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Fonte: Tele.Síntese
[24/11/09]  Banda 
Larga: Lula quer solução para fibras da Eletronet e custos para prover acesso 
- por Lúcia Berbert   
A impossibilidade de incluir os mais de 16 mil km de fibras ópticas da falida 
Eletronet  à uma rede pública para levar a conexão à internet aos brasileiros de 
menor renda irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a 
apresentação da proposta do Plano Nacional de Banda Larga, ontem.  Ele 
determinou ao advogado-geral da União, Luís Adams, que encontre uma solução para 
a Justiça cumprir a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que, por 
unanimidade, confirmou o direito de controle de toda a fibra óptica não 
utilizada e que estava sob a gestão da massa falida ao governo. Esta decisão 
saiu em setembro, mas ainda não há previsão de quando será cumprida.
Sem essa rede, a infraestrutura pública de banda larga reuniria apenas as fibras 
ópticas da Petrobras e de Furnas, com capacidade  para conectar somente os 135 
mil pontos públicos, entre escolas rurais, unidades de saúde e de segurança 
pública do país. Segundo fontes do governo, o presidente Lula acha isso 
insuficiente e reafirmou sua intenção de levar a banda larga também à população 
carente. Por isso, determinou ao coordenador dos Programas de Inclusão Digital 
do governo, Cezar Alvarez, que estimasse o custo da última milha, a ser bancada 
também pela estatal a ser formada para administrar a rede, provavelmente a 
Telebrás reativada.
O plano original, defendido por Alvarez, previa a constituição de uma rede 
pública de fibras ópticas, administrada por uma estatal, que venderia capacidade 
no atacado regulando o preço dos links, atendendo também os pequenos provedores. 
A estatal só prestaria serviço ao usuário final quando a iniciativa privada, 
incluindo os pequenos provedores, não pudesse prestar o serviço. Assim, a rede 
pública funcionaria como um regulador de mercado.  O plano, ainda segundo fontes 
do governo, estima a conexão de 40 milhões de pessoas até 2014.
Lula quer essas respostas em três semanas, quando deve bater o martelo sobre o 
Plano Nacional de Banda Larga, que quer anunciar ainda este ano. Para essas 
fontes, a determinação do presidente da República em conhecer os custos 
necessários para atuação direta do governo no varejo pode ser um trunfo a mais 
para negociar, com as grandes operadoras, a adesão delas ao plano, sem as 
exigências que estabeleceram.
Na reunião, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, entregou sua proposta 
alternativa, que prevê a participação direta das teles e a conexão de 90 milhões 
de pessoas até 2014, com serviço de banda larga a R$ 30 mensais, e que 
representa investimentos de R$ 75,5 bilhões. A parte que caberia ao governo, de 
R$ 26,5 bilhões, viria por meio de isenção de impostos, uso dos fundos setoriais 
(Fust, Fistel e Funttel) e de financiamentos pelo BNDES. O plano não chegou a 
ser apresentado aos demais participantes do encontro.
Participaram da reunião, além do ministro Hélio Costa, a ministra da Casa Civil, 
Dilma Rousseff; os ministros Guido Mantega, da Fazenda;  Paulo Bernardo, do 
Planejamento; Fernando Haddad, da Educação; Sérgio Rezende, da Ciência e 
Tecnologia; Miguel Jorge, da Industria e Comércio; e Samuel Pinheiro, da 
Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos. Outros técnicos do governo, que 
compõem o Comitê Gestor de Inclusão Digital, também estiveram presentes.