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Fonte: Convergência Digital
[17/02/14]
Neutralidade entra em PEC que transforma banda larga em direito fundamental
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 479/10) que torna o acesso à
internet em alta velocidade em direito fundamental do cidadão, deputado Amauri
Teixeira (PT-BA), incluiu no texto a garantia de que o serviço seja ofertado com
neutralidade aos usuários. Ou seja, as operadoras não poderiam discriminar dados
por conteúdo, emissor ou destinatário.
A previsão é que o relatório do deputado Amauri Teixeira (PT-BA) seja votado
nesta terça-feira, 18/02, na comissão especial sobre o tema. O deputado
reconhece que a chamada neutralidade de rede é um dos pontos que dificultam a
votação em Plenário do projeto do marco civil da internet (PL 2126/11, do
Executivo).
Teixeira considera, no entanto, que a inclusão desse item na PEC do acesso à
internet aos cidadãos não deve causar a mesma resistência ao texto. "O grande
problema do marco civil é a pressão das operadoras de telefonia sobre
determinados parlamentares”, diz. “Como a PEC é uma norma que não teria
aplicação imediata, acredita que não terá a mesma resistência enfrentada pelo
marco civil”, completa.
Confira a íntegra do relatório de Amauri Teixeira
Ampliação da cobertura
O relator explica que, uma vez garantido na Constituição, o direito à internet
em alta velocidade deverá aumentar a pressão para a ampliação da cobertura, a
melhoria do serviço e a redução dos preços cobrados pela conexão.
Na avaliação do deputado, a mudança constitucional abriria espaço, inclusive,
para a diminuição da carga tributária incidente sobre o setor. "A Carta Magna
diz que, quanto mais essencial o produto ou o serviço, menor a tributação. A
redução dos impostos barateia a banda larga e possibilita um maior acesso.” Em
seu relatório, Amauri Teixeira destaca que os tributos representam hoje 1/3 do
valor pago pelos usuários da internet de banda larga.
A votação da PEC 479/10, do deputado Sebastião Bala Rocha (SDD-AP), está entre
as recomendações da subcomissão que estudou, no âmbito da Comissão de Ciência e
Tecnologia, as ações do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). Se aprovado na
comissão especial, o texto ainda dependerá da aprovação, em dois turnos, pelo
Plenário da Câmara antes de seguir para o Senado.
Fonte: Agência Câmara