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Fonte: G1
[07/01/15]
Auditoria da eleição fica sob sigilo até PSDB concluir trabalho, diz advogado
- por Renan Ramalho
Em 2014, TSE liberou para PSDB arquivos gerados na eleição presidencial.
Segundo defesa, especialista americano pode participar de análise.
Representantes do PSDB assinaram nesta quarta-feira (7) no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) um termo de compromisso pelo qual o partido não deverá divulgar
informações sobre a auditoria que irá fazer do sistema eletrônico de votação até
a apresentação de um relatório final ao próprio tribunal. Segundo informou o
advogado do PSDB Flávio Henrique Pereira, o documento também prevê a
apresentação de um plano de trabalho para detalhar a verificação.
Em novembro do ano passado, o TSE decidiu liberar para o PSDB programas
eletrônicos e arquivos gerados na votação eletrônica, incluindo dados das urnas
e do sistema de transmissão das informações. Inicialmente, o partido havia
pedido uma verificação oficial, com participação do tribunal e de todos os
partidos políticos, o que foi negado pelo TSE.
Nesta quarta, assessoria de imprensa do TSE informou que o tribunal está
cumprindo a decisão que liberou os dados, mas não deu mais detalhes sobre o
fornecimento.
A expectativa do PSDB, segundo o advogado Flávio Henrique, é que os dados, todos
em formato digital, sejam disponibilizados na semana que vem. A partir daí, o
partido calcula que poderá terminar a auditoria em até 60 dias com uma equipe de
cerca de 10 pessoas, entre técnicos em informática e juristas especializados em
legislação eleitoral.
Ainda segundo o advogado, um dos técnicos convidados é o americano Alex
Halderman, professor de ciências da computação da Universidade de Michigan, nos
Estados Unidos.
Especialista em segurança e privacidade na área de tecnologia, ele é autor de
uma dezena de estudos sobre votação eletrônica e participou, em 2010, de uma
auditoria no sistema da Índia, usado por mais de meio bilhão de eleitores.
“Estamos muito próximos de fechar o contrato com ele”, disse Flávio Henrique.
Questionado sobre o que espera da auditoria, o advogado disse ser difícil
antecipar qualquer conclusão antes da análise dos dados. Segundo ele, um
eventual questionamento do resultado das eleições, que deu uma vitória apertada
a Dilma Rousseff (PT) sobre Aécio Neves (PSDB), “juridicamente nem é possível
mais”.
“Evidentemente que se aparecer algo grave, vamos verificar o que fazer. Se
alguma ilegalidade ficar aparente, soluções institucionais sempre há, mas
precisamos do fato concreto para saber o que fazer”, afirmou.