José Ribamar Smolka Ramos
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Fevereiro 2010               Índice Geral


24/02/10

• Comentário de José Smolka sobre entrevista do Engº Virgílio Freire concedida ao IDEC

de J. R. Smolka <smolka@terra.com.br>
para wirelessbr@yahoogrupos.com.br, Celld-group@yahoogrupos.com.br
data 24 de fevereiro de 2010 09:09
assunto Re: [wireless.br] Íntegra da entrevista do Engº Virgílio Freire concedida ao IDEC

Gente,

Eu poderia perder muito tempo destacando o que concordo e o que discordo das opiniões do Virgílio Freire, mas não vou fazê-lo. Apenas por uma questão factual, quero destacar uma pergunta/resposta da entrevista para comentar.

> Idec: Na telefonia celular, as operadoras pertencem, praticamente, aos mesmos grupos que controlam as teles fixas. A competição nesse setor é diferente?
>
> VF: Não tenho provas, mas é possível que esteja havendo uma combinação entre as empresas, que dividiram o território brasileiro. Há uma divisão de mercado que elas mais ou menos assumem, há uma estratégia suicida por parte de todas elas, na qual entraram e da qual não estão sabendo sair. Por exemplo, a Oi não entra em São Paulo e a
Vivo não entra no Rio de Janeiro, mas elas poderiam entrar.

O grifo em vermelho é meu. Concordo que o caso da entrada da Oi em São Paulo tem sido complexo, e nem sei quais exatamente os motivos. Mas de onde veio a idéia de que a Vivo não opera no Rio de Janeiro com toda a força? A Telefónica Moviles arrematou no leilão de privatização as operações das antigas Telerj Celular e Telest Celular (ES), e desde então vem operando (e, se não me engano, liderando o mercado) nesta região.

As outras operações da Telefónica Moviles no Brasil eram: CRT Celular (comprada no leilão de privatização feito pelo governo do Rio Grande do Sul, ainda antes do leilão do Sistema Telebrás), Telebahia Celular e Telergipe Celular (SE). Estas últimas, inicialmente, em posição minoritária no consórcio formado com a Iberdrola, mas depois assumiu a parte desta e, consequentemente, também o controle destas companhias. Estes são os ativos com que a Telefónica Moviles entrou na formação da joint-venture com a Portugal Telecom (controladora da Telesp Celular) para a formação inicial da Vivo, que foi posteriormente ampliada pela compra conjunta do controle da Tele Centro Oeste Celular e da Norte Brasil Telecom Celular, da Telemig Celular e da Teleamazon Celular, e pela aquisição de blocos de frequência para operação no restante da região Nordeste.

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J. R. Smolka

 


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