WirelessBR |
WirelessBr é um site brasileiro, independente, sem vínculos com empresas ou organizações, sem finalidade comercial, feito por voluntários, para divulgação de tecnologia em telecomunicações |
|
SINCRONIZAÇÃO EM REDES DE TELECOMUNICAÇÕES (15) |
||
Autor: JULIAN ALEXIENCO PORTILLO |
5. CONCLUSÃO
O advento da SDH representa um desafio aos planejadores das redes, não só
devido à nova arquitetura das redes de transporte, mais planas e menos
hierárquicas, mas também devido às considerações especiais no tocante aos
problemas de sincronização.
Como discutimos, os elementos de rede SDH devem ser escravizados a uma única
referência de relógio.
Além disso, todos os serviços (comutação, dados, e ATM) devem estar
escravizados a essa mesma referência única de relógio, pois as redes de
transporte não são transparentes a uma temporização da carga útil.
Já não é possível adotar referências diferentes para os distintos serviços.
Garantir a continuidade e a qualidade da temporização é uma preocupação
crescente dos planejadores das redes.
A distribuição da temporização entre edifícios pode ser simplificada com a
adoção de referências primárias distribuídas por pontos estratégicos das
redes, o que hoje é possível devido ao custo relativamente baixo de
referências primárias locais baseadas em GPS.
Por outro lado, a distribuição interna nos edifícios deve ser feita a partir
de um bastidor de relógio, no qual a qualidade do sinal de temporização é
conhecida e é a mesma para todos os elementos de rede, cada um dos quais
conta com uma saída de temporização exclusiva.
Desta maneira, o sinal de temporização estará disponível como uma das
infra-estruturas básicas de cada edifício. Ações de manutenção nos elementos
de rede (re-inicialização das centrais, etc.) não irão afetar os demais
serviços e com as interfaces adequadas para um sistema de gerenciamento, é
possível controlar os equipamentos de distribuição de relógio, a própria
rede de distribuição e até mesmo medir a qualidade com que estão gerando
seus sinais os elementos de rede locais ou remotos.
Neste projeto foram abordados alguns pontos considerados relevantes para que
um Sistema de Sincronismo para Redes SDH e PDH, garantindo um bom
funcionamento de acordo com as normas e padrões internacionais.
Assim sendo podemos obter algumas conclusões importantes como:
A sincronização da rede é um requisito fundamental para a infra-estrutura da rede.
Uma rede construída com a PDH ou a SDH ou a combinação de ambas requer sincronização.
A intervenção humana e as atividades de administração e manutenção afetam a distribuição da temporização.
A rede de sincronização deve ser construída com tolerância à falhas e confiabilidade.
A rede de sincronização necessita ser desenhada para especificações que superem aos requisitos dos serviços da rede.
As novas topologias de rede estão dificultando a gestão da sincronização da rede, o uso das plataformas Building Integrated Timing Supply (BITS) / Sinchronization Supply Unit (SSU) constitui um meio de suporte a topologias de rede existentes e novos requisitos emergentes.
Tecnologias como quartzo ou rubídio e GPS constituem uma solução viável para as novas necessidades de sincronização da rede SDH.
BREGNI, S., Synchronization of Digital Telecommunications
Networks. Milano: Jonh Wiley & Sons, 2002.
LATHI, B. P., Modern Digital and Analog Communication Systems. New York:
Oxford, 1998
KAPLAN, E., Understanding GPS: Principles and Applications. London: Artech
House, 1996.
ITU-T Rec. G.703. Physical/Electrical Characteristics of Hierarchical
Digital Interfaces. Blue Book, Geneva, April 1991.
ITU-T Rec. G.810. Considerations on Timing and Synchronization Issues. Blue
Book, 1988.
ITU-T Rec. G.810. Definitions and Terminology for Synchronisation Networks.
Geneva, August 1996.
ITU-T Rec. G.811. Timing Characteristics of Primary Reference Clocks. Geneva,
Sept. 1997.
ITU-T Rec. G.812. Timing Requirements at the outputs of Slave Clocks
Suitable for Use as Node Clocks in Synchronization Networks. Geneva, June
1998.
ITU-T Rec. G.813. Timing Characteristics of SDH Equipment Slave Clocks (SEC).
Geneva, August 1996.
ITU-T Rec. G.823. The Control of Jitter and Wander within Digital Networks
which are Based on the 2048 kbit/s Hierarchy. Geneva, March 1993.
Pesquisa teórica e sobre funcionamento do sincronismo. Disponível em:
http://www.syncuniversity.com.
Acesso em: 08/06/03.