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Leia na Fonte: FUE - Fraude Urnas
Eletrônicas
[31/08/06]
Urnas Eletrônicas - Nota de esclarecimento da Microbase
Texto divulgadoo pela FUE em 11/02/09
Transcrevemos abaixo Nota de Esclarecimento pública
(link original), entregue diretamente ao TSE no dia 04 set 2006, lida e
adicionada à ata da Cerimônia de Lacração das Urnas Eletrônicas referente às
Eleições Gerais 2006.
Protesto Conforme Frederico Gregorio Octaviano du Pin Galvão Neto, Sócio-Gerente
da Microbase Tecnologia, Serviços e Comércio Ltda., o documento não possuía
caráter político, no que se refere a uma eventual crítica ao governo.
Tratava-se, apenas e tão somente, de uma manifestação política no sentido de
protestar contra atitudes do TSE que, na opinião dos sócios da empresa como
participantes do processo que deu origem às Urnas Eletrônicas, não vinha até
então agindo como devido e esperado, na defesa dos reais e mais altos interesses
da nação.
Em 31 de agosto, a Microbase Tecnologia, Serviços e Comércio Ltda. ,
empresa responsável pelo fornecimento do sistema operacional VirtuOS, utilizado
nas urnas eletrônicas brasileiras divulgou a seguinte nota de esclarecimento:
CONSIDERANDO:
1. Sermos fornecedores do Sistema VirtuOS, sistema operacional que equipa grande
parte das Urnas Eletrônicas utilizadas para a realização das Eleições Oficiais
no Brasil;
2. A convocação que recebemos para, mais uma vez, comparecermos à Cerimônia de
Assinatura Digital e de Lacração dos Sistemas para as Eleições Oficiais, desta
vez para as de 2006;
3. O que é amplamente divulgado, comentado e publicado sobre o nosso reiterado
não comparecimento a este evento nos últimos anos;
4. Que tem sido reiterado o nosso posicionamento oficial e por escrito, nos
colocando a inteira disposição do TSE para acertarmos os detalhes e implicações
da abertura de nossos Programas-fonte no devido processo de auditoria,
entretanto, não merecemos, de quem de direito, até a presente data, a necessária
atenção e providências; e ainda
TENDO EM VISTA:
5. Que a legislação em vigor que exige a auditoria de todos os programas-fonte
do Sistema de Eleições Eletrônicas nunca foi adequada e rigorosamente obedecida
pelo TSE, de modo a dar a necessária e devida credibilidade ao processo de
Assinatura Digital e de Lacração dos Sistemas para as Eleições Oficiais;
6. Que denúncias de fraudes eleitorais estão sendo comprovadas de modo
irrefutável, denúncias que, de algum modo, podem vir a nos envolver como
fornecedores de uma peça importante do "software" utilizado nas Urnas
Eletrônicas;
7. Que o descompromisso do TSE na condução de certos aspectos importantes que
envolvem as Eleições Eletrônicas resultou, inclusive, em nossa denunciação à
lide, numa ação judicial milionária de ressarcimento pela eventual apropriação
indébita de "propriedade intelectual" do Sistema de Votação Eletrônica, do qual
participamos apenas como fornecedores do Sistema Operacional e como mão de obra
subcontratada para a prestação de serviços sob encomenda,
8. Que é de absoluto conhecimento geral que o Sistema de Eleições Eletrônicas é,
como sempre foi, inteiramente concebido e definido pelo TSE, e pelo qual ele
deveria se responsabilizar integralmente, tanto na esfera civil quanto na
criminal, visto que, a cada dois anos, ele os encomenda sob sua rígida
especificação aos licitantes vencedores dos Editais Licitatórios; e de que,
finalmente
9. Apesar de ter amplo conhecimento desta ação, e mesmo tendo sido solicitado a
fazê-lo, o TSE não interveio judicialmente, como poderia e deveria tê-lo feito
para que se estabelecesse a verdade, deixando seus fornecedor e sub-fornecedor
abandonados à sua própria sorte;
DECIDIMOS ESCLARECER A OPINIÃO PÚBLICA, DE UMA VEZ POR TODAS, QUE:
a) Somos a favor de que todo o software utilizado nas Urnas Eletrônicas das
Eleições Oficiais do Brasil seja alvo da devida auditoria, realizada por uma
equipe capacitada, de entidade privada, independente e insuspeita, especialmente
contratada pelo Poder Público para tão importante tarefa, não durante um período
de cinco dias úteis, o que a inviabiliza totalmente, mas durante meses de
trabalho analítico, profundo e criterioso, como assim o demandam a transparência
e o espírito democrático que deveriam nortear este processo;
b) Entendemos que os custos envolvidos nesta tarefa de auditoria serão
absolutamente desprezíveis, não só diante dos custos totais para a realização de
uma única Eleição a cada dois anos, mas principalmente, diante de sua
importância para a absoluta garantia da democracia em nosso país;
c) Protestamos contra o fato de que, pelo menos o nosso Sistema Operacional
VirtuOS não esteja sendo auditado no nível dos Programas-fonte pois, dado que
qualquer tentativa de fraude intentada contra as Eleições Oficiais poderia, sim,
ser perpetrada neste nível do "software", tenhamos que correr o risco agora de
nos envolvermos, mesmo que injusta e indevidamente, em um escândalo de fraudes,
o que nos seria altamente prejudicial;
d) Protestamos, ainda, que o TSE não assuma publicamente e de forma irrefutável
e definitiva, na esfera civil e judicial, que é integral, legítimo e o único
proprietário intelectual do Sistema de Votação Eletrônica Brasileiro evitando,
deste modo, que ações "caça níqueis" sejam acolhidas pelo Poder Judiciário e
impedindo que seus fornecedores e sub-fornecedores sejam prejudicados por sua
inação.
e) Que dentro do mais alto espírito democrático, mas sem perder de vista os
nossos interesses empresariais, é claro, há anos estamos dando ciência desta
posição ao TSE, nos oferecendo para encontrar um ponto de consenso que viabilize
a condição necessária e suficiente para que seja executada uma auditoria em
nosso sistema, como inequivocamente comprovam os documentos que possuímos.
Finalizando, lamentamos profundamente que um assunto desta responsabilidade e
magnitude venha sendo tratado com o descaso reiterado que verificamos e,
principalmente, que a opinião pública brasileira esteja sendo iludida, sendo
levada ao erro de julgar que as Eleições Oficiais brasileiras esteja a salvo de
fraudes o que, evidentemente, não resiste a uma análise técnica minimamente
criteriosa e séria.
São Paulo, 31 de agosto de 2006
Frederico Gregorio Octaviano du Pin Galvão Neto
Sócio-Gerente
Microbase Tecnologia, Serviços e Comércio Ltda.