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Dezembro 2010               Índice Geral do BLOCO

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31/12/10

• Telebrás, Eletronet e PNBL (322) - "Presidente eleita tem o desafio de levar o Brasil para o topo do acesso à tecnologia. Empresários temem a politização de decisões estratégicas"

Olá, WirelessBR e Celld-group!

Faço dois recortes das matérias desta página e comento em outra mensagem:

(...)
Em relação à banda larga, Dilma não é nenhuma neófita. Pelo contrário, encabeçou todo o projeto do governo. O problema é que o setor público, por meio da Telebrás, que foi ressuscitada, preferiu liderar, sozinho, o processo. Mas, diante da perspectiva de fracasso, já admite dividir o PNBL com as empresas privadas de telefonia. O que todos se perguntam é se, com a proposta de um Estado forte, a presidente eleita sucumbirá aos que veem a parceria como uma ameaça. (...)

(...) O futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, escolheu o assessor especial da Presidência Cezar Alvarez para o cargo de secretário executivo da pasta. Alvarez esteve à frente dos programas de tecnologia de comunicações do governo Lula.
Sua nomeação para o cargo de secretário executivo das Comunicações indica que, além de recuperar os Correios, Paulo Bernardo e sua equipe se empenharão no Plano Nacional de Banda Larga, que visa a levar a banda larga na internet às escolas e aos locais mais distantes do País, uma fixação de Dilma Rousseff.(...)

Transcrições mais abaixo:

Fonte: ClippingMP - Origem: Correio Braziliense
[30/12/10]   O risco é o governo - por Gustavo Henrique Braga e Fernando Braga

Fonte:O Estado de S.Paulo
[30/12/10]   Teles querem ''Luz para Todos'' da banda larga

Fonte: Brasil Econômico
[30/12/10]   Atuação das teles no PNBL é importante - por Fabiana Monte  [Entrevista com Juarez Quadros]

Fonte: Advivo - Origem: Folha
[29/12/10]   As teles privadas no PNBL - por Valdo Cruz e Júlio Wiziak

Fonte: Estadão
[31/12/10]  PMDB perde para o PT comando dos Correios - por João Domingos, Karla Mendes e Leandro Colon

Boa leitura!
Feliz 2011!
Um abraço cordial
Helio Rosa

Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania

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Fonte: ClippingMP - Origem: Correio Braziliense
[30/12/10]   O risco é o governo - por Gustavo Henrique Braga e Fernando Braga

Presidente eleita tem o desafio de levar o Brasil para o topo do acesso à tecnologia. Empresários temem a politização de decisões estratégicas

O mandato da presidente eleita, Dilma Rousseff, que tomará posse no sábado, coincidirá com uma fase de transformações intensas no campo da tecnologia da informação (TI). Por isso mesmo, há o temor de que, por ineficiência e disputas políticas, o governo empurre o Brasil para o atraso em vez de garantir um salto espetacular para o futuro — o que será um feito num país que viverá, nas próximas duas décadas, o seu auge produtivo, com a população entre 15 e 64 anos sendo a maioria.

Os desafios são imediatos. E o maior deles, construir, até 2014, a infraestrutura necessária para suprir as necessidades de transmissão de dados dos turistas, equipes esportivas e jornalistas que invadirão o Brasil durante a Copa do Mundo de Futebol e, reforçá-la até 2016, para as Olimpíadas no Rio de Janeiro. Estima-se que esses eventos demandarão pelo menos R$ 5,7 bilhões em investimentos no setor de TI. Serão necessários, ainda, R$ 9 bilhões para pôr em prática o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), cuja meta é cobrir de 68% domicílios do país nos próximos quatro ano — o projeto, porém, não decolou.

Em relação à banda larga, Dilma não é nenhuma neófita. Pelo contrário, encabeçou todo o projeto do governo. O problema é que o setor público, por meio da Telebrás, que foi ressuscitada, preferiu liderar, sozinho, o processo. Mas, diante da perspectiva de fracasso, já admite dividir o PNBL com as empresas privadas de telefonia. O que todos se perguntam é se, com a proposta de um Estado forte, a presidente eleita sucumbirá aos que veem a parceria como uma ameaça.

Para os empresários, com ou sem a associação com o governo, a certeza é de que, com a renda em alta, as oportunidades de negócios são muitas quando o tema é tecnologia. Focadas em atender a demanda da nova classe média, as empresas deverão desembolsar mais de R$ 100 bilhões até 2022 no campo das telecomunicações — uma parcela mínima dessa montanha de dinheiro deverá sair do governo.

Não à toa a palavra de ordem para os próximos anos será mobilidade, sinônimo de vida moderna. No Brasil do futuro, celulares, tablets e computadores demandarão forte infraestrutura no campo da internet móvel. Com a chegada do sistema 4G, prevista para ocorrer até 2014, a velocidade de conexão móvel subirá dos atuais 40 Mbps (megabytes por segundo) para 150 Mbps.

Nuvem
A possibilidade de acesso à banda larga, em qualquer lugar, favorecerá a disseminação de novos serviços e da computação em nuvem — cloud computing, em inglês — como a principal tecnologia no âmbito corporativo. O modelo segue a ideia de entender a internet como um gigantesco computador, que poderá ser acessado de qualquer lugar com uso dos dispositivos móveis.

“O uso da nuvem é uma revolução na forma como uma empresa adquire e paga TI. Os investimentos se tornam praticamente nulos, custos fixos viram variáveis, já que a infraestrutura passa a ser usada como serviço. Além disso, a curva de gastos fica paralela à curva de receitas, de forma a evitar perdas”, diz Cassio Dreyfuss, vice-presidente da Consultoria Gartner. A computação em nuvem permitirá que pequenos empresários concorram de igual para igual com grandes. Que empresas nacionais encarem redes estrangeiras. “De agora em diante, o conceito de manter o funcionário fixo em frente a um computador será outro. Será possível trabalhar onde quer que o cliente esteja”, acrescenta Ronaldo Roveri, pesquisador da consultoria IDC.

Roberto Soares, 28 anos, analista de TI, personifica o consumidor do futuro. Aficionado por tecnologia, ele tem tudo que há de mais moderno em eletrônicos. Desde o lançamento do iPad, tablet da Apple, quase não usa mais o notebook. “Levo o iPad para todo lugar, vejo vídeos, e-mail e redes sociais”, revela. Ele também tem um smartphone e três vídeo-games. Os jogos com sensor de movimento foram comprados para estimular a coordenação motora da filha Ana Beatriz, 5.

Soares vive a plenitude da experiência da mobilidade. Quando quer ver um vídeo, basta comprá-lo e baixar pela internet. Com o conversor de mídias, ele joga tudo para a TV da sala: de games a shows musicais. Desde que colocou os documentos que necessita na nuvem, não precisa mais carregar uma pasta cheia de papelada. Agora, tem tudo sempre à mão. Basta usar o seu smartphone onde quer que esteja.

Apesar da frequência cada vez maior de consumidores como Soares, os empresários temem os gargalos do setor. “A grande dificuldade para o segmento de tecnologia no Brasil é a baixa penetração da banda larga nas cidades do interior. Até hoje, há muitos locais onde a única opção disponível é a conexão discada. Mesmo sendo uma tecnologia ultrapassada, temos que manter itens como fax modem nos nossos produtos, porque essa ainda é uma forma de acesso muito comum no país”, diz Adriana Flores, diretora de Desenvolvimento da Positivo.

Cerca de 44% dos brasileiros que acessam a internet o fazem por meio das mais de 100 mil lan houses do país, segundo o Centro Gestor da Internet (CGI). Desses usuários, 82% são trabalhadores que recebem um salário mínimo. Em regiões como o Norte e Nordeste, quase 70% dos acessos ocorrem de dentro das lan houses. Diante de números tão expressivos, Rodrigo Baggio, diretor executivo do Comitê pela Democratização da Informática (CDI), defende o uso desses empreendimentos para promover a inclusão digital. “Tenho a esperança de que Dilma adotará uma política pública participativa para o setor. É preciso incentivar o uso da tecnologia para produzir e publicar conhecimento”, sugere.

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Fonte:O Estado de S.Paulo
[30/12/10]   Teles querem ''Luz para Todos'' da banda larga

Procurado, Paulo Bernardo disse que não está negociando com a teles

As operadoras de telefonia negociam com o governo a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) nos mesmos moldes do programa Luz para Todos. Uma fonte que acompanha as negociações disse que a proposta em negociação prevê a expansão da banda larga para todos os municípios do País de forma semelhante ao programa em que milhões de moradias tiveram acesso à energia elétrica.

Ou seja, por meio de desoneração tributária conforme a faixa de consumo e recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a infraestrutura necessária para prover o acesso.

Em vez de consumo de energia em quilowatts, os benefícios para o PNBL serão concedidos por velocidade da banda larga, fazendo uma espécie de "linha da pobreza". Os limites de desoneração tributária e o volume de recursos para financiamento, no entanto, ainda não estão fechados. Tampouco os critérios para fazer essa classificação e como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) regulará a prestação do serviço.

Uma das cartas colocadas na mesa pelas empresas, segundo a fonte, é a possibilidade de cobrar mais dos usuários que não se encaixarem nos critérios de benefícios do PNBL. No caso da energia elétrica, consumidores inscritos no cadastro de benefícios dos programas do governo pagam mais barato pelos quilowatts consumidos. Os que não se enquadram na regra, pagam mais.

No início, as operadoras impuseram muitas condições e altos custos para executar o PNBL. O governo, então reativou a Telebrás para cumprir esse papel. A indicação do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para o Ministério das Comunicações no governo de Dilma Rousseff, porém, deu esperança aos empresários de um possível acordo.

Reuniões
Antes mesmo de assumir a pasta, Bernardo já está sendo procurado pelos presidentes das empresas. No dia 7 deste mês, os sócios da Oi, Otávio Azevedo e Carlos Jereissati, reuniram-se com o ministro. Um dos objetivos do encontro, segundo a fonte, foi justamente mostrar a disposição da Oi para atuar no PNBL. O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, também esteve com Bernardo este mês, afirmou a fonte.

Bernardo esteve em outra reunião com as operadoras, que resultou no adiamento, para 2 de maio, das novas metas de universalização das concessionárias, que entrariam em vigor em janeiro. No encontro, o ministro disse aos executivos que a Telebrás não concorrerá de forma desleal com elas. Uma das metas que estão sendo questionadas é ampliação da capacidade do backhaul (infraestrutura de rede), que permitirá a expansão de internet rápida. Procurado, Paulo Bernardo disse que não está negociando com a teles.

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Fonte: Brasil Econômico
[30/12/10]   Atuação das teles no PNBL é importante - por Fabiana Monte  [Entrevista com Juarez Quadros]

“Do jeito que o programa foi estruturado, para que seja completo, é preciso haver a participação de operadoras”, disse Quadros

O ex-ministro das Comunicações e sócio da Orion Consultores Associados, Juarez Quadros, diz que a participação das operadoras no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) seria positiva para o projeto e que a escolha do ministro Paulo Bernardo para o Ministério das Comunicações pode facilitar o diálogo entre os setores privado e público.

Como o senhor vê uma possível participação das teles no PNBL?

É importante, porque do jeito que o programa foi estruturado, para que ele seja completo, é preciso haver a participação das operadoras.

Elas farão a complementaridade do plano, porque em muitos lugares as empresas estão, mas não estão em outros, onde o plano poderá ir.

Que incentivos o governo poderá oferecer para isso?

A experiência no exterior mostra atratividade na forma de ajuste tributário, com redução de encargos; ou subsídio para que a infraestrutura chegue mais perto do usuário, pois o mais caro é a última milha [rede que chega às casas].

E nisso a Telebrás também teria dificuldade, tanto que o plano prevê o acesso via pequenos provedores, que também terão de investir para ter infraestrutura.

A escolha do ministro Paulo Bernardo para o Ministério das Comunicações pode facilitar esse diálogo?

Ele tem larga experiência, foi ministro do Planejamento, que é [um ministério] complexo para atuar na Esplanada; já foi parlamentar. Ele sabe como essa condição precisa ser estabelecida; terá uma excelente chance de fazer bom trabalho.

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Fonte: Folha Online
[29/12/10]   Governo quer atrair teles a parceria na banda larga

O futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse à Folha que o governo vai propor às teles a divisão do comando do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) com a Telebrás.

Para isso, impõe condições: as operadoras terão de apresentar uma proposta com preço "razoável" e serviço de "boa qualidade". Em sua opinião, hoje acontece exatamente o contrário.

O ministro admite que as teles poderão ficar com a maior parte do serviço de banda larga no país, mas têm de mudar de posição.

Ontem, ele tratou do assunto com a presidente eleita, Dilma Rousseff e disse que, caso as teles apresentem uma proposta convincente, a ideia é manter a Telebrás operando em parceria com o setor.

Há duas semanas, o ministro se reuniu com os principais executivos das operadoras, que se comprometeram a retirar ações questionando a forma de atuação da Telebrás e a estudar uma forma de aumentar sua participação no plano federal para a internet, informa reportagem de Valdo Cruz e Julio Wiziack, publicada na Folha desta quarta-feira (29).

O PNBL prevê a cobertura de 68% dos domicílios do país com internet até 2014. O pacote mais básico seria oferecido a R$ 15 por uma velocidade de conexão de até 512 Kbps (kilobits por segundo). Outro, com velocidade de conexão entre 512 Kbps e 784 Kbps, custaria até R$ 35.

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Fonte: Advivo - Origem: Folha
[29/12/10]   As teles privadas no PNBL - por Valdo Cruz e Júlio Wiziak

Banda larga deve ficar com teles privadas

Futuro ministro das Comunicações propõe partilha do Plano Nacional de Banda Larga entre operadoras e Telebrás

Governo recua de monopólio estatal, mas exigirá preços razoáveis e serviços de qualidade a regiões desconectadas

O futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse à Folha que o governo vai propor às teles a divisão do comando do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) com a Telebrás.

Para isso, impõe condições: as operadoras terão de apresentar uma proposta com preço "razoável" e serviço de "boa qualidade".

Em sua opinião, hoje acontece exatamente o contrário: "Os preços não são nada razoáveis e o serviço é pouco razoável, a banda larga deles é "estreitinha'".

e que as teles poderão ficar com a maior parte do serviço de banda larga no país, mas têm de mudar de posição.

"O setor privado deveria prover a universalização da banda larga, mas não o fez. Por isso é que ressuscitamos a Telebrás. Agora, se as teles fizerem uma boa proposta, que atenda os consumidores, o problema está resolvido."

Ontem, Paulo Bernardo tratou do assunto com a presidente eleita, Dilma Rousseff. Segundo ele, caso as teles apresentem uma proposta convincente, a ideia é manter a Telebrás operando em parceria com o setor.

Há duas semanas, o ministro se reuniu com os principais executivos das operadoras, que se comprometeram a retirar ações questionando a forma de atuação da Telebrás e a estudar uma forma de aumentar sua participação no plano federal para a internet.

CONTRATOS OFICIAIS
O PNBL prevê a cobertura de 68% dos domicílios do país com internet até 2014. O pacote mais básico seria oferecido a R$ 15 por uma velocidade de conexão de até 512 Kbps (kilobits por segundo). Outro, com velocidade de conexão entre 512 Kbps e 784 Kbps, custaria até R$ 35.

No passado, a Oi chegou a pedir R$ 37 bilhões em benefícios para arcar com os custos necessários para levar esse tipo de oferta a municípios sem potencial comercial.

Esse foi o motivo que levou o governo Lula a ressuscitar a Telebrás e entregar à estatal o comando do PNBL. Nos três primeiros anos, seriam destinados R$ 3,2 bilhões em investimentos para reativar a rede da estatal. Outros R$ 5,7 bilhões seriam gastos nos cinco anos seguintes.

As operadoras temiam também perder os contratos de prestação de serviços de comunicação com os órgãos públicos.A Folhar evelou que as perdas chegariam a R$ 20 bilhões por ano.

A falta de clareza nas condições em que a Telebrás atuaria no mercado levou o SindiTelebrasil, sindicato que reúne as operadoras, a mover uma ação na Justiça para evitar que a estatal tivesse exclusividade na prestação de serviços ao setor público federal.

Paulo Bernardo afirmou que a Telebrás "não terá exclusividade" nesse serviço e que haverá licitação.

O pedido de autorização da Telebrás para operar como fornecedora em banda larga foi suspenso pela Anatel na quinta passada.

A negociação será retomada no início do ano, logo após a posse da presidente Dilma Rousseff.

Outra negociação foi a das novas metas de universalização que serão impostas às teles. Para adiar essa negociação, as teles tiveram de retirar outra ação da Justiça (essa contra o plano de metas).

As conversas serão retomadas em maio e o governo poderá subsidiar boa parte dos custos para que as teles instalem novas centrais de dados em municípios menos populosos.

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Fonte: Estadão
[31/12/10]  PMDB perde para o PT comando dos Correios - por João Domingos, Karla Mendes e Leandro Colon

Estatal sai das mãos de partidos aliados para ser entregue ao petista Wagner Pinheiro, citado em relatório da CPI dos Correios

O PT passou mais uma rasteira no PMDB na disputa pelos cargos das estatais. O sindicalista Wagner Pinheiro, filiado ao PT, será o novo presidente dos Correios. Ligado ao ex-ministro Luiz Gushiken, desde 2003 Pinheiro é presidente do Petros, o fundo de pensão da Petrobrás, e foi alvo de investigação da CPI dos Correios, em 2005.

Os Correios têm orçamento anual de cerca de R$ 12 bilhões, dos quais R$ 500 milhões para investimentos. Partidos aliados do governo, como o PMDB e o PTB, passaram a deter seu controle desde 2004. A partir daí, a estatal, uma instituição secular que gozava de grande credibilidade, acabou sendo envolvida numa série de escândalos.

Estes começaram com um vídeo em que o ex-funcionário Maurício Marinho recebia propinas, seguiram pelo escândalo do mensalão e pela CPI dos Correios, até a queda de Erenice Guerra do comando da Casa Civil. Seu filho Israel Guerra está sendo investigado pela Polícia Federal por lobby a favor de uma empresa que mantinha contrato com os Correios. Não bastasse isso, começou a haver falhas na entrega das correspondências e encomendas.

Por coincidência, o futuro presidente da estatal foi investigado pela CPI dos Correios, criada no Congresso em 2005 para apurar o esquema do mensalão no governo do PT. O relatório final da comissão, aprovado em 2006, mencionou Pinheiro e levantou suspeitas em transações financeiras do Petros, mas não pediu seu indiciamento.

De acordo com o relatório, havia indícios de irregularidades na contratação, pelo Petros, dos serviços da empresa Globalprev. O relatório da CPI questionou ainda a participação do Petros no aporte de R$ 5 milhões da Telemar na empresa Gamecorp, de Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula. O fundo de pensão era um dos acionistas da Telemar.

Pinheiro sempre negou qualquer falha na gestão. Afirmou que não teve nenhum envolvimento nas relações da Telemar com a Gamecorp. Para ele, o relatório da CPI foi falho.

O atual presidente dos Correios, David José de Matos, trabalhava para continuar no cargo, mas não conseguiu convencer ninguém de que deveria ser mantido. Matos é ligado ao PMDB de Brasília. Em sua gestão a estatal fez algumas maquiagens administrativas e contratou para a Diretoria de Operações o coronel Eduardo Arthur Rodrigues, que antes representava uma empresa aérea de carga – a MTA –, contratada pelos Correios.

Secretário executivo. O futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, escolheu o assessor especial da Presidência Cezar Alvarez para o cargo de secretário executivo da pasta. Alvarez esteve à frente dos programas de tecnologia de comunicações do governo Lula.

Sua nomeação para o cargo de secretário executivo das Comunicações indica que, além de recuperar os Correios, Paulo Bernardo e sua equipe se empenharão no Plano Nacional de Banda Larga, que visa a levar a banda larga na internet às escolas e aos locais mais distantes do País, uma fixação de Dilma Rousseff.


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