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Leia na Fonte: WirelessBRASIL - Origem: Estado de Minas
[12/09/06]  Voto paralelo testa sistema

Para avaliar a segurança da urna eletrônico, o TRE organiza votação com cédulas de papel. Da operação participam partidos e a sociedade civil
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) realizará no dia 1º de outubro uma votação paralela ao pleito oficial para comprovar a segurança e a eficácia do método das urnas eletrônicas. O procedimento foi explicado em reunião ontem entre a comissão responsável no TRE pela iniciativa, representantes dos partidos políticos, entidades da sociedade civil e do Ministério Público. Realizado desde 2002, o sistema faz uma auditoria por amostragem da votação eletrônica.

Serão sorteadas no dia 30 de setembro quatro urnas eletrônicas, uma de Belo Horizonte e três do interior, que serão fiscalizadas no dia do pleito. Os equipamentos serão retirados das seções e ficarão sob a guarda da Polícia Militar. Para os locais de votação oficial serão encaminhadas urnas que fazem parte da reserva do estoque do TRE. Não poderá ser sorteada mais de uma seção por zona eleitoral. As quatro urnas servirão para uma votação sem efeito oficial, que será filmada e acompanhada por auditores e fiscais de partidos ou coligações e entidades que se credenciarem.

O juiz Fernando Botelho, presidente da Comissão do TRE responsável pela organização do processo, explicou as etapas. Atendendo às resoluções 22.154/06, do Tribunal Superior Eleitoral, e 699/06, do TRE-MG, vão ser distribuídas até duas mil cédulas de votação. Estas cédulas serão preenchidas preferencialmente pelos representantes dos partidos. Os votos de papel serão guardados em quatro urnas de lona, lacradas dia 30 de setembro. No dia 1º de outubro, as urnas serão levadas ao TRE, onde ocorrerá a transferência dos votos escritos para o sistema eletrônico.

Os dados das cédulas de papel serão digitados em computadores (um para cada urna) e depois computados nas urnas eletrônicas. Ao final, a auditoria vai comparar os impressos do boletim da urna eletrônica com o relatório dos computadores. De acordo com o juiz Fernando Botelho, a auditoria é uma das etapas de avaliação do sistema operacional da votação eletrônica. “Há também a fase de fiscalização da formatação do sistema, no âmbito do TSE, e ainda a dos registros (inseminação) dos programas em cada urna eletrônica nas zonas eleitorais, a que chamamos de carga, aberta aos interessados”, diz ele.

CADASTRAMENTO Todo o procedimento será filmado por quatro câmeras e a ata produzida, depois de encerrada a votação, encaminhada ao presidente da Comissão Apuradora. Os partidos e entidades têm até o dia 15 de setembro para realizar o cadastramento e receber as cédulas de papel, se quiserem participar da votação paralela. Até ontem, PTB, PT e PDT estavam inscritos e PSDB e PFL avisaram que também pretendem fazer o credenciamento. O Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal em Minas Gerais, a Federação das Indústrias de Minas Gerais e a Câmara de Dirigentes Lojistas também estão cadastrados.