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ARTIGOS


Artigos de Rodney Peixoto no Portal Modulo Security

Voz sobre IP: Regulação a caminho - Parte I

Voz sobre IP: Regulação a caminho - Parte II


Site  TELECO   Visite!

VoIP e Novos Serviços de Banda Larga
Autores: Fábio Schmidt e José Barbosa Mello

VoIP é uma inovação disruptiva?
Autor:
Eduardo Tude 

VoIP e sua Inserção no Ambiente Regulatório Hoje
Autora: Silvia Regina Barbuy Melchior

Telefonia IP
Autor: Huber Bernal Filho


Artigos de Eduardo Prado


No site WirelessBR:

 

Uma nova ameaça nas telecomunicações: Voz sobre WLAN [10.MAR.2003]

 

Voz sobre wireless LAN (VoWLAN) [14.JUL.2003]

 

Convergência de voz e dados [21.JUL.2003]

 

O Skype pode ser um fenômeno em VoIP [10.NOV.2003]

 

"Apesar de você... amanhã há de ser outro dia"  [05.JAN.2004] 

Wi-Fi e Celular: Uma Convergência que Arrebenta  [09.JAN.05]

 

No site Teleco:

 

Todo Mundo Está Falando VoIP. E Você?   [13.DEZ.2004]
 



Portal AliceRamos

 

Artigos de Otávio Lazarini

Portabilidade total com VoIP

O planejamento da infra-estrutura IP

A convergência e as operadoras

Continuidade do negócio

A arquitetura convergente em camadas

A migração do produto para a aplicação

Os desafios do VoIP

VoIP com wireless – uma combinação perfeita

A evolução do PBX-IP

O que é convergência?
 



Estadão (18/05/03)


Revolução na telefonia

   
(Ethevaldo Siqueira
 


Algumas transcrições:


Site  TELECO   Visite!

Telefonia IP

 
Autor: Huber Bernal Filho

Tópicos:  Inicial - O que é - Arquitetura - Protocolos  - Ambiente Corporativo -Internet - Considerações finais - Teste seu entendimento .

Telefonia IP: O que é

Conceito
A Comunicação de Voz em Redes IP, chamada de VoIP, consiste no uso das redes de dados que utilizam o conjunto de protocolos das redes IP (TCP/UDP/IP) para a transmissão de sinais de Voz em tempo real na forma de pacotes de dados. A sua evolução natural levou ao aparecimento da Telefonia IP, que consiste no fornecimento de serviços de telefonia utilizando a rede IP para o estabelecimento de chamadas e comunicação de Voz.
Nessas redes são implementados protocolos adicionais de sinalização de chamadas e transporte de Voz que permitem a comunicação com qualidade próxima àquela fornecida pelas redes convencionais dos sistemas públicos de telefonia comutada ou de telefonia móvel.

Digitalização de Sinais de Voz
Nos sistemas tradicionais o sinal de Voz utiliza uma banda de 4 kHz, e é digitalizado com uma taxa de amostragem de 8 kHz para ser recuperado adequadamente (Princípio de Nyquist). Como cada amostra é representada por um byte (8 bits, com até 256 valores distintos), cada canal de Voz necessita de uma banda de 64 kbit/s (8.000 amostras x 8 bits). Esta forma de digitalização do sinal de Voz atende a recomendação ITU-T G.711 - Pulse code modulation (PCM) of voice frequencies.

Nos sistema de transmissão de Voz sobre IP, onde a demanda por banda é crítica, torna-se necessário utilizar também algoritmos de compressão do sinal de Voz. Esses algoritmos têm papel relevante pela economia de banda que proporcionam. O seu uso tem sido possível graças ao desenvolvimento dos processadores de sinais digitais (DSP’s), cuja capacidade de processamento tem crescido vertiginosamente.
[Leia mais]


Qualidade de Serviço em VoIP - Parte I

Adailton J. S. Silva
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)
Sumário:
Introdução
QOS – Modelo básico
Classe de serviços – Precedência IP
Controle e inibição de congestionamento
Considerações preliminares
Referências bibliográficas
Sites relacionados

Qualidade de Serviço em VoIP - Parte 2

Sumário:
1. Introdução
2. QoS - Modelo básico
3. Eficiência em conexões
3.1 Compressão RTP
3.2 Fragmentação e interleaving
4. Moldagem e policiamento de tráfego
4.1 Moldagem genérica
4.2 Policiamento
4.3 Moldagem Frame Relay
5. QoS em redes locais
6. Conclusão
7. Sites relacionados
Referências bibliográficas


Voz sobre IP 

Autor: Pedro Bastos (*)  (maio 1999)  

Transcrição de artigo publicado em  http://groups.yahoo.com/group/mythought/message/4

Desde a popularização da Internet, a infra-estrutura de comunicação atinge taxas de crescimento nunca vistas. Por todo o mundo há grandes investimentos na área de comunicação, sintonizados com a quantidade de serviços disponíveis, bem como a demanda do mercado consumidor. Alguns analistas prevêem que, em breve, as linhas de longa distância não serão mais o fator bloqueador de desenvolvimento de novos serviços em comunicações, permitindo o uso corriqueiro de serviços existentes (ou a serem desenvolvidos) que usam quantidade considerável de banda. Recentemente, estamos observando o desenvolvimento de uma tecnologia que promete revolucionar (mais uma vez), o uso da Internet. Trata-se da VoIP (Voice over Internet Protocol). Essa tecnologia tem a pretensão de utilizar a infra-estrutura da Internet para fornecer ligações telefônicas de voz aos usuários. Contudo, o desenvolvimento da VoIP destina-se, inicialmente aos usuários de redes corporativas, onde as velocidades das linhas permitem o compartilhamento de banda entre os dados da corporação e os pacotes de voz, utilizados pela nova tecnologia. O uso de VoIP para usuários domésticos ainda é futuro, pois é difícil garantir QoS (Quality of Service), ponto fundamental do uso de voz sobre IP. Não tardará e a tecnologia VoIP deverá ser usada também no ambiente de comunicação de longa distância, causando uma necessidade de reestruturação nos backbones do mundo inteiro. O QoS, na Internet e redes em geral, é o fato de que as taxas de transmissão, as taxas de erros e outras características que podem ser medidas são garantidas. QoS assegura que as transmissões para vídeo ou voz são feitas de maneira contínua utilizando a banda disponível. Quanto mais banda, mais QoS pode ser garantido. Conceitualmente a grande diferença entre VoIP e a telefonia convencional de voz, está na maneira com que a voz é transmitida através do meio. No primeiro, a voz é digitalizada e quebrada em pequenos pacotes que são enviados usando o protocolo IP. Em telefonia convencional, ela é enviada usando protocolos de comutação de circuitos de uma PSTN (Public Switched Telephone Network). É uma covardia comparar a qualidade de serviço de PSTN com o VoIP, contudo nos últimos tempos a quantidade de roteadores IPs vendidos supera sobremaneira a venda de equipamentos para telefonia de voz, fazendo com que os fabricantes de roteadores se apressem em apresentar soluções para VoIP aos seus clientes. Conforme outras recentes tecnologias de comunicações, ainda não há um padrão formal sobre a VoIP, cada fabricante possui seu próprio padrão. Alguns aspectos técnicos por ora não foram definidos. Há várias opções sobre como utilizar o IP para transportar pacotes de voz. Porém, todos os fabricantes, utilizam o protocolo RTP (Real Time Protocol) que garante que todos os pacotes enviados, serão recebidos na mesma ordem. Os fabricantes estão tomando algumas medidas para que a VoIP se torne tão eficiente em termos de QoS, quanto o uso de comutação de circuitos. Recentemente a IETF (Internet Engineering Task Force) sugeriu o protocolo RSVP (Resource Reservation Protocol) que, entre outras coisas, garante parcialmente a alocação de banda para uso específico. Com isso o problema do QoS está sendo gradualmente resolvido. O RSVP não foi criado única e exclusivamente para a VoIP, há outras aplicações para ele. Em redes locais, com pouca complexidade de roteamento, existem soluções bem simples e baratas para a VoIP. Alguns fabricantes oferecem soluções onde, com um servidor Windows NT e uma rede ethernet, é possível implantar VoIP. Em alguns casos, são usadas apenas placas de som como hardware, já outras utilizam recursos de telefonia do sistema operacional para completar as ligações de voz. Por outro lado, gigantes da área de comunicação, como Cisco e 3COM já possuem soluções VoIP para grandes corporações, porém são soluções proprietárias que no futuro podem se tornar incompatíveis com os padrões, fazendo com que os clientes futuramente corram em busca de compatibilidade. Por outro lado, com o surgimento de novas tecnologias como cable modem, xDSL e DTH (Direct to Home), a velocidade de acesso para os usuários domésticos é aumentada, proporcionando o início da tão sonhada integração de voz, dados e vídeo usando apenas uma plataforma. Para os backbones, a tecnologia ATM (Asynchronous Transfer Mode) cai como um luva para suportar as novas velocidades de acesso dos usuários. O mercado desponta para o uso intenso do ATM como padrão para redes de alta velocidade. Os investimentos e o desenvolvimento de novas tecnologias para o meio físico permitem que conexões intercontinentais de altíssimas velocidades sejam comuns, com preços caindo a cada dia. 

(*)Pedro Bastos  é responsável técnico pelo ponto de presença da RNP em Mato Grosso do Sul. Administra a rede estadual da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e ainda é sócio da PontoNET, empresa especializada em soluções para redes. Pedro é formado em Ciência da Computação pela UFMS, desde 1996. A partir de então se especializou em tecnologias de redes.



Estadão (18/05/03)
:  

Revolução na telefonia   
(Ethevaldo Siqueira)


Telefonar via internet? Sim. E com boa qualidade, por menores preços e utilizando uma rede que está pronta, disponível e praticamente nada custou para as operadoras. Tudo isso era, até há poucos anos, um sonho. Hoje milhares de corporações e dezenas de companhias telefônicas passam a usar a rede mundial da internet, em paralelo à velha rede telefônica. 
Essa revolução começou a tornar-se realidade há cerca de sete anos, quando a Vocaltec, uma minúscula empresa israelense, instalada literalmente num fundo de quintal, em Tel-Aviv, desenvolveu o primeiro software com o propósito de fazer ligações telefônicas via web. Mas os resultados iniciais não eram satisfatórios, pois a qualidade da voz conectada e transmitida com o protocolo da internet (Internet Protocol ou IP) ainda era sofrível. Hoje, com a rápida evolução das técnicas de comutação e transmissão da "voz sobre internet", ou seja, de Voice over IP (VoIP), a qualidade final da voz se tornou bem próxima das chamadas feitas sobre a rede telefônica convencional. 
Segundo a definição dos especialistas, Voz sobre IP é um método de conectar conversações de voz sobre ambientes IP, ou seja com protocolo internet, como se fossem redes privadas de dados. 
ITXC é exemplo - Atualmente, a americana ITXC (www.itxc.com), uma espécie de "operadora das operadoras" é uma das líderes mundiais no desenvolvimento e na operação em larga escala de VoIP. Seu presidente e fundador, Tom Evslin, afirma que "a tecnologia VoIP praticamente dobrou sua atuação de mercado em ligações internacionais no último ano e atualmente atinge quase 10% do total das ligações feitas em escala global". Evslin prevê que em 2003, pela primeira vez, as empresas operadoras deverão instalar maior número de portas ou terminais VoIP de capacidade equivalente a PBX em relação às tradicionais portas digitais. 
Segundo César Costa, diretor geral da ITXC no Brasil, "à semelhança das maiores operadoras do mundo, as concessionárias brasileiras ampliam suas possibilidades de cobertura, reduzem seus custos e ganham clientes em tempo recorde, utilizando VoIP". 
Países emergentes - Dispensando em muitos casos a implantação de novas redes telefônicas, sempre custosas, a utilização da rede IP da internet pode ser ideal para países em desenvolvimento ou mesmo subdesenvolvidos, carentes de capitais para esses investimentos. Na Bolívia, a competição em telefonia de longa distância só se implantou rapidamente graças ao uso da VoIP pela competidora Cotas-Teledata. O desenvolvimento da telefonia de longa distância na América Latina, África e, em especial, na reconstrução do Iraque serão nos próximos meses outros bons exemplos de aplicação de VoIP. 
O presidente da ITXC recorda também que, no Japão e na Coréia, as ligações residenciais originadas em VoIP crescem, rapidamente, em decorrência da alta penetração de banda larga. Evslin prevê que, nos Estados Unidos, deverá ocorrer em breve uma verdadeira explosão da banda larga com vendedores, como a operadora Verizon: "Em conseqüência, haverá redução drástica de preços, especialmente se se considerar que a tecnologia de redes sem fio Wi-Fi acelera dramaticamente o valor e a disponibilidade do acesso de banda larga. 
Acredito que o telefone sem fio de múltiplas faixas do futuro utilizará a potencialidade da rede Wi-Fi como uma de suas faixas para uma ligação de voz barata". 
Para corporações - A não ser em casos isolados, a telefonia VoIP ainda não está disponível para uso residencial nem de pessoas físicas. Com softwares que simulam um PABX com protocolo internet (IP), só agora se utiliza Voz sobre IP nas ligações dentro das corporações. Surge, então, um novo mercado potencial para ligações que se destinam para fora da rede da corporação. Como são conexões nascidas com o protocolo IP, elas só podem ser eficientemente concluídas via redes VoIP. Tom Evslin esclarece que este tráfego potencial não está incluído nos 10% de participação da VoIP no mercado mundial de longa distância em 2002 das operadoras de VoIP de ligações internacionais. 
Um dos grandes eventos para a discussão dos benefícios de Voz sobre IP, o Encontro Global de Telecomunicações (Intelsat Global Telecommunications Meeting, GTM 2003, www.gtmmail.com), começa amanhã em Washington, nos Estados Unidos. Promovido pela Intelsat, empresa privatizada há três anos, dele participam empresas como a Cisco, a italiana Telespazio, Equant, BT Global Services, Telkom Caribe e T-Systems International, mostrando especialmente o impacto que poderá ter o VoIP nos países em desenvolvimento. 
Mais informações no site do evento: www.intelsat.com/gtminfo/index.asp
 


Transcrito de Globo Online (faça cadastro gratuito para acesso livre)

Ora, direis, ouvir a voz! Nos celulares do futuro ela vira bit

 
André Gurgel

28/03/05

 
A Qualcomm, empresa americana pioneira e líder na tecnologia CDMA para telefones celulares, anunciou durante a CTIA Wireless, em New Orleans, novos chipsets que aumentarão a capacidade de recepção de dados multimídia e permitirão que a conversa seja transportada dentro do protocolo IP padrão da internet.
 
O sistema que a Qualcomm usa para que os celulares possam transferir dados eficientemente, o EV-DO, sofreu melhoramentos em sua revisão A, que, uma vez implementados pelas operadoras, poderão oferecer vantagens de custo e flexibilidade do uso das redes IP para comunicação de voz (VoIP). O custo de utilização será bem menor, especialmente em ligações de longa distância.
 
Segundo Irwin Jacobs, CEO da empresa, em dez anos o VoIP estará sendo utilizado em escala mundial e representará a convergência ideal entre os novos serviços de dados e voz, podendo ser oferecidos sem grandes impactos em investimento por parte das operadoras, já que o sistema usará os métodos amplamente difundidos de comutação de pacotes entre os servidores da internet em lugar dos tradicionais e complicados sistemas de comutação de circuitos de voz.
 
Wi-Max chegará atrasado ao mercado, diz Jacobs
 
Ainda na opinião de Jacobs, a propalada Wi-Max, rede local sem fio do futuro, muito mais veloz e de maior alcance que a atual Wi-Fi, chegará atrasada ao mercado. Ela ainda precisa de alguns anos para ser padronizada e adotada pelos países, pois existem problemas inerentes de alocação de freqüência em cada região, e até lá os celulares já terão preenchido os requerimentos básicos dos usuários em termos de transmissão móvel de dados em alta velocidade a um custo e comodidade mais atrativos do que os de uma conta separada num provedor de acesso sem fio. Ainda assim, o Wi-Max tem um nicho garantido nas áreas rurais em desenvolvimento e, enquanto isso, os celulares serão também dispositivos Wi-Fi durante um bom período de transição.
 
As vantagens de eficiência e objetividade do email sobre o telefone e nas comunicações pessoais e profissionais (bem como a perturbação do spam e o perigo dos vírus) agora são expandidas aos dispositivos móveis sem fio. Falar ao celular será cada vez menos preferível do que trocar mensagens de texto ou acessar diretamente a internet para obter a informação que se procura. Além da caixa de correio, a integração das agendas de endereços e compromissos, acessáveis sempre de qualquer lugar, evitarão que se ligue para outra pessoa para não perder a hora nem errar de lugar. Em lugar de ser um apêndice do computador pessoal em sua mesa, o celular será o núcleo das atividades digitais cotidianas, com a cômoda vantagem de poder se conectar com teclado, mouse e monitor sem o uso de qualquer fio e sem a necessidade de um provedor de banda larga para acessar a internet.
 
Todo o esforço de desenvolvimento da Qualcomm e dos demais fabricantes de chips para celulares está dirigido à transformação do celular numa central pessoal de computação. Apesar de Jacobs afirmar que são previsões para os próximos cinco anos, os fatos estão aí na forma de produtos: camcorder, MP3 player, autenticador de impressão digital, console de jogos, GPS, walkie-talkie, browser, videoplayer, carteira eletrônica, medidor de nível de glicose e câmera fotográfica convergindo rapidamente para um único aparelho. Já é viável transformar a câmera do celular em um leitor de código de barras que garimpe na internet melhores opções de preços na sua região para o produto que você tem em mãos. Ou criar uma cerca virtual de segurança que avisa quando o seu filho ou a sua avó (obviamente portando um celular) ultrapassarem os limites de uma certa área.
 
E os serviços de localização já estão disponíveis e habilitados em milhões de aparelhos, sem que os seus donos saibam das suas utilidades. Além de se achar quando está perdido numa região desconhecida e ainda saber quais os bancos, hospitais, hotéis ou restaurantes por perto, o usuário pode descobrir o melhor caminho para certo destino e ver em um mapa onde estão as pessoas de seu círculo íntimo ou sob sua responsabilidade.
 
A lei da evolução também se aplica aos celulares hi-tech
 
Da mesma forma que na história do mundo natural, o ecossistema dos aparelhos celulares está numa época de expansão, com muitas formas de transição, em que muitas se tornarão extintas rapidamente, enquanto outras surgirão aparentemente do nada já com uma configuração definida. Jacobs, nosso oráculo de plantão, avisa que sobreviverão dois tipos de celulares: os pequenos e dobráveis, e os de tela grande, mas ainda assim transportáveis. Cada um adaptado para diferentes funções multimídia. Embora a variedade do design industrial dos aparelhos seja inevitável e infinita, a interface gráfica dos mesmos e o modo de acesso às funções básicas requerem uma certa padronização quanto à usabilidade. Os celulares com a chancela da Qualcomm usam uma interface baseada no sistema Brew, enquanto empresas como Nokia, Ericsson, Panasonic, Samsung e Siemens são sócias do Symbian, nome do sistema concorrente. Tanto uma facção como a outra apresentaram avanços significativos para melhorar e simplificar a experiência do usuários, e ao mesmo tempo permitir que os provedores de serviços customizem novos produtos e informações de um dia para o outro.
 
A profecia final de Jacobs é a de que o sistema GSM, usado por um bilhão de pessoas, não durará mais do que dez anos e deverá ser relegado aos aparelhos mais baratos, com funcionalidades restritas, ou seja, que o futuro wireless é CDMA. Embora o brutal peso no GSM no mercado permita que ele drible este fatídico destino e se reinvente várias vezes, a perspectiva técnica atual é a de que ele venha a se asfixiar lentamente por falta de banda de comunicação para os futuros serviços de dados de alta velocidade. Fato é que operadoras GSM na Europa já estão fazendo sobreposição de modos de transmissão e oferecendo aparelhos GSM que, na hora de transportar dados, falam CDMA.
 

Artigos publicados no Caderno "LINK" do Estadão em 25/05/05:

 
Com conexão de banda larga, indivíduos e empresas podem usar o telefone sem custos adicionais ou pagando tarifas bem mais baixas
 
Pedro Marques
 
Você paga, todo mês, uma pequena fortuna em ligações interurbanas ou internacionais? Se a resposta for sim, preste atenção. Você pode estar gastando mais dinheiro do que realmente necessita. Quem já assina uma conexão de alta velocidade com a internet pode fazer chamadas para qualquer parte do mundo pagando bem menos ou sem qualquer custo adicional.
 
Isso é possível graças à tecnologia conhecida como voz sobre IP (Protocolo da Internet), ou VoIP. Ela transforma os sons de uma conversa telefônica em dados digitais, que são enviados em tempo real para qualquer lugar do mundo via rede mundial de computadores, como qualquer outro arquivo. Do outro lado, é feita a reconversão para ondas sonoras.
 
A grande sacada desse sistema é que ele elimina - em parte ou totalmente - o tráfego pelas redes de telefonia convencionais, que usam duas variáveis para fixar suas tarifas: tempo e distância.
 
Com a tecnologia VoIP, o arquivo de voz viaja pela internet e tanto faz a distância e o tempo de conversação. Parece simples, não é? E é mesmo, desde que ambos os interlocutores tenham computadores conectados à internet de banda larga. Com o auxílio de programas gratuitos, não há qualquer custo adicional além do já pago pela conexão de alta velocidade.
 
Mas a VoIP também serve para uma pessoa com conexão de banda larga ligar - via computador ou mesmo de um telefone conectado à internet - para uma pessoa com telefone fixo ou celular em outro Estado ou país. Nesse caso, é cobrada uma tarifa, que, no entanto, é inferior às cobradas pelas operadoras convencionais.
 
Nos Estados Unidos, a operadoras de VoIP Vonage cobra US$ 24,99 por ligações ilimitadas para qualquer cidade norte-americana, mesmo que o interlocutor só tenha linha convencional. Só é cobrado um adicional no caso de chamadas para outros países.
 
Um exemplo: dos EUA para o Brasil, a Vonage cobra de US$ 0,06 a US$ 0,17 por minuto dependendo se a ligação é para uma linha fixa ou de celular. É difícil saber exatamente qual é o custo médio de uma chamada convencional dos EUA para o Brasil, mas a conta final acaba saindo bem mais cara, segundo usuários consultadas pelo Estado. Não é à toa que o crescimento do interesse pela telefonia por internet está causando um alvoroço entre as empresas de telecomunicações.
 
SKYPE VIRA FENÔMENO GLOBAL
Hoje em dia, a forma mais comum é usar o microcomputador para conversar. Para isso, é preciso usar um microfone e caixas de áudio ou um fone de ouvido com microfone. E baixar um programa de telefonia pela internet, que funciona como um comunicador instantâneo (por exemplo, o Messenger, da Microsoft).
 
O mais conhecido é o Skype, que já foi baixado 100 milhões de vezes desde que foi lançado há 20 meses. Pelo Skype, você pode falar com seus contatos online sem pagar nada e também ligar para telefones comuns ou celulares, a um custo mais baixo do que o das tarifas convencionais.
 
Há dois meses, a dona de casa paulistana Martha Rodrigues Alves utiliza o Skype para falar com o filho e a enteada nos EUA. Como nem sempre eles estão alcançáveis via PC, o jeito é telefonar para uma linha fixa. "Com o Skype, a gente dribla a operadora de telefonia. Pago mais ou menos 1 (cerca de R$ 3,4 reais) para conversar durante uma hora", diz.
 
Para efeito de comparação, um minuto de conversa com os EUA, via Embratel, custa R$ 1,12, em horário comercial. "Funciona bem, nunca tive problemas", diz Martha.
 
BRASIL DÁ PRIMEIROS PASSOS
A telefonia pela internet também pode ser uma alternativa econômica para quem precisa falar com pessoas em diferentes Estados brasileiros. Já existem operadoras de VoIP no País, embora elas ainda sejam pequenas (leia texto abaixo).
 
O primeiro passo é assinar uma linha telefônica IP. Não existe taxa de adesão nem é preciso pagar mensalidade. Para falar, compram-se créditos, assim como em um celular pré-pago.
 
Algumas operadoras já oferecem um adaptador especial, que transforma um telefone comum em um telefone que faz chamadas via internet. A vantagem é que não é preciso ligar o computador e ficar diante dele para telefonar para outras pessoas.

 
 
A tecnologia de voz sobre IP - ou VoIP - permite que uma conversa telefônica seja transmitida por uma conexão de internet de alta velocidade. Para isso, os sons são transformados em dados digitais e enviados para qualquer lugar pela rede mundial de computadores. A tarefa de converter o som em informação digital pode ser feita pelo computador. O som é captado por um microfone comum e convertido em dados digitais, que são enviados pela internet até a outra ponta, onde são reconvertidos em ondas sonoras.
 
Quando o outro interlocutor está diante de um PC, é o próprio computador, com a ajuda de um programa, que transforma esses dados digitais em sons novamente. Então, eles são emitidos pela caixa de som do micro ou por um fone de ouvido. Outra opção para falar pela internet por meio de um PC é um telefone USB. O aparelho, igual a um telefone normal, é conectado diretamente ao PC e substitui o fone de ouvido e o microfone, com melhor qualidade.
 
Mas também é possível falar ao telefone pela internet sem a mediação de um computador. Nesse caso, conecta-se um telefone normal a um adaptador de telefone analógico (ou ATA), que se responsabiliza por digitalizar a voz.
 
O adaptador, por sua vez, é conectado a um roteador e o roteador, a um modem de internet. No caso de uma pessoa usar um computador e a outra usar um telefone comum, a voz, em formato digital, viaja pela internet até um ponto. Depois, é reconvertida em ondas sonoras e entra na rede telefônica convencional, até chegar ao telefone da outra pessoa. A transformação de voz em dados e vice-versa é imperceptível para os interlocutores. Algumas ligações pela internet podem apresentar um pequeno atraso no recebimento da voz, mas a relação custo/benefício é positiva. Pedro Marques
 
 
Pequenas empresas de telefonia oferecem soluções para economizar na hora de ligar para diferentes cidades do País
 
Timidamente, empresas e operadoras brasileiras começam a prestar serviços de telefonia pela internet aos assinantes residenciais. Eles são vantajosos para quem tem conexão de banda larga à internet e quer economizar nas chamadas de longa distância.
 
Uma das pioneiras no País é a GVT, operadora de telefonia que atua nas Regiões Sul, Centro-Oeste e Distrito Federal. Um dos serviços da GVT é o WebFone Virtual. Ele usa a tecnologia VoIP e permite que se tenha uma linha de telefone em uma cidade diferente daquela em que se vive.
 
Por exemplo, você mora em Porto Alegre, mas conversa sempre com parentes e amigos em Belo Horizonte. Assina uma linha virtual em Belo Horizonte e, na prática, é como se estivesse falando de um telefone na capital mineira. Você pagará apenas tarifa local para falar com seus contatos em BH. E eles pagarão o valor de uma ligação local para falar com você na capital gaúcha. O sistema funciona com um computador, um microfone ou fone de ouvido, e o software da GVT.
 
A dona de casa Marlene Bordalo, do Rio de Janeiro, tem uma linha virtual dessas para conversar com o marido e a filha, que moram em Brasília. Para ela, a economia é o principal atrativo do serviço. "Pago cerca de R$ 30 e posso falar por 3 horas. Antes, pagava quase R$ 60 para conversar por pouco mais de 20 minutos", diz.
 
Marlene acha simples usar o WebFone. "Não entendo nada de computadores, mas consigo usar o PC para fazer ligações sem problemas. E a qualidade é igual à de um telefone normal." Ela pagou R$ 50,00 pela assinatura do WebFone Virtual da GVT. Gasta R$ 29,80 de mensalidade, com direito a 180 minutos de conversação. Minutos adicionais custam R$ 0,11.
 
TELEFONES PARA PC
 
Operadoras de VoIP como a Global Info e a iPFone oferecem um outro tipo de serviço. Em vez de assinar uma linha virtual em outra cidade, você assina uma linha VoIP que serve para economizar nas ligações entre diferentes cidades e Estados do Brasil.
 
A economia é obtida porque a voz, em formato digital, viaja pela internet até a cidade para a qual você ligou. Quando chega ao destino, entra novamente na rede de telefonia convencional e chega à caso do interlocutor. O resultado é um telefonema mais barato.
 
A iPFone, por exemplo, cobra R$ 0,25 por minuto de conversa para a maioria das cidades do País, independentemente do horário. Para São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Santos e Belo Horizonte, cobra R$ 0,20 por minuto.
 
Já os preços da Global Info variam de acordo com o número de telefone discado. Mas são bem mais em conta que os das operadoras tradicionais de telefonia.
 
Tanto a Intervoz e a iPFone usam o sistema de conta pré-paga. Para falar, nem é preciso pagar taxa de habilitação. Basta entrar no site das operadoras (www.intervoz.com.br e www.ipfone.com.br, da Global Info e iPFone, respectivamente), preencher um cadastro e comprar os créditos. Depois, você deve baixar um programa de computador, fornecido pelas respectivas operadoras, usado para fazer as ligações.
 
Como na maioria dos sistemas VoIP, PC com conexão de banda larga, fone de ouvido e microfone são usados nas conversas. Mas ainda é possível falar de um telefone USB, conectado ao computador. Ele é idêntico a um telefone comum, mas serve para falar pela internet.
 
Os serviços Global Info e a iPFone têm, entretanto, um inconveniente: não permitem receber chamadas. "Nessa primeira etapa, funciona para quem quer economizar ao fazer ligações de longa distância", diz Paulo Messina, presidente da Global Info.
 
A operadora Primeira Escolha promete para maio o VoiceLine, uma linha VoIP que recebe chamadas de telefones comuns. Essa linha vai funcionar com um adaptador especial, que permite conectar um telefone comum à rede mundial de computadores.
 
Segundo Mário Leonel Neto, presidente da companhia, o VoiceLine será útil para fazer chamadas de longa distância e terá preços bastante competitivos também nas ligações locais.
Pedro Marques
 

 
 
 
Diferença entre tarifa convencional e a de ligação via internet é grande; mesmo em euro, Skype é o serviço mais barato no Brasil 

A diferença de preços entre uma chamada telefônica internacional feita via VoIP e outra realizada pelas linhas telefônicas convencionais é gritante. Dependendo do caso, a economia pode ser de mais de 90%, dependendo do sistema usado para fazer as ligações.
 
O mais barato, até o momento, é o serviço SkypeOut, que permite que um usuário do Skype ligue de seu PC para um telefone comum ou celular. Para usá-lo, é preciso comprar créditos no site www.skype.com. As ligações mais baratas custam apenas 0,02 (pouco mais de 6 centavos, na moeda brasileira).
 
Uma conversa entre São Paulo e Nova York, com duração de cinco minutos, realizada no horário comercial, custa apenas 0,10, ou R$ 0,33, já com impostos incluídos. Se a mesma ligação fosse realizada através do Super 15, da Telefônica, sairia por R$ 5,30.
 
Além dos EUA, o Skype oferece ligações com tarifas reduzidas para mais de 20 países, entre eles Argentina, Portugal, Reino Unido e Austrália. Os preços das chamadas para outras localidades variam. Ainda assim, são mais em conta do que as tarifas das operadoras convencionais.
 
Um inconveniente do Skype, porém, é que você precisa ter um cartão de crédito internacional para comprar os créditos. Também é preciso comprar um mínimo de 10 (cerca de R$ 33,00) por operação.
 
As operadoras brasileiras Global Info e Intervoz não oferecem ligações tão baratas para o exterior quanto o SkypeOut. Em compensação, permitem que os brasileiros comprem créditos em reais.
 
Outra facilidade é o suporte técnico, que é todo em português. As chamadas realizadas pela iPFone para os EUA custam R$ 0,35 o minuto, com impostos, enquanto o minuto da Telefônica sai por R$ 1,06.
 
CONCORRÊNCIA NÃO AMEAÇA
Apesar da diferença de preços, as operadoras brasileiras ainda não têm motivo para se preocupar com a concorrência da telefonia via VoIP.
 
Isso porque apenas uma parcela da população do País têm acesso a conexões de alta velocidade com a internet.
 
O cenário deve mudar à medida que mais pessoas usarem internet de banda larga em suas casas. Pedro Marques
 

 
 
Apenas três anos após colocar suas ações na Bolsa, a Vonage é a maior empresa de VoIP dos EUA, mas especula-se que será comprada por um gigante de telefonia ou cabo. Prevê-se que a telefonia pela internet conquiste 20 milhões de usuários no país até 2008.
 
"Não estamos preocupados com as empresas de telefonia tradicional. Elas têm mais a ganhar se se concentrarem no lucrativo mercado de serviço telefônico residencial", desconversa Michael Tribolet, vice-presidente-executivo da Vonage.
 
As empresas de telefonia tradicional ainda não estão investindo agressivamente em VoIP. Tanto a Verizon quanto a AT[e]T oferecem pacotes ainda tímidos. A America Online anunciou recentemente o AOL Internet Phone Service, mas restrito a 40 cidades e a um custo de US$ 34,99, US$ 10 mais caro do que a Vonage.
 
Quem pode entrar com tudo no novo mercado são os provedores de banda larga, já que a tecnologia VoIP, por enquanto, precisa de banda larga para funcionar. Já aconteceram as primeiras escaramuças entre a Vonage e empresas da área. Recentemente, o provedor de banda larga Madison River Communications foi condenado a pagar multa de US$ 15 mil por bloquear o uso dos serviços da Vonage entre seus clientes.
 
Mas, no futuro próximo, a VoIP poderá se beneficiar das tecnologias de acesso sem fio à internet Wi-Fi e Wi-Max. Esta última, em estágio de desenvolvimento, permitirá que usuários se conectem sem fio à web num raio de 50 km. É um mundo novo que mudará significativamente a forma como as pessoas se comunicam por telefone. C.V.L.
 

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