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Dezembro 2009               Índice Geral do BLOCO

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19/12/09

• 1ª Confecom (56) - Texto de José Roberto de Souza Pinto no site de Ethevaldo Siqueira

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br,
data 19 de dezembro de 2009 19:53
assunto 1ª Confecom (56) - Texto de José Roberto de Souza Pinto no site de Ethevaldo Siqueira

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Visito o website de Ethevaldo Siqueira.
E anoto lá uma contribuição do nosso José Roberto de Souza Pinto, transcrita mais abaixo:
Fonte: Website de Ethevaldo Siqueira
[18/12/09]  Discurso precisa virar realidade - por José Roberto de Souza Pinto

02.
José Roberto referencia o discurso do presidente na abertura da Confecom, que pode ser lido aqui (pdf):

03.
Após o texto do José Roberto transcrevo duas matérias sobre o discurso presidencial:
Fonte: Teletime
[14/12/09]   Em discurso, Lula defende teses polêmicas e pede entendimento - por Samuel Possebon
Fonte: Teletime
[14/12/09]   Presidente elogia empresários que "não tiveram medo" da Confecom - por Mariana Mazza

04.
Minha opinião:
O que nosso presidente fala, não se escreve.
Neste caso, como ele leu o discurso que certamente não escreveu, pelo menos sabemos qual é a opinião das eminências pardas da cúpula do poder...
A conferir.

05.
Anoto também no site do Ethevaldo está matéria que deverá estar no Estadão de amanhã:
Fonte: Website de Ethevaldo Siqueira
[20/12/09]  Como abrir a cabeça de amigos jurássicos? (não transcrita nesta mensagem)
"Parece não haver números que convençam meus amigos dos benefícios da privatização das telecomunicações. Eles ainda vivem no mundo dos telefones fixos"

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: Website de Ethevaldo Siqueira
[18/12/09]   Melhor, só se for verdade

Um de nossos leitores, engenheiro de telecomunicações, achou perfeito o discurso de Lula na abertura da Confecom.
Agora, diz, só falta fazer sua equipe transformar as palavras em ações.
Ethevaldo Siqueira

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Fonte: Website de Ethevaldo Siqueira
[18/12/09]  Discurso precisa virar realidade - por José Roberto de Souza Pinto

Retornando da Confecom, tive a oportunidade de ler o seu documento de debate sobre esta questão das telecomunicações brasileiras. Você já tem uma vaga idéia de como penso em função de manifestações anteriores que tiver a oportunidade de fazer. De toda forma, é importante reafirmar que seu diagnostico está simplesmente claro e, portanto, excelente para a situação do País.

Acrescentaria somente que algumas comparações do passado com o presente devem ter algumas ressalvas em função das necessidades da sociedade terem passado por profundas transformações, inclusive no tocante ao seu grau de exigência em relação aos serviços de comunicações. Apreciaria se você puder publicar uma pequena contribuição colhida da minha experiência de ter assistido ao presidente Lula na abertura da Confecom, que reproduzo a seguir:

O presidente Lula, na abertura dos trabalhos da Confecom em Brasília, no dia 14 de dezembro de 2009, fez um brilhante, claro, objetivo discurso analisando o setor e vislumbrando as suas reais necessidades. Faltam-me neste momento mais adjetivos para elogiar a citada apresentação. Durante e após a fala do presidente, profissionais do setor de telecomunicações procuravam o ponto de ouvido ou uma tela na qual ele estaria lendo o seu discurso. Ao final, alguns afirmavam que estava lendo numa tela que não era vista pela platéia.

Nada disso é importante. O fundamental é que o presidente Lula leia e ouça algumas vezes o seu discurso proferido na Confecom, pois, se ele o fizer, poderá atingir a consciência necessária para desenvolver um projeto de grande repercussão para a sociedade brasileira. Arrisco dizer que um projeto com os pressupostos apresentados significa a identificação de uma nova liderança consciente da importância das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para o desenvolvimento econômico e social de um país.

Resta, então, o passo seguinte do presidente Lula: obrigar que toda a sua equipe leia atentamente o discurso e procure transformá-lo em ações e projetos – e mais, procure profissionais que sejam do ramo, ou melhor, que entendam das comunicações, para pôr em prática aquelas que agora passam a ser as idéias e convicções do presidente da República.

José Roberto de Souza Pinto

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Fonte: Teletime
[14/12/09]   Em discurso, Lula defende teses polêmicas e pede entendimento - por Samuel Possebon

O discurso do presidente Lula na abertura da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada nesta segunda, 14, em Brasília, marca uma posição clara do governo em relação à necessidade de reforma do marco regulatório da radiodifusão e a preparação do ambiente legal para a convergência. "Nossa legislação na área é muito antiga e evidentemente não responde aos desafios da atualidade. Cito apenas um exemplo: o Código Brasileiro de Telecomunicações, que até hoje ainda disciplina a radiodifusão, ou seja, o rádio e a televisão, é de 1962", disse o presidente, em referência à lei que rege o setor de rádio e TV. "O fato é que mudaram as tecnologias, mudou o País, mudou o mundo. E como não podia deixar de ser, mudou também a comunicação. Mas essas mudanças não foram acompanhadas pelos aperfeiçoamentos e atualizações necessários na nossa legislação", concluiu.

Convergência
Lula também lembrou o impacto que a convergência de mídia tem no ambiente das comunicações. "Esta Conferência realiza-se numa época marcada pela convergência de mídias. (...) Com a digitalização e a Internet, as fronteiras entre os diferentes meios estão sendo dissolvidas. Hoje, texto, áudio e imagem não só são tratados com a mesma tecnologia digital como podem ser disseminados pelas mesmas plataformas". O presidente ressaltou que um número crescente de leitores informa-se através da Internet. "Cada vez mais, as notícias estão disponíveis em tempo real, tanto em computadores pessoais como em aparelhos celulares ou em outros equipamentos portáteis".

Em seu discurso, o presidente ressaltou que "a tendência é de que, em muito pouco tempo, a maioria das pessoas possa receber no mesmo aparelho, seja ele fixo ou móvel, tanto o sinal gratuito e aberto da radiodifusão, transmitido pelas ondas eletromagnéticas, como os arquivos de imagens e sons, gratuitos ou não, transmitidos pela banda larga ou por outras tecnologias". Para o presidente, isso abre imensas possibilidades para o mundo da comunicação. "Mas, ao mesmo tempo, lança enormes desafios para a sociedade. Desafios legais, econômicos, sociais e políticos".

Defesa da multiprogramação
Outro aspecto importante do discurso do presidente foi a defesa enfática da multiprogramação na TV digital, modelo que o Ministério das Comunicações ainda não liberou para empresas privadas e que não é bem visto por muitas empresas de radiodifusão (e nem pelos movimentos de democratização das comunicações, dentro do modelo atual de radiodifusão). As palavras do presidente foram diretas: "a tecnologia digital pode promover a multiplicação dos meios e veículos de comunicação. Ao permitir uma ocupação mais intensiva do espectro eletromagnético, ela torna possível a ampliação do número de concessões de rádio e TV, oferecendo oportunidades a novos atores, a novos grupos, a novas comunidades, isso sem falar na multiprogramação, que elevará ainda mais a oferta de programas e serviços".

Na visão manifestada por Lula, "a convergência de mídias deve ser um estímulo à multiplicação dos meios de comunicação social, nunca à sua monopolização ou à sua oligopolização".

Pauta eleitoral
Para Lula, a Internet traz um novo "padrão de relações entre os produtores e os consumidores de informação e entretenimento". Lula ressaltou que talvez "não seja possível encontrar respostas definitivas para (todos os desafios), mas espero que este encontro contribua para abrir e oxigenar um amplo processo de discussão em toda a sociedade. Um processo que estimule o Congresso a se debruçar sobre o tema da comunicação social com a importância que ele tem (...). Um processo que convoque todos os candidatos, especialmente os que disputarão a Presidência da República, a se pronunciar sobre o tema, a incluí-lo em seus programas e a expor ao País suas convicções e ideias". Para Lula, "a maior contribuição que esta Conferência pode dar: voltar a incluir a questão da comunicação social na agenda do País e tornar irreversível seu debate aberto, público e transparente".

A íntegra do discurso do presidente Lula está disponível na homepage do site TELETIME e no endereço www.telaviva.com.br/arquivos/lula_confecom.pdf .

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Fonte: Teletime
[14/12/09]   Presidente elogia empresários que "não tiveram medo" da Confecom - por Mariana Mazza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou os empresários que decidiram abandonar a comissão organizadora da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Ao abrir oficialmente o evento na noite dessa segunda-feira, 14, Lula alfinetou as associações que decidiram não participar do debate. "Queria fazer um agradecimento especial aos empresários que não tiveram medo dessa conferência. Lamento que alguns atores da área da comunicação tenham preferido se ausentar desta conferência, temendo sabe-se lá o quê. Perderam uma ótima oportunidade para conversar, defender suas ideias, lançar pontes e derrubar muros", afirmou Lula. "Mas cada um é dono de suas decisões e sabe onde lhe aperta o calo. Bola pra frente", concluiu.

Em agosto deste ano, em meio aos preparativos da Confecom, as associações Abert (radiodifusão), ANJ (jornais), Aner (revistas), Adjori Brasil (jornais e revistas regionais), Abranet (provedores de Internet) e ABTA (TV por assinatura) anunciaram o afastamento da comissão organizadora. Restaram como representantes dos empresários apenas a Telebrasil (teles fixas e móveis) e a Abra (Band e Rede TV!). Lula destacou a necessidade de todos os segmentos da sociedade se unirem para a tarefa "indispensável" de discutir a comunicação no país. "Para responder a esse desafio, a diversidade deste plenário é muito bem-vinda. Porque a tarefa que temos pela frente é complexa demais para ser resolvida apenas pelo governo ou apenas por um segmento isolado da sociedade", avaliou.

Lula também destacou a necessidade de um debate que tenha como pilar a liberdade de imprensa. "Meu compromisso com a liberdade é sagrado. Ela é essencial para a democracia." Lula disse que a imprensa no Brasil "apura e deixa de apurar o que quer", e que ele aprendeu a conviver com isso. E voltou a defender a visão de que a melhor regulação para eventuais abusos da imprensa é a própria liberdade de imprensa. "Os leitores, os ouvintes, os telespectadores são perfeitamente capazes de separar o joio do trigo, a informação da desinformação, a notícia da campanha, a verdade da eventual manipulação. São críticos implacáveis e juízes severos."

O presidente citou vários avanços obtidos nas telecomunicações e na ampliação da comunicação no país, citando dados do crescimento da telefonia móvel, da venda de jornais nas capitais, das rádios comunitárias e de acesso à Internet. Lula deu especial atenção à pauta sobre convergência de mídias, afirmando que esse processo de consolidação de serviços sobre uma única plataforma tem que ser discutido com foco no aumento da diversidade e evitando que se formem "monopólios e oligopólios".

Lula - que foi aplaudido de pé no início e no fim de seu discurso, incluindo um nítido "Lula, o Brasil te ama", vindo da plateia - atendeu aos apelos dos participantes e incluiu em seu discurso ponderações sobre o sistema atual de concessão de rádios comunitárias. O presidente falou que muitas vezes políticos acabam assumindo as licenças concedidas para associações comunitárias. E que, por conta disso, é muito importante que os movimentos comunitários ajam "com a maior seriedade", evitando que essa prática continue.


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