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Junho 2010               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


23/06/10

• Telebrás, Eletronet e PNBL (273) - "Brasil Conectado": um Fórum para "inglês ver"

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Conforme minha previsão em mensagem/"post" de ontem, o
"Fórum Brasil Conectado" instalado hoje é somente para "inglês ver".
Não serve para nada e não vai produzir nada.

Tem um único mérito: vai ampliar o debate, se bem que inócuo.
Vamos acompanhar com atenção.

Os primeiros "ecos" são estes:
Fonte: Convergência Digital
[23/06/10]   Fórum Brasil Conectado não terá força para modificar PNBL - por Luís Osvaldo Grossmann

Fonte: Tele.Síntese
[23/06/10]  PNBL: 100 cidades devem estar a 50 km da rede da Telebrás - por Lúcia Berbert

Sobre esta matéria, anotem mais esta "previsão" com base em minhas recentes andanças por Brasília:
Se
o PNBL chegar à alguma cidade este ano será somente em "pontos isolados", como Telecentros.

02.
Apesar de todo o "auê", o PNBL não existe concretamente, é apenas um conjunto de intenções.
E, até o momento,  a Telebrás continua a mesma de sempre, uma excrescência, só que aparelhada com um novo Presidente e um novo Estatuto redigido hoje mas ainda não aprovado.
É preciso verificar se "manobra" da nova redação do Estatuto tem amparo legal.

Ah, a Eletronet, aparentemente, continua "enroscada" em "impedimentos legais".

Confiram nesta notícia:
Fonte: Convergência Digital
[23/06/10]   Telebrás poderá criar subsidiárias e ser sócia em empresas de Telecom - por Luiz Queiroz

03.
Ao debate... com um "pequeno" detalhe!
Estamos discutindo o PNBL e suas implicações técnicas, de mercado de telecom, de mercado de trabalho e de regulamentação.
Tendo em vista a "campanha eleitoral", como Moderador, passo a exercer um controle mais rigoroso nas tentativas de trazer ao Grupo WirelessBR debates com conotações ideológicas e de política partidária.

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: Convergência Digital
[23/06/2010]   Fórum Brasil Conectado não terá força para modificar PNBL - por Luís Osvaldo Grossmann

Instalado nesta quarta-feira, 23/06, com a presença de aproximadamente 70 representantes de entidades empresariais, governos federal, estaduais e municipais, além de movimentos sociais, o Fórum Brasil Conectado, instância de debates sobre o Plano Nacional de Banda Larga, não terá força para mudar a estratégia de massificação do uso da internet já delineada no plano em si.

O coordenador dos programas de inclusão digital do governo, Cezar Alvarez, que conduz o Fórum e o comitê gestor desses programas - de onde o PNBL é a expressão máxima desse esforço - não escondeu dos presentes que há pouco espaço para ajustes na proposta. Ainda assim, o Fórum poderá discutir itens como os critérios para as cidades que serão beneficiadas com o acesso às redes públicas de fibras óticas.

"O governo não vai abrir mão de suas prerrogativas", afirmou Alvarez. Ainda assim, ele espera que os participantes do Fórum apresentem propostas ("queremos posicionamentos, não comentários") e destacou que a instância não funcionará como assembleia, uma vez que "não haverá votação". Em resumo, explicou o Fórum como instrumento para a “busca de consensos e a diluição ou entendimento dos dissensos”.

Nesse esforço, Alvarez sustentou que a participação exigirá “paciência, boa vontade, espírito público e espírito cidadão”. Mas não havendo expectativa de que a instância possa provocar modificações significativas no que já foi delineado pelo PNBL, resta ao Fórum, o papel também já antecipado pelo próprio Alvarez, de legitimar o projeto para que ele se transforme em política de Estado, sobrevivendo, portanto, a qualquer que seja o resultado das eleições presidenciais deste ano.

A ideia é que o Fórum Brasil Conectado se reúna a cada dois meses, embora nem todos os encontros devam ocorrer em Brasília, como este desta quarta-feira, 23/6. Boa parte dos debates deve ser conduzido via internet, com a troca de e-mails - onde espera-se as sugestões dos participantes.

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Fonte: Tele.Síntese
[23/06/10]  PNBL: 100 cidades devem estar a 50 km da rede da Telebrás - por Lúcia Berbert

Os 100 municípios que deverão ser atendidos pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) ainda este ano deverão estar distantes 50 km dos Pops (Pontos de Presença) da rede de fibra ótica a ser gerida pela Telebrás, nas regiões Sudeste e Nordeste, além o Distrito Federal. A redução do raio de localização, que antes previa distância de até 100 km, foi um dos critérios proposto hoje pelo presidente da estatal, Rogério Santanna, para a escolha das cidades que serão beneficiados, durante a primeira reunião do Fórum Brasil Conectado.

De acordo com Santanna, a maior facilidade e redução do custo para levar a rede pesaram para que seja adotada essa definição. “Mesmo assim, 1.163 municípios encontram-se nessa situação”, disse. Para reduzir as opções, outros critérios serão aplicados. Entre os propostos estão as priorizações para as cidades de menor penetração do serviço de banda larga, as que já tenham programas de inclusão digital e que tenham programas públicos que dependam da informatização.

Além disso, terão preferência as cidades com menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano); que tenham topologia diversa, áreas urbanas densamente habitadas, áreas rurais e zonas remotas. “O cronograma de implantação do PNBL nessas cidades ainda terá que estar coordenado com as ações de iluminação das fibras óticas”, disse Santanna.

Os integrantes do fórum têm até o dia 2 de julho para apresentação de sugestões de novos critérios, que devem ser fechados até o dia 7 de julho. Depois de aprovados, os critérios serão aplicados para escolha das 100 cidades, processo que deve ser concluído somente em agosto, tempo previsto para que a Telebrás possa lançar os editais de contratação dos serviços de engenharia necessários para construir as redes intermediárias (backhaul).

Na reunião de hoje, secretários estaduais e municipais, além dos representantes dos pequenos provedores apresentaram maiores contribuições ao debate. Além das 100 cidades, 15 capitais e Brasília serão atendidas pela rede da Telebrás ainda este ano.

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Fonte: Convergência Digital
[23/06/10]   Telebrás poderá criar subsidiárias e ser sócia em empresas de Telecom - por Luiz Queiroz*

*Com a colaboração e Luís Osvaldo Grossmann e Ana Paula Lobo

O Conselho de Administração da Telebrás anunciou nesta quarta-feira, 23/06,a redação de um novo Estatuto, em função das atribuições que terá no cumprimento do que determina o Decreto 7.175, de 12 de maio de 2010, que instituiu o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O texto ainda terá que ser aprovado pelos acionistas em Assembléia Geral, lembrando, entretanto, que o governo detém a maior fatia do controle societário da estatal.

Na mensagem, a Telebrás informa a renúncia de Ronaldo Dutra de Araújo, da presidência do Conselho de Administração. O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, confirmou que o nome de Cezar Alvarez, coordenador de Inclusão Digital no Governo Lula, já foi encaminhado pelo ministro das Comunicações, José Filardi, à Casa Civil, para assumir o cargo.

Dentre as principais mudanças estatutárias, destaca-se a possibilidade de a Telebrás constituir subsidiárias e, inclusive, participar do bloco societário de empresas do setor de Telecomunicações. De acordo com a informação que a estatal encaminhou à CVM, o Conselho da Telebrás alterou o artigo 3º do seu antigo Estatuto e inseriu nele a possibilidade de "constituir subsidiárias integrais para a execução de atividades compreendidas no seu objeto e que se recomende sejam descentralizadas".

O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, esclareceu que essa possibilidade já estava prevista no estatuto anterior da empresa e que, portanto, não se trataria de uma "novidade". Porém, convém lembrar que o governo, ao anunciar o PNBL, fez questão de frisar que a "nova" Telebrás seria uma "estrutura enxuta", já que não teria as atribuições anteriores de empresa estatal do setor de telefonia. Tampouco essa necessidade de se criar subsidiárias foi objeto de discussão quando foi criado o Decreto que Instituiu o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e a reativação desta empresa.

Participação no mercado

A Telebrás também poderá participar seja com presença minoritária ou majoritária, "do capital de outras empresas cuja atividade interesse ao setor", não especificando claramente, se essa "participação" poderia ocorrer, por exemplo, numa empresa de telefonia nem se isso significaria, efetivamente, o controle da companhia.

A Telebrás, de acordo com o seu novo estatuto, também está apta para "participar de sociedades de propósito específico, bem como se associar a empresas brasileiras e estrangeiras e com elas formar consórcios, na condição ou não de empresa líder, objetivando expandir atividades, reunir tecnologias e ampliar investimentos aplicados às atividades vinculadas ao seu objeto".

Rogério Santanna justificou essa decisão, por entender que a Telebrás poderá, no futuro, atuar no mercado como indutora de crescimento de empresas inovadoras do setor, que desenvolvem tecnologias nacionais. Entretanto, disse que, no momento, não há nada previsto com relação a esse assunto. Também deixou claro que não é intenção da Telebrás voltar a atuar no mercado como controladora de empresas do setor de telefonia.

Porém, o novo texto do Estatuto traz essa possibilidade. Se aprovado como está pelos acionistas, o texto permite que a estatal, a qualquer tempo, volte a controlar qualquer empresa do mercado de Telecomunicações, inclusive uma empresa de telefonia fixa ou móvel.

Além dessa questão da sua participação no mercado de Telecomunicações, a Telebrás também foi autorizada a:

- celebrar contratos e convênios com quaisquer pessoas ou entidades sem prejuízo das atribuições e responsabilidades das empresas exploradoras dos serviços;

- executar serviços técnicos especializados no Brasil e exterior; e

- prestar garantias para as sociedades subsidiárias ou controladas, observadas as disposições legais pertinentes.

O Conselho da estatal também alterou o Artigo 4º do seu antigo Estatuto, para incluir os seguintes novos objetivos previstos no decreto que criou o PNBL. Agora a Telebrás poderá:

I - executar, promover e estimular atividades de estudos e pesquisas visando ao desenvolvimento do setor de telecomunicações de conformidade com as orientações do Ministério das Comunicações;

II - estimular o desenvolvimento das empresas industriais e de prestação de serviços do setor de telecomunicações públicas;

III - executar serviços técnicos especializados afetos à área de telecomunicações públicas;

IV - executar, promover, estimular e coordenar a formação e o treinamento do pessoal necessário ao setor de telecomunicações públicas;

V - implementar a rede privativa de comunicação da administração pública federal;

VI - prestar apoio e suporte a políticas publicas de conexão a Internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento, telecentros comunitários e outros pontos de interesse público;

VII – prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos;

VIII – prestar serviço de conexão a Internet em banda larga para usuários finais, apenas e tão somente em localidades onde inexista oferta adequada daqueles serviços, de acordo com as definições estabelecidas pelo Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital - CGPID; e

IX – executar outras atividades afins, que lhe forem atribuídas pelo Ministério das Comunicações.

E, por fim, ratificou num "parágrafo único", que para cumprir suas novas funções, a Telebrás poderá "usar, fruir, operar e manter a infraestrutura e as redes de suporte de serviços de telecomunicações de propriedade ou posse da administração pública federal". Esse controle das redes federais já estava previsto no Decreto que instituiu o Plano Nacional de Banda Larga e reativou a empresa.

*Com a colaboração e Luís Osvaldo Grossmann e Ana Paula Lobo


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