WirelessBRASIL

WirelessBrasil  -->  Bloco Tecnologia  -->  Eletronet --> Índice de artigos e notícias --> 2015

Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo


Leia na Fonte: IstoÉ Dinheiro
[15/12/15]  Credores aprovam quitação das obrigações da Eletronet, que pede fim de falência

A Eletrobras informou nesta terça-feira, 15, que uma Assembleia Geral de Credores da Eletronet, da qual a Eletropar é acionista, aprovou a quitação das obrigações da Eletronet, nos termos que foram propostos. Com a aprovação dos credores, a Eletropar pediu a declaração judicial de extinção das obrigações e o encerramento da falência da companhia, com a retomada do exercício normal de suas atividades e produção dos demais efeitos pertinentes.

Em novembro, o conselho de administração da Eletrobras havia aprovado a assinatura de um memorando de entendimentos para viabilizar o levantamento de falência da Eletronet. O documento foi celebrado entre a Eletropar, controlada da Eletrobras e controladora da Eletronet, com os credores LT Bandeirante, Furukawa Industrial e Alcacent-Lucent, o que extinguiu as obrigações da Eletronet com esses credores.

A Eletronet é uma empresa criada pelo governo federal em 1999 para administrar a rede de fibras ópticas das subsidiárias da Eletrobras. Pouco depois de criada, o governo federal leiloou 51% das ações ao grupo AES. Os 49% ficam com as subsidiárias elétricas, reunidas na atual Eletropar, que à época se chamava Lightpar. Em 2002, a Eletropar assumiu o controle da Eletronet, por falta de cumprimento do plano de investimentos pela AES.

Em 2003, por conta do alto endividamento da companhia, a Eletropar pediu a autofalência da Eletronet. A AES decide sair da companhia em 2004, e vendeu sua participação integral à Contem Canada, que, em 2006, acabou vendendo metade de sua participação (cerca de 25%) à offshore Star Overseas, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, pertencente ao empresário Nelson do Santos, por R$ 1.

Em 2010, foi revelado que o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula José Dirceu recebeu R$ 620 mil por uma consultoria para a Star Overseas, que pretendia vender a rede de fibras ópticas da Eletronet por R$ 200 milhões. Mas o governo barrou o negócio, pois pretendia usar essa rede para reativar a Telebras. A Eletronet possuía cerca de 16 mil quilômetros de fibras.