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Fonte: UOL
[11/10/15]
Auditoria do PSDB conclui que não houve fraude na eleição
Quase um ano depois de o PSDB pedir autorização ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) para promover uma auditoria sobre o resultado da eleição presidencial de
2014, o partido concluiu na semana passada que não houve fraude no processo.
Um documento elaborado pelo departamento jurídico da sigla deve ser apresentado
ao TSE nesta semana, provavelmente na quarta-feira, dizendo que o relatório das
urnas não é "conclusivo" em relação a fraudes, mas que o sistema de voto
eletrônico "não permite a plena auditagem".
Segundo o relato de tucanos que tiveram acesso ao documento, o PSDB vai sugerir
que o tribunal faça uma série de alterações no sistema de votação, como adoção
do voto impresso, unificação do horário da eleição em todo território nacional e
aperfeiçoamento do sistema de voto paralelo, adaptando-se ao voto biométrico. Os
tucanos pedirão que o TSE faça um "teste de penetração", procedimento que
consiste em forjar um ataque de hacker a uma urna em condições normais de uso.
A decisão de promover uma auditoria das urnas foi tomada apenas quatro dias
depois do 2º turno das eleições presidenciais do ano passado e foi o primeiro
movimento do PSDB de contestação ao resultado do pleito. Em dezembro, o partido
abriu outra frente ao protocolar no TSE um pedido de cassação do registro da
candidatura de Dilma Rousseff e Michel Temer com alegação de que eles teriam
praticado abuso do poder político e econômico na campanha eleitoral.
Com o acirramento da crise política, o julgamento pelo Tribunal de Contas da
União (TCU) das contas do governo e no TSE da ação aberta pelo PSDB, o pedido de
auditoria se tornou, nas palavras de um tucano, "obsoleto".
A avaliação majoritária do partido é de que a iniciativa acabou se tornando um
problema porque reforçaria o discurso governista de que a oposição quer ganhar a
eleição no tapetão.
Procurado pela reportagem, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse
que não poderia falar sobre a auditoria, pois ela está em sigilo, mas elogiou o
tribunal. "O presidente do TSE agiu com correção durante todo o processo e o
PSDB reconhece que só foi possível fazer o trabalho de auditoria pela
contribuição do presidente daquela Corte."
A assessoria do TSE afirmou que "até o presente momento" não foi protocolado
pelo interessado (o PSDB) qualquer manifestação nos autos do processo. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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A presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita em 26 de outubro de 2014, com uma
vantagem de pouco mais de 3,4 milhões de votos sobre o seu adversário, o senador
Aécio Neves (PSDB). Apesar da disputa acirrada, Dilma conseguiu superar o rival
tucano em todos os municípios de seis Estados brasileiros