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Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/09/12]
TSE recua e muda algoritmo de segurança da urna eletrônica - por Luís
Osvaldo Grossmann
Depois de minimizar o feito da equipe da Universidade de Brasília que indicou
ter quebrado o sigilo da urna eletrônica – em teste promovido em março – o
Tribunal Superior Eleitoral divulgou, na última semana, a alteração no algoritmo
de segurança que promete embaralhar o registro dos votos, impossibilitando a
identificação dos eleitores.
Em umvídeo do próprio TSE, o secretario de TI do tribunal, Giuseppe Janino,
afirma que o novo algoritmo passou por outros testes de segurança e já foi
incorporado às urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais
deste ano.
“Se identificou que o embaralhamento do registro digital do voto precisava de um
algoritmo mais forte. Isso foi feito, se desenvolveu imediatamente após essa
identificação e após o desenvolvimento desse novo algoritmo submetemos essa nova
solução aos padrões do NIST, que é o instituto de padronização de TI americano e
a um teste específico de aleatoriedade da informação”, explicou.
Em março, o Convergência Digital revelou que a equipe liderada pelo professor
Diego Freitas Aranha, da Faculdade de Ciências da Computação da UnB, quebrou o
sistema de embaralhamento do Registro Digital do Voto (RDV), identificando quem
recebeu os votos de uma eleição simulada.
A oportunidade de investigar potenciais fragilidades da urna eletrônica foi
promovida pelo TSE, na qual cerca de 20 equipes de especialistas em computação,
de todo o país, executaram tentativas de burlar os sistemas de segurança do
equipamento.
Apesar de a equipe da UnB ter demonstrado que era possível recuperar a ordem de
quem votou – e, portanto, ameaçar uma das principais garantias constitucionais,
o segredo do voto – na época o tribunal eleitoral tratou a experiência como um
feito menor.
“Não há quebra do sigilo. O que se fez foi simplesmente ordenar os votos, o que
não permite uma relação direta com os eleitores, a não ser que se ficasse o dia
inteiro cuidando a fila de votação”, sustentou, logo após aqueles testes, o
secretário de TI do TSE.