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12/03/10

• Telebrás, Eletronet e PNBL (214) - Mensagem de José Roberto de Souza Pinto sobre a CVM + Cobertura do Teletime + Msg de Clóvis Marques

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br,
data 12 de março de 2010 18:27
assunto Telebrás, Eletronet e PNBL (214) - Mensagem de José Roberto de Souza Pinto sobre a CVM + Cobertura do Teletime

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Sumário do conteúdo desta mensagem;
- comentário de José Roberto de Souza Pinto sobre a atuação da CVM - Comissão de Valores Mobiliários
- Informação sobre o Blog de Leonardo Araujo e
- cobertura do Portal Teletime
- msg de Clóvis Marques

02.
de josersp@terra.com.br
para Comunidade WirelessBRASIL
data 12 de março de 2010 16:19
assunto CVM a TELEBRAS e o tratamento político da questão

Caro Hélio e ComUnidade

A notícia sobre a audiência sobre banda larga na Comissão de Defesa do Consumidor, me fez refletir sobre os equívocos de encaminhamento dos problemas que se apresentam no Brasil.
Quero dizer, que a falta de um organismo para gerir o mercado de valores no Brasil, faz com que o tema se transforme em disputas políticas e fazendo com que assuntos sérios para o mercado brasileiro sejam tratados sem as devidas bases reguladas.

A CVM é que deveria ter agido com firmeza neste caso da valorização especulativa da TELEBRAS.
Não fez porque? Porque não é autonoma? Porque seus dirigentes não conhecem as regras? Ou porque valorizam mais os seus cargos do que a seriedade de processo para o desenvolvimento do mercado brasileiro?

A CVM é que deve, como órgão técnico responder as perguntas que o mercado deseja saber e tranquilizar os investidores.
A CVM tem os instrumentos necessários para fazer as consultas e diligências e aplicar as devidas punições.
Afinal temos a esperança que um dia sejamos um país sério.

sds
Jose Roberto de Souza Pinto

03.
Estamos nos despedindo do Leonardo Araújo.
Leonardo, então leitor externo de nossas páginas comunitárias, procurou-me em "pvt" no início de janeiro com uma "Análise" que, no seu entender, seria do interesse do debate em curso. Ele tinha razão, foi muito interessante assim como as que se seguiram.
Até então, seu Blog, como explicou, era apenas um "depósito de matérias" para seu uso e de alguns amigos.
Pretensiosamente creio que nossa divulgação ajudou e, em pouco tempo, o Blog já era citado no Alerta do Google. :-)
Lembro que o Leonardo tomou a iniciativa de divulgar sua condição de acionista da Telebrás e, portanto, interessado na sua reativação.
Mais recentemente suas Análises adquiram uma forte conotação política e, por este motivo, conversamos em "pvt". :-)
Leonardo, um verdadeiro cavalheiro, aceitou minha ponderação sobre o teor político de suas Análises conflitando com a orientação reinante na ComUnidade.
Reconheceu seu gosto pelas "coisas da política" em paralelo com sua paixão de mais de uma década pelo mercado de capitais.
Assim, o trabalho conjunto que convergiu no início, passo a divergir e o Leonardo achou por bem afastar-se do nosso convívio.
Sucesso, Leonardo Araújo! Obrigado pela rica e agradável convivência neste período!

04.
Complementei indicações de José Roberto S. Pinto, e relaciono abaixo a cobertura feita pelo Teletime.
Na sequência vamos visitar o Tele.Sintese, o Convergência Digital e outros órgãos da mídia.
Creio que assim todos poderão formar opinião sobre o tema e comparar as "coberturas"...  :-)

Fonte: Teletime
[10/03/10]  Audiência sobre banda larga vira debate político na Câmara - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[10/03/10]  Poder de regulação da Anatel sobre Telebrás ainda é dúvida - da Redação
Fonte: Teletime
[10/03/10]  Hélio Costa levanta dúvidas jurídicas sobre a Telebrás - Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[09/03/10]  Governo realizará edital de R$ 1 bilhão para iniciar projeto - por Victor Hugo Cardoso Alves
Fonte: Teletime
[09/03/10]  Notícias sobre Eletronet são "estapafúrdias", diz Rogério Santanna - da Redação
Fonte: Teletime
[09/03/10]  PNBL deve levar Internet a até 300 localidades ainda em 2010 - Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[09/03/10]  Empresas insistem na necessidade de reduzir carga tributária no PNBL - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[09/03/10]  Senado Federal debaterá PNBL nesta terça, 9 - Mariana Mazza

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: Teletime
[10/03/10] Audiência sobre banda larga vira debate político na Câmara - por Mariana Mazza

O debate em torno da criação de um Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) pelo governo ganhou evidentes contornos políticos nesta quarta-feira, 10. A apresentação de um requerimento para a realização de uma audiência pública sobre o tema na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados provocou discussão entre deputados aliados do governo e da oposição. Tudo por conta do fato de o requerimento "convocar" a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ter como justificativa as denúncias feitas recentemente pela mídia de que a implantação do plano poderia beneficiar um empresário que contratou o ex-ministro José Dirceu como consultor.

O requerimento acabou sendo aprovado com votos contrários dos deputados Chico Lopes (PCdoB/CE), Ana Arraes (PSB/PE), Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB) e Leo Alcântara (PR/CE). Apenas uma mudança foi feita no texto para atender a uma das reclamações dos parlamentares: os ministros não serão mais convocados, mas sim "convidados" pela comissão. A diferença entre o convite e a convocação é que no primeiro as autoridades podem faltar ao debate sem maiores justificativas e, no segundo, é necessária uma motivação formal para a ausência.

O pedido para a audiência é de autoria do deputado Índio da Costa (DEM/RJ) e causou desconforto em vários deputados, inclusive alguns que acabaram votando favoravelmente à proposta. O maior problema apontado é que a justificativa do requerimento gira em torno apenas das denúncias veiculadas na mídia de um possível favorecimento do empresário Nelson dos Santos com a eventual reativação da Telebrás. Santos teve como consultor José Dirceu e, por conta disso, tem se levantado suspeitas sob um possível tráfico de influência junto ao governo.

"Esses fatos sinalizam, sem dúvida, para a existência de uma contiguidade excessiva entre empresas privadas e o Palácio do Planalto. Há claras implicações nos direitos dos milhares de brasileiros que ainda detêm ações da Telebrás. E, ainda, a se comprovar as irregularidades citadas, o próprio usuário dos serviços de telecomunicações pode ser prejudicado", afirma Costa em seu requerimento, referindo-se às denúncias relacionadas à Telebrás e ao uso da rede da falida Eletronet. Para vários deputados da comissão, essa justificativa foge do escopo da CDC, pois não está relacionada a assuntos específicos de interesse dos consumidores.

Acionista vs. consumidor

Para o autor do requerimento, assuntos que afetam os acionistas da Telebrás são claramente de interesse da CDC já que "os acionistas são ex-proprietários de telefones". Mas o argumento não convenceu muitos parlamentares. Na análise de Chico Lopes, acionistas não podem ser confundidos com consumidores porque possuem, inclusive, interesses opostos. "Na minha compreensão isso é mais um requerimento com intenção política. Acionista e usuário me parecem coisas díspares. Até porque, para os acionistas, quanto mais caro foi o serviço, melhor. Honestamente, não sei como me posicionar sobre esse requerimento com este tipo de justificativa", declarou o deputado.

Não apenas parlamentares da base aliada questionaram a argumentação exposta no requerimento. O deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP) também incomodou-se com a justificativa e chegou a sugerir que o debate ficasse centrado apenas no PNBL e nos impactos para o consumidor da atuação estatal no serviço de banda larga. "A fundamentação apresentada não faz parte do escopo dessa comissão. Se o que estivesse em jogo fosse se a Telebrás vai ou não voltar, se ela vai ou não atuar no setor de banda larga, isso sim teria total importância para o consumidor."

Kit político

A suspeita da base aliada de que o requerimento aprovado hoje tem por trás uma motivação apenas política mobilizou a liderança do PT na Câmara. O vice-líder da bancada, José Genoíno (PT/SP), compareceu à reunião na CDC, onde não é membro, apenas para tentar bloquear a votação da proposta. "Estou aqui como vice-líder da bancada do PT e vamos deixar as coisas claras como elas são. A motivação política está em toda a fundamentação do requerimento. E qual é a fundamentação? Não é a defesa do consumidor. É político-eleitoral", criticou o deputado.

"O alvo é a ministra Dilma. O alvo é trazer para cá um debate eleitoral antecipado, radicalizado e que não tem sentido", continuou Genoíno. O vice-líder disse que há uma movimentação concertada da oposição para apresentar o mesmo requerimento em diversas comissões com a intenção prejudicar a candidata do PT à Presidência da República. "É um kit. Esse kit está perambulando por várias comissões e eu estou indo a todas elas. Esse kit usa o manto da defesa do consumidor para fazer um debate político com a intenção de atingir a ministra Dilma." Analisando as pautas das comissões da Câmara que funcionaram hoje, apenas a CDC deliberou sobre a realização de audiência pública sobre banda larga.

O deputado Vital do Rêgo Filho sugeriu que o requerimento fosse retirado de pauta e que na próxima reunião a comissão votasse a realização de um grande seminário sobre o projeto de massificação da banda larga e os impactos da iniciativa nos consumidores. Mesmo contando com apoio verbal de vários deputados presentes, a sugestão não foi acatada.

Com a aprovação do requerimento pela maioria, a CDC convidará para o debate a ministra Dilma Rousseff; o ministro das Comunicações, Hélio Costa; o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna; e o presidente da Telebrás, Jorge da Motta e Silva. Também serão chamados o empresário Nelson dos Santos, dono da Star Overseas; e a presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Maria Helena dos Santos. A audiência ainda não tem data para ocorrer.

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Fonte: Teletime
[10/03/10]  Poder de regulação da Anatel sobre Telebrás ainda é dúvida - da Redação

Enquanto o ministro das Comunicações, Hélio Costa, levanta dúvidas jurídicas sobre o uso da Telebrás no Plano Nacional de Banda Larga, um outro problema, esse sim mais complexo, já começa a ser analisado por juristas e especialistas em regulação. Como a Anatel regulará uma empresa estatal? A Telebrás, segundo essas análises, poderia inclusive operar sem ser autorizada de nenhum serviço, já que é a própria União atuando no mercado, tal qual uma emissora pública de TV, que não precisa de concessão. Além disso, a estatal, quando estava ativa, tinha inclusive o poder de editar normas para serem seguidas por suas subsidiárias, atuando como reguladora. Durante o seminário Políticas de (Tele)Comunicações, realizado pela TELETIME em fevereiro, o conselheiro e vice-presidente da agência Antônio Bedran foi perguntado especificamente sobre como a agência regularia uma empresa estatal. Bedran respondeu apenas que a Anatel será isonômica com quem quer que opere no setor de telecomunicações.

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Fonte: Teletime
[10/03/10] Hélio Costa levanta dúvidas jurídicas sobre a Telebrás - Mariana Mazza

Novas declarações voltaram a colocar a revitalização da Telebrás, prevista no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), na berlinda nesta quarta-feira, 10. Desta vez, as dúvidas sobre a legalidade do uso da estatal foram levantadas pelo próprio ministro das Comunicações, Hélio Costa. O ministro mostrou preocupação de que a reativação da Telebrás possa ferir a Lei Geral de Telecomunicações (LGT) e a Lei das S.A.

A teoria de que o uso da estatal teria impedimentos jurídicos circula desde o ano passado nas reuniões técnicas de discussão do PNBL. Basicamente, o problema na LGT estaria no fato de que o governo passaria a controlar duas empresas do setor: a estatal Telebrás e a Oi indiretamente, por meio do BNDES e, segundo Costa, também por meio dos fundos de pensão.

Ocorre que a participação de um fundo de pensão no controle de uma empresa não é considerada participação estatal, uma vez que sua natureza é de entidade de previdência complementar. Além disso, o veto previsto na LGT, segundo análise de especialistas que participaram do debate no governo sobre o PNBL, refere-se principalmente ao controle de concessionárias do STFC. Como a Telebrás não deverá atuar como concessionária, mesmo que o governo venha a controlar uma das empresas de telefonia presente no mercado, ainda assim não existiria grave restrição ao controle simultâneo da estatal.

Controles distintos

Ainda com relação aos fundos de pensão, a Anatel permitiu por vários anos que o Previ tivesse participação na Oi móvel e da Telemig Celular até tomar uma providência e aplicar as regras da própria agência reguladora que bloqueiam o comando de duas empresas na mesma área de prestação por um único controlador. A Anatel agiu apenas em setembro de 2004, cautelarmente, para bloquear o duplo controle. E, ainda assim, a ação da reguladora se deu somente porque o Previ tinha características de controlador (poder de voto e veto e participação societária acima de 20%) em ambas as operadoras, uma direta (Oi) e outra indiretamente (Telemig).

Outro caso similar é a participação dos fundos de pensão estatais no controle da Brasil Telecom ao mesmo tempo em que o BNDES estava no bloco de controle da concessionária Oi. Se o problema manifestado pelo ministro tiver respaldo jurídico, a Anatel permitiu, por um longo período, uma situação ilegal.

Os fundos de pensão, contudo, não podem ser considerados "governo" pois são entidades privadas do ponto de vista legal.

Outro ponto usado dentro do governo para refutar a tese de Hélio Costa é que esta lógica ignora a atual participação pública no serviço de banda larga. Atualmente, o governo possui inúmeras licenças de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) sem jamais ter se levantado qualquer impedimento para tal. As estatais Eletrobrás, Eletronorte e Serpro, entre tantas outras, possuem licenças de SCM em vigor há anos e nunca se questionou qualquer impedimento para que elas fossem autorizadas do serviço por conta da presença do BNDESPar ou dos fundos de pensão nas concessionárias. No plano do governo para a banda larga, a Telebrás deverá atuar nesse mesmo regime privado, usando apenas uma licença de SCM.

Possível prejuízo

A outra dúvida levantada pelo ministro Hélio Costa é de um possível confronto com a Lei das S.A. pelo fato de a Telebrás vir a operar com prejuízo caso seja revitalizada. Nesse aspecto, a estatal, por ser considerada uma Sociedade de Economia Mista do ponto de vista empresarial, tem que seguir as regras da Lei das S/A e também normas específicas editadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para este regime. Em princípio, os especialistas ouvidos por este noticiário admitem que a Telebrás pode ter problemas com esta legislação caso adote um modelo de negócios que, deliberadamente, gere prejuízo. Mas, segundo apurou este noticiário, o modelo de negócios a ser apresentado ao mercado não apresentará, deliberadamente, prejuízos à Telebrás.

A equipe técnica trabalha com vários cenários para a implementação do PNBL, sendo que alguns têm prejuízo previsto e outros, lucro na operação. A ideia é combinar esses modelos, fazendo com que a estatal tenha uma operação equilibrada no balanço geral, pelo menos no papel.

Todos esses aspectos já teriam sido pacificados há pelo menos três anos pela cúpula do governo, quando foi criado um grupo técnico para debater a possibilidade de privatização dos Correios, do Serpro e da própria Telebrás. Na época, essas questões foram discutidas com um corpo jurídico composto por membros de vários órgãos interessados, inclusive do próprio Ministério das Comunicações. E nenhum impedimento legal para uma atuação efetiva da Telebrás no mercado de telecomunicações foi constatado, mesmo com o controle do próprio Estado.

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Fonte: Teletime
[09/03/10]  Governo realizará edital de R$ 1 bilhão para iniciar projeto - por Victor Hugo Cardoso Alves

Assim que for oficializado o Plano Nacional de Banda Larga pelo presidente Lula, o governo realizará um edital para a compra de hardware, software e serviços para viabilizar o uso da infraestrutura de fibras ópticas. O edital está avaliado em cerca de R$ 1 bilhão e envolverá a aquisição e instalação de equipamentos para fazer os enlaces de acesso a partir do backbone existente, as ferramentas e sistemas de gestão da rede e sistemas para atendimento e vendas.

Segundo Rogério Santanna, secretário de logística e TI do Ministério do Planejamento, ainda não há previsão orçamentária específica para esse gasto, mas há a possibilidade de remanejar o orçamento e isso já está sendo estudado.

Segundo o secretário, em seis meses após o edital ser lançado o governo espera estar prestando serviços para as primeiras 200 a 300 cidades, que é a meta de 2010. O secretário ressalta que o modelo de negócios será a oferta de links para os provedores interessados em contratar a capacidade, tendo como contrapartida a venda do acesso a um valor estabelecido no Plano Nacional de Banda Larga. Segundo Santanna, cerca de 70% do valor do serviço ao usuário final deve ficar para a remuneração da rede e cobrir os custos da infraestrutura, e aos provedores ficariam assegurandos os outros 30%.

A meta do governo é estabelecer parcerias com provedores que estejam dispostos a fazer o investimentos em última milha e, assim, utilizar a infraestrutura do governo para oferecer serviços de banda larga. Entretanto, o governo estabelecerá um valor fixo para a prestação do acesso, que será de cerca de R$ 30. "O agente tem que se adequar a este valor, caso contrário não estará dentro das condições", diz o secretário. Para buscar esses provedores, o governo deverá realizar um chamamento público. Ele destaca que o governo está aberto a parcerias que incluam desde pequenos provedores, lan houses ou até mesmo as grandes concessionárias de telecomunicações. "Qualquer um que esteja interessado em investir em última milha para prover os serviços dentro do valor preestabelecido poderá usar a nossa estrutura".

Santanna lembra, porém, que o governo não descarta a possibilidade de atuar como vendedor do serviço ao usuário final. "Caso não haja nenhum provedor interessado em fazer esse papel em alguma cidade, nós entraremos com a oferta do serviço. Essa é a nossa segunda opção. Não seremos um leão sem dentes", garante.

Com o Plano Nacional de Banda Larga, o objetivo do governo é de reduzir em cerca de 70% o valor médio da assinatura mensal do serviço.

Santanna participou do 1º Fórum Governo Digital, evento realizado em Brasília pelas revistas TELETIME e TI INSIDE, organizado pela Converge Comunicações.

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Fonte: Teletime
[09/03/10]  Notícias sobre Eletronet são "estapafúrdias", diz Rogério Santanna - da Redação

O secretário de logística e TI do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, defendeu publicamente nesta terça, dia 9, o Plano Nacional de Banda Larga contra aquilo que chama de "notícias e confusões estapafúrdias" que estão sendo veiculadas pela imprensa com relação à Eletronet. "É importante ficar claro que o governo tem a posse de uma rede pública que precisa ser usada. Não existe nenhuma indenização a ser paga a qualquer acionista da Eletronet", disse. Para Santanna, "a matéria originalmente publicada pela Folha de S. Paulo e depois repercutida por muitos outros veículos cria uma confusão absurda". Segundo ele, a reportagem não explica como um sócio que pagou R$ 1 pela participação na Eletronet terá direito a R$ 200 milhões. "Se esse sócio tem direito a alguma coisa é a 51% de uma dívida, que tem gente que estima em R$ 800 milhões". Ele disse que a discussão que há é sobre a indenização aos credores, e não a eventuais sócios da Eletronet, pela parte da rede construída em Minas Gerais. "São cerca de 2,5 mil km de rede que não são das concessionárias de energia"

Sobre o uso das fibras que antes eram geridas pela Eletronet, Santanna usou uma metáfora para explicar: "é como se fosse aquele champagne que a gente colocou na geladeira e não tomou".

Santanna disse que acompanha há sete anos a confusão envolvendo a Eletronet, e nesse período nunca viu o ex-ministro José Dirceu intercedendo junto ao governo em relação ao futuro da rede de fibras ópticas. Santanna participou do 1o Fórum Governo Digital, realizado pelas revistas TELETIME e TI Inside em Brasília.


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Fonte: Teletime
[09/03/10] PNBL deve levar Internet a até 300 localidades ainda em 2010 - Mariana Mazza

A agenda corrida do governo federal para viabilizar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) ainda em 2010 não comprometerá o início da implementação ainda nesta gestão. A proposta do governo é dar um ponta-pé inicial no projeto levando oferta pública de banda larga a até 300 localidades brasileiras neste ano. "Não gosto de chamar de 'projeto-piloto' por conta do tamanho da proposta. Afinal, 300 municípios pode parecer pouco perto dos mais de 5 mil que compõem o Brasil, mas ainda assim não é pouca coisa. Será um 'grande ensaio geral' na verdade", classificou Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República e coordenador do PNBL, após debate sobre o tema na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado Federal.

Mais uma vez, Alvarez não revelou os detalhes da proposta governamental, mas reiterou que o Estado terá um papel de regulador do mercado dentro do PNBL e que o governo não se furtará a prestar o serviço de banda larga onde as empresas privadas não se fazem presentes. A escolha das localidades que farão parte da implementação do plano em 2010 ficará a cargo de uma "mesa de debate" organizada pelo governo com representantes de diversos segmentos envolvidos no projeto, que vai desde empresas até consumidores e entidades civis. A própria composição da mesa ainda não está definida e, assim, Alvarez evitou apostar qual modelo de implantação da primeira etapa do PNBL deve ser adotado.

"Como chegar (aos municípios) e com quem chegará é a mesa que decidirá. Até rimou", declarou em tom descontraído. Alvarez antecipou apenas um dos alvos do governo com relação à lista: que os municípios escolhidos devem representar a "diversidade" do Brasil. "Não vai ter só município pobre ou só município rico; excluído ou incluído. As 300 localidades irão refletir a diversidade do País."

Descompasso com o PAC

Alvarez confirmou a intenção da Presidência de realizar no início de abril a reunião decisiva sobre o PNBL. Ocorre que, antes do encontro, o governo tem uma grande agenda política que incluiu o próprio PNBL: o lançamento do novo Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC-2. É ponto pacífico que a política de massificação da banda larga será um dos pilares do PAC-2, mas as idas e vindas na agenda de discussões sobre o PNBL fará com que ele só seja completamente anunciado após a divulgação do plano estratégico do governo, agendada para 26 de março. Essa não era a intenção original do governo, que vinha trabalhando desde o ano passado para arrematar o PNBL antes do fechamento do PAC-2.

Um dos pontos críticos dessa inversão da agenda é que apenas com uma decisão final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o modelo de negócio a ser adotado pelo governo no PNBL - se o Estado fará uma oferta direta ao consumidor ou ficará só no mercado em atacado de redes, por exemplo - é que o governo terá uma noção clara de quanto o plano custará aos cofres públicos. A estimativa traçada pelo governo oscila entre R$ 1 bilhão e R$ 15 bilhões, mas há ainda uma projeção feita paralelamente pelo Ministério das Comunicações que aponta a necessidade de investimentos públicos na casa dos R$ 24 bilhões. Qual o nível de uma eventual parceria entre investimentos públicos e privados é outra incógnita que ronda o plano.

Falsa polêmica

O tema mais discutido sobre o PNBL, no entanto, continua sendo a possibilidade de revitalização da Telebrás para atuar como coordenadora da rede pública de oferta de banda larga. Como não podia deixar de ser, o assunto surgiu em várias questões durante a audiência pública realizada nesta terça-feira. 9, no Senado Federal, mas não chegou a criar atrito entre os parlamentares e os convidados. A maioria dos questionamentos levantou dúvidas sobre a necessidade de se ressuscitar a estatal, mas nenhum senador deu voz às denúncias específicas em torno de um suposto beneficiamento de empresários com a retomada da rede Eletronet, outra parte estratégica do plano.

Alvarez classificou o tema como "falsa polêmica" e reiterou que o uso da Telebrás é o melhor caminho prospectado até agora pelo governo, mas que a decisão não foi tomada pelo presidente Lula. "Não se trata de recriar uma holding com 27 subsidiárias como era a Telebrás no passado. Mas alguém tem que gerenciar isso (o PNBL). E a melhor opção até agora é a Telebrás", declarou o assessor.

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Fonte: Teletime
[09/03/10]  Empresas insistem na necessidade de reduzir carga tributária no PNBL - por Mariana Mazza

Para as empresas de telecomunicações, um Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) que não encare a necessidade de redução da carga tributária no setor de telecomunicações é um projeto incompleto. Foi esse o tom do discurso feito pelo presidente da Abrafix, José Fernandes Pauletti, durante audiência pública realizada nesta terça-feira, 9, na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado Federal. Apesar de concordar com a iniciativa do governo de fazer uma política pública para a massificação da banda larga no País, Pauletti voltou à carga contra os impostos, apontados pelas teles como o grande causador dos altos preços do serviço.

"Sobre o famoso PNBL, nós temos mais convergência do que divergência com o governo. Nós concordamos plenamente com o diagnóstico, mas podemos ter uma eventual discordância no remédio a ser aplicado", afirmou o presidente da Abrafix. O remédio em questão é um amplo debate sobre o peso dos impostos e tributos, que chegariam a 43% no valor final pago pelos consumidores por conta do cálculo "por dentro" (quando o imposto é aplicado sobre uma base onde já há tributos incidentes) do ICMS.

Pauletti insistiu que as teles não querem reduzir o debate apenas à questão tributária. Apesar de fazer essa ponderação, o presidente da Abrafix centralizou as demandas do setor neste quesito em sua apresentação na audiência e nas respostas aos questionamentos dos senadores. Além disso, afastou a possibilidade de os preços serem altos por conta de ganhos exagerados das empresas de telecomunicações.

Segundo Pauletti, estudos mostram que, se fosse proibida a realização de lucro pelas empresas, essa ação teria um impacto de apenas 6% de redução nos preços dos serviços telefônicos. Se essa proibição hipotética ficasse restrita apenas a distribuição de lucros e dividendos, o impacto nos preços dos serviços seria de 4%. A comparação não foi bem vista pelo senador Lobão Filho (PMDB/MA). O parlamentar duvidou que a margem de lucro das teles sejam de apenas 6% sobre os serviços prestados.

Grupo de trabalho

A discussão sobre o impacto dos impostos e outros componentes que podem estar inflando os preços dos serviços de telefonia fez com que a CCT ressuscitasse a ideia de criar um grupo de trabalho para analisar as tarifas e preços cobrados dos consumidores no Brasil. Essa proposta surgiu no ano passado quando estudo da União Internacional de Telecomunicações (UIT) apontou os valores cobrados pela telefonia móvel no Brasil como os mais altos do mundo. Apesar da criação do grupo ter sido aprovada pela CCT, o trabalho de investigação das tarifas e preços jamais avançou.

Os senadores presentes na audiência reforçaram a importância de que esse trabalho seja feito pelos parlamentares no contexto de criação de um plano de massificação da banda larga. "Precisamos saber por que o brasileiro, que não é o mais rico do mundo, paga a tarifa mais cara do mundo", reclamou Lobão Filho.

Apoio e parceria

Mesmo com alguma discordância sobre o impacto do peso tributário no valor final dos serviços de telecomunicações, todos os participantes mostraram simpatia à criação do PNBL. Para Jarbas Valente, conselheiro da Anatel, apenas uma política pública concreta pode equacionar a oferta de serviços a preços razoáveis para atender a crescente demanda dos brasileiros por Internet. Valente lembrou que o Brasil possui a maior média de navegação no mundo e que esse comportamento tende a se acentuar com mais oferta.

O conselheiro frisou ainda que muitos locais dispõe de Internet apenas por satélite, cujos preços são "exorbitantes", segundo suas palavras. Para ele, a agência reguladora não tem como solucionar essa situação já que cabe a ela apenas implementar as políticas públicas criadas pelo governo. "O órgão regulador, sozinho, seria incapaz de fazer um plano de massificação de banda larga no Brasil. E se tentasse, levaria ao menos uns 15 anos para fazer."

O presidente da Telcomp, Luiz Cuza, também vê com bons olhos uma iniciativa pública de ampliação da oferta de banda larga no País. No entanto, Cuza mostrou preocupação de que o modelo atual das telecomunicações seja abalado com uma entrada do Estado no mercado. "É importante manter o modelo atual. Não é hora de mudar as regras do jogo", avaliou. Cuza defende que as redes das elétricas sejam usadas para apoiar a expansão da oferta do serviço, mas sempre respeitando o modelo adotado no País.

Na mesma linha de raciocínio, senadores defenderam o fortalecimento de parcerias com as empresas privadas do setor como forma de manter esse equilíbrio entre o modelo atual e a nova política pública que será lançada. Para o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, é ponto pacífico de que essas parcerias existirão. "A entrada do governo não significa que o governo vai fazer tudo sozinho", declarou. "Mas o que precisa ficar claro é que em alguns casos, se o governo não atuar, não vai acontecer (a expansão da banda larga)", complementou.

Martins resumiu a ótica do governo ao criar uma política pública de massificação da banda larga: "A inclusão digital não é um luxo, uma bandeira de um ou de outro partido. Ela é uma necessidade vital, assim como a existência de uma escola pública. O segundo ponto importante é que a banda larga chegue a preços módicos. Se eu não tenho um preço acessível na ponta, o sujeito pode não estar mais excluído tecnicamente, mas acabará sempre excluído de fato".

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Fonte: Teletime
[09/03/10]  Senado Federal debaterá PNBL nesta terça, 9 - Mariana Mazza

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) realiza nesta terça-feira, 9, o primeiro debate no Senado Federal sobre a proposta do governo federal de fazer um Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) para massificar a Internet no País por meio de uma rede pública de telecomunicações. A discussão foi solicitada pelo senador Renato Casagrande (PSB/ES) e subscrita por Eduardo Azeredo (PSDB/MG) e Roberto Cavalcanti (PRB/PB). "O assunto não é polêmico, pois todos são a favor do plano. Polêmica é a forma de se adotar o plano e é isso que vamos discutir na audiência", declarou Casagrande à Agência Senado.

A ideia do governo de lançar o PNBL tem gerado críticas por conta da possibilidade de revitalização da estatal Telebrás como gestora das redes públicas que viabilizarão a oferta de banda larga pela União. O uso da estatal ainda não está confirmado formalmente pelo governo, mas o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já declarou publicamente no mês passado que tem a intenção de recuperar a Telebrás para levar banda larga à população que hoje não tem acesso ao serviço.

Para a audiência pública foram convidados o assessor especial da Presidência e coordenador dos programas de inclusão digital do governo, Cezar Alvarez; o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Franklin Martins; e o conselheiro da Anatel Jarbas Valente. Também devem participar do debate o presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp), Luiz Cuza; e o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias do STFC (Abrafix), José Fernandes Pauletti. A reunião está marcada para às 9h30.

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Comentário de Clóvis Marques

de Clóvis Marques <clovis1@terra.com.br>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 12 de março de 2010 20:30
assunto Re: [Celld-group] Telebrás, Eletronet e PNBL (214) - Mensagem de José Roberto de Souza Pinto sobre a CVM + Cobertura do Teletime

Prezados,

lamento a "desistência" do Leonardo Araujo de participar dos Grupos. Suas postagens sempre trouxeram informações relevantes para nossa avaliação sobre o PNBL. Contudo, compreendo que uma pessoa com seu nível de conhecimento sobre a Área de Telecom, Política e Mercado de Capitais, provavelmente não encontrou nos nossos grupos um terreno frutífero para suas análises.

Eu também já questionei diversas vezes a apatia, falta de participação e de idéias que nossos Grupos têm oferecido ao debate sobre o PNBL.

Afinal de contas, estamos em um momento importante de definições sobre os novos rumos que a nossa Área de Telecom terá a partir do lançamento do PNBL no final deste mês e as vozes dos profissionais da Área, representados significativamente nestes grupos, praticamente não foram ouvidas, com raríssimas exceções.

Como sou teimoso, continuo postando informações públicas e minhas opiniões, sempre na esperança que a informação seja absorvida, questionada, discutida pelos participantes dos foruns e que as nossos participantes contribuam com suas idéias, para o bem de todos. Quem sabe desta vez, mais pessoas além do Helio, Jana, Cabral, Smolka e José Roberto queiram das o ar da graça!

Seguem matérias publicadas no dia de hoje sobre o PNBL e seus players, que após 12 anos da Privatização, continuam liderando as queixas no Procon.

Quem sabe, neste fim de semana, os periódicos tragam mais notícias sobre a falta de qualidade, de abrangência, de competitividade e de atendimento, que reinam na nossa área de telecom, invés de simplesmente bombardear o PNBL que muito tem a agregar ao Brasil.

Clóvis

http://www.teletime.com.br/12/03/2010/lula--estejam-preparados-que-a-banda-larga-vai-sair-/tt/171441/news.aspx

http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/6154980/correcao-setor-de-servicos-lidera-reclamacoes#ixzz0i0To9gvS

http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/6155779/falhas-pontuais-explicam-reclamacoes-em-2009,-afirma-claro&scrollX=0&scrollY=88&tamFonte=#ixzz0i0RUwuBH

http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/6155779/falhas-pontuais-explicam-reclamacoes-em-2009,-afirma-claro&scrollX=0&scrollY=88&tamFonte=#ixzz0i0ROe97F

http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/6155742/embratel-diz-investir-em-acoes-de-atendimento-ao-cliente#ixzz0i0RyUTRN

http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/6155742/embratel-diz-investir-em-acoes-de-atendimento-ao-cliente#ixzz0i0RsGVlB

http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/6154549/telefonica-lidera-reclamacoes-no-proconsp#ixzz0i0SNvuTp

http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/6155668/tim-discutira-procedimentos-com-proconsp-na-proxima-semana#ixzz0i0SuH1yz

http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/6155668/tim-discutira-procedimentos-com-proconsp-na-proxima-semana#ixzz0i0Smz8nr

http://www.telesintese.com.br/index.php?option=content&task=view&id=14202&Itemid=10
 


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