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Outubro 2008               Índice Geral do BLOCO

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12/10/08

"Conexão WiMAX" - Textos de Jana de Paula, "owner" do e-Thesis  - Coleção de Julho

[24/07/08]   Conexão WiMAX, os destaques da semana
Por Jana de Paula 

Estudo realizado pela consultoria Baller Herbst confirma o atraso dos Estados Unidos em matéria de implementações de internet em banda larga. Os EUA encontram-se no 14º lugar do ranking mundial em velocidade média de download, com taxas médias de 8,9 Mbps, muito longe dos 93,7 Mbps do Japão, por exemplo. A internet em banda larga tornou-se um serviço de utilidade pública e as comunidades que não dispõem de acesso à rede correm o risco de marginalização. "A história da eletrificação se repete com a banda larga", alerta o estudo, que preconiza uma série de medidas que permitam aos EUA atingir taxas de velocidade em torno dos 100 Mbps até 2012 e serviços de 1Gbps acessíveis a partir de 2015. 

Talvez esta informação, divulgada pelo site francês WebZine, justifique o esforço do nosso irmão do Norte na implantação de uma rede nacional de WiMAX, ao mesmo tempo em que amplia a infra-estrutura de 3GPP/LTE. Recursos financeiros, vontade dos reguladores e mercado eles têm (notou alguma dessemelhança com o Brasil?). E, por falar em esforço dos reguladores, foi justamente alguns erros na documentação apresentada à FCC, o órgão regulador dos EUA, um dos motivos do atraso do Centrino 2 (codinome Montevina). O analista da Maravedis, Jeff Orr, faz uma análise imparcial e bem embasada sobre o futuro imediato dos novos processadores da Intel e a rede nacional de banda larga móvel com tecnologia WiMAX, prevista para ser lançada em setembro por Sprint Nextel & Clearwire.

 

Nesta profusão - ou seria melhor dizer neste emaranhado? - de informações sobre os próximos passos do WiMAX nos EUA, alguns analistas do setor estão perplexos. O editor britânico da ZDNet, Rupert Goodwins, pensa mesmo em chamar seu terapeuta para elucidá-lo sobre um  seu pesadelo, referente a diretores de marketing que, ele jura, são aliens disfarçados de americanos. Que lançamento recente nos EUA deixou o jornalista tão desconfiado?

 

Monotonia é sentimento que não atingiu a tecnologia WiMAX nesta semana. Após o Gartner sugerir com todas as letras que se segure os investimentos em WiMAX nos próximos dois anos, até que os fabricantes tenham equipamentos dual mode (WiMAX/3G) para entregar ao mercado, Gregory Ofili, gerente de marketing do programa de WiMAX da Intel, que também é vice-chairman de grupo de trabalho de marketing do WiMAX Forum, partiu para o ataque. No blog da Intel, ele chamou os pesquisadores de colegiais e considerou que o novo estudo da firma de pesquisa, uma das mais conceituadas do mercado mundial, diga-se de passagem, está impregnada do medo que a LTE tem do WiMAX.

 

Eu não vou me meter nesta briga, para não atrair pesadelos com alienígenas como meu colega britânico. Tendo mais para a corrente que flui em direção à uma Quarta Geração (4G), onde LTE e WiMAX convirjam. Aliás, se vocês tiverem tempo para ler toda a Série WiMAX 2008, verão que a tendência é mesmo esta, tanto na Intel quanto no WiMAX Forum e junto a players fortes e startups do setor. É assim, up to date, que a Techknowledge está em relação à tecnologia WiMAX. A única empresa de cursos certificados pelo WiMAX Forum no país tem a exata noção de que qualquer conhecimento adquirido sobre as diversas versões do padrão do IEEE serão plenamente aproveitadas quando a 4G chegar. Quem quer se atualizar, hoje, precisa reconhecer A importância do profissional certificado em WiMAX, como explica Bruno Costa, diretor de marketing (terráqueo legítimo), neste artigo exclusivo para vocês.

 

Até semana que vem.

[24/07/08] Fim da disputa de patentes entre Nokia e Qualcomm por e-Thesis 

[24/07/08] A importância do profissional certificado em WiMAX por Bruno Costa

[23/07/08] Intel ajusta seus planos de WiMAX com os da Sprint por Jeff Orr

[23/07/08] Executivo da Intel furioso com pesquisa do Gartner por e-Thesis

[24/07/08] WiMAX: mercado de $5,5 bilhões na Ásia-Pacífico por Springboard Research

[24/07/08] WiMAX tem classe de negócios para uso corporativo por In-Stat

[24/07/08] Pesadelo de ficção científica transforma WiMAX em enredo alienígena por Rupert Goodwins

[19/07/08] Investimentos em WiMAX só aumentam em dois anos por Gartner Research

[13/07/08] Tabelas e gráficos de WiMAX - Estatísticas por Equipe Thesis

 



[17/07/08]
   Conexão WiMAX, os destaques da semana
Por Jana de Paula 

O mundo dos adultos anda tremendamente maçante. Denúncias de fraudes, jogos de poder, traições e que tais se sucedem a uma velocidade estonteante que só mesmo compridos adjetivos e advérbios para definir a situação. Parece que tudo o de pior saiu das tocas para os derradeiros suspiros. Por isso, hoje ficaremos com as crianças e os jovens, no universo limpo e virtual da tecnologia. Pois, como disse Fred Wright, VP sênior de redes celulares e WiMAX, em redes residenciais e de mobilidade da Motorola Inc., vivemos bons ventos na tecnologia de banda larga, impulsionados, principalmente, pela população jovem do planeta.

Pela primeira vez na história, a indústria mundial se torna capaz de entregar serviços completamente sem fio. E o grande vencedor desta história é o usuário, que se desamarra - literalmente. Pesquisa realizada pela Motorola sobre a Geração do Milênio, os jovens entre 16 e 27 anos, dá a noção da capacidade de crescimento do segmento móvel nos próximos anos. Nada menos do que 70% destes jovens disseram ter expectativas muito maiores de que seus pais por experiências de mídia rica, como vídeo ou TV móvel, e acesso à internet em banda larga, em qualquer lugar.

À mesma conclusão chegou o estudo anual Mobile Life Report da Carphone Warehouse. Em sua quinta edição, divulgada esta semana, entrevistou-se seis mil pessoas no Reino Unido e nos EUA para avaliar a relação que jovens e adultos têm com os dispositivos móveis. O resultado é que jovens e crianças dos dois países consideram o telefone móvel seu melhor amigo e preferem este aparelho a quaisquer outros de eletrônica de lazer. Já os adultos elegeram a TV como seu mais importante aparelho.

Dentre as conclusões da avaliação, a de que a internet e os telefones móveis desempenham papel importante na quebra das barreiras tradicionais de engajamento na sociedade. Os jovens destes dois países de Primeiro Mundo, querem a tecnologia para se engajar, discutir e se comunicar. Há ainda um forte desejo de substituir seus atuais desktops por pequenos laptops e pouca ou nenhuma vontade de limitar a variedade da tecnologia em suas vidas. 

É claro que o acesso ao mais 'high' da tecnologia está atrelado à boa situação sócio-econômica dos países. Não é à toa que são os jovens da Europa Ocidental, Sudeste da Ásia e Estados Unidos os que mais podem se aproveitar da evolução da banda larga. Mas já se sabe que o próximo bilhão de internautas virá dos países pobres e nenhum provedor de serviços ou produtos pode se dar ao luxo de excluir estes mercados de seus planos de negócios.

De acordo com o Centro de Políticas Internacionais de TIC da África Central e Oeste (Cipaco), nos últimos 25 anos os países em desenvolvimento aumentaram em 30 vezes o número de assinantes de telefones. Em 1980, 20% dos telefones estavam nas mãos de usuários nestes países. Em 2005, as regiões em desenvolvimento do mundo respondiam por 60% da posse de telefones. E esta expansão foi conduzida, principalmente, pelo telefone móvel e a competição entre empresas privadas.

Banda larga e mobilidade são a base da demanda pública dos anos por vir. Como lembrou Fred Wright, os engenheiros dos maiores laboratórios de desenvolvimento de produtos dos grandes vendors já se detectaram o fato e "estão prontos para entregar tecnologia de banda larga que acelere a oferta de alta velocidade, aplicações de multimídia móvel a baixo custo e com melhor performance do que atualmente".

E é aí que se inserem o WiMAX e a LTE. Tanto um quanto a outra apresentam soluções de banda larga sem fio que dão aos usuários acesso sem precendentes a conteúdo e serviços onde, quando e sempre que precisarem. Ambos utilizam tecnologia OFDM, têm atributos similares, que incluem múltiplos input-output e tecnologias de antenas inteligentes; arquitetura toda IP, flat; e backbones de redes semelhantes. As duas tecnologias também oferecem taxas de dados muito mais rápidas do que as atuais redes de 3G.

Como afirma o VP da Motorola - que decidiu por apostar suas fichas em ambas, os benefícios das duas tecnologias são claros. WiMAX e LTE não apenas permitem a realização da verdadeira experiência de banda larga não importa onde e nem quando (vários megabits sem nenhuma latência, virtualmente), mas abrem às operadoras a porta para prestação de serviços que farão a alegria desta nova geração de usuários, que será seguida por outra e outra, cada vez com maior necessidade de conexão o tempo todo, em qualquer lugar. Blogging de vídeo com alta definição, vídeo sob demanda também em HD, mídia móvel e jogos online são as aplicações mais visíveis, por serem de massa.

No caso dos jogos on-line, por exemplo, a National Association of Software and Services Companies (Nasscom) prevê uma taxa bruta de negócios de US$ 950 milhões em 2009, enquanto sua indústria de jogos atingirá US$ 300 milhões em 2009. A indústria mundial do segmento é enorme: estima-se que os jogos tragam receitas de US$ 11 bilhões e a animação de US$ 35 bilhões, até o ano que vem. É forte, também, a tendência de entrega de conteúdo cada vez mais personalizado, mais individualizado. Não é necessário dizer a quantidade de novos negócios que se abrem para os players atuais e os futuros.

Ainda não se convenceu? Aproveite este período de férias e pergunte aos seus filhos, netos, sobrinhos, primos, afilhados ou vizinhos com até 25 anos. As grandes companhias já o fazem há algum tempo e têm obtido mais do que meros trocadinhos.

 

Até semana que vem

[16/07/08]   Queda nos preços de chipsets WiMAX incrementa mobilidade por ABI Research

[16/07/08]   WiMAX: otimismo e ceticismo por e-Thesis

[15/07/08]   Centrino 2: componente de WiMAX só por encomenda por e-Thesis

[15/07/08]   A vantagem do WiMAX no TCO [1] por Sidecut Reports

[15/07/08]   Tabelas e gráficos de WiMAX por Equipe Thesis

[15/07/08]   Motorola implementa WiMAX na França por Equipe Thesis

[15/07/08]   Mercedes Smart Car com WiMAX por e-Thesis



[10/07/08]
   Conexão WiMAX, os destaques da semana
Por Jana de Paula

"Não tenhamos ilusões, as tecnologias de circuitos integrados, dispositivos e sistemas estão em processo de convergência. Quer isso ocorra harmoniosamente, com excessos, rancor ou num casamento forçado, nada irá alterar o fato de que a indústria das comunicações está grávida das mudanças inevitáveis". Esta frase, dita pelo presidente do WiMAX Forum, Ron Resnick, ao analista da Maravedis, Robert Syputa, descreve o espírito da comunidade do setor, em relação à inevitável convergência tecnológica nos próximos anos.

De fato, é agradável ver que há entre representantes de grupos de padronização o esforço de elevar a questão da evolução para a próxima geração de mobilidade (4G, IMT-Advanced ou como queiram chamá-la) acima das exigências individuais de empresas e/ou de grupos econômicos. Mas é melhor ler estes pensamentos no artigo do próprio Syputa.

Como dizia o humorista, "há controvérsias" em relação ao número de implementações de WiMAX na América Latina e Caribe. De acordo com a consultoria Maravedis, em recente webnar, são 35 implementações em curso em 14 países. Entenda.

Eu sei que esse tipo de coisa é cabotino. Mas, nas duas últimas semanas recebemos muitos elogios pela Série WiMAX. Isto é um incentivo ao trabalho. Mas bom mesmo será a divulgação e implantação das novas regras de mercado no mercado brasileiro. Segundo a mesma Maravedis, já são seis esforços pró WiMAX no Brasil. O da Embratel, em 16d e 16e (fixo e móvel); Brasil Telecom (16e); Neotec (16e), com trials e implementações; Neovia (16d), também em fase de implementação, da TVA/TEF (16e) e, ainda, da WKVE, esperando regularização de espectro. Há também o CPqD, com entrega de encomendas a pleno vapor.

Existe ou não existe um mercado de WiMAX no Brasil?

Quero deixar aqui um abraço ao Ricardo Carreón que deixa no final de julho a diretoria geral da Intel na América Latina. Uma pessoa da mais alta estirpe. Espero saber em breve (boas)notícias sobre os novos vôos dele no excitante mercado de mobilidade.
Até semana que vem.

[10/07/08]   35 implementações de WiMAX na América Latina por Jana de Paula

[10/03/08]   Choque de titãs: harmonização entre WiMAX e LTE por Robert Syputa

[10/07/08]   Rede WiMAX na tradicional Maynooth, da Irlanda por e-Thesis

[10/07/05]   Pequim já tem rede WiMAX/Wi-Fi por e-Thesis

[10/07/08]   Começam as implementações de WiMAX no Reino Unido por e-Thesis

[08/07/08]   Jesus Maximoff é o novo diretor geral da Intel na A.Latina  por e-Thesis



[03/07/08]
   Conexão WiMAX, os destaques da semana
Por Jana de Paula

Esta semana, o local de reunião da comunidade brasileira de WiMAX foi o 14º Encontro Tele.Síntese, da Momento Editorial, ocorrido em São Paulo. Ratificando o que havia sido dito no 4º WiMAX Conference & Expo (sobre o que tratamos na Conexão anterior), o superintendente de serviços privados da Anatel, Jarbas Valente, afirmou não ver como os serviços de WiMAX possam ser prestados no país antes de agosto de 2010.

A data sugerida por Valente se refere ao prazo mínimo possível, admitindo-se que decorra apenas um ano entre a consulta pública (2008), o edital de licitação e o leilão propriamente dito de bandas em 3,5GHz para, finalmente, haver o lançamento comercial da rede (2010). Se a gente lembrar que foram precisos quase cinco anos para não haver a licitação das sobras de 3,5GHz, cujo espectro foi licenciado em parte em 2002, podemos imaginar o tamanho da decepção da parcela do mercado interessada na pronta adoção desta tecnologia, para incrementar a banda larga no país.

São vários os empresários dos mais diversos portes (inclusive tamanho GG) que se queixam da lentidão no processo de regulamentação do WiMAX no país. Muitos não reconhecem a necessidade de se partir do zero na elaboração das novas regras, por ver nisso um desperdício de tudo (ou do pouco) que foi debatido e conquistado nestes últimos anos. Outros se queixam dos vultosos investimentos já feitos, apostando-se numa pronta resposta da questão regulatória sobre o WiMAX. Há alguns, também, que acreditam no surgimento de um dado novo que acelere o processo de regulamentação do WiMAX, como ocorreu com as regras da telefonia celular em função do interesse na fusão entre Oi e Brasil Telecom.

Mesmo para quem pode operar as redes de WiMAX no Brasil, os casos da própria BrT e da Embratel, a perspectiva é limitada por licenças que restringem o WiMAX às aplicações fixas e portáteis. Na Embratel, por exemplo, diante do quadro regulatório atual, optou-se por usar o padrão do WiMAX móvel para prover mero serviço de acesso à última milha, quanto são tão mais extensas suas aplicações.

A estratégia de atendimento às pequenas e médias empresas adotada pela Embratel é um dos assuntos que tratamos um pouco hoje. Mas, este tipo de foco único nas PME, generalizado em países emergentes, fica aquém das oportunidades do WiMAX, segundo a analista Ozgur Aytar, do Pyramid Research. Ela advoga que o atendimento ao mercado residencial, com assinaturas de baixo preço, é um modelo mais adequado nestas regiões e que tende a trazer mais receita. Leia os dois artigos e tire suas conclusões.

Já para Jeff Orr, analista da Maravedis, ainda "há muita vida" no padrão fixo do WiMAX e é preciso se avaliar com cuidado o processo de certificação dos produtos em WiMAX móvel que, em meados do mês passado, foi impulsionado com o 'selo' concedido a dez fabricantes pelo WiMAX Forum.

Ainda do 'rescaldo' do 4ºWiMAX, trazemos a análise de Wally Swain, VP sênior do Yankee Group, sobre os diversos desafios que o WiMAX enfrenta nos mercados latino-americanos.

Até semana que vem.
Fonte: e-Thesis 
[03/07/08]   O caso de WiMAX da Embratel por Jana de Paula

Fonte: e-Thesis
 
[03/07/08]   Quão rápido o WiMAX pode trazer valor ao dinheiro nos mercados emergentes? por Ozgur Aytar
 
Fonte: e-Thesis 
[03/07/08]   Os desafios do WiMAX na América Latina por The Yankee Group
 
Fonte: e-Thesis 
[03/06/08]   A escalada de certificação dos produtos em WiMAX móvel por Jeff Orr
 

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