Presidente Lula deve assinar em setembro decreto que substitui sistema 
	analógico pelo digital 
	 
	O Brasil é o segundo maior mercado de emissoras de 
	rádio do mundo – são aproximadamente 3668 rádios comerciais registradas, sem 
	contabilizar as emissoras comunitárias. Esse mercado deve passar por 
	profundas transformações nos próximos dois anos com a transição do sistema 
	analógico para o digital. Segundo fontes do mercado, o governo federal deve 
	antecipar sua decisão sobre o padrão de rádio que será adotado no país. O 
	anúncio deve ser feito nos próximos dias e a novidade é que, ao contrário do 
	que se imaginava, a escolha não será por apenas um dos sistemas (americano 
	IBOC – da Ibiquity – ou o europeu DRM), mas sim pela composição dos dois em 
	um sistema híbrido: o IBOC com FM e AM e o DRM com ondas curtas. 
	O Conselho Consultivo da Rádio Digital, criado em março deste ano, reúne-se 
	nas primeiras semanas do mês de agosto. Neste encontro deve finalizar o 
	projeto sobre o Sistema Brasileiro de Rádio Digital, o texto segue para 
	análise do Palácio do Planalto. O sistema híbrido criado a partir da 
	combinação entre o IBOC e o DRM será instituído através de um decreto do 
	presidente Luiz Inácio Lula da Silva baseado no texto encaminhado pelo 
	Ministério das Comunicações. A fórmula encontrada pelo governo atende às 
	reivindicações dos radiodifusores, mantendo a possibilidade de exploração de 
	ondas curtas - o setor sempre manifestou preferência pelo IBOC por servir 
	tanto para FM quanto para AM, mantendo as mesmas freqüências e bandas das 
	atuais rádios analógicas. 
	O veículo que faz parte do cotidiano dos brasileiros e que sempre exerceu 
	papel importante na formação de opinião agora chegará aos seus ouvintes com 
	um som semelhante ao de um CD. Este deve ser o grande trunfo dos 
	proprietários de emissoras rádios para convencer a população a comprar os 
	receptores digitais. 
	A implantação do rádio digital deve trazer impactos também para os mercado 
	publicitário, pois a multiprogramação representará novas possibilidades de 
	exploração do mercado de forma segmentada, além da necessidade de divulgação 
	pela indústria dos lançamentos de equipamentos retransmissores. Os 
	radiodifusores terão que modernizar suas estruturas de transmissão e 
	irradiação. Essa mudança do analógico para o digital vai exigir investimento 
	médio de US$ 120 mil a US$ 150 mil por emissora para compra de transmissores 
	e sistemas irradiantes digitais. Os recursos para esses investimentos viriam 
	de modalidades financiamento que já estão sendo viabilizadas para 
	implantação da TV Digital, que são recursos disponibilizados para os 
	radiodifusores pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
	(BNDES), além de outras modalidades que estão sendo discutidas pelo governo.
	
	 
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