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Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/05/12]
Procuradoria da República mantém veto ao voto impresso
A revogação do dispositivo que determina a impressão do voto nas eleições foi
discutida em audiência pública, nesta terça-feira, 8 de maio, na Câmara dos
Deputados. De acordo com o artigo 5º da Lei 12.034/2009, o voto impresso será
utilizado a partir das eleições de 2014. Atualmente, esse artigo está suspenso
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República
em ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4543), impetrada em outubro do ano
passado.
Até que o mérito da ação seja julgado pelo STF, o voto impresso continuará
suspenso. No entanto, a comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal
analisa o projeto de lei nº 2.789 de 2011, de autoria do Senado, que revoga o
artigo da Lei 12.034/09 que trata do voto impresso. A proposta já tramitou no
Senado.
Pela Lei 12.034/09, o voto impresso serviria como confirmação de voto para o
eleitor. Para a PGR, no entanto, o dispositivo compromete o sigilo e a
inviolabilidade do voto. “No meu entender, essa circunstância fere o sigilo de
voto, que é garantida pela Constituição a cada eleitor”, afirmou, durante a
audiência pública, a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, também
responsável pela ADI 4543.
Segundo a vice-procuradora-geral eleitoral dois problemas no procedimento de
voto impresso são preocupantes: se houver falha na impressão, os votos ficam
expostos a quem fizer a manutenção e a possibilidade de coação do eleitor. Além
disso, caso o voto impresso seja introduzido, a Justiça Eleitoral precisaria de
R$ 1 bilhão a mais para realizar as eleições.