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Fonte: Convergência Digital - Cobertura Futurecom
[15/10/09]  Banda Larga: Brasil não pode se dar ao luxo de duplicar infraestrutura - por Ana Paula Lobo*

O Brasil não pode se dar ao luxo de duplicar infraestrutura de telecomunicações. Esta foi a posição defendida pelo presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, em sua participação no Futurecom 2009. Bem de acordo com seu estilo, o executivo deixou claro que o governo, se quiser, poderá ser visto como um concorrente e o será, dentro das regras de mercado. Mas disparou: as teles investiram R$ 11 bilhões em transmissão e têm mais de 200 mil quilômetros de redes construídas. "O dinheiro do Governo deve ser gasto em outras prioridades."

Em sua apresentação no Futurecom 2009, nesta quinta-feira, 15/10, a mais concorrida dos executivos do setor, Falco reforçou que banda larga é infraestrutura e qualquer plano nacional na área precisará ser sustentável e eficiente. A proposta dele é clara: somar os 200 mil quilômetros já construídos pelas teles com os 17 mil quilômetros da Eletronet. "É um ativo importante e deve ser usado", destacou.

Ao ser indagado sobre como as teles poderiam participar efetivamente do projeto, Falco reafirmou que as desonerações serão necessárias para garantir a oferta de um serviço nas regiões onde não há rentabilidade econômica. E enfatizou que a parceria entre as iniciativas pública e privada é a única saída. "O Brasil tem problema de capital. Não pode se dar ao luxo de duplicar uma infraestrutura já existente", completou.

O governo pode, sim, fazer um plano nacional de Banda Larga sem a participação das teles, admite Falco. Mas, para ele, essa seria uma decisão desfavorável ao cidadão brasileiro, uma vez que o poder executivo precisa investir em áreas como saúde, educação, transporte e outras.
*Com colaboração de Cristina De Luca e Luiz Queiroz