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[27/06/13]  Conselho define rádios que participarão dos novos testes do rádio digital

O Conselho Consultivo do Rádio Digital (CCRD) realizou na terça-feira mais uma reunião para decidir o cronograma dos novos testes para a escolha do padrão para a digitalização do rádio no Brasil. A reunião contou com membros do conselho e representantes dos padrões DRM (europeu) e HD Radio (norte-americano). No encontro também foram definidas as emissoras que irão participar dos testes e o prazo para a análise.

De acordo com o engenheiro Eduardo Cappia (membro do CCRD e do Comitê Técnico da Aesp), os testes serão realizados entre setembro deste ano e janeiro de 2014, com variações admitidas entre datas pelas inerentes características técnicas e operacionais envolvidas em cada situação a ser testada e seus equipamentos. “Os sistemas serão testados em emissoras de FM em alta potência, Radiodifusão Comunitária (RADCOM), Onda Média, e possivelmente também em Ondas Curtas”, ressaltou Cappia

As emissoras FM definidas para o teste de alta potência são a USP FM 93.7 e a Cultura FM 103.3, ambas de São Paulo. “A escolha das estações, além de atender critérios técnicos, visa avaliar os dois sistemas em São Paulo, onde a ocupação espectral é sabidamente a mais congestionada e deseja-se comprovar a sua operacionalidade na fase simulcast (simultânea entre analógica e digital), visto os sistemas utilizarem bandas laterais para a transmissão digital”, informou o representante do CCRD.

Já as rádios de Onda Média, que foram realizados entre 2008 e 2012, demonstraram as maiores deficiências em resultados principalmente pela alta incidência de ruído elétrico nas cidades teste, optou-se por elencar duas estações em regiões de condutividade elétrica mais homogênea possível e ruído elétrico industrial e urbano mais baixo, adotando-se a Rádio Nacional AM 980 de Brasília e a Rádio Brasil AM 690 de Santa Bárbara D´Oeste, no interior de São Paulo.

Os testes em RadCom deverão ser no estado do Rio de Janeiro, porém, ainda é aguardada a confirmação das emissoras. “Também neste cenário de confirmação aguarda-se a possibilidade de testes em Onda Curta utilizando-se o parque de transmissão em Brasília da EBC”, explicou Eduardo Cappia.

A Câmara Técnica que integra o Conselho Consultivo do Rádio Digital discutirá também os detalhes de uma estação Laboratório a ser plotada em Brasília com aplicação e alternância dos mais variados parâmetros, desde relação de aplicação de potência entre analógico e digital até os variados modos de transmissão de dados e aplicações. As contribuições da Câmara são levadas ao CCRD, que dirigido pelo Dr. Octávio Penna Pieranti, analisa em reunião plenária, como a da última terça feira, para a discussão, rejeição e adoção de proposições.

Eduardo Cappia detalhou também os trabalhos da Câmara Técnica. “É importante ressaltar que em razão de custos e prazos envolvidos optar-se-á preferencialmente por testar os dois sistemas digitais (HD e DRM) em uma única estação em cada banda. O destaque que se dá a este árduo trabalho desenvolvido pela Câmara Técnica e seu grupo de especialistas que a integram, habilmente coordenados pelo Prof. Dr. Flávio Lima do Ministério das Comunicações, é para a ampla e transparente discussão nas reuniões quinzenais fixando e adotando procedimentos fundamentados nos documentos fornecidos pelos Sistemas de Radio Digital, amparados no balizamento internacional dos registros e recomendações da ITU – União Internacional de Telecomunicações, que sediada em Genebra, Suiça, coordena e acolhe as discussões mundiais sobre o temário”, enfatizou.

Ainda foram destacados nas avaliações o inevitável impacto espectral, nas bandas tradicionais de radiodifusão, como previsto pelo estudo feito pela Agencia Nacional de Telecomunicações (Anatel) pela utilização das bandas laterais aos canais analógicos para a transmissão digital, e sua relação de potência digital que será avaliada em 10% da potência analógica, contra os anteriores 1% na maioria dos testes já feitos. “Levamos em consideração que o Sistema do Rádio Digital com os novos testes, aprimoramento e tratamento isonômico dado aos sistemas que disputam a adoção do padrão digital, ainda poderá dar uma contribuição favorável importante à radiodifusão brasileira”, explicou Cappia.