José Ribamar Smolka Ramos
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Junho 2012               Índice Geral


14/06/12

• Sobre as posições da Dra Flávia Lefévre e da Jornalista Mariana Mazza (2)

Re: [Celld-group] Sobre as posições da Dra Flávia Lefévre e da Jornalista Mariana Mazza
Data: Thu, 14 Jun 2012 10:37:45 -0300
De:  J. R. Smolka <smolka@terra.com.br>
Para: Celld-group@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [Celld-group] Sobre as posições da Dra Flávia Lefévre e da Jornalista Mariana Mazza

Oi Bruno,

Perdão ela demora imensa em comentar sua opinião, mas outros afazeres e situações acabaram monopolizando minha atenção. Mas... vamos ao tema.

Primeiro: não vejo porque minha postura seja desqualificadora do trabalho da Dra. Flávia e da jornalista Mariana Mazza. Pelo contrário, fiz questão de reconhecer que acredito que elas são movidas pelo que elas consideram como razões altamente importantes. É direito delas pensar assim, assim como é direito seu concordar com elas, e como é direito meu discordar.

Segundo: quem disse que o "bom combate" está circunscrito à esgrima de argumentos técnicos e jurídicos de forma sisuda e quase impenetrável aos não-iniciados no tema? O uso do humor e de músicas de protesto é considerado como extremamente válido, no passado e no presente, como forma de marcar posição contrária ao status quo. E, convenhamos, tanto a Dra. Flávia quanto a Jornalista Mariana Mazza são, a meu ver, vozes muito bem alinhadas com os pensamentos e objetivos do status quo.

Acho até que alguns (talvez você, também) achem sacrilégio usar as músicas em questão para a finalidade que lhes dou, considerando o contexto de protesto onde elas foram originalmente concebidas. Eu, entretanto, vejo isto como muito adequado. Eram para protesto então, e continuam servindo para protesto hoje. E é assim que as ouço, percebo e uso.

A meu ver o tema "bens reversíveis" há muito passou do ponto onde a troca de argumentos entre mim e estas senhoras seja útil ou eficaz para que qualquer um de nós mude sua opinião sobre o tema. Elas acham que estão em uma cruzada em defesa do patrimônio público e que podem e devem forçar a sua visão do que seja um "bom serviço" pela via da pressão regulatória ou da intervenção do judiciário. E eu percebo este tipo de posição como inócua, dado que a evolução dos modelos de prestação de serviços de telecom - no mundo todo - torna a questão patrimonial totalmente irrelevante. E eu mesmo já debati com você sobre minha discordância que o relacionamento entre agência reguladora e operadoras seja necessariamente, inerentemente  conflituoso, portanto sem espaço para um modelo de relacionamento construtivo, a bem dos usuários e do negócio.

Elas por certo não concordam comigo - assim como você também não. Então, dada a inutilidade em estender ad nauseam a argumentação, resta-me marcar posição pela via do humor - e com uma pitada generosa de sarcasmo, admito. Daí que termino dedicando mais uma música à relação anterior: The Times, They Are A-Changin' (Bob Dylan).

[ ]'s

J. R. Smolka

Em 01/06/2012 00:22, Bruno escreveu:
 

Prezado Prof Smolka
 
Não concordo com essa estratégia, de desqualificar o trabalho sério de duas profissionais respeitáveis que estão apenas defendendo o que acreditam ser o certo, repreendendo-as com "musiquinhas" depreciativas. Prefiro quando argumenta de maneira séria, usando do "bom combate".
 
Quanto a melhoria do serviço, convido-o a ser usuário da OI. Desde que no inicio do mês de maio ela lançou um plano "ilimitado" por R$14,89 mensais, sem ter estrutura para aumento da demanda, ficou simplesmente IMPOSSÍVEL continuar cliente dela. É um tal de "sem rede", "sem serviço" e ligação cruzada que tira a paciência de qualquer um.
 
E por ter (a despeito do art. 186 da LGT) também o controle da telefonia fixa, seu poder de monopólio faz custar muito caro migrar para as outras operadoras
 
A promessa era que, com a entrada da Portugal Telecom na estrutura societária da OI, o serviço iria melhorar pois eles iriam assumir a parte técnica. Por que a OI está, se me permite o termo, degringolando, e a agência parece incapaz de tomar qualquer atitude, é algo a se pensar.
 
Atenciosamente
Bruno

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