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Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Fonte: 
Convergência Digital
[16/09/29]
Telebrás será gestora da rede pública de banda larga - por Luís Osvaldo 
Grossmann
Se restava alguma dúvida de que o governo vai estruturar uma rede pública 
nacional de banda larga, ela foi dissipada nas mais de três horas da reunião 
desta terça-feira, 15/9, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros 
e secretários do Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, representantes 
de agências como Anatel e Aneel, além do BNDES.
O primeiro passo será garantir a infraestrutura que conecte todo o país de 
maneira “irreversível” – ou seja, de forma que a rede seja uma realidade difícil 
de ser descartada no próximo governo, ainda que o presidente não emplaque o 
sucessor. O principal instrumento para isso será amarrar o custeio dessa rede no 
Orçamento da União. Se der tempo, já no de 2010, mas, especialmente, no que vai 
vigorar em 2011, primeiro ano do próximo governo.
Lula espera receber em 45 dias um projeto pronto para virar política. O plano 
principal passa mesmo pela reativação da Telebrás e uso da Eletronet. Essa rede, 
de 16 mil km, cruza 18 estados, porém não chega na Região Norte. Mas já se sabe 
que um dos planos para a Amazônia começa pelo cabeamento de fibra ótica que 
chegará em Roraima pela Venezuela.
Para reforçar esse plano, o advogado Geral da União, José Antônio Toffoli, foi 
instruído a insistir junto ao Judiciário do Rio de Janeiro pelo cumprimento 
efetivo – e o mais breve possível – da decisão que garantiu ao governo federal a 
recuperação da posse da rede de fibra ótica da Eletronet.
A Telebrás é a primeira opção até porque o órgão já conta com cerca de R$ 280 
milhões que podem ser aplicados no projeto. A pendência jurídica, no entanto, 
levou Lula a exigir uma segunda versão do plano, que inclua no lugar as redes de 
estatais como Chesf e Petrobras. Também não foi descartado o uso do PLC 
(comunicação pela rede de energia, na sigla em inglês), daí a presença da Aneel 
na reunião.
Entre as ideias, há até um projeto para que essa rede pública seja parte da 
infraestrutura da TV Digital, sendo utilizada como canal de retorno para a 
interatividade – algo que começaria com as emissoras públicas, mas que pode 
acabar chegando nas tevês privadas. Nesse caso, a frequência de 700 MHz – que 
deve ser devolvida com a implantação da TV Digital – ganharia outros usos.
O principal objetivo do projeto que o presidente quer ver pronto em um mês e 
meio é a infraestrutura. É até possível que essa estrutura venha a ser 
compartilhada com o setor privado, mas a discussão sobre quais os serviços vão 
trafegar nessa rede pública ficou para mais tarde.