BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Março 2011 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• Artigo no e-Thesis: "Recuperação de desastres: em quê a tecnologia ajuda" - por Jana de Paula
Olá, WirelessBR e Celld-group!03.
Numa "Google Busca" para "recuperação de desastres" recebo milhares de
referências (normalmente sobre empresas e negócios) sendo esta a primeira:
Fonte:: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Recuperação de desastres
O plano de recuperação de desastres é composto por cenários e procedimentos
para recuperação de ativos, quando ocorrer uma falha devido a alguma
inconsitência ocorrida em virtude de ameaças como incêndio, enchente,
vandalismo, sabotagem ou falhas de tecnologia.
É conhecido como DRP - disaster recovery plan, os planos normalmente são
desenvolvidos pelos gestores de ativos, muitas vezes por exigências de
regulamentações internacionais como a lei Sarbanes-Oxley, Bacen 3380, ISO 27000,
ou devido a exigências de acionistas ou do próprio negócio.
Geralmente é composto de três fases:
* Programa de Administração de Crise
Plano desenvolvido em conjunto, com definição de atividade, pessoas, dados
lógicos e físicos
* Plano de Continuidade Operacional
Possui diretivas do que fazer em cada operação em caso de desastres
* Plano de Recuperação de Desastres;
É a aplicação na prática do plano de continuidade operacional
Comentários? Mais informações?
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs
Tecnologia e
Cidadania
--------------------------------
Fonte: e-Thesis
[11/03/11]
Recuperação de desastres: em quê a tecnologia ajuda - por Jana de Paula
A tecnologia pode e deve ser usada na prevenção de desastres e ajuda
humanitária.
Aprove ImagemEm geral, quando ouvimos ou lemos a fábula da "Cigarra e a
Formiga", a tendência é pendermos para o lado da pobre cigarra que, inebriada
pelo verão, canta sem pensar no amanhã. Mas, quando se trata de organizações
governamentais seu papel é único. Ao governo e seus parceiros cabe desempenhar,
exclusivamente, o papel da formiga. Chuvas torrenciais são típicas do verão. E
os desastres também. Mas, diferente da fábula, na realidade é preciso prever as
chamadas ‘catástrofes naturais' em qualquer estação. No entanto não é o que
ocorre. Entra ano, sai ano, os governos insistem em atuar como cigarras.
O problema é gravíssimo e sua solução passa por diversas instâncias de
governança corporativa. Um exemplo da necessidade de uma verdadeira revolução na
política de prevenção de desastres no país foi nossa dificuldade em conseguir
‘fontes' que falassem abertamente das falhas que ocorrem neste cenário.
Candidatas a possíveis contratos de ‘disaster recovery' (DR) muitas das
companhias privadas consultadas preferiram manter o silêncio, para não quebrar
as regras do jogo e perder um possível contrato por falar demais.
Não temos a pretensão de, num mero artigo, abranger todas as soluções possíveis
de serem tomadas para que se encerre este ciclo de verão com tragédia que há
tantos anos acompanha as comemorações dos brasileiros pelo Ano Novo. Vamos nos
ater ao papel que as tecnologias de informação e de comunicações (TIC) podem
desempenhar neste cenário. E isto significa não apenas a necessidade de melhoria
urgente na área de DR pelas operadoras de telefonia fixa [ainda há muita
residência e escritório sem conexão na Região Serrana do Rio de Janeiro, palco
da principal tragédia do verão de 2011], mas também a necessidade de adoção de
uma política responsável de TIC.
Prioridade é a palavra chave. Por exemplo, todo o ano tem Carnaval. Para evitar
o monta e desmonta de arquibancadas, os governos do Rio e de São Paulo
construíram seus respectivos sambódromos. No Rio, em especial, pela importância
econômica da data, construiu-se, inclusive, uma Cidade do Samba. Neste espaço da
área portuária da cidade do Rio de Janeiro concentraram-se todos os barracões
das escolas de samba e se criou eventos culturais para que o espaço esteja vivo
o ano inteiro. Inclusive, a própria Cidade do Samba este ano deu outro exemplo:
que não basta construir algo sem fiscalização constante. O que se viu foi um
incêndio de parte da edificação que só não se transformou em tragédia porque não
houve mortes. Graças a Deus e não ao sistema de prevenção de incêndios, que
estava vencido. Então o Carnaval tem prioridade sobre as chuvas de verão que,
como o Rei Momo, vêm todos os anos?
De acordo com a Secretaria da Estratégia Internacional de Redução de desastres
da ONU, o ano de 2010 foi o de maior número de mortes naturais das últimas duas
décadas. A estimativa é que mais de 300 mil pessoas morreram. Foi o Haiti que
concentrou o maior número de mortes: 220 mil. O custo pelos danos causados por
estas catástrofes também foi alto: mais de 110 bilhões de dólares.
A representante especial para a Redução de Desastres da ONU, Margareta Wahlström,
sustenta que se preparar para mitigar os efeitos destes fenômenos já não é mais
um assunto opcional: "Se queremos salvar vidas, temos que estar preparados.
Deve-se estabelecer sistemas de alerta confiáveis que não dependam somente da
tecnologia. É preciso entender que o risco é de todos. E este esforço deve
implicar os países, suas comunidades e cidades para que estejam preparados e,
assim, seja possível salvar vidas", disse ela.
O projeto da ONU é disseminar as "Cidades Resistentes: Minha cidade está ficando
pronta", cujo trabalho de divulgação irá perdurar até 2012 e que implica o
comprometimento dos lideres mundiais e dos governos locais com dez ações
essenciais. Entre elas, a melhoria do planejamento urbano, infraestrutura e
segurança de edifícios, reforço de sistemas de drenagem para a redução de
inundações e a tomada de medidas para adaptação aos impactos das mudanças
climáticas [tudo o que é necessário realizar nas cidades brasileiras]. Segundo
Wahlström, quando a mobilização é bem sucedida, as cidades podem ser
beneficiadas com crescimento e empregos, oportunidades de negócios, ecossistemas
equilibrados, mais saúde e educação. A campanha também pede a grupos de
comunidades, planejadores, acadêmicos, ONGs e o setor privado para participarem
dos esforços.
A prova de que o problema adquire fortes contornos econômicos foi dada por um
estudo para o Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), cujos representantes
se reúnem em maio próximo. De acordo com o documento, as principais instituições
financeiras do mundo têm acesso insuficiente sobre as mudanças climáticas.
Pesquisa do PNUMA junto as 60 principais instituições financeiras em todas as
regiões do mundo indica que estas carecem de mais detalhes sobre o impacto
físico e econômico das mudanças climáticas.
Diante da frequência cada vez maior de fenômenos meteorológicos extremos, o
documento sugere que seja oferecido a estas instituições melhor acesso aos
prognósticos, análises, modelos e interpretação dos dados climáticos nas regiões
onde operam. Assim, seguradoras, resseguradoras, prestadoras e administradoras
de ativos financeiros acreditam que terão melhores condições de estabelecer os
riscos e os custos para absorver de maneira mais efetiva os efeitos dos
desastres naturais.
O PNUMA lançou em dezembro passado, o primeiro atlas meioambiental da América
Latina. O objetivo do atlas virtual é servir como ferramenta de projeção e
implantação de políticas públicas. Nele é possível ver as áreas desmatadas das
florestas latino-americanas, o crescimento das áreas urbanas, a mudança nas
áreas costeiras e alguns casos de desastres naturais, como o terremoto do Haiti.
Nas mais de 200 imagens geradas por satélite, mapas e gráficos também se pode
avaliar os efeitos das mudanças climáticas e o retrocesso dos lagos devido ao
uso excessivo de suas águas. O alerta do PNUMA é sobre "a magnitude dos
problemas detectados". Acesse o atlas do PNUMA
aqui.
Tecnologia a serviço das pessoas
E por falar em satélite, ele ainda é o meio de comunicação número um quando se
trata da prevenção de desastres. Mas, no Terceiro Milênio, o satélite não
prescinde de uma companheira fundamental: a rede Wireless LAN de alta capacidade
(protocolo
IEEE 802.11), mais conhecida como Wi-Fi. Em terra, é a rede W-LAN que facilita
processos de autenticação, associação e re-associação (handoff), para
continuidade de conexão com a mudança de célula (roaming); permite economia de
energia e sincronização das máquinas através de um único relógio.
Para nós, brasileiros, sabermos que um projeto bem sucedido de DR com tecnologia
de satélite tem chances muito maiores de ser bem sucedido com uma boa rede W-LAN
pública e privada dá um friozinho na barriga. De acordo com
dados da consultoria Teleco,
atualizados a 2 de março passado, entre 2008 e 2011 houve pouquíssimo avanço no
número de hotspots de acesso livre no país, que em fevereiro de 2011 tinha 4.035
destas conexões sem fio de acesso público.
De fato, o pouco crescimento registrado se deu em São Paulo. Após queda
acentuada entre 2008 (2.773 hotspots) e 2009 (2.446), o estado acusou leve alta
em 2010 (2.455). Em fevereiro de 2011, eram 2.490 hotspots em São Paulo. Entre
2009 e 2010 o Rio de Janeiro (cuja capital vai sediar as Olimpíadas de 2016)
oscilou entre meros 460 e 454, contabilizando 456 hotspots em fevereiro passado.
A situação dos outros estados brasileiros é ainda mais crítica. Em Minas Gerais,
por exemplo, entre 2009 e 2011, houve aumento de dois (sic!) hotspots (de 89
para 91). A comparação com outros países do BRIC é assustadora. A China tem
102.259 e a Rússia, 14.674 hotspots. O motivo para tanto desinteresse em relação
aos hotspots no Brasil é que seu uso é livre (gratuito) na freqüência dos
2.4GHz. As operadoras não se sentem motivadas...
E, no entanto, a ampliação da rede pública de hotspots pode significar avanço
tecnológico significativo na implantação de projetos de recuperação de
desastres. Estudo realizado pela Inmarsat e cedido ao e-Thesis com exclusividade
aponta as possibilidades de uso das telecomunicações em dois pontos chaves da
prevenção de desastres: ajuda humanitária e apoio ao desenvolvimento. Os
satélites fixos e móveis, as antenas VHF e outros legados de sistemas de rádio,
a rede Wi-Fi e a telefonia móvel terrestre podem levar a cabo projetos
emergenciais (de curto prazo) e os preventivos em médio e longo prazo, salvando
vidas e trazendo dignidade às pessoas das diversas comunidades.
Números de mercado
Embora o Brasil esteja bastante atrasado em termos de disaster recovery (DR), o
ABI Research prediz que este mercado junto ao de business continuity (BC) deve
crescer dos US$ 24,3 bilhões em 2009 para mais de US$ 39 bilhões em 2015. Uma
das razões para este crescimento é que a adoção de DR se torna mais barata, o
que leva a uma mudança da velha postura das companhias e organizações usuárias
de que por mais que quisessem não teriam recursos suficientes e também porque há
mais soluções de boa relação custo-benefício.
"Com o advento dos produtos de software a bom custo-benefício, BC/DR estão ao
alcance de qualquer organização, grande ou pequena", disse Paul Kirvan,
secretário do Instituto de Continuidade de Negócios e consultor de continuidade
de negócios do ABI Research. "Ferramentas de busca na Web também podem
contribuir para a simplificação destes processos e abrem caminho para não
especialistas conhecerem o assunto".
A segunda razão para o crescimento do mercado de DR/BC pode vir do fato de que
dispor de um plano de recuperação de desastres tornou-se uma segunda natureza
para muitas empresas que vêem a importância de proteger integralmente os seus
dados. De acordo com Kirvan, as empresas que reconhecem a importância de
proteger seus funcionários e processos de negócio melhoram sua imagem e adquirem
vantagem competitiva. "É possível que nos próximos cinco a sete anos BC/DR seja
uma atividade da empresa tão indispensável quanto as declarações de imposto de
renda" disse o especialista.
As oportunidades de negócios (com resposta humanitária e social imediata) são
boas em várias regiões do mundo para os players que atuam em DR. De acordo com
dados da OECD Aid Activity, na América Latina as perspectivas de negócio são da
ordem de US$ 9,089 milhões, num mercado mundial avaliado em US$ 95,031 milhões.
As chaves do setor
Segundo o já citado documento da Inmarsat, os serviços móveis de satélite (MMS)
se tornaram um padrão como coordenação de suporte e ajuda humanitária. Dados de
população obtidos através do GIS (Grographic Information Systems); serviços de
informação ad hoc que utilizam plataformas de redes sociais e mensagens de texto
- e que cresceram organicamente e hoje têm papel crítico das operações de
resgate; desenvolvimento de programas de ajuda com tecnologia de ponta para
entrega de serviços em áreas remotas e distantes; a capacidade de telecentros
fixos e móveis oferecerem serviços de banking, saúde básica e outros para vários
tipos de comunidades; e a capacidade dos dispositivos de mão em coletar dados
para disseminação de informações para o mercado da agricultura de forma a
garantir a sobrevivência de pequenos agricultores são os fatores principais que
compõem o mercado de DR, hoje
As várias etapas para se prevenir ou mitigar desastres naturais
De acordo com o já citado estudo da Inmarsat, a tecnologia pode contribuir para
a recuperação de catástrofes em várias etapas deste processo: resgate,
mitigação, reconstrução e sustentabilidade.
A primeira destas etapas é a emergencial. O uso do serviço BGAN e do dispositivo
Isatphone Pro (adotado inclusive nas operações de resgate da Região Serrana do
Rio de Janeiro) com apoio da rede W-LAN serve para iniciativas como acesso a
áreas remotas e cujas estradas foram interrompidas, coleta de dados para uso
pelos médicos e enfermeiros ou mesmo para a instalação da infraestrutura
pós-desastre. Assim, é possível enviar ou acessar dados de um servidor central a
partir das áreas afetadas. Também se pode enviar e receber alertas por
coordenadas em GPS que identificam emergências ou quaisquer informações
urgentes.
A solução BGAN com Wi-Fi tem a capacidade de conectar dispositivos de mão ao
servido central para o upload ou acesso a dados críticos. Este tipo de solução
emergencial tem a capacidade de avaliar a situação em tempo real, melhorar os
esforços de atendimento (médico, distribuição de remédios e alimentos, por
exemplo) com dados acurados e compartilhados.
Uma solução mais avançada é a da Telemedicina Portátil. Ela permite atendimento
pessoal médico de campo dando ao especialista o suporte para tratamentos
críticos. Utiliza streaming de vídeo para envio da situação do paciente e pode
transmitir dados do diagnóstico coletado localmente. Também é possível o envio
de dados de exames físicos via streaming IP ao mesmo tempo em que transmite
dados do diagnóstico via standard IP. Esta solução visa facilitar a triagem e
priorização do atendimento aos feridos no local. Também permite procedimentos de
salvamento em campo com o suporte remoto de especialistas.
A terceira solução avaliada no estudo da Inmarsat é a do Escritório de Campo com
NGO. Como o nome diz, a solução cria um escritório administrativo para
gerenciamento remoto do programa. Com a possibilidade de deslocar profissionais
técnicos e administrativos para o local da tragédia, o escritório de campo
utiliza voz para multiusuários e conectividade de internet, comunicação veicular
e streaming de vídeo ao vivo. Telemedicina portátil e coleta e disseminação de
dados, bem como segurança do local, são algumas das aplicações.
Há também os sistemas de Informação Geográfica para coordenação das respostas e
apoio a uma vasta área atingida, baseada em geographic information system (GIS).
A solução engloba o IsatPhone Pro para entrada e tempo real de dados geográficos
em campo e a implantação de terminais BGAN para acesso remoto via sistemas GIS
para suporte de ajuda de campo
--------------------------------
Fonte: UOL Tecnolgia
[16/03/11]
Japão dá lições sobre contingência nas comunicações - por Matt Hamblen, da
Computerworld-EUA
Alternativas podem passar por telefones por satélite, rádios bidirecionais de
comunicação e até mesmo rádios FM a pilha.
Os terremotos e tsunamis que atingiram parte da costa japonesa tiveram diversas
consequências para a infraestrutura e para os cidadãos do país. As informações
sobre esses incidentes só chegaram até alguns residentes por meio de aparelhos
portáteis de Rádio FM, que funcionam a pilhas, já que muitas redes já estavam
fora do ar antes que os efeitos chegassem a alguns locais.
Sem telefonia celular ou infraestrutura cabeada de voz e dados, os residentes de
localizações mais remotas não têm maneiras de alcançar os parentes para um
contato ou pedido de ajuda. Obter informações sobre outros terremotos, tsunamis
ou danos em usinas nucleares se tornaram muito difíceis ou impossíveis de serem
obtidos, de acordo com diversos relatórios.
Os problemas acendem alertas em outros países com áreas costeiras sujeitas a
desastres. Mas mesmo sabendo da possibilidade, é impossível se preparar para
desastres da magnitude do terremoto japonês. “Mesmo que operadoras de
telecomunicações digam o contrário, haveria um grande colapso se o evento fosse
em qualquer outro local”, avalia o analista Jack Gold, sócio da consultoria J.
Gold Associates.
Mesmo em desastres norte-americanos de tamanhos incomparavelmente menores, como
o ataque terrorista às torres gêmeas de 11 de setembro de 2001 ou a devastação
da região do Golfo do México pelo furacão Katrina, demorou dias ou até semanas
para que fosse restaurado o funcionamento normal das redes de telecomunicações.
“Esses eventos fizeram com que as operadoras norte-americanas melhorassem seus
planos de recuperação de desastres, com mais estruturas, backups e redundância,
mas nada disso seria suficiente para manter a integridade das redes no terremoto
que assolou o Japão”, pontua o analista da Gartner, Philip Redman.
Resta às empresas, lançarem mão de soluções alternativas em preparação para
desastres. Uma das formas utilizadas no Japão para estabelecer comunicação foi o
uso de telefones via satélite. O custo tanto dos aparelhos quanto dos serviços
envolvidos são bem altos, tornando a opção viável apenas para empresas de grande
porte.
Assim, os rádios surgem como opção, principalmente os bidirecionais que são
usados basicamente por policiais, brigadas de incêndio e outros trabalhadores de
campo. Gold lembra que esses rádios funcionam ponto a ponto, dispensando torres
de sinal, se estiverem a poucos quilômetros de distância.
A dificuldade com os rádios bidirecionais é a necessidade de operar via um
espectro sem fio licenciado. Dependendo dos equipamentos e da estrutura
necessária, o preço também pode ser um problema. Mas é a única alternativa
viável. Mesmo que a organização invista em uma rede privada própria, para o caso
de emergências, essas também estão sujeitas aos anos físicos de eventos
climáticos ou naturais inesperados.
“O rádio vai ajudar ainda que as redes celulares permaneçam em pé. No caso do
furacão Katrina, por exemplo, as redes não caíram, mas ficaram tão
sobrecarregadas com chamadas e dados que tornaram-se inviáveis para muitas
pessoas e empresas", relembra Gold. O analista critica a opção dos telefones
satelitais, graças ao retorno sobre investimento muito baixo. “Mesmo tendo esse
aparelho, se ninguém mais o tiver, a comunicação permanece inviável”.
Ainda assim, Redman, do Gartner, diz que as companhias com missão crítica
precisam investir em múltiplos canais de comunicação. “Quanto mais crítica é a
necessidade, maior é o investimento que deve ser feito, incluindo serviços na
terra e de satélite”, diz.
Para indivíduos ou funcionários de pequenas e microempresas, manter contato
direto com todos os pares, parceiros e clientes pode ser impossível em um
desastre de grandes proporções. Mas um plano de contingência pessoal pode
incluir um pequeno rádio a pilha, que custa menos de 50 dólares, para a obtenção
de informações via canais públicos. “É o que muitas pessoas já fazem em caso de
quedas de energia elétrica em vários lugares do mundo”, observa Gold.
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil