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Março 2011               Índice Geral do BLOCO

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16/03/11

• Artigo no e-Thesis: "Recuperação de desastres: em quê a tecnologia ajuda" - por Jana de Paula

Olá, WirelessBR e Celld-group!

Nada mais atual do que o tema "Recuperação de desastres".

01.
Transcrevo mais abaixo um ótimo artigo ("de fôlego"!) da nossa Jana de Paula:
Fonte: e-Thesis
[11/03/11]   Recuperação de desastres: em quê a tecnologia ajuda - por Jana de Paula

02.
No embalo (ou na avalanche, na enxurrada, no tsunami, Deus nos acuda!) registro também este:
Fonte: UOL Tecnolgia
[16/03/11]  Japão dá lições sobre contingência nas comunicações - por Matt Hamblen, da Computerworld-EUA

03.
Numa "Google Busca" para "recuperação de desastres" recebo milhares de referências (normalmente sobre empresas e negócios) sendo esta a primeira:

Fonte:: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Recuperação de desastres
O plano de recuperação de desastres é composto por cenários e procedimentos para recuperação de ativos, quando ocorrer uma falha devido a alguma inconsitência ocorrida em virtude de ameaças como incêndio, enchente, vandalismo, sabotagem ou falhas de tecnologia.
É conhecido como DRP - disaster recovery plan, os planos normalmente são desenvolvidos pelos gestores de ativos, muitas vezes por exigências de regulamentações internacionais como a lei Sarbanes-Oxley, Bacen 3380, ISO 27000, ou devido a exigências de acionistas ou do próprio negócio.
Geralmente é composto de três fases:
* Programa de Administração de Crise
Plano desenvolvido em conjunto, com definição de atividade, pessoas, dados lógicos e físicos
* Plano de Continuidade Operacional
Possui diretivas do que fazer em cada operação em caso de desastres
* Plano de Recuperação de Desastres;
É a aplicação na prática do plano de continuidade operacional

Comentários? Mais informações?

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania

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Fonte: e-Thesis
[11/03/11]   Recuperação de desastres: em quê a tecnologia ajuda - por Jana de Paula

A tecnologia pode e deve ser usada na prevenção de desastres e ajuda humanitária.

Aprove ImagemEm geral, quando ouvimos ou lemos a fábula da "Cigarra e a Formiga", a tendência é pendermos para o lado da pobre cigarra que, inebriada pelo verão, canta sem pensar no amanhã. Mas, quando se trata de organizações governamentais seu papel é único. Ao governo e seus parceiros cabe desempenhar, exclusivamente, o papel da formiga. Chuvas torrenciais são típicas do verão. E os desastres também. Mas, diferente da fábula, na realidade é preciso prever as chamadas ‘catástrofes naturais' em qualquer estação. No entanto não é o que ocorre. Entra ano, sai ano, os governos insistem em atuar como cigarras.

O problema é gravíssimo e sua solução passa por diversas instâncias de governança corporativa. Um exemplo da necessidade de uma verdadeira revolução na política de prevenção de desastres no país foi nossa dificuldade em conseguir ‘fontes' que falassem abertamente das falhas que ocorrem neste cenário. Candidatas a possíveis contratos de ‘disaster recovery' (DR) muitas das companhias privadas consultadas preferiram manter o silêncio, para não quebrar as regras do jogo e perder um possível contrato por falar demais.

Não temos a pretensão de, num mero artigo, abranger todas as soluções possíveis de serem tomadas para que se encerre este ciclo de verão com tragédia que há tantos anos acompanha as comemorações dos brasileiros pelo Ano Novo. Vamos nos ater ao papel que as tecnologias de informação e de comunicações (TIC) podem desempenhar neste cenário. E isto significa não apenas a necessidade de melhoria urgente na área de DR pelas operadoras de telefonia fixa [ainda há muita residência e escritório sem conexão na Região Serrana do Rio de Janeiro, palco da principal tragédia do verão de 2011], mas também a necessidade de adoção de uma política responsável de TIC.

Prioridade é a palavra chave. Por exemplo, todo o ano tem Carnaval. Para evitar o monta e desmonta de arquibancadas, os governos do Rio e de São Paulo construíram seus respectivos sambódromos. No Rio, em especial, pela importância econômica da data, construiu-se, inclusive, uma Cidade do Samba. Neste espaço da área portuária da cidade do Rio de Janeiro concentraram-se todos os barracões das escolas de samba e se criou eventos culturais para que o espaço esteja vivo o ano inteiro. Inclusive, a própria Cidade do Samba este ano deu outro exemplo: que não basta construir algo sem fiscalização constante. O que se viu foi um incêndio de parte da edificação que só não se transformou em tragédia porque não houve mortes. Graças a Deus e não ao sistema de prevenção de incêndios, que estava vencido. Então o Carnaval tem prioridade sobre as chuvas de verão que, como o Rei Momo, vêm todos os anos?

De acordo com a Secretaria da Estratégia Internacional de Redução de desastres da ONU, o ano de 2010 foi o de maior número de mortes naturais das últimas duas décadas. A estimativa é que mais de 300 mil pessoas morreram. Foi o Haiti que concentrou o maior número de mortes: 220 mil. O custo pelos danos causados por estas catástrofes também foi alto: mais de 110 bilhões de dólares.

A representante especial para a Redução de Desastres da ONU, Margareta Wahlström, sustenta que se preparar para mitigar os efeitos destes fenômenos já não é mais um assunto opcional: "Se queremos salvar vidas, temos que estar preparados. Deve-se estabelecer sistemas de alerta confiáveis que não dependam somente da tecnologia. É preciso entender que o risco é de todos. E este esforço deve implicar os países, suas comunidades e cidades para que estejam preparados e, assim, seja possível salvar vidas", disse ela.

O projeto da ONU é disseminar as "Cidades Resistentes: Minha cidade está ficando pronta", cujo trabalho de divulgação irá perdurar até 2012 e que implica o comprometimento dos lideres mundiais e dos governos locais com dez ações essenciais. Entre elas, a melhoria do planejamento urbano, infraestrutura e segurança de edifícios, reforço de sistemas de drenagem para a redução de inundações e a tomada de medidas para adaptação aos impactos das mudanças climáticas [tudo o que é necessário realizar nas cidades brasileiras]. Segundo Wahlström, quando a mobilização é bem sucedida, as cidades podem ser beneficiadas com crescimento e empregos, oportunidades de negócios, ecossistemas equilibrados, mais saúde e educação. A campanha também pede a grupos de comunidades, planejadores, acadêmicos, ONGs e o setor privado para participarem dos esforços.

A prova de que o problema adquire fortes contornos econômicos foi dada por um estudo para o Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), cujos representantes se reúnem em maio próximo. De acordo com o documento, as principais instituições financeiras do mundo têm acesso insuficiente sobre as mudanças climáticas. Pesquisa do PNUMA junto as 60 principais instituições financeiras em todas as regiões do mundo indica que estas carecem de mais detalhes sobre o impacto físico e econômico das mudanças climáticas.

Diante da frequência cada vez maior de fenômenos meteorológicos extremos, o documento sugere que seja oferecido a estas instituições melhor acesso aos prognósticos, análises, modelos e interpretação dos dados climáticos nas regiões onde operam. Assim, seguradoras, resseguradoras, prestadoras e administradoras de ativos financeiros acreditam que terão melhores condições de estabelecer os riscos e os custos para absorver de maneira mais efetiva os efeitos dos desastres naturais.

O PNUMA lançou em dezembro passado, o primeiro atlas meioambiental da América Latina. O objetivo do atlas virtual é servir como ferramenta de projeção e implantação de políticas públicas. Nele é possível ver as áreas desmatadas das florestas latino-americanas, o crescimento das áreas urbanas, a mudança nas áreas costeiras e alguns casos de desastres naturais, como o terremoto do Haiti.

Nas mais de 200 imagens geradas por satélite, mapas e gráficos também se pode avaliar os efeitos das mudanças climáticas e o retrocesso dos lagos devido ao uso excessivo de suas águas. O alerta do PNUMA é sobre "a magnitude dos problemas detectados". Acesse o atlas do PNUMA aqui.

Tecnologia a serviço das pessoas

E por falar em satélite, ele ainda é o meio de comunicação número um quando se trata da prevenção de desastres. Mas, no Terceiro Milênio, o satélite não prescinde de uma companheira fundamental: a rede Wireless LAN de alta capacidade (protocolo

IEEE 802.11), mais conhecida como Wi-Fi. Em terra, é a rede W-LAN que facilita processos de autenticação, associação e re-associação (handoff), para continuidade de conexão com a mudança de célula (roaming); permite economia de energia e sincronização das máquinas através de um único relógio.

Para nós, brasileiros, sabermos que um projeto bem sucedido de DR com tecnologia de satélite tem chances muito maiores de ser bem sucedido com uma boa rede W-LAN pública e privada dá um friozinho na barriga. De acordo com dados da consultoria Teleco, atualizados a 2 de março passado, entre 2008 e 2011 houve pouquíssimo avanço no número de hotspots de acesso livre no país, que em fevereiro de 2011 tinha 4.035 destas conexões sem fio de acesso público.

De fato, o pouco crescimento registrado se deu em São Paulo. Após queda acentuada entre 2008 (2.773 hotspots) e 2009 (2.446), o estado acusou leve alta em 2010 (2.455). Em fevereiro de 2011, eram 2.490 hotspots em São Paulo. Entre 2009 e 2010 o Rio de Janeiro (cuja capital vai sediar as Olimpíadas de 2016) oscilou entre meros 460 e 454, contabilizando 456 hotspots em fevereiro passado. A situação dos outros estados brasileiros é ainda mais crítica. Em Minas Gerais, por exemplo, entre 2009 e 2011, houve aumento de dois (sic!) hotspots (de 89 para 91). A comparação com outros países do BRIC é assustadora. A China tem 102.259 e a Rússia, 14.674 hotspots. O motivo para tanto desinteresse em relação aos hotspots no Brasil é que seu uso é livre (gratuito) na freqüência dos 2.4GHz. As operadoras não se sentem motivadas...

E, no entanto, a ampliação da rede pública de hotspots pode significar avanço tecnológico significativo na implantação de projetos de recuperação de desastres. Estudo realizado pela Inmarsat e cedido ao e-Thesis com exclusividade aponta as possibilidades de uso das telecomunicações em dois pontos chaves da prevenção de desastres: ajuda humanitária e apoio ao desenvolvimento. Os satélites fixos e móveis, as antenas VHF e outros legados de sistemas de rádio, a rede Wi-Fi e a telefonia móvel terrestre podem levar a cabo projetos emergenciais (de curto prazo) e os preventivos em médio e longo prazo, salvando vidas e trazendo dignidade às pessoas das diversas comunidades.

Números de mercado

Embora o Brasil esteja bastante atrasado em termos de disaster recovery (DR), o ABI Research prediz que este mercado junto ao de business continuity (BC) deve crescer dos US$ 24,3 bilhões em 2009 para mais de US$ 39 bilhões em 2015. Uma das razões para este crescimento é que a adoção de DR se torna mais barata, o que leva a uma mudança da velha postura das companhias e organizações usuárias de que por mais que quisessem não teriam recursos suficientes e também porque há mais soluções de boa relação custo-benefício.

"Com o advento dos produtos de software a bom custo-benefício, BC/DR estão ao alcance de qualquer organização, grande ou pequena", disse Paul Kirvan, secretário do Instituto de Continuidade de Negócios e consultor de continuidade de negócios do ABI Research. "Ferramentas de busca na Web também podem contribuir para a simplificação destes processos e abrem caminho para não especialistas conhecerem o assunto".

A segunda razão para o crescimento do mercado de DR/BC pode vir do fato de que dispor de um plano de recuperação de desastres tornou-se uma segunda natureza para muitas empresas que vêem a importância de proteger integralmente os seus dados. De acordo com Kirvan, as empresas que reconhecem a importância de proteger seus funcionários e processos de negócio melhoram sua imagem e adquirem vantagem competitiva. "É possível que nos próximos cinco a sete anos BC/DR seja uma atividade da empresa tão indispensável quanto as declarações de imposto de renda" disse o especialista.

As oportunidades de negócios (com resposta humanitária e social imediata) são boas em várias regiões do mundo para os players que atuam em DR. De acordo com dados da OECD Aid Activity, na América Latina as perspectivas de negócio são da ordem de US$ 9,089 milhões, num mercado mundial avaliado em US$ 95,031 milhões.

As chaves do setor

Segundo o já citado documento da Inmarsat, os serviços móveis de satélite (MMS) se tornaram um padrão como coordenação de suporte e ajuda humanitária. Dados de população obtidos através do GIS (Grographic Information Systems); serviços de informação ad hoc que utilizam plataformas de redes sociais e mensagens de texto - e que cresceram organicamente e hoje têm papel crítico das operações de resgate; desenvolvimento de programas de ajuda com tecnologia de ponta para entrega de serviços em áreas remotas e distantes; a capacidade de telecentros fixos e móveis oferecerem serviços de banking, saúde básica e outros para vários tipos de comunidades; e a capacidade dos dispositivos de mão em coletar dados para disseminação de informações para o mercado da agricultura de forma a garantir a sobrevivência de pequenos agricultores são os fatores principais que compõem o mercado de DR, hoje

As várias etapas para se prevenir ou mitigar desastres naturais

De acordo com o já citado estudo da Inmarsat, a tecnologia pode contribuir para a recuperação de catástrofes em várias etapas deste processo: resgate, mitigação, reconstrução e sustentabilidade.

A primeira destas etapas é a emergencial. O uso do serviço BGAN e do dispositivo Isatphone Pro (adotado inclusive nas operações de resgate da Região Serrana do Rio de Janeiro) com apoio da rede W-LAN serve para iniciativas como acesso a áreas remotas e cujas estradas foram interrompidas, coleta de dados para uso pelos médicos e enfermeiros ou mesmo para a instalação da infraestrutura pós-desastre. Assim, é possível enviar ou acessar dados de um servidor central a partir das áreas afetadas. Também se pode enviar e receber alertas por coordenadas em GPS que identificam emergências ou quaisquer informações urgentes.

A solução BGAN com Wi-Fi tem a capacidade de conectar dispositivos de mão ao servido central para o upload ou acesso a dados críticos. Este tipo de solução emergencial tem a capacidade de avaliar a situação em tempo real, melhorar os esforços de atendimento (médico, distribuição de remédios e alimentos, por exemplo) com dados acurados e compartilhados.

Uma solução mais avançada é a da Telemedicina Portátil. Ela permite atendimento pessoal médico de campo dando ao especialista o suporte para tratamentos críticos. Utiliza streaming de vídeo para envio da situação do paciente e pode transmitir dados do diagnóstico coletado localmente. Também é possível o envio de dados de exames físicos via streaming IP ao mesmo tempo em que transmite dados do diagnóstico via standard IP. Esta solução visa facilitar a triagem e priorização do atendimento aos feridos no local. Também permite procedimentos de salvamento em campo com o suporte remoto de especialistas.

A terceira solução avaliada no estudo da Inmarsat é a do Escritório de Campo com NGO. Como o nome diz, a solução cria um escritório administrativo para gerenciamento remoto do programa. Com a possibilidade de deslocar profissionais técnicos e administrativos para o local da tragédia, o escritório de campo utiliza voz para multiusuários e conectividade de internet, comunicação veicular e streaming de vídeo ao vivo. Telemedicina portátil e coleta e disseminação de dados, bem como segurança do local, são algumas das aplicações.

Há também os sistemas de Informação Geográfica para coordenação das respostas e apoio a uma vasta área atingida, baseada em geographic information system (GIS). A solução engloba o IsatPhone Pro para entrada e tempo real de dados geográficos em campo e a implantação de terminais BGAN para acesso remoto via sistemas GIS para suporte de ajuda de campo

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Fonte: UOL Tecnolgia
[16/03/11]  Japão dá lições sobre contingência nas comunicações - por Matt Hamblen, da Computerworld-EUA

Alternativas podem passar por telefones por satélite, rádios bidirecionais de comunicação e até mesmo rádios FM a pilha.

Os terremotos e tsunamis que atingiram parte da costa japonesa tiveram diversas consequências para a infraestrutura e para os cidadãos do país. As informações sobre esses incidentes só chegaram até alguns residentes por meio de aparelhos portáteis de Rádio FM, que funcionam a pilhas, já que muitas redes já estavam fora do ar antes que os efeitos chegassem a alguns locais.

Sem telefonia celular ou infraestrutura cabeada de voz e dados, os residentes de localizações mais remotas não têm maneiras de alcançar os parentes para um contato ou pedido de ajuda. Obter informações sobre outros terremotos, tsunamis ou danos em usinas nucleares se tornaram muito difíceis ou impossíveis de serem obtidos, de acordo com diversos relatórios.

Os problemas acendem alertas em outros países com áreas costeiras sujeitas a desastres. Mas mesmo sabendo da possibilidade, é impossível se preparar para desastres da magnitude do terremoto japonês. “Mesmo que operadoras de telecomunicações digam o contrário, haveria um grande colapso se o evento fosse em qualquer outro local”, avalia o analista Jack Gold, sócio da consultoria J. Gold Associates.

Mesmo em desastres norte-americanos de tamanhos incomparavelmente menores, como o ataque terrorista às torres gêmeas de 11 de setembro de 2001 ou a devastação da região do Golfo do México pelo furacão Katrina, demorou dias ou até semanas para que fosse restaurado o funcionamento normal das redes de telecomunicações. “Esses eventos fizeram com que as operadoras norte-americanas melhorassem seus planos de recuperação de desastres, com mais estruturas, backups e redundância, mas nada disso seria suficiente para manter a integridade das redes no terremoto que assolou o Japão”, pontua o analista da Gartner, Philip Redman.

Resta às empresas, lançarem mão de soluções alternativas em preparação para desastres. Uma das formas utilizadas no Japão para estabelecer comunicação foi o uso de telefones via satélite. O custo tanto dos aparelhos quanto dos serviços envolvidos são bem altos, tornando a opção viável apenas para empresas de grande porte.

Assim, os rádios surgem como opção, principalmente os bidirecionais que são usados basicamente por policiais, brigadas de incêndio e outros trabalhadores de campo. Gold lembra que esses rádios funcionam ponto a ponto, dispensando torres de sinal, se estiverem a poucos quilômetros de distância.

A dificuldade com os rádios bidirecionais é a necessidade de operar via um espectro sem fio licenciado. Dependendo dos equipamentos e da estrutura necessária, o preço também pode ser um problema. Mas é a única alternativa viável. Mesmo que a organização invista em uma rede privada própria, para o caso de emergências, essas também estão sujeitas aos anos físicos de eventos climáticos ou naturais inesperados.

“O rádio vai ajudar ainda que as redes celulares permaneçam em pé. No caso do furacão Katrina, por exemplo, as redes não caíram, mas ficaram tão sobrecarregadas com chamadas e dados que tornaram-se inviáveis para muitas pessoas e empresas", relembra Gold. O analista critica a opção dos telefones satelitais, graças ao retorno sobre investimento muito baixo. “Mesmo tendo esse aparelho, se ninguém mais o tiver, a comunicação permanece inviável”.

Ainda assim, Redman, do Gartner, diz que as companhias com missão crítica precisam investir em múltiplos canais de comunicação. “Quanto mais crítica é a necessidade, maior é o investimento que deve ser feito, incluindo serviços na terra e de satélite”, diz.

Para indivíduos ou funcionários de pequenas e microempresas, manter contato direto com todos os pares, parceiros e clientes pode ser impossível em um desastre de grandes proporções. Mas um plano de contingência pessoal pode incluir um pequeno rádio a pilha, que custa menos de 50 dólares, para a obtenção de informações via canais públicos. “É o que muitas pessoas já fazem em caso de quedas de energia elétrica em vários lugares do mundo”, observa Gold.


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