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Fonte: Último Segundo
[05/10/09]  Presidente da Telebrás é advertido pela CVM

O presidente da Telebrás, Jorge da Motta da Silva, recebeu uma advertência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 15 do mês passado por não ter sido "diligente", em relação a uma notícia sobre o uso ou não da companhia para o projeto de banda larga publicada em abril de 2008. Hoje, o executivo pediu a suspensão das negociações com ações da empresa na Bovespa devido ao movimento com ações da companhia.

Hoje também foi publicada notícia pelo jornal O Estado de S. Paulo de que o governo prepara o uso da estatal para o projeto de banda larga e que isso exigiria um investimento de R$ 1,1 bilhão usando redes de fibras óticas de Petrobras, Furnas e Eletronet.

O processo na CVM no dia 15 que valeu a advertência ao presidente da Telebrás era sobre nota publicada no portal "Convergência Digital" em 9 de abril de 2008, que dizia que o ministro das Comunicações, Hélio Costa, "já não tinha tanta certeza" de que a companhia seria usada no projeto de banda larga. Questionado pela CVM na qualidade de DRI da Telebrás para dar esclarecimentos sobre a veracidade da notícia, o presidente da companhia respondeu que não lia o site citado e que a pergunta deveria ser feita ao ministro e ao portal.

A advertência dada ao executivo pela CVM foi motivada por essa resposta. Segundo os diretores da CVM, cabe ao DRI acompanhar o que sai na imprensa sobre sua empresa, tomar providências para apurar e esclarecer sobre as notícias, ser o interlocutor da CVM e não mandá-la perguntar a outros. Participaram do julgamento os diretores Eliseu Martins, que foi o relator, Eli Loria, Otávio Yazbek e Marcos Barbosa Pinto, que presidiu a sessão.

De acordo com a defesa apresentada na ocasião, há anos saem informações desencontradas sobre o uso ou não da empresa no projeto de banda larga do governo, sem que a companhia tenha sido informada sobre o assunto. Após o julgamento, o presidente da Telebrás disse à Agência Estado que a companhia tem atualmente 221 funcionários, mas quase todos cedidos a outros órgãos, principalmente a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Na Telebrás, propriamente, há apenas quatro funcionários, segundo seu presidente, sendo um deles ele próprio. "A Telebrás é uma casca", disse ele a diretores da CVM após o julgamento, lembrando que, com a privatização no governo Fernando Henrique Cardoso, a empresa teve quase todos os seus ativos vendidos.