comprovem a propagação de virus que corrompem informações ou travam grandes redes corporativas, por criminosos, além do roubo, fraudes promovidas por quadrilhas especializadas e a pornografia infantil.
 
Num terceiro momento da legislação brasileira, Christopher Painter entende que o Brasil deve se preocupar com regras que definam o armazenamento de dados em suas redes, de forma que essas informações, que devem ser buscadas a qualquer hora com apoio da Justiça, não possam perder sua validade por conta da obsolescência de sistemas operacionais e aplicativos.
 
Painter participou do seminário promovido pela Comissão de Altos Estudos da Câmara dos Deputados e disse que o Brasil e os Estados Unidos têm participado de ações conjuntas que vem gerando bons resultados no combate a crimes cibernéticos. Elogiou o Brasil por ter sido um dos primeiros países a se preocupar com esses crimes e atuar conjuntamente com os EUA no combate aos ilícitos cometidos na Internet.
*Colaborou Luiz Queiroz

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