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Leia na Fonte: Correio Braziliense
[04/04/21] 
Em três anos, Telebras acumula prejuízos de R$ 568,8 milhões - por Vicente 
Nunes
Totalmente dependente do Tesouro Nacional, a Telebras acumula prejuízos de R$ 
568,6 milhões em três anos — 2018, 2019 e 2020 — como mostra balanço publicado 
pela empresa. Não fosse o aporte de R$ 1,5 bilhão feito pelo governo na 
companhia em 2020, ela sequer teria patrimônio para ficar de pé. A Telebras foi 
ressuscitada nos governos petistas. 
Em 2020, especificamente, a empresa registrou perdas de R$ 106,2 bilhões. O 
número representa redução em relação a 2019, quando os prejuízos totalizaram R$ 
237,5 milhões. Essa melhora tem a ver com o aumento das receitas operacionais 
brutas, que passaram de R$ 264,5 milhões, em 2019, para R$ 328,9 milhões, no ano 
passado. 
Especialistas, no entanto, questionam a sustentabilidade da empresa, que tem um 
custo de pessoal crescente. Entre 2019 e 2020, a folha passou de R$ 80,9 milhões 
para R$ 95,9 milhões, devido à recomposição salarial pela inflação e a 
incorporação de aumentos previstos em acordos coletivos anteriores. 
Patrimônio líquido em queda 
É importante ressaltar, ainda, segundo especialistas, que, por conta dos 
prejuízos seguidos, mesmo com toda a injeção de recursos feita pelo Tesouro 
Nacional, o patrimônio líquido da companhia voltou a cair. Recuou de R$ 1,646 
bilhão para R$ 1,553 bilhão nos últimos dois anos. 
Nos demonstrativos financeiros encaminhados ao mercado, a Telebras classifica o 
ano de 2020 como “desafiador” e assegura que conseguiu cumprir “sua missão 
institucional” de ampliar o atendimento de internet às comunidades mais remotas 
do país, nas quais não há nenhuma ou pouca conexão. Já são 13 mil pontos 
espalhados pelo país. 
O ministro da Economia, Paulo Guedes, na tentativa de enxugar o tamanho do 
Estado e de cumprir sua meta de faturar R$ 1 trilhão com as privatizações, 
incluiu a Telebras na lista de empresas a serem vendidas. Mas, assim como as 
promessas de Guedes ficaram no discurso, a companhia está cada vez mais distante 
do programa de desestatização.