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17/07/09

• Matérias do Estadão com opiniões de Flávia Lefèvre: Inoperância e "loteamento da Anatel" + "Panes nas teles"

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, July 17, 2009 7:18 PM
Subject: Matérias do Estadão com opiniões de Flávia Lefèvre: Inoperância e "loteamento da Anatel" + "Panes nas teles"
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
Transcrevo, mais abaixo, matérias de hoje no Caderno de Economia do Estadão.
Aqui estão as manchetes e os recortes: :-)
 
Fonte: Estadão
[17/07/09]  
Panes nos serviços das teles vão muito além do Speedy por Gerusa Marques
(...) Apenas em julho, serviços operados por Oi, Vivo e TIM também apresentaram falhas no País
Os problemas que vêm atingindo o serviço de banda larga Speedy, deixando milhares de pessoas e órgãos públicos sem conexão à internet, podem não estar restritos somente às redes da Telefônica. O alerta para o risco de uma falha sistêmica, envolvendo a infraestrutura de outras empresas de telefonia fixa, celular e de internet em alta velocidade, vem de setores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). (...)

Fonte: Estadão
[17/07/09]  
Para analistas, política atrapalha por Gerusa Marques
(...) A inoperância da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é atribuída por especialistas do setor ao processo de ingerência política e de loteamento partidário do órgão regulador. Esse processo forjou divisão interna na agência, não apenas no conselho diretor, mas entre técnicos. (...)
 
Ao debate!
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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Fonte: Estadão
[17/07/09]  
Panes nos serviços das teles vão muito além do Speedy por Gerusa Marques
 
Apenas em julho, serviços operados por Oi, Vivo e TIM também apresentaram falhas no País
 
Os problemas que vêm atingindo o serviço de banda larga Speedy, deixando milhares de pessoas e órgãos públicos sem conexão à internet, podem não estar restritos somente às redes da Telefônica. O alerta para o risco de uma falha sistêmica, envolvendo a infraestrutura de outras empresas de telefonia fixa, celular e de internet em alta velocidade, vem de setores da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
 
A agência tem registrado problemas na prestação dos serviços, que apontam para a possibilidade de um sucateamento das redes de telecomunicações no País, que seria provocado por um patamar de investimentos abaixo do necessário.
 
"O problema não é só do Speedy", diz uma fonte graduada do órgão regulador. Levantamento obtido pelo Estado mostra que, nos primeiros sete dias de julho, houve pelo menos cinco falhas (ver quadro) nas redes da Oi, Vivo e TIM. São problemas nos serviços de telefonia fixa, banda larga e telefonia celular, provocados por rompimentos de cabos de fibra ótica, queda de enlaces e falhas na conexão de roteadores, por exemplo. Também há situações mais comuns, como velocidade de conexão à internet abaixo da contratada e problemas para completar ligações telefônicas.
 
O aumento da frequência de "pequenas panes", segundo a mesma fonte, é atribuído à falta de manutenção nos equipamentos e a investimentos insuficientes para a expansão das redes. Apesar do diagnóstico, a Anatel, responsável pela fiscalização das empresas, estaria com a sua atuação limitada por não dispor de instrumentos atualizados para checar a qualidade da prestação dos serviços.
 
A Agência, como admite fonte do setor, não concluiu os estudos para elaboração de modelos de regulação econômica que lhe permitam exigir das empresas o cumprimento de planos estratégicos de atendimento da demanda e de modernização das redes. "A Anatel faz padrão de qualidade com base em uma norma da época da Telebrás", diz a fonte.
 
O ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros considera que a Anatel está "super atrasada" na elaboração do modelo de custos, iniciada em 2005, que ofereceria um detalhamento contábil para identificar quanto é gasto em cada setor das empresas e a receita obtida com cada serviço.
 
"Não adianta só fiscalização física, o modelo de custos é fundamental para ver o que de fato está ocorrendo", disse.
 
"A Anatel recebe as informações das empresas e não tem como processá-las", concorda a coordenadora da Frente dos Consumidores de Telecomunicações, Flávia Lefèvre, que integrou até o início deste ano o conselho consultivo da agência. Ela acredita que os problemas atingem todas as redes, mas ganharam dimensão na Telefônica porque se trata de um mercado que envolve grandes corporações, como o de São Paulo.
 
"Quando atinge só os pequenos clientes, todo mundo acha que está tudo bem." Segundo ela, o maior problema é que a banda larga não é considerada pelo governo como um serviço essencial e, portanto, as empresas não têm metas de qualidade e de universalização a cumprir.
 
Juarez Quadros disse temer que os problemas estruturais da Anatel se reflitam no consumidor. "Tenho medo de um caos. A gente vê as falhas se repetindo, tenho receio que aumente a escala de acontecimentos", afirmou. Ele lembra que o tráfego de banda larga e de telefonia celular tem crescido muito no País e que os investimentos têm de acompanhar essa proporção. "Houve investimento, mas pode não ter sido o suficiente", afirmou.
 
As empresas negam a retração nos investimentos. Elas afirmam que os recursos aplicados nas redes são suficientes para garantir o atendimento da demanda. Asseguram ainda que as falhas verificadas no início do mês são pontuais e que suas redes estão operando dentro da normalidade.
 
A Oi informou que monitora permanentemente a operação dos serviços, além de possuir equipes de plantão 24 horas para fazer reparos. Para 2009, a empresa prevê investir de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões, sendo 90% em expansão, manutenção e qualidade. As falhas registradas, segundo a Oi, foram provocadas por "fatores externos".
 
A TIM informou que investirá neste ano R$ 2,3 bilhões, sendo cerca de R$ 1,4 bilhão em expansão de redes. A TIM diz que suas redes são monitoradas e os problemas estão restritos a Manaus, causados por instabilidade dos links contratados da Embratel. A Embratel informou, porém, que não é responsável pelos problemas da TIM no Amazonas e que cumpre o contrato com a operadora de telefonia celular.
 
A Vivo disse que a falha ocorrida em Minas Gerais foi "um problema pontual" e que a empresa ressarciu os usuários, com devolução de créditos. Para este ano, a empresa afirmou que fará um investimento total de R$ 2,6 bilhões.
 
FALHAS REGISTRADAS EM JULHO
 
Dias 1.º e 2/7: Falha no serviço de telefonia celular da TIM, em Manaus. Os problemas foram causados por falha no sistema de transmissão e rompimento no anel óptico de conexão à rede da Embratel e atingiu cerca de 700 mil clientes da empresa
 
Dia 2/7: Falha no serviço de telefonia celular da Vivo, em Minas. Houve problemas na conexão de roteadores em Belo Horizonte, atingindo a rede principal (backbone) nos municípios que usam DDD 35, na região de Varginha
 
Dia 3/7: Falha no serviço de telefonia fixa da Oi, em Viçosa (MG). Um cabo de fibra ótica se rompeu, deixando sem comunicação cerca de 19 mil telefones
 
Dia 4/7: Problemas de conexão à internet no serviço de banda larga Velox, da Oi. O problema que motivou a pane não foi relatado, mas afetou algumas áreas dos Estados do Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará.
 
Dia 7/7: Falha no serviço de telefonia fixa e celular da Oi nas cidades de Belmonte e Canavieiras, na Bahia. Houve queda nos "enlaces" da rede da empresa, deixando quase 3 mil clientes sem conexão

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Fonte: Estadão
[17/07/09]  
Para analistas, política atrapalha por Gerusa Marques
 
A inoperância da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é atribuída por especialistas do setor ao processo de ingerência política e de loteamento partidário do órgão regulador. Esse processo forjou divisão interna na agência, não apenas no conselho diretor, mas entre técnicos.
 
Eles dizem que a Anatel precisa passar por uma reestruturação sistemática para retomar seu poder de regulação.
 
O consultor Juarez Quadros, que foi ministro das Comunicações no governo de Fernando Henrique Cardoso, diz que o modelo das agências foi concebido com a previsão de que os operadores seriam cada vez mais fortes e que os órgãos reguladores deveriam se preparar para enfrentar essa pressão. Esse modelo, segundo ele, foi se deteriorando a partir de 2004, quando o conselheiro Luiz Guilherme Schymura foi afastado da presidência da Anatel. Na opinião da coordenadora da Frente dos Consumidores de Telecomunicações, Flávia Lefèvre, a Anatel é influenciada pelo poder econômico das empresas e não toma medidas para preservar o consumidor.
 

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