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Fonte: Fenainfo - Origem: Convergência Digital
[05/04/11]  Com 
dúvidas sobre o PNBL, pequenos provedores temem efeito Telebrás  (a fonte 
não cita o autor da matéria)
Pesquisa realizada com cerca de 1000 provedores internet de pequeno e médio 
porte no país nos últimos três meses revela que há um temor - por falta de 
conhecimento do plano oficial do Programa Nacional de Banda Larga - com o modelo 
de atuação no mercado da Telebrás.
A maior parte deles aposta na estatal para ampliar o acesso ao backbone óptico, 
mas receia que a empresa possa vir a ser concorrente na oferta ao consumidor 
final. Apesar do clima de indefinição, os ISPs sustentam suas apostas no mercado 
Internet. Tanto que, em 2011, 64,9% dos provedores dizem que vão investir para 
aumentar os clientes na faixa de 5,8GHz, não-licenciada pela Anatel.
O levantamento, realizado pela WDC Networks, fornecedora de equipamentos de 
rádio para provedores Internet de pequeno e médio porte, e divulgada com 
exclusividade pelo Convergência Digital, apura ainda um fato significativo: nas 
cidades mais distantes - e não servidas pela rede das concessionárias, os 
provedores estão se unindo em cooperativas e associações para construírem redes 
via rádio.
Tanto que 43,3% dos ISPs informaram que estão indo buscar conexão Internet nos 
POPs (ponto de presença) por meio de rádios licenciados. Outros 35,1% têm planos 
de se conctarem aos PTTs (pontos de troca de tráfego) para montarem redes 
próprias.
"Há um backbone paralelo sendo construído no país e em cidades onde não havia a 
oferta Internet. Com a ampliação dos POPs por parte das concessionárias - nas 
cidades de maior porte - os provedores Internet de cidades menores passam a ter 
maior opção. Nunca se vendeu tanto rádio em 2,4GHz e 5,8GHz como em 2010. E esse 
ritmo está sendo mantido este ano", destaca Vanderlei Rigatieri, diretor da WDC 
Networks.
A importância desse movimento é que no estudo, por exemplo, apenas 22% atuam em 
mais de 10 cidades. A maior parte - 38,3% tem presença entre duas e cinco 
cidades. Para Rigatieri, a pesquisa foi importante para sinalizar o momento 
atual dos ISPs: Há falta de conhecimento da parte deles do efeito concreto do 
Programa Nacional de Banda Larga e o uso efetivo da Telebrás.
"O governo já falou tanto do PNBL que os provedores, especialmente, os do 
interior do país, se ressentem, agora, de transparência e de dados concretos. A 
Telebrás vai oferecer acesso ao consumidor final? Essa pergunta preocupa porque 
90% dos entrevistados têm o cliente residencial como base da sua carteira", 
acrescenta Rigatieri.
Nessa parte ligada à Telebrás, o levantamento apura que 40,3% têm medo que a 
estatal cause algum efeito negativo nos seus negócios. Já 20,1% afirmam que a 
Telebrás não terá qualquer impacto no seu negócio. Outros 6,7% são mais radicais 
e garantem que serão bastante prejudicados. Apenas 5,2% garantem que serão 
bastante beneficiados.
Para o executivo, há uma grande expectativa por parte dos ISPs que a presença da 
Telebrás amplie a oferta de conexão nos POPs com preços mais competitivos. Mas o 
estudo também comprova: os provedores não estão à espera do governo.
"Eles se uniram em regiões menos favorecidas e estão comprando um link, 
dividindo a infraestrutura e usando rádios para levar o acesso à Internet. Não 
digo que a oferta seja de banda larga - a velocidade pode ficar entre 600 Kbps e 
700 Kbps - mas para essas cidades, com pouca oferta de telecom, é muito mais do 
que o esperado. Até porque a grande busca é pelos sites como Orkut, MSN e, 
agora, Facebook", observa Rigatieri.
E se não esperam pelo governo, menos ainda pela Anatel. Sem previsão para usar a 
faixa de 3,5GHz, os provedores sustentam sua aposta na faixa de 2,4GHz (Wi-Fi) e 
na 5,8GHz - ambas não-licenciadas pelo órgão regulador. "O mundo real não espera 
o da legislação. O Brasil aposta muito pouco no Wi-Fi porque as concessionárias 
não querem. O Wi-Fi, agora, na versão 801.n é absolutamente confiável e oferece 
ultravelocidade (300Mbits)", completa o diretor da WDC Networks.