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Fonte: IDG Now!
[26/07/06]
[Diebolb Procomp] Empresa brasileira exporta know-how em eleições eletrônicas
- por Daniela Moreira
São Paulo - Depois de fornecer mais de 380 mil urnas eletrônicas ao TSE, Diebolb
Procomp desenvolve modelo para exportação.
Embalada pela reputação de inovação e eficiência das eleições eletrônicas
brasileiras, a fornecedora desenvolveu um projeto próprio de urna eletrônica -
já que os equipamentos produzidos para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) são
protegidos por patente - e já está em fase avançada de negociações com três
países da América Latina e um da África, além de ter iniciado conversas com
outro país da Europa para fornecer o equipamento, que terá um custo médio de mil
dólares.
Sua empresa-mãe, a norte-americana Diebold (que adquiriu 100% das ações da
Procomp em 1999), é focada em soluções para auto-atendimento e em eleições
eletrônicas, porém a Procomp desenvolveu o modelo que vai levar ao mercado
internacional no Brasil.
“A urna vendida nos Estados Unidos é mais cara, porque atende a necessidades
locais. A tela, por exemplo, é maior, porque os eleitores têm que responder a
uma série de perguntas no momento da votação. Criamos um modelo mais adequado
aos mercados que queremos atingir”, justifica João Abud Júnior, presidente da
Diebold Procomp.
A urna para exportação também trará diferenças em
relação ao modelo fornecido ao TSE, que tem um custo médio de 800 dólares. Uma
das principais diferenças é a tela, que, no modelo voltado ao mercado externo, é
colorida e maior.
[Tabela
Urna]
O projeto da companhia é exportar em média 20 mil urnas ao ano, a partir de
2007, o que deve gerar uma receita anual de 20 milhões de dólares. O modelo de
atuação está baseado em parcerias com integradores nos países onde os
equipamentos serão fornecidos, que serão responsáveis pelos sistemas de
retaguarda. “A urna é nada mais que uma ponta inteligente do processo, que vai
desde a coleta dos dados até a apuração”, argumenta o executivo.
Apesar de ter fornecido ao governo mais de 380 mil das 432 mil urnas que serão
utilizadas nas eleições de 2006 (a empresa dividiu o fornecimento dos
equipamentos com a Unisys, que venceu as licitações em 1996 e 2000), a Procomp
tem como principal foco de atuação a produção de sistemas de automação bancária
(ATMs), que respondem por cerca de 85% da sua receita - estimada em 1 bilhão de
reais, em 2005.
“Em anos de fortes compras do governo, como 2000, quando foram adquiridas 180
mil urnas, este negócio chegou representar 20% da nossa receita. Neste ano, por
exemplo, o governo adquiriu apenas 25 mil urnas, mantendo apenas um crescimento
vegetativo, portanto as urnas representarão apenas 5% do faturamento”, explica
Abud.
O edital mais magro deste ano, contudo, deve ser compensado por uma licitação
mais ampla nas próximas eleições, daqui a dois anos, na opinião do executivo.
“As primeiras urnas, de 1996 e 1998, já estarãselo_pequeno_02_saída_88x66o
completando mais de dez anos, portanto é provável que haja um processo de
troca”, justifica.