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Fonte: G1
[02/05/14]
Voto com biometria em 15 capitais será teste para Rio e SP, avalia TSE - por
Mariana Oliveira
Maiores colégios eleitorais, Rio e SP só terão 100% de biometria em 2018.
Este ano, 22 milhões votarão com biometria em 800 cidades, estima TSE.
A identificação do eleitor por meio da biometria nas eleições de outubro será
realizada em quase 800 municípios do país, entre eles 15 capitais. Segundo o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o resultado da votação com biometria nas
capitais servirá como "experiência" para a implantação da medida nos maiores
colégios eleitorais do país: as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A biometria é o método eletrônico pelo qual o eleitor é identificado por meio da
digital – o objetivo é evitar fraudes e aumentar a segurança do processo
eleitoral.
Juntos, os municípios de São Paulo e Rio de Janeiro têm mais de 13 milhões de
eleitores, quase 10% do total nacional, e serão os últimos a ter o
recadastramento concluído. A estimativa é que as cidades só tenham voto com
biometria em 2018.
"São Paulo não vamos tratar de imediato. Precisamos adquirir 'know-how',
experiência, para o recadastramento do maior colégio eleitoral. Estamos em dia
com o cronograma, que vai até 2018. A cada eleição, fazemos uma avaliação sobre
o processo e avaliamos o que melhorar. [...] As últimas cidades serão Rio e São
Paulo", explicou Cristiano Moreira Andrade, coordenador de Infraestrutura da
Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.
Este ano, pouco mais de 15% do eleitorado brasileiro – 22 milhões dos cerca de
140 milhões de eleitores registrados – será reconhecido pela biometria na hora
do voto, segundo o TSE.
Até o momento, 18,9 milhões de eleitores estão cadastrados no sistema
biométrico, e a expectativa é que mais 3,1 milhões entrem no cadastro de
eleitores (jovens de até 18 anos) ou regularizem a situação eleitoral até o
prazo máximo, que é 7 de maio próximo – quem perdeu o prazo para o
recadastramento ainda pode se dirigir a um cartório eleitoral para não ter o
título cancelado.
O cadastramento começou em 2008 como um projeto-piloto, em apenas três
municípios. Em 2010, a biometria foi ampliada para 60 cidades. Em 2012, a
votação com identificação biométrica ocorreu em 300 localidades e, este ano,
serão quase 800 municípios de todos os estados e do Distrito Federal.
Segundo o coordenador de Tecnologia da Informação do TSE, para cumprir a meta de
100% do eleitorado até 2018, ou seja, cadastrar 85% dos eleitores em mais quatro
anos, serão necessários "passos maiores" da Justiça Eleitoral. Pelo cronograma,
nos próximos dois anos, 100 milhões de eleitores serão recadastrados, o
equivalente a 70% do total.
Andrade frisou que a previsão de conclusão da biometria pode ser adiada a
depender do resultado do cadastramento até 2016. "Os próximos passos serão bem
grandes. À medida que vamos ganhando experiência, vamos conseguindo dar passos
maiores sem ter erros", destacou.
Segurança na votação
O recadastramento biométrico busca dar mais segurança na identificação do
eleitor, para evitar que uma pessoa se passe por outra na hora de votar. Além
disso, pretende fazer uma revisão do eleitorado, para excluir do cadastro
pessoas que já morreram, por exemplo.
Entre 2012 e 2014, 14 milhões de eleitores foram convocados para o
recadastramento biométrico. Desses, 11 milhões compareceram a unidades da
Justiça Eleitoral. Os 20% que não compareceram podem ter o título cancelado caso
não se dirijam aos cartórios eleitorais até a próxima quarta-feira (7).
De acordo com o coordenador do TSE, as cidades que já passaram por biometria
foram selecionadas em um primeiro momento porque apresentaram, nas últimas
eleições, índice de abstenções muito elevado e total de eleitores próximo do
total de habitantes.
"O recadastramento biométrico funciona como uma auditoria, para o eleitor
comprovar que está vivo e que continua residindo naquele município. Após a
convocação, o não comparecimento das pessoas que faleceram ou se mudaram leva a
uma atualização do cadastro nacional. Quem não se apresenta tem o título
cancelado", afirmou Andrade.
Para ele, a biometria traz mais segurança para a identificação do eleitor, mas
pode resultar em um processo mais demorado da votação em algumas sessões. "Os
idosos, por exemplo, têm falta de traquejo para lidar com urna eletrônica. Em
alguns casos, em sessões com mais idosos, a votação pode demorar um pouco mais."