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Fonte: Teletime
[03/11/10]  Com 
MP 495, Padtec é primeira colocada no leilão da Telebrás
O leilão para a compra dos equipamentos que irão compor a nova rede pública de 
telecomunicações da Telebrás foi suspenso mais uma vez nesta quarta-feira, 3. A 
disputa, que teve início na última sexta, 29, só deve ter seu resultado 
divulgado amanhã. O pregoeiro, no entanto, apresentou o resultado da análise da 
documentação apresentada pelas quatro empresas em disputa. E, até o momento, a 
brasileira Padtec está à frente na disputa pelas regras do leilão.
A colocação da Padtec em primeiro lugar deve-se à empresa ser a única que 
conseguiu comprovar que possui Processo Produtivo Básico (PPB) e desenvolvimento 
de tecnologia no Brasil, requisitos do edital que dão preferência à companhia 
para vencer a disputa. Esses requisitos foram regulamentados pela Medida 
Provisória (MP) nº 495, editada com o intuito de promover o desenvolvimento 
tecnológico no país por meio de incentivos nos editais públicos.
Após a análise das propostas e da documentação apresentada, a disputa ficou com 
a seguinte classificação de acordo com o sistema ComprasNet, do Ministério do 
Planejamento: 1º Padtec; 2º ZTE; 3º Huawei; e 4º Ericsson. A Padtec, contudo, 
não tem o melhor preço.
A Telebrás suspendeu por um dia a divulgação do resultado final para negociar 
com a Padtec possíveis reduções nos preços ofertados. Isso porque, apesar de a 
empresa ser a primeira colocada, sua oferta de preços global é superior às das 
demais concorrentes.
Um outro documento que regulamenta a Lei de Inovação, o decreto nº 7.174/2010, 
dá o direito às empresas brasileiras de reduzir suas ofertas caso elas sejam até 
10% maiores do que as das demais concorrentes. Além disso, a modalidade de 
pregão escolhida pela Telebrás, a "tomada de preços" abre espaço naturalmente 
para que o comprador pressione para uma queda no preço final da contratada, com 
base na observação da média de preços praticada no mercado.
Com este cenário, o mais provável é que a Padtec seja a grande vencedora para 
oferta de equipamentos DWDM para a Telebrás. Apenas uma falha na documentação 
pode ainda afastar a empresa da vitória, já que a empresa não precisa fazer 
nenhum ajuste de preços caso não queira. Na hipótese de haver algum problema nos 
documentos, a empresa que poderia ganhar a precedência é a Ericsson que, apesar 
de não desenvolver tecnologia no país, possui PPBs no setor.
Próximos lances
As próximas licitações da Telebrás devem seguir o script em que uma empresa 
nacional sairá vencedora. Isso porque os editais serão sempre restritos à regra 
de priorização de empresas brasileiras. A exceção será o leilão para os 
equipamentos do core da rede IP, onde não haveria ninguém com tecnologia 
desenvolvida no Brasil e por isso o leilão será sem restrições.
Já o leilão mais aguardado, de rádios IP, que deve movimentar a maior quantidade 
de dinheiro (fala-se de valores superiores a R$ 1,5 bilhão), esse será restrito, 
ou seja, empresas brasileiras com desenvolvimento local e PPB terão prioridade.