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Leia na Fonte: Tele Síntese
[09/09/09]  Para Costa, internet por rede elétrica só daqui a 3 ou 4 anos - por Lúcia Berbert

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse hoje, no programa  “Bom Dia, Ministro”, transmitido pela NBr TV, que o acesso à internet por meio da rede de energia elétrica somente será viável dentro de três a quatro anos, depois de “resolver problemas técnicos” e de o governo criar o marco regulatório da banda larga, atualmente em fase de estudo. Segundo ele, houve um “açodamento decisório” por parte da Anatel, que aprovou regulamentação sobre o uso da tecnologia PLC (Power Line Communications). Ele não citou a resolução da Aneel, aprovada no mês passado, que normatiza o uso da tecnologia pelas distribuidoras de energia.

Costa ressaltou, entretanto, que a massificação da banda larga poderá vir do uso da rede elétrica, porque chega a mais de 90% dos domicílios brasileiros. Mas disse que o uso do PLC na Europa, onde a tecnologia é disseminada, a rede elétrioca é subterrânea e é toda em 220 volts. “Nas linhas aéreas, como é no Brasil, [a tecnologia] causa uma tremenda interferência em todo o sistema de rádio, televisão e até de telefonia”, disse. Ele explicou que o serviço injeta uma potência enorme na linha elétrica, que cruza todas as cidades e até o campo, causando interferência nas transmissões.

Os argumentos usados pelo ministro contra o uso imediato do PLC não encontram apoio nos documentos produzidos pela Anatel, que testou a tecnologia. Segundo técnicos do setor, as interferências observadas no passado foram superadas com o uso de filtros e de equipamentos mais modernos.

Banda larga rural

Hélio Costa ainda previu que a implantação da banda larga rural, usando a frequência de 450 MHz, deverá começar em janeiro de 2010. Até lá, ele está tentando resolver a falta de energia elétrica em algumas localidades, por meio do programa Luiz para Todos, do Ministério de Minas e Energia.

O ministro falou ainda dos avanços na implantação da TV digital, cujo cronograma está adiantado em dois anos, e da adesão do Peru e da Argentina ao padrão escolhido pelo Brasil. “Outras nações também estão avaliando a possibilidade de aderir ao sistema, como Chile, Equador, Venezuela e Cuba. O Brasil está oferecendo parceria para a construção de um modelo de TV Digital comum, que inclui transferência de tecnologia e possibilidade de fortalecimento do parque industrial dos países”, disse Costa.