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Leia na Fonte: Convergência Digital
[13/12/13] 
Teles, Telebras e aposentados disputam R$ 2,2 bilhões de fundo de pensão - 
por Luís Osvaldo Grossmann
Distante do mercado de telecomunicações, as operadoras privadas e a Telebras 
disputam uma bolada de pelo menos R$ 2,2 bilhões – dinheiro que faz parte do 
fundo de pensão da estatal e, por isso mesmo, também reivindicado pelos 
aposentados.
As origens do imbróglio remontam à privatização, na qual, além das diferentes 
empresas desmembradas do sistema Telebrás, também se fez a partilha dos recursos 
do fundo de previdência referente àquele mesmo sistema estatal – a Fundação 
Sistel de Seguridade Social.
O tema vem fermentando há pouco mais de um ano, quando o Conselho Deliberativo 
da Sistel decidiu modificar o regulamento sobre o Plano de Benefício da Sistel 
Assistidos, ou PBS-A. Como as modificações alteram a divisão do bolo entre os 
interessados, instalou-se a cizânia.
Explica-se: As regras dos fundos de pensão preveem que se houver três anos 
seguidos de superávit, deve ser reservado um quarto do ‘excedente’ como 
contingência. O restante pode virar reajuste de benefícios, mas também pode ir 
para o caixa dos patrocinadores, se assim decidir o Conselho Deliberativo.
Adivinhe quem tem maioria de votos no Conselho Deliberativo da Sistel? Ganhou um 
doce quem apostou nas operadoras privadas. Volta-se então àquela mudança no 
regulamento do PBS-A. A proposta é que metade do superávit, portanto R$ 1,1 
bilhão, fique com as teles.
Os aposentados chiaram. Eles entendem que têm direito ao bolo completo e foram à 
Justiça. Chegaram a obter uma liminar impedindo que a Sistel proceda com a 
partilha do superávit. A decisão caiu no começo deste ano. Mas aí entrou mais 
gente na fila: a nova Telebras.
Na última terça-feira, 10/12, a estatal, que tem ações em bolsa, se manifestou 
sobre o assunto à pedido da Comissão de Valores Mobiliários – e discorda da 
partilha sugerida pela Sistel. “A Telebras tem integral direito ao superávit 
acumulado do Plano PBS-A, ressalvada a parcela dos Assistidos”, pontuou.
Nesta sexta, 13, mandou novo comunicado à CVM. Destaca que o superávit acumulado 
entre 2009 e 2011 era, em conta de agosto, de R$ 2,2 bilhões. E reiterou que o 
montante “deverá ser distribuído tão-somente à própria Telebras e aos 
Assistidos, respeitando o critério da proporcionalidade contributiva”.
Como o posicionamento desagrada tanto às operadoras, que querem ficar com metade 
do bolo, como os aposentados, que entendem ter direito ao todo, a própria 
estatal reconhece a “postura dissonante”, e espera muita luta. “É possível 
presumir que a controvérsia da distribuição dos excedentes dar-se-á em momento 
futuro, cujo deslinde é de difícil previsão no atual momento”.