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Outubro 2008               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


18/10/08

RFID ou "Etiquetas Inteligentes" - Blog de Sandra Santana + "Resumo" + Artigos e Notícias

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: Conrado Navarro ; edu_r_duarte ; Horttanainen Pekka ; idigitalbrazil@yahoo.com.br ; fgcarrico@gmail.com ; priscri ; Daniela Braun ; godoy@cin.ufsc.br ; sogodoy@gmail.com ; ldegodoy@gmail.com ; Sandra Santana ; Ana Paula Lobo - Convergência Digital
Sent: Saturday, October 18, 2008 5:35 PM
Subject: RFID ou "Etiquetas Inteligentes" - Blog de Sandra Santana + "Resumo" + Artigos e Notícias
 
 
01.
Este é o "Serviço ComUnitário" sobre RFID ou "Etiquetas Inteligentes" .
Esta mensagem também está "postada" no  "Blog RFID - RADIO FREQUENCY IDENTIFICATION da nossa participante Sandra Santana.

A Sandra publicou na ComUnidade este trabalho acadêmico em formato de artigo: RFID - Identificação por Radiofreqüência 

Via Google, registramos mais um trabalho acadêmico:
Fonte: Universidade de Santa Catarina
Tecnologia de identificação por radiofreqüência: fundamentos e aplicações em automação de bibliotecas
Autores: Angel Freddy Godoy Viera ; Sonia Dominga Godoy Viera ; Lourdes Elizabeth Godoy Viera
 
Nos próximos dias haverá um evento em S. Paulo: III Simpósio Internacional de Soluções de Negócios em RFID.
Contamos com a colaboração dos nossos membros que participarem para divulgação dos "ecos" e novidades.  :-)

02.
Por motivo de força maior, hoje temos um "post" adaptado.
Abaixo estão as informações recebidas da Sandra, mescladas com as nossas.

Mas já fazemos algumas perguntas para estimular o debate:

Como está o mercado de RFID para os profissionais de TI e Telecom?
Existem cursos independentes ou em universidades?  Ou só nos fabricantes?
Os sistemas de RFID já vem prontos ou podem ser programados pelos usuários?
Mais informações que "despertem vocações"?  :-)
 
03.
Os "posts" do Blog são as mensagens enviadas para os Grupos.
Estamos programando mensagens semanais referenciando e transcrevendo o que foi publicado pela mídia no período.
 
Temos recebido muita correspondência sobre RFID em "pvt": dúvidas técnicas, curiosidades sobre o mercado, solicitação de indicação de empresas para parcerias e procura por técnicos e consultores.

O Blog poderá conter Seções com a relações de empresas que atuam na área e profissionais e estudantes que possam interagir com objetivos de compartilhamento.
Assim, solicitamos a colaboração de todos na organização desta relação de empresas e "técnicos".

Estamos recebendo também artigos, textos e trabalhos acadêmicos para publicação no domínio da ComUnidade.

Dando partida nesta idéia transcrevemos este "crédito" registrado na "home" do Blog:

"Homenagem e agradecimento à Conrado Navarro e Eduardo Romariz Duarte que coordenaram páginas comunitárias anteriores que deram origem à esta. Ambos continuam atuando como consultores voluntários para assuntos didáticos."
 
04.
Mas o que é RFID?
Aqui está um resumo:
 
Fonte: Linkk
RFID - Radio Frequency Identification
 
RFID é a sigla para Radio Frequency Identification, ou Identificação por Radiofreqüência. Trata-se de uma tecnologia em ascensão que foi desenvolvida pelo Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos EUA, e que utiliza ondas eletromagnéticas para acessar dados armazenados em um microchip.
 
A solução é descendente da tecnologia dos transponders que foram utilizados pelos ingleses na 2ª Guerra Mundial. O transponder ainda é usado e funciona recebendo e transmitindo sinais quando uma “pergunta”, em forma de pulso eletrônico, é feita. Quando foi utilizado na 2ª Guerra, ele identificava os aviões da Royal Air Force (RAF – Força Aérea Real). Assim, quando uma aeronave surgia no radar e não “respondia” com seu transponder, ela era identificada como inimiga e abatida.
 
O RFID pode ser visto como um transponder muito mais barato e simples e que por isso pode ser usado para identificar praticamente qualquer coisa. Como um CPF ou RG, a parte de identificação do RFID é composta por um conjunto de números. Cada chip tem um código eletrônico de produto que é único (também conhecido como EPC – Electronic Product Code) e que pode ser consultado por meio de antenas de radiofreqüência. Ou seja, quando a etiqueta é colada em uma lata de refrigerante, uma televisão, um cachorro ou uma pessoa, a etiqueta, ou tag, transmite a informação para antenas com freqüência compatível e essas antenas ativam o chip, eletronicamente, identificando o produto.
 
05.
Aqui está o conteúdo do Blog:
06.
Transcrevemos hoje estes textos com a "eterna" recomendação de preferir ler na fonte para se beneficiar das demais informações contidas nos sites de origem:
  :-)

Fonte: Baguete
[14/10/08] GE cria sensores de RFID sem bateria por Gláucia Civa

Fonte: ITWeb
[10/10/08] Intel e Fundação Bradesco desenvolvem ensino do futuro por Carlos Eduardo Valim | Gazeta Mercantil

Fonte: Baguete
[07/10/08] GS1 Brasil testa RFID em congelados por Márcia Lima

Fonte: ITWeb
[29/09/08] Automação de vendas e força de campo: as novas soluções da Seal

Fonte: Scientific American
[Out 2008] Tarjetas de identificação por radiofreqüência por Katherine Albrecht   Destaque!

Fonte: Diário Digital
[30/09/08] UE quer liderar expansão da Web 3.0

Fonte: Guia Digital.info
[24/09/08] Ceitec apresenta chip de rastreamento bovino

07.
No último "post' transcrevemos estas matérias:
 
Fonte: IDG Now!
[19/09/08]   Sistema Bluetooth usa áudio para indicar pontos de interesse a cegos por Redação do IDG Now!
 
Fonte: RessellerWeb
[11/09/08]   Três empresas de TI se unem pela saúde
 
Fonte: Convergência Digital
[09/09/08]   Provedora aposta no uso do RFID no segmento bancário brasileiro
 
 
Fonte: Administradores.com.br
[27/08/08]   Que o varejo pode ganhar com a tecnologia de radiofreqüência por  Claudio Czapski, superintendente da Associação ECR Brasil
 
Fonte: Baguete
[07/08/08]   Simpósio debate RFID em São Paulo por Márcia Lima
 
 
Fonte: IOL Diário - Portugal
[29/08/08]   Chips nos automóveis: dúvidas e petição na Internet por Filipe Caetano
 
 
08.
Nos últimos "posts" foram referenciadas estas matérias:
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
Sandra Santana

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Fonte: Baguete
[14/10/08] GE cria sensores de RFID sem bateria por Gláucia Civa

A GE Global Research, braço de desenvolvimento tecnológico da General Electric Company, lança uma plataforma de sensores de identificação por radiofreqüência (RFID) sem baterias e de múltipla detecção que possibilita a criação de vários produtos sensoriais sem fio de baixo custo.

As ferramentas podem ser voltadas às áreas de saúde, segurança, embalagem de alimentos, tratamento de água e prevenção de poluição.

Os sensores RFID da GE são construídos com base nas marcações RFID tradicionais. A plataforma é capaz de dar respostas altamente seletivas a múltiplas substâncias químicas sob condições variáveis, operando sem baterias.

Assim, os sensores são indicados para aplicações de segurança (detecção de ameaças químicas e biológicas), monitoramento local da purificação de água, monitoramento de segurança de alimentos e bebidas (medição do frescor de mercadorias durante o transporte, por exemplo), fabricação portátil de vacinas e monitoramento de emissões em usinas energéticas, entre outras.

“Acreditamos que nossos sensores revolucionarão muitas plataformas de produtos. Sem a necessidade de baterias, podemos desenvolver sensores menores e a custos reduzidos”, afirma Radislav Potyrailo, cientista-chefe da GE Global Research. “Como são baratos, esses sensores também podem ser feitos para serem usados apenas uma vez. Assim como suas compras são escaneadas para verificar o preço, imagine apontar um sensor portátil de leitura para uma caixinha de leite, ou um enlatado, e verificar se foi danificado”, completa ele.

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Fonte: ITWeb
[10/10/08] Intel e Fundação Bradesco desenvolvem ensino do futuro por Carlos Eduardo Valim | Gazeta Mercantil

Elas desenvolveram um centro de estudos aplicados de tecnologias para a formação escolar, no campus da instituição sem fins lucrativos

A Fundação Bradesco e a Intel anunciaram um centro de estudos aplicados de tecnologias para a formação escolar, no campus da instituição sem fins lucrativos em Campinas, no interior de São Paulo. A fabricante americana, que lidera com mais de 80% de participação o mercado mundial de chips para computadores, também firmou compromisso de treinar professores da rede pública do estado de São Paulo na uso de computadores na sala de aula. Cerca de mil educadores serão treinados para formarem outros professores, com o potencial de atingir até 200 mil representantes da rede.

Segundo o presidente do conselho de administração da Intel, Craig Barrett, os computadores já mostraram que, quando bem utilizados, podem ser uma importante ferramenta de ensino. "Mas os professores precisam ser treinados", reiterou. "Não se pode negar que ter todas as informações globais à disposição pela internet podem ajudar as crianças."

O objetivo do Centro de Educação Digital é que as empresas e pedagogos possam aplicar novas tecnologias, criar metodologias de ensino para elas, verificar seus efeitos e fazer provas de conceito.

A Fundação Bradesco já utiliza a informática em algumas de suas salas de aulas. Foi na unidade de Campinas que se tornou a primeira instituição a usar os notebooks educacionais Classmate, desenvolvidos pela Intel, que estão disponíveis a todos os alunos do campus.

Recentemente, Portugal e Venezuela assinaram acordo de compra de máquinas para equipar suas escolas públicas. O governo brasileiro chegou a realizar licitação de compra de laptops educacionais no fim do último ano, vencido pelo Classmate - produzido localmente pela Positivo Informática -, mas o pregão foi cancelado e ainda não retomado. "O Brasil é bem maior que Portugal e os gastos de levar às escolas são grandes. Mas espero que o Brasil adote a tecnologia", afirmou Barrett. "Portugal está criando empregos para construir e manter os computadores."

Na Fundação Bradesco, há também locais equipados com lousas eletrônicas e iluminação inteligente, ajustada para o perfil de cada aula: luz fria para ensino de Matemática, baixa para facilitar a memorização e similar ao de fim de tarde, em aulas que estimulam a criatividade. Algumas tecnologias que serão testadas no centro, como a identificação por radiofreqüência (RFID), também chegarão às salas, segundo o gerente da área de tecnologia da Fundação Bradesco, Nivaldo Marcusso. Por meio de etiqueta inteligente no crachá do aluno, ele será identificado quando entrar na sala, tornando dispensável a chamada por nome.

Entre as empresas que participam do centro está a Lego Education, que traz ao Brasil tecnologia de robótica, como motores, que podem ser montados em bombas d´ água, por exemplo, e controlados por laptops em rede. Por meio deles, os alunos podem testar na prática conceitos de Matemática.

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Fonte: Baguete
[07/10/08] GS1 Brasil testa RFID em congelados por Márcia Lima

Um grupo de trabalho da GS1 Brasil deu início aos testes do Código Eletrônico de Produto (EPC), tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID), em produtos congelados.

O objetivo do trabalho é validar a aplicação e performance do EPC/RFID em unidades logísticas resfriadas para identificação serializada de paletes e automação do controle de estoques, além de expedição e registro dos sistemas de rastreabilidade.

O projeto-piloto contou com a parceria das empresas Logimasters-Dachser, Edata, Genoa, Motorola, NEC, SEAL e RR Etiquetas.

Os testes iniciais utilizando o EPC foram realizados na linha de produção do frigorífico Flamboiã. Mais de 18 mil quilos de produtos foram identificados. As etiquetas foram aplicadas nas caixas de transportes e nos paletes. Dois carregamentos foram efetuados do frigorífico para a Logimasters, que recebeu a carga, armazenou e expediu para o exterior, utilizando portais EPC/RFID.

Como resultado do projeto, houve leitura completa (100%) das caixas e aumento de produtividade nos processos de expedição, recebimento e na integração dos sistemas de informação e rastreabilidade em até 43 vezes.

Se comparado a um processo já automatizado com código de barras, onde eram gastos em média 2 minutos e 10 segundos para identificação de 50 caixas de um palete, com a tecnologia EPC/RFID este mesmo processo pode ser feito durante o embarque do produto, ou seja, em menos de 1 segundo, não sendo necessária a interrupção no carregamento.

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Fonte: ITWeb
[29/09/08] Automação de vendas e força de campo: as novas soluções da Seal
Notícia enviada por Douglas Meira

PRESS RELEASE

A Seal Sistemas, empresa que atua há 20 anos no mercado de soluções dedicadas a processos de automação com código de barras, coletores de dados, redes sem fio e RFID (identificação por radiofreqüência), oferece tecnologias em duas novas frentes, voltadas para a automação da Força de Vendas e da Força de Campo. Essas soluções ajudam a aumentar as vendas e a monitorar à distância o trabalho de colaboradores, com o objetivo de garantir o andamento dos negócios.

A solução voltada à Força de Vendas permite a automação do processo de vendas baseada no uso de coletores de dados. Com isso, os vendedores permanecem integrados e conectados às suas empresas, tendo acesso facilitado a informações sobre clientes e produtos – o que dispensa o uso de papéis, corta custos operacionais e reduz erros de digitação. A tecnologia também melhora a comunicação com a matriz e estimula uma maior competitividade no mercado, ao impulsionar a produtividade nas vendas, agilizar a captura de pedidos dos clientes e aperfeiçoar o trabalho da equipe.

Já a solução para a Força de Campo tem entre seus exemplos mais eficientes de usabilidade a automação dos serviços da equipe de manutenção. Isto permite, entre outros ganhos, um aumento de produtividade nos chamados atendidos. Além de oferecer uma linha completa de equipamentos móveis para esse processo, a Seal auxilia seus clientes a adotarem uma solução personalizada, destinada a processos específicos, com equipes de desenvolvimento, implantação e suporte técnico.

Outros benefícios da automação da Força de Campo incluem a otimização dos processos remotos; confiabilidade das informações; rapidez na obtenção de dados e tomada de decisões; eliminação de processos de digitação e conferência de informações; e monitoramento das atividades do profissional em campo, o que eleva a sua produtividade.

“Com a adoção dessas novas frentes, a Seal dá seguimento ao seu compromisso em oferecer tecnologias que simplificam e agilizam o trabalho em setores como logística e varejo, tanto na parte de vendas como na área operacional. Ambas as vertentes cumprem essa função com base na facilidade de acesso a informações relativas a clientes, produtos e parceiros espalhados por diversas localidades”, disse Wagner Bernardes, diretor de marketing e vendas da Seal.

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Fonte: Scientific American
[Out 2008] Tarjetas de identificação por radiofreqüência por Katherine Albrecht

Katherine Albrecht é doutora em educação pela Harvard University e diretora da Caspian, organização com 15 mil membros que defende a privacidade do consumidor contra a vigilância no comércio varejista. Desde 2003 está seriamente empenhada em denunciar e prevenir usos indevidos do RFID em produtos e em objetos de uso pessoal. Ela freqüentemente assessora legisladores e faz palestras sobre RFID e privacidade no Massachusetts Institute of Technology (MIT). É co-autora de dois livros sobre como o uso comercial e oficial do RFID pode ameaçar a privacidade e a segurança pessoal.

Minúsculos dispositivos de identificação por radiofreqüência, utilizados para rastrear suprimentos e estoques, estão presentes numa série de produtos. Defensores da privacidade alegam que eles representam novos riscos de segurança para usuários

PESSOAS COMUNS podem não perceber quantas tarjetas RFID estão carregando sem querer. Os dispositivos são inseridos em itens pessoais e até em roupas.

Cidadãos americanos que vivem em estados na divisa com o Canadá ou México, logo terão a oportunidade de utilizar um item de altíssima tecnologia: uma carteira de habilitação com leitura a distância. Desenvolvida para identificar cidadãos americanos que cruzam as fronteiras do país, a novidade vem sendo utilizada pelo Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos como maneira de poupar tempo e simplificar a entrada e saída do país. Mas, para quem segurança e privacidade são tão importantes quanto comodidade, é melhor pensar duas vezes antes de se comprometer. As novas carteiras de habilitação vêm equipadas com tarjetas de identificação por radiofreqüência, ou RFID, que podem ser lidas mesmo dentro do bolso, da carteira ou da bolsa a uma distância que pode chegar a 10 metros. Cada tarjeta incorpora um microchip codificado com um único número de identificação. Quando o portador se aproxima de um posto de controle de fronteira, um sinal de rádio transmitido por um dispositivo de leitura é captado por uma antena conectada ao chip, que emite o número de identificação. No momento em que o portador da habilitação passa pelo agente de segurança, o número de identificação já foi introduzido no banco de dados do Departamento de Segurança e a fotografia do motorista e seus dados pessoais aparecem na tela do funcionário do posto.

Embora o uso das carteiras de habilitação com chip ainda não seja obrigatório, especialistas em privacidade e segurança estão preocupados, pois aqueles que optaram por usá-las não estão cientes do risco que correm: qualquer pessoa que disponha de uma leitora ativada – comerciantes inescrupulosos, agentes do governo, ladrões ou simples curiosos – também pode acessar os dados do portador da carteira, ou seja, pode rastrear pessoas a distância sem seu conhecimento ou consentimento. Além disso, uma vez que o número de identificação de uma tarjeta for associado à identidade do seu portador – por exemplo, quando o portador da carteira de habilitação faz uma transação via cartão de crédito – sua identificação remota passa a ser uma “procuração assinada” para essa pessoa. A carteira de habilitação com chip representa apenas mais um item da lista crescente de “identificadores” que consumidores podem usar ou levar consigo, como passes de transporte e aparelhos de pedágio eletrônico, chaves eletrônicas, carteira escolar, cartões de crédito com chip, roupas, telefones, e até artigos de mercearia.

As tarjetas RFID têm sido associadas a códigos de barra que transmitem a informação, e a comparação tem validade quando os pequenos dispositivos são utilizados principalmente para identificar itens e controlar movimentações, como uma rês ao passar pela cadeia produtiva. Em lugar de escanear o código universal de produto (UPC) de cada item, um funcionário de um depósito atacadista pode registrar o conteúdo de lotes inteiros, digamos, de papel-toalha, escaneando um único número codificado na tarjeta RFID do produto. Esse número é enviado para um banco de dados central que contém a lista detalhada do lote. Mas pessoas não são produtos. Na última década a tendência de inserir chips em bens de consumo pessoal e, mais recentemente, em documentos oficiais de identidade, criou uma nova série de problemas de privacidade e segurança, principalmente porque a RFID é uma tecnologia de localização bastante poderosa. Existe muito pouca segurança embutida no próprio chip e as leis existentes oferecem proteção insuficiente às pessoas que são identificadas secretamente e rastreadas durante a vida cada vez mais controlada.

Além de Códigos de Barras
As primeiras tarjetas por radiofreqüência identificavam aeronaves militares amigas ou inimigas durante a Segunda Guerra Mundial, mas apenas no fim da década de 80 tarjetas similares passaram a ser utilizadas em sistemas de cobrança de pedágio eletrônico como o E-ZPass na costa leste americana, e o atual Sem Parar, no sudeste do Brasil. E já em 1999, empresas começaram a considerar o potencial das tarjetas para localização de milhares de objetos individuais. Naquele ano a Procter & Gamble e a Gillette – que depois da fusão se tornaram a maior empresa de produtos de consumo do mundo – formaram um consórcio com engenheiros do Massachusetts Institute of Technology, chamado Auto-ID Center, para desenvolver tarjetas RFID pequenas, eficientes e suficientemente baratas para substituir o código de barras UPC em produtos de uso diário. Em 2003 o grupo já havia desenvolvido uma versão funcional da tecnologia e atraiu investimento de mais de 100 empresas e agências do governo. Os incentivadores de tarjetas prometeram que os pequenos chips revolucionariam a logística e a prevenção de falsificação.

Para dar início à adoção dessa tecnologia, o Departamento de Serviços Gerais (GSA), órgão do governo americano que administra compras para outras instituições governamentais, emitiu um memorando, em 2004, pedindo aos chefes de todas as agências federais “para considerar uma ação a ser tomada para estimular a indústria de RFID”. Repentinamente, todos os órgãos públicos, do Seguro Social até a Agência Americana que regulamenta produtos alimentícios e medicamentos (FDA) passaram a anunciar testes com RFID. No mesmo período, iniciativas similares foram tomadas pelo mundo todo. Em 2003, a Organização Civil de Aviação Internacional (Icao), agência das Nações Unidas que regula padrões globais de passaportes, endossou o uso de tarjetas RFID em passaportes. A Icao agora exige RFIDs em todos os “epassports”, ou passaportes eletrônicos, que podem ser escaneados. Hoje dezenas de países, incluindo os Estados Unidos, emitem passaportes com tarjetas RFID embutidas nas capas.

Desde o início os novos passaportes se tornaram motivo de controvérsia em relação à privacidade e segurança. Em relatório de 2006 um alto funcionário da Icao prometeu que medidas de encriptação proporcionariam um “grau de proteção que impediria que dados pessoais dos portadores de passaporte fossem lidos sem seu conhecimento”. Especialistas em segurança logo provaram o contrário. Em 2007 o consultor de segurança britânico, Adam Laurie, quebrou o código de um passaporte britânico e se apoderou remotamente dos dados pessoais de seu proprietário. Na mesma época, o consultor de segurança alemão Lukas Grunwald copiou dados do chip de um passaporte alemão em outra tarjeta RFID criando um documento forjado para enganar uma leitora eletrônica. Ao encontrar vulnerabilidades similares em passaportes eletrônicos da República Checa, pesquisadores da Universidade Carlos, em Praga, afirmaram: “É surpreendente encontrar uma implementação que, na verdade, encoraja ataques à segurança em vez de eliminá-los”.

Mesmo assim as revelações sobre falhas na segurança não desencorajaram a adoção da RFID. Pelo contrário, a tecnologia está sendo usada em cartões de identificação domésticos pelo mundo todo. A Malásia emitiu aproximadamente 25 milhões de cartões de identidade eletrônicos. O Catar adotou um modelo que armazena as impressões digitais do portador, além da informação pessoal. E num esforço que observadores da indústria chamam de o maior projeto de RFID do mundo, o governo chinês está gastando 6 bilhões de dólares para trocar a cédula de identidade tradicional de quase um bilhão de cidadãos e residentes por uma com RFID.

Há, porém, uma importante diferença entre os cartões de identidade que utilizam RFID de outros países e as novas carteiras de habilitação do departamento de segurança americano. A maioria dos países adotou em seus passaportes e cartões de identidade eletrônicos um chip RFID que respeita um padrão da indústria conhecido como ISO 14443, desenvolvido especificamente para cartões de identificação e de pagamento que já inclui um dispositivo de segurança e proteção de privacidade. Por outro lado, cartões usados nas fronteiras americanas usam um padrão de RFID conhecido como EPCglobal Gen 2, uma tecnologia desenvolvida para localização de produtos em supermercados, onde o objetivo não é segurança, mas sim máxima facilidade de leitura.

Enquanto o padrão ISO 14443 inclui uma encriptação rudimentar em que o chip para ser lido precisa estar próximo da leitora – a uma distância de centímetros e não de metros –, chips Gen 2 normalmente não têm nenhum tipo de encriptação e somente uma proteção mínima para os dados. Para efetuar a leitura dos dados de um chip encriptado ISO 14443, é preciso quebrar o código de encriptação; mas, nenhuma habilidade específi ca é necessária para extrair os dados de um chip Gen 2; basta dispor de uma leitora Gen 2, que pode ser adquirida facilmente e é de uso comum em depósitos atacadistas do mundo todo. Um hacker ou um criminoso de posse de uma leitora dessas poderia ler dados de um cartão de fronteira a uma distância de alguns metros, mesmo que estivesse dentro de uma bolsa ou até através de uma parede.

Até abril passado mais de 35 mil motoristas do estado de Washington haviam solicitado as novas carteiras de habilitação com chip, e outros estados americanos também situados nas fronteiras do país, como Arizona, Michigan e Vermont, aceitaram participar do programa. O estado de Nova York colocou as novas carteiras à disposição da população em agosto passado.

No entanto, a possibilidade de que a segurança possa ser comprometida é apenas uma das fontes de preocupação. Mesmo se medidas de proteção de dados mais rígidas pudessem evitar acesso não-autorizado aos dados de tarjetas RFID, acredita-se que documentos de identidade com leitura remota podem facilitar abusos de poder por parte de governos que queiram controlar seus cidadãos.

Os cartões de identificação da China contêm uma quantidade impressionante de informação pessoal codificada, incluindo histórico clínico e reprodutivo, situação profissional, religião, etnia, e até o nome e número de telefone do locador da casa onde mora o portador do cartão de identidade. Pior que isso, os cartões fazem parte de um projeto maior para instalar sistemas de vigilância de alta tecnologia em cidades chinesas. Michael Lin, vice-presidente da Tecnologia de Segurança Pública da China, empresa privada responsável pelos cartões RFID do programa, declarou ao New York Times, sem hesitar, que eles “permitirão que o governo controle a população no futuro”. Mesmo que outros governos não aproveitem o potencial de vigilância dos novos cartões de identificação, há fortes evidências de que empresas interessadas em dados pessoais farão isso.

Espiões da Vida Alheia
Embora a idéia de que corporações pretendem usar chips RFID para espionar pessoas pareça improvável, ela já é realidade. Vale a pena considerar uma patente da IBM solicitada em 2001 e concedida em 2006. A patente descreve exatamente como os cartões podem ser usados para localizar e descrever perfis pessoais, mesmo que o acesso a bancos de dados seja indisponível ou estritamente limitado. Intitulado “Identificação e localização de pessoas através de tarjetas RFID em ambientes comerciais”, fornece detalhes impressionantes sobre o potencial de vigilância dos RFID num mundo onde uma rede de leitoras de RFID – conectados às chamadas “unidades localizadoras de pessoas”– seria instalada em praticamente todos os lugares mais freqüentados pelo público: shopping centers, aeroportos, estações de metro, ônibus, elevadores, aviões, estádios esportivos, bibliotecas, teatros, e museus – para fazer monitoramento contínuo do movimento das pessoas.

De acordo com a patente, numa loja de departamentos o processo funcionaria da seguinte forma: “Um escâner de chips RFID, localizado num determinado ponto varre o chip RFID da pessoa. Enquanto ela se movimenta pela loja, diferentes leitoras de RFID espalhadas pelo ambiente captam sinais de seu chip, cujo movimento é mapeado com base nas direções tomadas. A unidade localizadora de pessoas mantém registros dos diferentes locais visitados, bem como o tempo de permanência em cada local”.

O fato de as informações pessoais não serem armazenadas no chip não é problema, explica a IBM, porque “as informações pessoais serão descarregadas na próxima vez que a pessoa usar seu cartão de crédito, cartão do banco, cartão da loja ou algum outro cartão”. O link entre o número único do chip RFID e a identidade da pessoa só precisa ser feito uma vez, para que o chip passe a servir como uma porta aberta para extrair informações sobre aquela pessoa. Apesar de a IBM pretender localizar pessoas por meio de minúsculos chips localizados em produtos de consumo, com os cartões de fronteira RFID atuais, não é preciso esperar que os chips de produtos individuais se espalhem. A nova carteira de habilitação com chip do estado de Washington seria facilmente localizada em lojas, pois ela pode ser lida por leitoras de estoque Gen 2, hoje usadas em grandes lojas de departamento.

Essa infra-estrutura de localização se tornará cada vez mais rendosa para o mercado, quando mais pessoas carregarem ou até vestirem itens com chips RFID. Atualmente estão em circulação dezenas de milhões de cartões de crédito digitais e de cartões ATM contendo chips RFID, juntamente com milhares de crachás de funcionários. Cartões de transporte urbano com RFID, muito usados na Europa e no Japão, estão chegando às cidades americanas. O sistema de rastreamento pessoal da IBM está em processo de patenteamento, mas um parque de diversões inglês chamado Alton Towers fornece uma ilustração real do potencial rastreador do RFID. Ao entrar no parque cada visitante recebe uma pulseira com um código de identificação RFID exclusivo. Conforme a pessoa se diverte nas atrações, uma rede de leitoras de RFID estrategicamente espalhadas pelo parque detecta todas as pulseiras numa certa área e aciona câmaras de vídeo próximas. Gravações dos percursos realizados espontaneamente pelas pessoas são armazenadas em um arquivo identificado com o número da pulseira. No final do dia o cliente poderá comprar um DVD de seu passeio para recordação.

Protegendo o Público
Se tarjetas RFID permitem que vídeos personalizados detalhados de milhares de pessoas por dia sejam gravados num parque de diversões, imagine o que um governo poderia fazer – sem mencionar comerciantes e criminosos. É por isso que meus colegas da comunidade da privacidade e eu nos opusemos firmemente ao uso de RFID em documentos de identidade emitidos pelo governo, ou em itens comerciais. Já em 2003, minha organização, a Consumidores
Contra Invasão de Privacidade em Supermercados (Caspian) – em conjunto com a Privacy Rights Clearinghouse, a Electronic Privacy Information Center, a Electronic Frontier Foundation, a Associação Americana de Liberdade Civil e 40 outros defensores e organizações líderes em privacidade e liberdade civil – reconhecemos essa ameaça e emitimos um parecer condenando o rastreamento de pessoas por meio de RFIDs.

Em resposta a essas preocupações alguns estados americanos apresentaram projetos de lei de proteção ao consumidor contra o RFID, – que foram rejeitados ou receberam emendas, por forte oposição de lobistas da indústria de RFID. Quando senadores de New Hampshire votaram um projeto de lei impondo rigorosa regulamentação sobre o RFID, em 2006, uma emenda de última hora o substituiu por um estudo de dois anos. Fui nomeada pelo governador para atuar na comissão de resultados. Naquele mesmo ano um projeto de lei da Califórnia, que proibiria o uso de RFID em documentos emitidos pelo governo, foi aprovado no Congresso e no Senado, mas acabou vetado pelo governador Arnold Schwarzenegger. No âmbito federal nenhum projeto de lei de proteção ao consumidor relativo ao RFID foi aprovado. Ao contrário, em 2005, a Força Tarefa de Alta-Tecnologia de Membros Republicanos do Senado americano elogiou as aplicações do RFID considerando-as “novas tecnologias empolgantes, altamente promissoras para nossa economia” e prometeu proteger o RFID contra regulamentações e leis.

Na União Européia órgãos reguladores estão examinando a situação. A Comissão Européia – o braço executivo da União Européia – reconheceu o potencial dos sérios problemas de privacidade que cercam os RFID e deram início a uma discussão pública no início deste ano. Em julho último, quando esse assunto chegou à mídia, esperava-se uma inflamada repercussão por parte do público, mas há poucas expectativas sobre uma regulamentação a favor da privacidade do consumidor. Num discurso, em março de 2007, Viviane Reding, membro da comissão de mídia e informação para a sociedade da União Européia, anunciou que, em lugar de legislar sobre a questão das RFID, a comissão deixaria “a cargo das empresas a regulamentação sobre identificadores de radiofreqüência”. “Minha posição é que não devemos interferir no desenvolvimento do setor” conclui ela.

Lamentavelmente a auto-regulação do setor industrial surte pouco efeito na proteção do público sobre riscos do RFID. A EPCglobal, órgão que atualmente estabelece os padrões técnicos para as tarjetas RFID, criou um conjunto de regras para seu uso no varejo. As recomendações do órgão impõem, por exemplo, que os consumidores sejam informados da existência da tarjeta RFID no produto – na forma de um símbolo RFID de identificação. No entanto, quando a Checkpoint Systems, empresa membro da EPCglobal, desenvolveu tarjetas RFID para serem camufladas em solas de sapato – numa clara violação do estabelecido pela própria organização –, Mike Meranda, então presidente da EPCglobal, confessou-me que, como as diretrizes eram voluntárias, nem ele nem a organização poderiam interferir.

O departamento de licenciamento do estado americano de Washington assegura aos cidadãos que seus dados pessoais serão resguardados, pois a tarjeta RFID da carteira de habilitação “não tem fonte de energia” e “não contém qualquer identificação pessoal” muito embora esses fatos não impeçam que as carteiras sejam usadas para rastreamento. Para alguns, uma falsa noção de garantia para tentar tranqüilizar o público pode ser perigosa. A Rede Nacional para o Fim da Violência Doméstica, grupo americano que tem se manifestado contra o uso de RFID em documentos de identificação e produtos ao consumidor, está apresentando ao Congresso exemplos práticos de como infratores poderiam se aproveitar da tecnologia para perseguir e monitorar suas vítimas.

Enquanto isso, a onda do RFID está ganhando força. Gigi Zenk, porta-voz de uma agência de licenciamento do estado de Washington, recentemente confirmou que atualmente há 10 mil licenças RFID concedidas a usuários comuns que andam normalmente com elas. Um enorme potencial para uso indevido, que só tende a aumentar. É verdade que o estado de Washington há pouco tempo esboçou uma resposta parcial, aprovando uma lei que declara a leitura não autorizada de tarjetas “com finalidade de fraude, furto de identidade ou qualquer outro propósito ilegal” como infração grave, sujeita a cinco anos de prisão e multa de US$ 10 mil. No entanto, em nenhum momento a lei estabelece que a leitura feita com outras intenções, como estratégias de vendas e promoção de produtos, ou para “controlar a população” seja criminosa. E nós somos coniventes com isso.

CONCEITOS-CHAVE
- Tarjetas de identificação por radiofreqüência (RFID) têm sido inseridas em um crescente número de itens pessoais e documentos de identificação.

- Como as tarjetas foram originalmente criadas para serem poderosas ferramentas de localização e seu controle de segurança é limitado, carregá-las na roupa ou em outros objetos torna as pessoas vulneráveis à vigilância indevida e ao furto de dados.

- Legisladores do mundo todo pouco têm feito para informar os cidadãos sobre esses riscos.
– Os editores

DIRETRIZES ESPONTÂNEAS
A EPCglobal é uma organização que estabelece padrões para os identificadores RFID e criou um código de conduta para sua utilização como “tarjetas eletrônicas” em produtos de consumo.

Aviso: “A presença de tarjetas eletrônicas inseridas em produtos ou embalagens deverá ser amplamente divulgada aos consumidores, por meio do símbolo ilustrativo ou outro identificador”.

Escolha: “Consumidores receberão instruções sobre como remover ou desabilitar tarjetas eletrônicas dos produtos adquiridos”.

Educação: Empresas que utilizam tarjetas eletrônicas terão de “divulgar o símbolo ilustrativo e explicar a tecnologia aos seus consumidores”.

Gravações: Dados do consumidor associados às tarjetas “serão coletados, guardados, arquivados e protegidos por empresas globais associadas à EPC em conformidade com as leis aplicáveis”.

PARA CONHECER MAIS
Spychips: how major corporations and government plan to track your every move with RFID. Katherine Albrecht e Liz
McIntyre. Thomas Nelson, 2005.

Radio-frequency Identification (RFID): addressing concerns over information collection and usage.
Vídeo de mesa-redonda na faculdade de direito da University of Washington, em 19 de julho de 2007. Disponível no endereço: www.law.washington.edu/lct/Events/rfid

Privacy impact assessment for the use of radio frequency identification (RFID) technology for border crossings. Departamento de Segurança da Regional da Califórnia, 22 de janeiro de 2008.

Política e informações da Comissão Européia sobre RFID: http://ec.europa.eu/information_society/policy/rfid/index_en.htm    
Projeto de Ecossistema RFID da University of Washington: http://rfid.cs.washington.edu

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Fonte: Diário Digital
[30/09/08] UE quer liderar expansão da Web 3.0

A Comissão Europeia quer que a Europa lidere a expansão da Web 3.0, uma nova geração do uso de Internet, que melhorará a gestão de dados e será um importante apoio para as empresas, numa nova etapa da revolução no sector da informação.

A Web 3.0 inclui redes sociais, serviços empresariais online, sistemas GPS e televisão móvel, assim como o aumento das etiquetas inteligentes, que permitem lidar com a informação de uma forma mais simples.

Para o organismo, a Europa está «bem situada» para beneficiar-se da revolução, uma vez que as suas políticas querem impulsionar as redes de telecomunicações «rápidas, fiáveis e seguras», explicou a comissária da Sociedade de Informação, Viviane Reding.

A responsável acredita que a Web 3.0 é sinónimo de actividades comerciais, sociais e recreativas, que se podem realizar «em qualquer lugar e em qualquer momento», sendo que, entretanto a Comissão Europeia já terá iniciado uma consulta pública sobre políticas e iniciativas privadas, para exportar as possibilidades da nova tecnologia.

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Fonte: Guia Digital.info
[24/09/08] Ceitec apresenta chip de rastreamento bovino

O Brasil dá um passo à frente para alcançar a excelência na rastreabilidade bovina. O Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) apresentou ontem, em Porto Alegre, o chip do boi. O projeto, que conta com R$ 18 milhões de recursos não-reembolsáveis do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), é considerado estratégico pelo governo federal. "A rastreabilidade feita hoje no País é rudimentar e isso nos torna alvo, inclusive, de medidas protecionistas de outros países. Estamos começando a mudar essa história", observa o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.

Ele participou ontem da demonstração do processo de identificação eletrônica, feita no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O chip usado no animal foi um protótipo e a versão final deverá ser ainda menor. O processo de rastreabilidade eletrônica utiliza um software de banco de dados, um coletor e um brinco, formado por um chip e uma antena. O procedimento de leitura é bastante simples. Basta aproximar um bastão com um leitor do chip, que fica na orelha do animal. Ele ativa o dispositivo e colhe as informações através da tecnologia RFID, de identificação por radiofreqüência. A partir daí, os dados são repassados para um computador via cabo ou rádio, nesse último caso, através da tecnologia bluetooth.

O leitor tem capacidade para armazenar cerca de 7 mil dados, o que facilita o trabalho de coleta no campo. A identificação eletrônica permitirá o conhecimento do animal através da coleta e análise de informações como raça, idade, identificação visual - inclusive dos pais - e lote do qual foi comprado, entre outros. A tecnologia segue uma demanda do mercado internacional, cada vez mais exigente quanto à rastreabilidade. O custo do chip é de aproximadamente R$ 50,00 a unidade. A idéia é estender também para a cadeia de suínos e aves.

O Ceitec agora tem a propriedade intelectual do projeto, mas os próximos passos ainda serão estudados. O chip do boi está dentro de uma estratégia maior nacional de desenvolver um padrão brasileiro de rastreabilidade e, a partir daí, estimular a criação de um mercado comprador. Também será preciso definir se a fabricação será feita imediatamente, e, dessa forma, fora do País, ou no próprio Ceitec. Nesse caso, a produção só poderá iniciar-se entre o final de 2009 e o começo de 2010, quando a fábrica da Lomba do Pinheiro estiver em operação.

A assessora da presidência do Bndes, Margarida Baptista, destacou a importância do chip do boi para a agropecuária brasileira. "Esse é um projeto símbolo dos nossos esforços de apoiar a inovação tecnológica no Brasil e, ao mesmo tempo, esse setor que é tão representativo", afirmou. O Brasil possui atualmente um rebanho de 210 milhões de cabeças de boi. Os recursos captados através da instituição foram usados também na compra de equipamemtos.

O Ceitec terá capacidade para fabricação de 4 mil lâminas por semana, nas quais podem ser gravados até 15 mil chips, dependendo do tamanho. De acordo com a gerente do Centro de Design da empresa, Edelweis Garcez Ritt, apesar de não ter como foco a fabricação em massa, a estrutura é suficiente para atender a alguns projetos, como o próprio chip do boi. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entretanto, deve assinar o decreto que cria o Ceitec como empresa pública federal nos próximos dez dias e, só a partir daí, será feita a nomeação da nova diretoria. O novo presidente deve ser o alemão Eduard Rudolf Weichselbauer, que teria participado do desenvolvimento do plano de negócios do Ceitec S.A.
Fonte: J. do Comércio - Patricia Knebel
 

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