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Telefones Celulares e Estações Rádio-Base
Atualização sobre Pesquisas
Fevereiro 2004

Transcrição autorizada por Aderbal Bonturi Pereira    MMF - Mobile Manufacturers Forum

 
Alguns dos primeiros estudos relacionando ondas de rádio à saúde foram conduzidos pelo cientista francês Jaques-Arsenè d’Arsonval, no início do século XIX. 
Este fato pouco conhecido demonstra que os efeitos das ondas de rádio vêm sendo estudados há bastante tempo, o que faz com que hoje já contemos com um banco de dados bastante extenso sobre o tema. 
As pesquisas atualmente em curso continuam a aprofundar nosso conhecimento e a ampliar essa base de informação e consulta, para que cientistas e autoridades de saúde tenham condições de fornecer orientações apropriadas e relevantes para as novas aplicações.


Qual é o posicionamento científico mais recente?

Conselho de Saúde da Holanda

O Conselho de Saúde da Holanda divulga, periodicamente, relatórios sobre desenvolvimentos científicos. O mais recente, de janeiro de 2004, traz o título Campos Eletromagnéticos: Atualização Anual 2003, e afirma:… 

o Comitê conclui não haver razão para rever suas recomendações quanto a limites de exposição. Considerando que a potência dos campos eletromagnéticos gerados por telefones celulares permanece abaixo desses limites, o Comitê conclui que não há expectativa de que ocorram problemas de saúde como resultado direto da exposição a estes campos. Além disso, o Comitê avalia não haver razões de saúde para que se limite o uso de telefones celulares por crianças. 

Conselho Independente do Reino Unido sobre Radiação Não-Ionizante

Também em janeiro de 2004, o Conselho Independente do Reino Unido sobre Radiação Não-Ionizante (AGNIR), pertencente ao Conselho Nacional do reino Unido para a Proteção Radiológica, divulgou um amplo relatório intitulado Efeitos de Saúde a partir da Freqüência de Rádio dos Campos Eletromagnéticos. Em resumo, suas conclusões são as seguintes:

Um Conselho independente revisou as evidências disponíveis sobre efeitos à saúde decorrentes da rádio freqüência, em especial aquelas publicadas desde o Relatório Stewart sobre Telefones Celulares, em 2000. As evidências biológicas e epidemiológicas não sugerem a ocorrência de câncer a partir do uso de telefones celulares, ou qualquer outro efeito à saúde a partir da exposição à freqüência de rádio, em níveis abaixo das diretrizes.

Autoridade Sueca de Proteção à Radiação 

A Autoridade Sueca de Proteção à Radiação divulgou, em dezembro de 2003, o primeiro relatório anual do seu Grupo Independente de Especialistas (IEG) em campos eletromagnéticos. A conclusão anunciada neste relatório foi a seguinte:

O primeiro relatório anual do grupo independente de especialistas da SSI concentra-se nos possíveis efeitos biológicos da rádio freqüência dos campos eletromagnéticos. O foco é nas pesquisas experimentais e epidemiológicas sobre câncer e nos danos à barreira sangue-cérebro e às proteínas de choque de calor. Em nenhuma dessas áreas foram obtidos resultados significativos, que sustentem conclusões consolidadas em qualquer sentido. Na verdade, enquanto nos últimos anos novos estudos têm sido publicados nessas áreas, a avaliação científica geral não sofreu mudanças significativas desde a publicação do Relatório Stewart, e as conclusões formuladas naquela época ainda são válidas. É importante notar, entretanto, que intensas atividades de pesquisa estão atualmente em curso em diversos países.De maneira geral, essas pesquisas fazem parte de um programa científico que visa preencher as lacunas de conhecimento identificadas pelo Projeto EMF da Organização Mundial de Saúde (OMS), para que a instituição complete sua avaliação sobre a relação entre campos eletromagnéticos e riscos à saúde. Dada à complexidade das pesquisas, é essencial que tanto os resultados positivos como os negativos sejam replicados para que sejam aceitos.

Quais pesquisas já foram concluídas e quais estão hoje em andamento?

Um resumo dos estudos relevantes encontra-se na Tabela 1 (abaixo), cujo conteúdo provém dos bancos de dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) - ambos disponíveis no website da OMS (http://www-nt.who.int/peh-emf/database.htm ) . 

(1) Do banco de dados da OMS             (2) Do banco de dados do IEEE

Tabela 1: 
Estudos já Revistos por Pares, Descrevendo Efeitos Biológicos e à Saúde 
dos Campos de Rádio Freqüência (RF)



Qual peso é dado aos diferentes tipos de estudos?

A Organização Mundial de Saúde forneceu o seguinte conselho sobre o poder e as limitações atribuídos a cada tipo de estudo: Enquanto os estudos ‘in vitro’ podem prover importantes ‘insights’ sobre mecanismos fundamentais para os efeitos biológicos a partir da exposição a baixos níveis de EMF, os estudos ‘in vivo’, sejam estes conduzidos com animais ou seres humanos, proporcionam mais evidências convincentes das conseqüências adversas à saúde. 
Os estudos epidemiológicos fornecem a informação mais direta sobre os riscos de efeitos adversos em seres humanos. 
Entretanto, estes estudos têm limitações, especialmente quando riscos relativamente baixos são encontrados. 
Os estudos epidemiológicos são importantes para monitorar o impacto à saúde proveniente da exposição, particularmente àquela relacionada a novas tecnologias. 
(Fonte: http://www.who.int/peh-emf/research_agenda/agenda_intro.htm


Onde posso obter cópias dos mais recentes relatórios científicos independentes?

Muitas revisões de todo o trabalho científico executado nessa área já foram realizadas nos últimos anos por diferentes instituições governamentais e grupos independentes de especialistas:

Conselho Nacional para a Proteção Radiológica (NRPB): 1993, 1999, 2004    
http://www.nrpb.org.uk/ 

Comissão Internacional para a Proteção à Radiação Não-Ionizante (ICNIRP): 1996, 1998 http://www.icnirp.de/ 

Real Sociedade do Canadá: 1999, 2001    
http://www.rsc.ca/  

Grupo Independente de Especialistas em Telefones Celulares do Reino Unido (IEGMP – Relatório Stewart): 2000    
http://www.iegmp.org.uk/ 

Conselho de Saúde da Holanda: 2000, 2002, 2004    
http://www.gr.nl/  

Grupo Francês de Especialistas (‘Zmirou’): 2001, 2003   
http://www.sante.gouv.fr/
  

Espanha – Campos eletromagnéticos e saúde pública (Comitê de Especialistas Independentes): 2001 http://www.msc.es/ 

Comissão Alemã para a Proteção à Radiação (SSK): 2001    
http://www.ssk.de/  

Comitê Europeu sobre Toxicologia, Eco-toxicologia e Meio-ambiente (CSTEE): 2001, 2002 http://europa.eu.int/ 

Autoridade Sueca para a Proteção à Radiação (SSI) 2002, 2003    
http://www.ssi.se 

Autoridade Norueguesa para a Proteção à Radiação 2003    
http://www.nrpa.no22 

 

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