José Ribamar Smolka Ramos
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WirelessBrasil

Março 2012               Índice Geral


17/03/12

• José Smolka critica forma de atuação de entidades de defesa do consumidor

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
Para nivelamento dos dois Grupos e preparação do "post" correspondente no Bloco Tecnologia:

Na mensagem do José Smolka, transcrita mais abaixo, é citada a empresa B2W.

Recorto do site da empresa:
Quem é B2W?
A B2W, denominada B2W - Companhia Global do Varejo, é o resultado da fusão da Americanas.com e do Submarino. Essa união possibilitou a criação de uma Companhia de varejo com atuação por meio de diversos canais de distribuição – televendas (com anúncios por televisão e catálogos), televisão, catálogos, quiosques e Internet.
A nova Companhia é capaz de concorrer de forma mais eficiente no mercado de varejo como um todo, proporcionando melhores condições e níveis de serviço para o cliente final.(...)

02.
Estão transcritas também estas duas notícias citadas pelo Smolka:
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[16/03/12]   Procon: “Muitas empresas que atuam no Brasil não têm cultura de aceitar decisões da justiça” - por Gil Alessi
Leia na Fonte: Terra
[16/03/12]   Procon-SP vai recorrer após liminar à favor de sites

03.
Visitei  o Portal Convergência Digital e anotei mais textos sobre o tema, todos transcritos lá no final.

04.
Parabéns a todos pelo alto nível de competência, cordialidade e disposição para o "compartilhamento" nos debates em curso nos dois Grupos!

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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Msg de J. R. Smolka smolka@terra.com.br por yahoogrupos.com.br
para "wirelessbr@yahoogrupos.com.br" <wirelessbr@yahoogrupos.com.br>,
"Celld-group@yahoogrupos.com.br" <Celld-group@yahoogrupos.com.br>
data 16 de março de 2012 21:52
assunto [wireless.br]  Continuo sem entender esse povo...Vejam só...

Em minhas últimas mensagens externei minha opinião sobre os órgãos de "defesa" do consumidor. Acho que eles sofrem do mesmo mal que certos profissionais de marketing que, em vez de ressaltar as características objetivas do produto ou serviço para gerar percepção de valor no consumidor, procuram engenhar esta percepção através de manipulações e apelos emocionais. Exemplo: recentemente vi um anúncio da Caixa Econômica Federal, tecendo loas à sua agência-barco que circula pelos rios da Amazônia. Quer dizer que, agora, eu devo dar preferência à CEF na condução dos meus negócios bancários porque ela tem uma agência-barco? Qual a relação objetiva de causa e efeito existe nisso? A não ser, claro, que eu more na Amazônia.

Da mesma forma os órgãos de "defesa" do consumidor procuram sempre apresentar as indústrias e os prestadores de serviços como entidade sempre dispostas a "passar a perna" nos consumidores. Estes casos existem, claro. Mas estão longe de representar uma parcela significativa dos negócios. E isto é justamente o que estes órgãos não desejam que seja percebido, porque reduz a percepção de importância dos mesmos, e, ao fim do processo, resulta em redução de verbas alocadas para a sua manutenção/expansão.

Eles não estão lutando pela proteção do consumidor. Estão lutando por sua própria manutenção. E a imprensa, ao não se preocupar em colocar os fatos na devida perspectiva (até porque ela mesma, muitas vezes, persegue seus próprios objetivos) vem sendo um grande aliado deles neste procedimento.

Hoje vemos mais uma comprovação deste ponto de vista na matéria publicada pelo Tele.Síntese sobre a manifestação do Procon-SP quanto à suspensão da liminar que proibia a B2W de operar, salvo engano, por três dias.

Os fatos, como os percebi pela imprensa foram: o Procon-SP, com base em um aumento das reclamações contra os sites de comércio eletrônico geridos pela B2W (Americanas.com, submarino e shoptime), impôs a penalidade de suspensão das atividades dos sites por 72 horas.
A notícia fala que as reclamações subiram de 2.224 em 2010 para 6.233 em 2011 (180,3% de aumento... horror! horror!).
Vocês notaram a conspícua falta de menção ao número absoluto das vendas agregadas dos três sites em 2010 e 2011?
O crescimento das reclamações tem alguma correlação com a curva de crescimento das vendas nestes sites?
Nada importa, a não ser aqueles bombásticos 180%, que justificam tudo. Acho que consigo imaginar o diálogo entre o Procon-SP e a B2W:

Procon - SP - "As reclamações contra vocês aumentaram 180% de 2010 para 2011. Vocês tem que parar com isso. Vamos fazer um TAC (termo de ajustamento de conduta)"

B2W - "Mas nossas vendas estão crescendo muito! Só isso responde por uma boa parte do aumento do número absoluto de reclamações! E. além do mais, essas reclamações não chegam a 1% do total das vendas. Não vemos razão para um TAC!"

Procon - SP - "Ah é? Pera aí que vocês vão ver o que eu faço com vocês, seus insensíveis com os problemas dos consumidores!"

Tudo isto me lembra uma das tantas piadas sobre o mau uso da estatística. Segundo consta, o desemprego na Suíça aumentou 200% no ano passado em relação ao ano anterior. Mas o que houve? Crise econômica na Suíça? Não, absolutamente. É que em 2010 haviam 5 pessoas desempregadas no país, e no ano passado passaram a ser 15.

E agora, quando a B2W leva à justiça a discussão sobre o que ela considera um ato abusivo (um direito básico, que assiste a qualquer pessoa física ou jurídica no Brasil - conforme a Constituição Federal de 1988, art. 5º, Inciso XXXIV, alínea a), e o Tribunal acolhe seu pleito, o Sr. Carlos Coscarelli, Chefe de gabinete do Procon - SP, vem a público e diz a seguinte pérola: "muitas companhias que agem no Brasil não têm a cultura de aceitar decisões da justiça, nem respeitam a autoridade do Procon".

O que ele quer dizer com isso? Que as empresas devem simplesmente resignar-se às decisões do Procon e não recorrer à justiça para defender-se do que julgam ser abuso de poder?

Se isto for verdade, o que o Sr. Coscarelli está propondo é a reversão da sociedade brasileira para uma situação onde o Judiciário não possa ser acessado livremente pelas pessoas e empresas e não as ampare contra o abuso de poder dos órgãos do governo (ou, pior ainda, paragovernamentais, como é o caso do Procon). Não sei de vocês, mas na minha terra este tipo de proposição tem nome: DITADURA. Ou já esqueceram como é?

[ ]'s

J. R. Smolka

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[16/03/12]   Procon: “Muitas empresas que atuam no Brasil não têm cultura de aceitar decisões da justiça” - por Gil Alessi

Segundo o órgão, a B2W não tem igual agilidade na entrega dos produtos à rapidez com que conseguiu a liminar.

O chefe de gabinete do Procon-SP, Carlos Coscarelli, se manifestou hoje (16) em relação à suspensão das medidas aplicadas pelo órgão contra empresas de comércio online. “Se a B2W – que opera os sites Americanas.com e Submarino – tivesse a agilidade na entrega de seus produtos para o cliente que tiveram para entrar com uma liminar na justiça, talvez o Procon não precisasse agir”, afirmou. “ Ainda não fomos notificados oficialmente da decisão da justiça, mas assim que formos vamos recorrer”.

Coscarelli disse que esse tipo de punição envolvendo suspensão temporária das operações e multa só é aplicada em último caso, e que tudo poderia ser resolvido fora da justiça, com a assinatura de um termo de ajustamento de conduta por parte da empresa. Atualmente nove casos envolvendo recursos do órgão frente a liminares estão tramitando. “Mas na verdade já esperávamos que a B2W ia tentar evitar ao máximo a aplicação da pena”, diz. “muitas companhias que agem no Brasil não têm a cultura de aceitar decisões da justiça, nem respeitam a autoridade do Procon”.

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Leia na Fonte: Terra
[16/03/12]   Procon-SP vai recorrer após liminar à favor de sites

A Fundação Procon-SP afirmou por meio de sua assessoria de imprensa nesta sexta-feira que ainda não recebeu a notificação da Justiça sobre a liminar que derrubou a decisão do órgão de suspender por 72h as atividades das lojas de comércio eletrônico da empresa B2W. No entanto, o Procon-SP também declarou que entrará com recurso contra a liminar assim que for notificado.

Entenda
Na quarta-feira (14), o órgão de defesa do consumidor determinou a suspensão, em todo o Estado de São Paulo, a partir de quinta-feira (15), das atividades dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime, controlados pela empresa B2W.

A decisão baseou-se no crescimento do número de reclamações dos clientes em relação ao ano anterior - foram 6.233 atendimentos no ano passado ante 2.224 em 2010 (alta de 180%) - sendo a maior parte por falta de entrega dos produtos ou defeitos nos itens. O Procon-SP determinou ainda uma multa de R$ 1.744.320 à empresa.

Contudo, uma liminar concedida na noite de quarta-feira pela 7ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a decisão do Procon-SP. A Justiça concedeu a liminar por conta da ausência, no auto da infração, da "duração possível da medida de suspensão de atividade que porventura poderia, ao final do processo administrativo, ser aplicada à autora".

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Leia na Fonte: Convergência Digital
[01/03/12]  Procon/SP tira dois portais de comércio eletrônico do ar

A Fundação Procon-SP tirou do ar a partir desta quinta-feira, 01/03, os sites Fatordigital.net e Planetaofertas.com.br, da empresa Megakit Comércio de Produtos Eletrônicos Ltda, até que solucione as reclamações sobre problemas dos consumidores em relação às compras feitas no site.

Segundo o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, desde 2010 a empresa lesa consumidores com a falta de entrega dos produtos, problemas na cobrança,impossibilidade de cancelamento das compras e dificuldades de contato com o site.

"Apesar de todos os esforços conciliatórios a empresa não mudou a conduta. Desta forma, não restou outra alternativa ao Procon a não ser a determinação da suspensão da página na rede".

O Procon-SP informa que em caso de desrespeito à decisão, os responsáveis pela empresa estão sujeitos a responder pelo crime de desobediência.

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Leia na Fonte: Convergência Digital
[14/03/12]  Comércio eletrônico: sites da B2W saem do ar por 72 horas em São Paulo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, conforme divulgado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira,14/3, determina suspensão das atividades de e-commerce por 72 horas, a partir do dia 15, dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime, de responsabilidade da B2W Companhia Global do Varejo, em todo o Estado de São Paulo. Além da paralisação das vendas, a empresa deverá pagar a multa de R$ 1.744.320,00.

Segundo o diretor executivo da Fundação Procon-SP, Paulo Arthur Góes, em 2011 os atendimentos gerados pela empresa aumentaram muito em relação ao ano anterior, sendo a maioria deles por falta de entrega do produto ou defeito no item adquirido.

“Isso é um descaso, desrespeito ao consumidor. Fizemos várias tentativas chamando a empresa para o diálogo no Procon, mas o problema não foi resolvido”, explica. A empresa recorreu à decisão em 1º grau publicada em 10 de novembro do ano passado no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

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Leia na Fonte: Convergência Digital
[14/03/12]  Juristas querem regulamentar comércio eletrônico no Brasil - da Redação

A regulamentação do comércio eletrônico e a preservação de novos consumidores integrados ao mercado com a ascensão de classes menos favorecidas estão entre as principais propostas contidas em estudo entregue nesta quarta-feira, 14/03, ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), por uma comissão especial de juristas. As propostas serão submetidas aos parlamentares na forma de projetos de lei.

Na entrega dos anteprojetos de lei a Sarney, o coordenador dos trabalhos e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, ressaltou que os 40 milhões de novos consumidores, que ascenderam socialmente e têm hoje mais acesso a crédito e ao consumo, também criaram a figura dos "superendividados".

"Com mais crédito apareceu o fenômeno do superendividado. As propostas da comissão [especial de juristas] foram no sentido de estabelecer mecanismos de prevenção para evitar que se chegue a esse ponto. É necessário assegurar ao consumidor o [recurso] mínimo existencial. Não é admissível que, para pagamento de contas, o consumidor tenha que reduzir a compra de alimentos ou tirar o filho da escola", disse o ministro do STJ.

Para isso, os juristas estabelecem a proibição de se promover publicidade de crédito com a utilização de termos como crédito gratuito, sem juros e sem acréscimo. Também é proposta a criação do "assédio de consumo", fenômeno definido como pressão ao consumidor, em especial se for idoso, analfabeto, doente ou em estado de vulnerabilidade agravada.

O assédio de consumo será caracterizado no caso de contratação de produtos, serviço ou crédito, especialmente se essas contratações forem feitas a distância, por meio eletrônico ou se envolver prêmios. Ele acrescentou que os trabalhos da comissão especial permitiram apresentar propostas para regular o comércio eletrônico, um novo modelo não abrangido pela legislação em vigor e que, segundo Benjamin, já movimenta R$ 30 bilhões. O ministro destacou que a comissão promoveu uma "atualização cirúrgica" com o objetivo de assegurar ao consumidor do mercado na internet sigilo aos seus dados e maior segurança.

Entre essas medidas está a proibição ao fornecedor de produtos e serviços de encaminhar spams – mensagens eletrônicas não solicitadas enviadas em massa – e outras não requeridas pela pessoa com quem tem relação de consumo. Os juristas também propõem ao Congresso Nacional a pena de suspensão e proibição do comércio eletrônico a fornecedores reincidentes em práticas abusivas contra consumidores.

No caso de descumprimento dessa pena, o juiz terá prerrogativa para determinar o bloqueio das contas bancárias e a suspensão do repasse de pagamentos e transferências financeiras desses comerciantes. Sarney disse que encaminhará as propostas entregues hoje "com a maior brevidade" para que sejam analisadas pelos senadores. Ele ressaltou que o trabalho legislativo será o de aperfeiçoar e avançar nesses direitos do consumidor, "sem jamais retroagir".

Fonte: Agência Brasil

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Leia na Fonte: Convergência Digital
[14/03/12]  B2W diz que decisão do Procon/SP é 'virulenta e infundada' - da Redação

A B2W, que administra os sites Americanas.com, Submarino e Shoptime, informou nesta quarta-feira, 14/03, em nota à imprensa, que vai recorrer no Judiciário da decisão do Procon, divulgada no Diário Oficial de São Paulo, de suspender as vendas nos três sites, por 72 horas, a partir desta quinta-feira,15, e da multa de R$ 1,7 milhão. O comunicado não informa, porém, se os sites vão estar funcionando ou não no Estado de São Paulo, onde é válida a decisão.

"A empresa vai recorrer da decisão e da multa. Agressão virulenta e infundada, violadora da garantia constitucional do livre comércio pela desproporcionalidade entre a multa, a pena e a alegada falta, correspondente a menos de 1% de todas as entregas, fato que acontece em absolutamente todo o mundo e sempre decorrente de causas distintas. Comprovado o atraso das encomendas neste porcentual, não é razoável a retirada dos sites da B2W do ar, nem a multa de quase 2 milhões de reais", afirmou o advogado da B2W, Sergio Bermudes, na nota.

Segundo o comunicado, as reclamações caíram 27,9% no segundo semestre do ano passado em relação ao mesmo período de 2010. Já no primeiro bimestre deste ano, a queda foi de 71,6% sobre o mesmo período de 2011. A fonte das informações citadas pela empresa é o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).

Fonte: Agência Estado

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Leia na Fonte: Convergência Digital
[15/03/12]  Justiça suspende paralisação de sites de vendas - da Redação

A Justiça de São Paulo atendeu ao pedido da B2W e derrubou a decisão de suspender, por 72 horas, as atividades dos sites de vendas Americanas.com, Submarino e Shoptime.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, “a suspensão das atividades da B2W traria danos de difícil reparação”. Na decisão, a 7a Vara da Fazenda Pública argumentou que o Procon não incluiu no auto de infração a duração da medida.

Além da paralisação das vendas, a empresa foi condenada a pagar a multa de R$ 1,74 milhão. O Procon acionou os sites pelo aumento de 180% no número de reclamações, especialmente por falta de entrega ou defeito em produtos.

A defesa da B2W sustentou, no entanto, que os problemas correspondem a menos de 1% de todas as entregas.

* Com informações do TJ-SP

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Leia na Fonte: Convergência Digital
[15/03/12]  Para MercadoLivre, comércio eletrônico vive momento de reflexão no Brasil - por Ana Paula Lobo

Responsável pelas operações do MercadoLivre na América Latina, Stelleo Tolda, admite que a logística é o ponto mais crítico, hoje, no processo de vendas pela Internet, mas diz que a percepção do consumidor ainda é favorável ao modelo. Mas assume: A relação com o cliente virtual precisa mudar e regras mais transparentes precisam ser estabelecidas.

Apesar de evitar comentar problemas de terceiros - foi indagado sobre a questão judicial envolvendo os sites Americanas.com, Shoptime e Submarino, da B2W - o COO do MercadoLivre assume que o aumento das vendas pela Internet também amplificam os problemas. Segundo ele, a Logística é um ponto que precisa ser melhor trabalhada, mas lembra que infraestrutura precária é um ponto negativo do país.

"Nós mesmos estamos negociando um novo contrato com os Correios e desenvolvendo um serviço para tentar simplificar a entrega do produto contratado. Há também a questão das empresas que estão no e-commerce terem o produto anunciado para vender, mas é fato que, hoje, apesar de tudo, o comércio eletrônico é um forte gerador de demanda e atrai até a atenção do governo na parte de arrecadação", afirmou o executivo, que se reuniu com a imprensa, nesta quinta-feira, 15/03, para divulgar resultado de pesquisa realizada pela Nielsen sobre os impactos econômicos do e-commerce na América Latina.

O levantamento concluiu que, hoje, 134 mil pessoas vivem com renda total ou parcial proveniente da venda de produtos por meio do Mercado Livre. E, para 2012, pelo menos 45 mil novos empregos serão criados. Brasil e Colômbia despontam como os países mais confiantes com o crescimento do uso da Internet para compras.

"O comércio eletrônico deverá continuar crescendo 30% nos próximos cinco anos no Brasil. Há muito espaço para atuação e esse é um segmento que vai aprender a lidar com suas dores para tratar com o consumidor. Temos que observar que o consumidor também precisa ser educado. Ele precisa saber que três dias para a entrega são três dias. Se chegar antes, ótimo, mas e o prazo for cumprido é o modelo de logística. E claro, o fornecedor também precisa aprimorar seus processos. Não pode vender produto que não tem. É hora de refletir e tornar as relações mais transparentes", diz.

A mobilidade segue sendo a grande aposta do MercadoLivre para 2012. Nos últimos seis meses, o download dos aplicativos móveis da companhia superaram a marca de dois milhões. O impacto da mobilidade ainda é pequeno - fica em 3% - mas a tendência é de um forte crescimento com o maior uso dos smarpthones e dos tablets.

Na parte de pagamentos - o MercadoLivre tem o MercadoPago, plataforma de pagamento online - o COO da empresa, Stelleo Tolda, foi político ao comentar a intervenção do governo brasileiro na relação entre bancos e operadoras de telecom. "Não será uma regulamentação, uma lei que vai impulsionar os negócios. O governo tem a sua responsabilidade, mas ainda acho que a iniciativa privada deveria conduzir esse processo", sustenta.

Indagado sobre a questão de impostos, em especial, sobre a cobrança diversa de ICMS, o COO do MercadoLivre disse que o aumento dos negócios na plataforma atrai a atenção das fontes arrecadadoras de impostos. "Isso é natural", sustenta. Mas pede que haja um modelo único e favorável ao desenvolvimento do modelo. Ele lembra que nos EUA, houve uma isenção fiscal para fomentar o uso da Web. Aqui, defende que se chegue a uma solução consensual com a cobrança de impostos. "A regra teria que ser a mesma para todo o país. Simplificar é a melhor saída", afirma Tolda.

O Mercado Livre teve receita de US$ 299 milhões em 2011, 37,1% a mais do que o valor registrado em 2010. De acordo com a companhia, o resultado foi impulsionado pelo aumento no volume de produtos comercializados: 52,8 milhões de itens, 34,6% a mais do que no ano anterior. O número de usuários cadastrados subiu 24,4% em um ano, para 65,8 milhões.O Mercado Livre está presente em 13 países da América Latina. Suas principais fontes de receita são as taxas pagas pelos anunciantes e a publicidade.

Originalmente um site de leilões de produtos, o Mercado Livre vem mudando seu perfil nos últimos anos para se tornar uma espécie de portal que reúne diversas lojas. Das 10,5 milhões de ofertas colocadas no site em 2011, 97% tinham preço fixo e 80% eram produtos novos.
 


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