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Leia na Fonte: Insight
[08/05/13]  Entrevista com Caio Bonilha, Presidente da Telebras

O Presidente da Telebras, Caio Cezar Bonilha Rodrigues, concedeu uma entrevista exclusiva a este blog, respondendo sobre contratos, lucro, capitalização e valor para o acionista.

Insight - Laboratório de Ideias: Em termos de perspectivas de faturamento, quais são os grandes contratos que a Telebras já fechou até hoje? Há outros em processo final de concretização?

Caio Bonilha: Todos os contratos que a Telebras firmou foram divulgados ao mercado e publicados no Diário Oficial da União. São, principalmente, contratos com instituições que integram o Estado brasileiro, notadamente na área de defesa nacional, além dos contratos privados com os Provedores Internet, alguns com demanda de 1 Gbps. Em 06/05 foi publicado no DO nosso contrato com o MC relativo ao fornecimento de serviços para a Copa das Confederações.

Insight - Laboratório de Ideias: A Telebras tem um contrato para oferecer banda larga móvel de quarta geração em conjunto com a SKY. Quais são as expectativas para este contrato, agora que o 4G está chegando com força no Brasil?

Caio Bonilha: A Telebras fornece banda larga para a Sky, que atende aos seus clientes finais por meio da tecnologia 4G. Naturalmente, na medida em que esta tecnologia avança no País, as nossas perspectivas de ampliação de serviço também aumentam, cabendo, no entanto, à Sky, a decisão final com relação à prestação do seu serviço de internet.

Insight - Laboratório de Ideias: Em julho de 2011, o senhor afirmou que a empresa começaria a ter lucro operacional a partir de 2013. Esta previsão poderá se concretizar? Se sim, ainda para o primeiro semestre?

Caio Bonilha: Trabalhamos com o objetivo de transformar a Telebras em uma empresa lucrativa. Como toda start up, porém, enfrentamos uma série de questões inerentes ao nosso desafio, sendo uma das principais o equilíbrio financeiro. No momento, em virtude da sensibilidade do mercado, não temos claro se vamos concretizar a meta.

Insight - Laboratório de Ideias: A Telebras tem planos para se capitalizar sem precisar recorrer a novos aportes do governo? Nesse caso, o lançamento de debêntures de infraestrutura poderia ser utilizado?

Caio Bonilha: Capitalizar a Telebras, por meio de uma emissão de ações, é uma decisão do governo brasileiro, não nos cabendo opinar acerca disso, embora entendamos que não é o momento de fazer uma emissão de ações no mercado, pois ainda estamos em fase de início de operação.
Quanto às debêntures de infraestrutura, estamos analisando alternativas de mercado para financiar nossos projetos de investimento, sendo as debêntures um dos instrumentos possíveis. Ressalto que ainda não foi tomada a decisão de emiti-las ou tomar qualquer tipo de financiamento.

Insight - Laboratório de Ideias: Segundo a Price Waterhouse, maximizar o valor para os acionistas tornou-se um novo imperativo para as empresas e seus gestores. Como o senhor e o Bolivar Moura Neto já afirmaram ter esse objetivo, o que a empresa está fazendo ou planeja fazer nesse sentido?

Caio Bonilha: Como afirmei anteriormente, estamos trabalhando para atingir o objetivo de transformar a Telebras em uma empresa lucrativa, maximizando, consequentemente, o valor para o nosso acionista. Mas isso, em uma star-up pode demorar a acontecer, dado o elevado tempo de maturação e realização dos investimentos.
Estamos trabalhando arduamente para dotar a Telebras da melhor e mais avançada rede de telecom de longa distância do país, hoje com mais de 20 mil km em operação. Estamos trabalhando também em projetos estruturantes, como a implantação de processos, renovação dos quadros técnicos, implantação de sistemas de gerência de rede (NOC, inaugurado em abril/2013) e de um sistema de gestão (SAP).
Além desses projetos, temos um compromisso com a tecnologia nacional, demandando melhoras constantes de nossos fornecedores nacionais e projetos com universidades, através da Telebras Tecnologia. Como pode se ver, são muitos projetos para uma equipa de pouco mais de 200 pessoas.