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Fonte: IDG Now!
[06/11/06] Eleições
EUA: urnas eletrônicas ainda preocupam especialistas
Redação do Computerworld
São Paulo - A um dia da realização das eleições legislativas, especialistas
norte-americanos ainda apontam falhas nas urnas eletrônicas.
Os Estados Unidos se preparam para realizar as eleições legislativas nesta
terça-feira (07/11) em meio a polêmicas sobre o uso de urnas eletrônicas.
Segundo críticos, os equipamentos que devem ser utilizados permanecem
vulneráveis a ataques e contabilização incorreta dos votos.
Nos testes conduzidos por especialistas em segurança da computação, ficou
comprovado que existe a possibilidade de hackers violarem as urnas eletrônicas e
alterarem os resultados. Além disso, ainda neste ano durante as eleições
primárias, não foram poucos os relatos de problemas técnicos registrados nas
urnas eletrônicas.
“De maneira geral, posso dizer que as coisas não melhoraram em nada” desde as
eleições de 2004, apontou Eugene Spafford, diretor executivo da universidade
Purdue Center for Education and Research e presidente do comitê de políticas da
Associação dos Equipamentos de Computação (ACM, na sigla em inglês). “Existe uma
preocupação significativa sobre os potenciais para erro”, apontou.
Neste ano, outro membro da ACM, Ed Felten, professor de ciências da computação e
relações públicas da universidade de Princeton, divulgou resultados de vários
experimentos em urnas eletrônicas vendidas pela Diebold Election Systems e
outros fabricantes. Em um desses testes, a equipe de Felten provou que
utilizando cartões magnéticos utilizados como chaves de hotel era possível abrir
as portas do painel que dão acesso aos cartões de memória onde são
contabilizados os votos.
Em outra experiência, conduzida pelo órgão Brennan Center for Justice em julho,
foram encontradas 120 ameaças de segurança incluindo falhas na instalação de
software para detecção de intrusões. “Hoje, o estado da votação eletrônica ainda
não é bom”, aponta David Wagner, cientista da computação na universidade de
Berkeley, na Califórnia. “Com essa tecnologia, não podemos ter certeza de que
nossas eleições não serão corrompidas”, complementa.
A melhor forma de checar duplamente se as máquinas estão contabilizando
corretamente os votos seria mesmo uma auditoria manual, segundo o executivo.
Apenas 13 Estados, no entanto, conduzem tal processo. Na avaliação de Doug
Jones, professor de Ciências da Computação na Universidade de Iowa, os condados
e municípios não têm experiência suficiente na parte gerencial. Por exemplo,
Estados e condados contam com documentos de segurança inadequados escritos por
fabricantes de urnas eletrônicas.
Nesta terça-feira, mais de 90 milhões de norte-americanos deverão votar nas
eleições legislativas. Do total de urnas, cerca de dois terços apresentam
modelos de escaneamento óptico – em que os eleitores preenchem uma cédula de
papel que posteriormente é escaneada – ou computadores com telas sensíveis ao
toque. Na prática, cerca de 80% dos eleitores no país devem utilizar urnas
eletrônicas, frente a 68% em 2004.
Os eleitores decidirão quem deverá ocupar os 435 assentos da Câmara dos
Representantes e as 33 das 100 cadeiras do Senado. Pesquisas apontam que os
democratas devem conquistar ao menos 15 cadeiras na Câmara.