BLOCO TECNOLOGIA - BLOg dos COordenadores ou BLOg COmunitário da ComUnidade WirelessBRASIL

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 4 de dezembro de 2009 18:32
assunto Loteamento da Anatel + Juiz de Fora + Manaus... Outras?

01.
Permitam-me dar um incentivo ao debate (no Grupo WirelessBR).

Recorto um "post" anterior sobre Agências Reguladoras e transcrevo mais abaixo uma matéria recente:
Fonte: Convergência Digital
[26/11/09] Banda Larga: Longe da costa, acesso à Internet é puro mito - por Luís Osvaldo Grossmann, de Manaus

02.
Sobre as Agências:

(...) A agência é um órgão de Estado, e não do governo. A ideia é que seja um organismo independente de todas as pressões. Defende o mercado da ingerência indevida do governo; defende a sociedade das distorções criadas pelo mercado; defende as empresas participantes do abuso de poder de mercado de empresas dominantes. (...) Fonte: O erro original de Miriam Leitão

(...) Desde o início do primeiro mandato, o governo do presidente Lula vem trabalhando para destruir o sistema de agências reguladoras. Agências desse tipo, existentes em países desenvolvidos, são órgãos de Estado, não de governo. Devem funcionar com independência política, proporcionando estabilidade e previsibilidade às condições de investimento em setores básicos, como energia, transportes e telecomunicações. O presidente Lula e seus principais auxiliares nunca aceitaram essa concepção, assim como jamais aceitaram os critérios de impessoalidade e competência na gestão pública. (...)
Fonte: Estadão - Editorial - [18/06/08] Loteamento de agências

(...) O governo Lula continua a usar os cargos das agências reguladoras como moeda política. O Diário Oficial da União publicou ontem a mensagem presidencial com a indicação do economista João Rezende para uma vaga no Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Foi o despacho de um acordo político que daria ao PT a indicação do posto na Anatel, caso o PMDB ficasse com o comando das duas Casas do Congresso. (...) [Fonte: Estadão - 18/02/09 - Rateio político dá ao PT cargo na Anatel]

(...) Representantes do PT, dentro e fora do Palácio do Planalto, circularam nos últimos dias em busca de alguém ligado ao partido e que pudesse ocupar a cadeira vaga no conselho diretor da Anatel. A busca se intensificou depois que o presidente Lula disse ao ministro Hélio Costa que o nome seria pensado sob a perspectiva além de 2010. Ou seja, Lula indicou que quer uma pessoa de confiança do partido para o cargo. Segundo fontes do Planalto e do Congresso que acompanham a questão, o único nome do PT que se enquadraria no perfil é o de João Batista Rezende, atualmente chefe de gabinete do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, mas que até 2006 ocupava a presidência da Sercomtel, o que lhe garante conhecimento do setor. Rezende teria manifestado a vontade de ir para a Anatel e ao que tudo indica já conta com apoio da ministra Dilma Rousseff, segundo fontes ouvidas por este noticiário. (...) [ Fonte: Teletime - 27/11/08- João Rezende é o nome do PT para o conselho diretor por Samuel Possebon]

Fonte: Convergência Digital
[26/11/09] Banda Larga: Longe da costa, acesso à Internet é puro mito - por Luís Osvaldo Grossmann, de Manaus

Luis Osvaldo Grossmann está em Manaus a convite da organização da FIAM 2009

Nada é mais eloquente sobre a importância de um plano nacional de banda larga do que deixar os grandes centros da costa atlântica brasileira. Em Manaus, uma das dez cidades mais ricas do país, por exemplo, as condições de acesso à Internet quando não são precárias, são extremamente caras.

Isso fica claro com a explicação da Prodam, órgão estadual de processamento de dados, que revela pagar nada menos que R$ 5 mil por megabyte/mês. Para se ter uma idéia do que isso significa, basta saber que a RNP (Rede Nacional de Pesquisas) paga pouco mais de R$ 4,00 por cada gigabyte mensal.

Na capital amazônica, a comunicação pela banda larga móvel, via 3G, muito defendido na proposta do Ministério das Comunicações, tem desempenho inferior ao acesso discado como a própria reportagem do Convergência Digital conferiu. Uma conexão residencial - que em Manaus ainda é monopólio da Embratel - chega a custar R$ 200 por acesso de 200 Kbps, como conta o secretário do comitê estadual de políticas de informática, Fabiano Marques.

Fica mais fácil entender, assim, porque o próprio governador do estado, Eduardo Braga, é reticente sobre a discussão de redução ou isenção de ICMS para “incentivar” esse tipo de serviço. Não há concorrência. Não há alternativas. Durante a abertura da Feira Internacional da Amazônia (Fiam 2009), Braga insistiu que "melhorar a competitividade não é apenas fazer isenções fiscais, mas investir em infraestrutura".

Pouco depois, o governador chegou a dizer que não conhecia a proposta de redução do ICMS e lembrou que as teles já têm um compromisso com o governo federal de levar banda larga a todas as escolas urbanas do país. "O Amazonas está disposto a discutir, mas nem o Ministério das Comunicações, nem a Oi, que fará a interligação de fibra ótica até março do próximo ano, nunca falaram nisso", afirmou Eduardo Braga.

Na verdade, porém, o assunto já passou pela secretaria da Fazenda do estado, mas parece que há pouca esperança de que mesmo uma isenção de ICMS tenha grandes efeitos para os amazonenses. "Ainda que fizéssemos a isenção, não chegaríamos nem perto dos R$ 29,80 prometidos pelo governo de São Paulo", afirma Fabiano Marques. E, vale lembrar, nem mesmo os paulistanos contam ainda com a banda larga popular, devido aos adiamentos de uma oferta a ser feita pela Telefônica.

Por outro lado, não falta demanda. “Em Manacapuru tem um telecentro com 10 computadores. Apenas cinco deles funcionam e ainda assim são mais de 600 acessos por mês. Tem fila, a demanda reprimida é incrível. Ninguém pode pensar que só porque essas pessoas estão no interior elas não querem acesso", desabafa Marques.

*Luis Osvaldo Grossmann está em Manaus a convite da organização da FIAM 2009

Bom dia Renato

No caso de Juiz de Fora o que acontece é que existe um "embargo político" que não permite que as empresas de telefonia móvel instalem e ativem novas ERBs, isso dificulta muito o trabalho das mesmas. Portanto, neste caso, nao é culpa apenas das empresas. Existe um jogo político complicado.
Não sei detalhes específicos do porquê a prefeitura não permite a instalação, talvez alguém do fórum saiba explicar melhor.

Att

Vladmir B. França
Eng. de Telecomunicações
CREA 120938

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2009/12/4 renato barbosa <rbcfilho@yahoo.com.br>


    bom dia a todos!!!
    estou postando apenas para desabafo!! como em uma cidade com 700 mil habitantes, pode ter um serviço de internet tao terrivel!!! nem serviço de 3G ainda é oferecido apesar das operadoras venderem produtos!!! o usuario compra aparelhos carissimos e na hora de usar!!! cade o sinal 3G?
    fora, a conexão que eh terrivel, quando chove entao!!!! hoje pouquissimos pacotes sao oferecidos ou 300k ou 1giga, e ainda temos que rezar quando da solicitaçao saber se no local da residencia tem viabilidade técnica!!!
    esse papo de ser brasileiro nao desistir nunca nao ta certo!!!
    o certo seria
    "sou brasileiro e me fazem de idiota sempre"
    Att.
    Renato Barbosa de Castro Filho

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Meu total apoio ao Bruno nessa questão. Em Manaus, parece que não existe agência reguladora, porque o serviço das prestadoras é péssimo e nada é feito. Manaus sofre de grave problema com internet de baixa velocidade e na telefonia móvel as operadoras não tem capacidade para atender a demanda de usuários, ocasionando panes em suas redes principalmente nas sextas. ANATEL, o que é isso mesmo? Pra que serve?

Marcelo Reis.

reismarcelo@yahoo.com

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> ...
> Bruno, aí você já está falando de um problema pontual
> seu (ou de sua empresa) com uma operadora. Isso nada
> tem a ver com o fato que a existencia das Agencias é
> para dar garantia a quem investe e assina contratos com
> o g*verno, que não haverá quebra de contrato ou mudanças
> repentinas de regras no meio do jogo.

Grande Rubens

Nao é um problema pontual meu, esses problemas ocorrem no Brasil todo, com CLIENTES DE OPERADORAS de todos os tipos e tamanhos

Obviamente como profissional da área eu conheco mais casos que os divulgados na midia (é preciso um apagão de dias no speedy para se noticiar esse tipo de coisa, não esqueca que as teles são grandes anunciantes e a midia não costuma criticar quem paga)

É diferente de quem tem relacionamento com tele por ser usuário ocasional, que pode ter dois celulares para quando um não funciona, ou mesmo pode ficar um dia ou dois sem telefone

No meu caso ainda é pior porque além de consumidor (que deveria ser protegido da sanha oligopolista das teles) eu também tenho licença de operadora (SCM). Quando apontei o absurdo do meu caso para a agência, no dia que ocorreu, a resposta que obtive foi que procurasse a justica porque "não havia nada que ela pudesse fazer" (qualquer prazo na agência comeca em 5 dias úteis, tempo mais que suficiente para um prejuizo incalculavel para um negócio de telecom)

Por esse motivo eu digo que quem é satisfeito com a agência é porque nunca precisou dela. E que ela só defende o lado das teles, não o lado do Brasil e dos seus consumidores.

[]s, !3runo Cabral